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INCOMPETÊNCIA ABSOLTA Quanto a incompetência absoluta por ser mais grave esta deve ser decretada de ofício pelo juiz. Sem necessidade de nenhuma das partes alegá-la. E pode ser decretada a qualquer tempo. Ex: é incompetência em razão da matéria. Como ocorre em ação de divórcio. Competente é a Justiça Estadual, Vara de Família. Se a parte propõe ação em Vara da Justiça Federal ou Justiça do Trabalho nulo é o processo visto à competência em razão da matéria ser somente da Justiça Estadual. A incompetência absoluta apresenta as seguintes características: (I) Pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício pelo magistrado (art. 64, §1º); (II) Pode ser objeto de ação rescisória (art. 966, II); (III) Não se altera pela vontade das partes (art. 62), tampouco por conexão ou continência e nem se prorroga; INCOMPETÊNCIA RELATIVA A incompetência relativa, por sua vez, apresenta características diferentes, sendo elas: (I) Não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz, conforme Súmula nº 33 do STJ e art. 337, §5º do CPC/15. (II) As regras de incompetência relativa podem ser alteradas pelas partes (art. 63), bem como em razão da conexão/continência (art. 54); (III) Se não for alegada em tempo oportuno, o juízo relativamente incompetente passará a ser competente para processar e julgar o feito (art. 65). Nesse caso, ocorre o fenômeno da prorrogação da competência. (IV) Pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar (art. 65, parágrafo único); A incompetência relativa não é causa de nulidade do processo e sim de anulabilidade. Não pode ser decretada pelo juiz sem a parte solicitar. Se a parte não solicitar a anulação do processo na ocasião apropriada o processo será válido. Ex: A causa é civil, sendo competente a Justiça Estadual do Rio Grande do Sul, o réu reside em Porto Alegre. O autor move ação em Viamão um tanto longe do Município do réu o que lhe causa certo ônus de ter um deslocamento maior para Viamão para as audiências e também arrumar advogados em Viamão ou ter maiores despesas com advogados de Porto Alegre que tem de se deslocar para o foro de Viamão. Não proposta a exceção de incompetência na ocasião apropriada não mais poderá o ser no futuro. CARACTERÍSTICAS QUE EXISTEM EM COMUM ENTRE AS DUAS FORMAS DE INCOMPETÊNCIA I) Ambas as incompetências devem ser alegadas como questão preliminar na peça contestatória (art. 64). É também o que informa o art. 337, II ao determinar que as incompetências deverão ser alegadas antes de se discutir o mérito da causa. (II) O órgão jurisdicional deve decidir imediatamente a alegação de incompetência, seja ela absoluta ou relativa. Se reconhecidas, os autos serão remetidos ao juiz competente (art. 64, §3º); (III) Os efeitos da decisão proferida por juiz absoluta ou relativamente incompetentes serão conservados até que outra seja proferida (art. 64, §2º). A regra, no entanto, não é absoluta. O próprio CPC ressalva a possibilidade de ser proferida decisão judicial em sentido contrário, afastando os efeitos decorrentes das decisões proferidas pelo juiz incompetente. (IV) Ao alegar a incompetência absoluta ou relativa, deve o réu fundamentar e instruir a contestação com as provas disponíveis (se for o caso), podendo, inclusive, protocolar a sua defesa no foro do seu domicílio (art. 340). Nesse caso, deve o juiz que recebeu a contestação comunicar o fato ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico.
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