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Questões e Processos Incidentes

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@Elisastudies._ 
 
 
 
• Questões Prejudiciais 
São matérias ligadas ao mérito da causa 
que devem decidir ANTES do magistrado 
apreciar o fato principal imputado ao réu, 
já que podem interferir no julgamento do 
mérito. 
Em síntese, são questões que prejudicam e 
interferem na análise de mérito pelo juiz. 
OBS.: Prejudiciais é diferente de preliminares. 
 
QUESTÕES PREJUDICIAIS 
Dizem respeito ao mérito da causa motivo 
pelo qual precisam ser julgadas antes desse. 
A decisão pode interferir no julgamento do 
mérito da causa. 
São autônomas (existem independentemente 
da questão principal) e podem ou não 
serem apreciadas pelo juízo criminal (podem 
ser objeto de processo distinto) 
 
• Questões Preliminares 
São aqueles que devem ser analisadas de 
forma preliminar, porque elas afetam e 
podem prejudicar o andamento regular do 
processo. 
QUESTÕES PRELIMINARES 
Dizem respeito ao próprio processo e seu 
regular andamento. 
Servem para obstar a apreciação 
meritória, ou seja, tem o único efeito de 
impedir o julgamento do mérito da causa. 
São absolutamente dependentes da 
existência da questão principal e serão 
sempre julgadas pelo juízo penal. 
• Classificação das Questões Prejudiciais 
• HOMOGÊNEA/NÃO DEVOLUTIVAS/ 
IMPRÓPRIAS/IMPERFEITAS: são aquelas 
pertencentes ao mesmo ramo do direito 
ao qual está inserida a questão 
prejudicada. Logo, serão sempre de 
matéria penal. 
EX.: furto e receptação; lavagem de 
capitais e tráfico de drogas, ambos 
constituem assuntos relativos ao Direito 
Penal. 
 
• HETEROGÊNEA/DEVOLUTIVAS/PRÓPRIA
S/PERFEITAS: é a que pertence a outro 
ramo do direito, devendo ser decididas 
por outra área do direito que não o 
penal. 
EX.: casamento e bigamia. O Código de 
Processo Pena 
l, em seus artigos 92 e 93, trata desta 
espécie de questão prejudicial. 
• OBRIGATÓRIA/ABSOLUTA/NECESSÁRIA: 
São as questões relacionadas ao 
estado civil das pessoas, se o juiz 
reputar seria e fundada irá suspender o 
processo penal. 
Portanto, sempre que o juiz penal se deparar 
com isso, jamais poderá decidir. Ou seja, 
obrigam o juiz da esfera penal a suspender 
o curso do processo penal, até que a 
questão prejudicial seja resolvida na esfera 
cível. (art. 92, CPP) 
A duração tem duração, indeterminada a 
suspensão, até que haja o trânsito em 
julgado da sentença no juízo civil. Isso é 
chamado pela doutrina de crise de 
instância. 
Questões e Processos Incidentes 
EX.: No crime de bigamia é essencial que se 
analise o estado civil da pessoa, pois é algo 
que está relacionada ao caso principal. 
Art. 92, CPP, Parágrafo único. Se for 
o crime de ação pública, o Ministério 
Público, quando necessário, 
promoverá a ação civil ou 
prosseguirá na que tiver sido iniciada, 
com a citação dos interessados. 
• FACULTATIVA/RELATIVA: São assuntos 
diversos do estado civil das pessoas. 
Essas questões prejudiciais podem ou 
não levar o juiz, a seu critério e 
necessidade, a suspender o curso da 
ação penal até a solução da questão 
na outra esfera. (art. 93, do CPP) 
Poderá ser arguida por qualquer das ou 
pelo juiz de ofício; 
OBS.: No caso se Ação Penal pública o MP 
irá intervir imediatamente na causa civil, 
para promover-lhe o rápido andamento 
(§3º do art. 93, do CPP). O querelante 
também pode interver na causa civil. 
A questão controversa precisa está sendo 
discutida em ação civil já instaurada. 
O juiz fica vinculado ao que foi decidido na 
esfera extrapenal, a decisão definitiva 
pelo juízo civil faz coisa julgada no juízo 
penal. Não podendo dar uma decisão 
diferente. 
• TOTAL: a solução da questão tem o 
condão de fulminar a existência do crime. 
EX.: Reconhecimento da invalidade do 
casamento que acaba com o crime de 
bigamia. 
• PARCIAL: a questão prejudicial se limita 
ao reconhecimento de circunstâncias do 
crime (agravante, atenuante, 
qualificadora, causa de aumento de 
pena, etc.), deixando incólume a 
existência do crime. 
Ou seja, nela não interfere no crime em si. 
OBS.: As partes ou o juiz, que pode de ofício 
arguir essa prejudicial, e em decorrência do 
princípio do impulso oficial. 
• Características das Questões 
A doutrina aponta quatro os elementos 
essenciais da prejudicialidade: a 
anterioridade lógica, a necessariedade, 
autonomia e a competência na apreciação. 
− Anterioridade lógica: a questão 
prejudicial é sempre anterior à 
prejudicada; 
− Necessariedade: a questão prejudicial 
sempre subordina o exame da questão 
principal. O mérito não tem como ser 
decido sem resolução da prejudicial. 
− Autonomia: em princípio, a questão 
prejudicial sempre pode estar em 
processo autônomo. 
 
• Processos Incidentes 
Os processos incidentais, conhecidos 
também como procedimentos incidentais, 
são eventualidades intermédias que possam 
vir a surgir no decorrer da causa principal. 
Um processo incidentais, assim como o 
originário, deverá ser resolvido pelo próprio 
juízo criminal, antes de o mérito ser julgado. 
Os procedimentos incidentes previstos 
expressamente no CPP são: as execeções, 
os conflitos de jurisdição, as 
incompatibilidades e os impedimentos, 
restituição de coisas apreendidas, as 
medidas assecuratórias, os incidentes de 
insanidade mental ou de falsidade. 
• EXCEÇÕES: 
A exceção é uma forma indireta de defesa 
para discussão sobre condições da ação 
ou pressupostos processuais, ou seja, é um 
procedimento incidental que visa combater 
o exercicio da ação e a subsistência do 
processo. Pode ser invocada pelas partes 
ou pelo juiz de oficio. 
O CPP prevê no art. 95, § espécies de 
exceções: suspeição, incompetência de 
juizo, litispendência, ilegitimidade da parte 
(ilegitimidade ad causam e ilegitimidade ad 
processum) e coisa julgada. Como regra, 
não suspendem o andamento da ação 
penal (art. 111 do CPP) 
As exceções podem ser divididas em: 
PEREMPTÓRIAS: proporcionam a extinção 
do processo sem julgamento de mérito, 
denominada absolvição de instância. 
Litispendência, Coisa Julgada e 
Ilegitimidade ad causam. 
DILATÓRIAS: proporciona o prosseguimento 
do feito, procrastinando-o. 
Suspeição e Impedimento, Incompetência do 
juízo e Ilegitimidade ad processum. 
a) EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO: as hipotéses 
de suspeição estão enumerdas no art. 
254 do CPP e comprometem a 
imparcialidade do julgador. 
Atinge Juiz + MP + Jurados + Funcionários e 
auxiliares da justiça + intérpretes + péritos, e 
pode ser arguida de ofício ou provocada. 
Se o juiz não aceitar a suspeição mandará 
autuar em apartado e dará sua resposta em 
3 dias, devendo remeter 24 horas ao juiz ou 
tribunal competente. 
Art. 254. O juiz dar-se-á por 
suspeito, e, se não o fizer, poderá ser 
recusado por qualquer das partes: 
I - se for amigo íntimo ou inimigo 
capital de qualquer deles; 
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou 
descendente, estiver respondendo a 
processo por fato análogo, sobre 
cujo caráter criminoso haja 
controvérsia; 
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, 
consangüíneo, ou afim, até o terceiro 
grau, inclusive, sustentar demanda ou 
responder a processo que tenha de 
ser julgado por qualquer das partes; 
IV - se tiver aconselhado qualquer 
das partes; 
V - se for credor ou devedor, tutor ou 
curador, de qualquer das partes; 
Vl - se for sócio, acionista ou 
administrador de sociedade 
interessada no processo. 
A arguição de suspeição precede 
qualquer outra, salvo quando fundada em 
motivo superveniente (art. 96 do CPP). Obs.: 
Havendo a atuação no feito de juiz 
suspeito, existirá uma nulidade relativa. 
• Suspeição arguida de ofício pelo juiz 
(art. 97 do CPP): afirmar por escrito os 
motivos da suspeição (motivo legal), 
remetendo imediatamente o processo ao 
seu substituto, sendo intimadas as partes. 
• Suspeição arguida pela parte (chamada 
excipiente) (art. 98 do CPP): deve fazer 
em petição assinada por ela oupor 
procuração com poderes especiais 
(exceção de suspeição), com os motivos, 
prova documental e rol de testemunhas. 
Obs.: Informativo 560 do STJ 
Caso a parte contrária reconheça a 
procedência de arguição de suspeição, é 
permitido que seja sustado o processo 
principal de forma excepcional, até qe seja 
julgado incidente de suspeição (art. 102 do 
CPP) 
Suspeição de membro do MP: o juiz, depois 
de ouvi-lo, decidirá, sem recurso, podendo 
antes admitir a produção de provas no 
prazo de três dias (art. 104 do CPP). 
Suspeição dos peritos, os intérpretes e os 
serventuários ou funcionários de justiça: o 
juiz decide de plano e sem recurso, à vista 
da matéria alegada e prova imediata (art. 
105 do CPP). 
Suspeição dos jurados: deverá ser arguida 
oralmente, decidindo de plano do 
presidente do Tribunal do Júri, que a 
rejeitará se, negada pelo recusado, não for 
imediatamente comprovada, o que tudo 
constará da ata (art 106 do CPP). 
Não é possível arguição de suspeição 
das autoridades policiais, mas elas 
deverão se declarar suspeitas, quando 
presente motivo legal. 
b) EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA DO JUIZ: 
(DECLINATÓRIA FORI) 
É a defesa indireta apresentada pela parte 
para que seja reconhecida a 
incompetência relativa (territorial). 
Competência penal é matéria de ordem 
pública, motivo pelo qual pode ser arguida 
de ofício pelo juiz (não se aplica no 
processo penal a súmula 33 do STJ) 
Súmula 33 STJ: A incompeténcia 
relativa não pode ser declarada de 
oficio. 
Exceção de incompetência: deve ser 
oferecida verbalmente ou por escrito, no 
prazo de defesa preliminar sob pena de 
preclusão. Não suspende o curso do 
processo principal. O Ministério Público 
deve ser ouvido antes de proferida a 
decisão 
Se aceita a declinatória (após ouvir o MP): 
os autos serão encaminhados para o juízo 
competente que irá ratificar os atos 
instrutórios anteriores e renovar os atos 
decisórios (ja que são nulos). 
Recusada a incompetência o juiz 
continuará no feito. 
c) EXCEÇÃO DE LITISPENDÊNCIA, ILEGITIMIDADE 
DAS PARTES e COISA JULGADA: 
No caso de propositura de uma das 
exceções (litispendência, ilegitimidade da 
parte ou coisa julgada), a parte deverá 
fazê-la de forma articulada numa só 
petição. São processadas em apartado e 
em regra, não suspendem o andamento da 
ação penal (art. 111 do CPP). Por serem 
matérias de ordem pública, podem ser 
reconhecidas de ofício pelo juiz. 
Art. 110. Nas exceções de 
litispendência, ilegitimidade de parte 
e coisa julgada, será observado, no 
que Ihes for aplicável, o disposto 
sobre a exceção de incompetência 
do juízo. 
§ 1º Se a parte houver de opor mais 
de uma dessas exceções, deverá 
fazê-lo numa só petição ou 
articulado. 
§ 2º A exceção de coisa julgada 
somente poderá ser oposta em 
relação ao fato principal, que tiver 
sido objeto da sentença. 
LITISPENDÊNCIA: mais de uma ação sobre a 
mesma causa e as mesmas partes. 
Requisitos: Coexistência de processos, 
idêntica imputação fática, mesmo legitimado 
passivo, mesmo pedido. 
OBS.: A decisão que rejeita a exceção de 
litispendência -> irrecorrível -> pode ser 
atacada por habeas corpus. 
A decisão que aceita a exceção de 
litispendência -> recurso em sentido estrito 
(art. 581, III, do CPP). Se o juiz reconhecer 
de ofício a litispendência -> apelação (art. 
593, II do CPP). 
ILEGITIMIDADE DA PARTE: é possível o 
oferecimento de exceção para alegar 
ilegitimidade da parte ad causam 
(condição da ação) e ilegitimidade ad 
processum (pressuposto processual -
capacidade postulatória). 
No caso da primeira, todo o processo será 
nulo, já a ilegitimidade ad processum 
permite que os atos praticados sejam 
saneados, desde que ratificados. 
OBS.: A decisão que rejeita a exceção de 
ilegitimidade da parte ou o acolhimento de 
oficio pelo juiz > irrecorrivel > pode ser 
atacada por habeas corpus ou mandado 
de segurança. 
A decisão que aceita a exceção de 
ilegitimidade da parte -> recurso em sentido 
estrito (art. 581, III do CPP). 
 
COISA JULGADA (exceptio rei judicatae): 
somente pode ser oposta em relação ao 
fato principal. 
Ou seja, já foi julgado o mesmo fato 
processual, quando se tem o trânsito em 
julgado e se oferece um outro processo com 
o mesmo fato. 
OBS.: A decisão que rejeita a exceção de 
coisa julgada › irrecorrível > pode ser 
atacada por habeas corpus ou arguição 
desta matéria como preliminar no recurso de 
apelação. 
A decisão que aceita a exceção de coisa 
julgada › pode ser impugnada por recurso 
em sentido estrito (art. 581, IlI do CPP). Se o 
juiz reconhecer de oficio a coisa julgada › 
apelação (art. 593, Il do CPP). 
INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS: Os 
institutos da Incompatibilidade, Impedimento 
e suspeição não se confundem: 
SUSPEIÇÃO: está relacionada a um vinculo 
ou relação do juiz com partes do processo. 
Possui previsão expressa no art. 254 do CPP. 
Ou seja, ocorre quando o juiz tem sua 
imparcialidade prejudicado. Em detrimento 
de um vínculo ou relação com alguma das 
partes do processo. 
IMPEDIMENTO: interesse do juiz em relação 
ao objeto da demanda, Possui previsão 
expressa no art. 252 do CPP. 
Logo, é o total impedimento, uma relação 
direta do juiz com a demanda. Nesse caso, 
o juiz está proibido de participar do 
julgamento daquela ação. 
 
Art. 252. O juiz não poderá exercer 
jurisdição no processo em que: 
I - tiver funcionado seu cônjuge ou 
parente, consangüíneo ou afim, em 
linha reta ou colateral até o terceiro 
grau, inclusive, como defensor ou 
advogado, órgão do Ministério 
Público, autoridade policial, auxiliar 
da justiça ou perito; 
II - ele próprio houver desempenhado 
qualquer dessas funções ou servido 
como testemunha; 
III - tiver funcionado como juiz de 
outra instância, pronunciando-se, de 
fato ou de direito, sobre a questão; 
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou 
parente, consangüíneo ou afim em 
linha reta ou colateral até o terceiro 
grau, inclusive, for parte ou 
diretamente interessado no feito. 
INCOMPATIBILIDADE: decorre das normas 
estabelecidas nas Leis de Organização 
Judiciária (como regra), suas causas estão 
amparadas em razão de conveniência. 
Abrange as demais situações que não são 
previstas como suspeição ou impedimento, 
como razões de foro intimo não previstas na 
lei, mas que afetam a imparcialidade do Juiz. 
Tem o DEVER de declarar sua 
incompatibilidade ou impedimento legal, 
abstendo-se de servir no processo. Isso vale 
para o Juiz, Ministério Público, Serventuários 
ou funcionários da justiça, Peritos ou 
interprétes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mapa Suspeição 
 
 
SUSPEIÇÃO
Arguida de ofício
Reconhecida a 
suspeição
sustará a marcha 
do processo
juntar aos autos 
petição do 
recusante com os 
documentos e por 
despacho se 
declarará suspeito
remetendo aos 
autos ao substituto
Arguida pela parte 
Não aceita a 
suspeição
Autuar em 
apartado e dará 
resposta em 3 dias
Remeter em 24 
horas ao juízo ou 
tribunal competente.

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