Buscar

doutrina e jurisprudência art 5 II

Prévia do material em texto

UNIFIEO – CENTRO UNIVERSITÁRIO FIEO
Giovanna Durazzo Leandro Grespan
 
DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA.
ART. 5 CF, INCISO II.
 OSASCO
 2020.
 Giovanna Durazzo Leandro Grespan 
DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA.
ART. 5 CF, INCISO II.
 Pesquisa apresentada ao curso de
 Direito do Centro FIEO- UNIFIEO
 orientado pelo professor: Franco 
 Cocuzza. 
 Osasco
 2020
Essa pesquisa foi realizada com a finalidade de trazer a Doutrina e a Jurisprudência do inciso II do art. 5 da Constituição Federal com a citação de autores sobre o tema, acórdãos com o uso do referido inciso e um posicionamento sobre os mesmos.
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
podemos considerar que o princípio da legalidade é uma garantia constitucional. Pois é uma maneira de proteger os indivíduos contra os a julgamentos cometidos pelo Estado e por particulares. Assim, os indivíduos possui liberdade para fazerem o que quiserem, desde que não seja um ato, um comportamento ou uma ação proibida por lei.
Segundo o livro Direito Constitucional do Rodrigo Padilha, o inciso II, Art.5 está ligado ao princípio de Legalidade, que é um dos poderes que limita o poder do estado e é aplicado a diversos ramos do direito. É citado da seguinte maneira:
“Existem dois tipos de legalidade: legalidade genérica (art. 5.º, II), na qual a pessoa pode fazer tudo o que a lei não proíbe, como constituir amizade, matar insetos, desfazer namoros etc.;”
 No Curso de Direito Constitucional do Manoel Gonçalves Ferreira, o princípio da Legalidade é explicado como “ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”, “Só a lei pode criar obrigação para o indivíduo, porque ela é apenas expressão da vontade geral. Expressão da vontade geral por seu órgão, o Parlamento. Expressão da vontade geral, que a tudo e todos governa, na democracia.”
 Direito Constitucional esquematizado de Pedro Lenza, cita que o princípio da legalidade surgiu com o Estado de Direito, e se opunha a toda forma de poder autoritário, antidemocrático. Esse princípio já estava previsto no art. 4.º da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. No direito brasileiro vem contemplado nos arts. 5.º, II. 
Registro: 2019.0000970967
 ACÓRDÃO
 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2192680-17.2019.8.26.0000, da Comarca de Campo Limpo Paulista, em que é agravante GUSTAVO RAMOS DA SILVA, é agravado OMNI S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO. 
ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 29ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: Deram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Desembargadores FABIO TABOSA (Presidente sem voto), NETO BARBOSA FERREIRA E SILVIA ROCHA. São Paulo, 
20 de novembro de 2019.
CARLOS DIAS MOTTA
Agravo de Instrumento nº 2192680-17.2019.8.26.0000 
Agravante: Gustavo Ramos da Silva
 Agravado: Omni S/A Crédito Financiamento e Investimento 
Comarca: Campo Limpo Paulista 
Voto nº 15992
Agravo de instrumento. Recurso interposto contra a r. decisão que determinou a intimação do agravante para indicar onde o veículo pode ser encontrado. Cabimento recursal (art. 1.015, inciso I, do CPC/15). Desdobramento da liminar de busca e apreensão. Questão essencialmente cautelar. Precedente. Mérito. O Decreto-Lei nº. 911/1969 não obriga o devedor/agravante a entregar o bem oferecido em garantia. Obrigação imposta que de fato viola o princípio da legalidade (art. 5º, inciso II, da CF/88). Cabe à credora/agravada valer-se dos meios adequados ao alcance de sua pretensão. Precedentes jurisprudenciais. Na falta de argumentos aptos a infirmar as convicções judiciais já esposadas, tem-se que a liminar deferida deve ser confirmada. Agravo de instrumento provido. 
Vistos.
Trata-se de Agravo de Instrumento (fls. 01/15), com requerimento de efeito suspensivo, interposto por Gustavo Ramos da Silva, em razão da r. decisão de fls. 82, proferida nos autos do proc. 1000208-49.2019.8.26.0115, pelo MM. Juízo da 1ª Vara Judicial da Comarca de Campo Limpo Paulista, que determinou a intimação do agravante para indicar onde o veículo pode ser encontrado. Alega o agravante, em resumo, que: o recurso é cabível, com fundamento no art. 1.015, incido VI, do CPC/15; há risco iminente de imposição de sanções legais; inexiste previsão legal que o obrigue a prestar a informação requisitada; cabe à agravada requerer a conversão da busca e apreensão em execução. O requerimento de efeito suspensivo foi inicialmente indeferido (fls. 17/18) e, posteriormente, reconsiderado, para deferi-lo (fls. 20/23). O recurso foi regularmente processado, com apresentação de resposta (fls. 28/37). 
É o relatório.
Decido:
Como já adiantado por ocasião da segunda decisão liminar (fls. 20/23), o recurso é cabível, nos termos do art. 1.015, inciso I, do CPC/15, por se tratar de desdobramento da decisão liminar que deferiu a busca e apreensão e versar sobre questão essencialmente cautelar. Nesse sentido, confira-se: 
Busca e apreensão - Alienação fiduciária - Afastado pela maioria da turma julgadora o não cabimento do agravo de instrumento contra decisão interlocutória que determina que o réu apresente o veículo ou informe o seu paradeiro, sob pena de multa diária, conhece-se do agravo. - Favorecido pela busca e apreensão, ao autor incumbe localizar o bem móvel objeto de contrato de financiamento garantido por alienação fiduciária, não se autorizando exigir do réu informação sobre o paradeiro ou apresentação da coisa - Agravo provido. (TJSP; Agravo de Instrumento 2055694-90.2018.8.26.0000; Relatora: Silvia Rocha; 29ª Câmara de Direito Privado; j. 06/06/2018) 
Neste contexto, prevalece o entendimento de que o Decreto-Lei nº. 911/1969 não obriga o agravante a entregar o bem oferecido em garantia, de modo que a obrigação imposta pela r. decisão recorrida, de fato, viola o princípio da legalidade (art. 5º, inciso II, da CF/88), cabendo à credora agravada se valer dos meios adequados visando ao alcance da sua pretensão. Nesse sentido, confira-se: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. Alienação fiduciária. Ação de busca e apreensão. R. decisão agravada que, entre outros pontos, determinou ao réu a indicação do paradeiro do veículo para viabilizar o cumprimento da liminar, sob pena de multa cominatória. Decreto-Lei nº 911/1969 que não obriga o devedor fiduciante a entregar o bem oferecido em garantia. Cominação que viola o princípio da legalidade (art. 5º, II, da CF). Credor que pode se valer dos meios adequados visando ao alcance da sua pretensão. Revogação do item 3 da r. decisão agravada, para afastar a determinação judicial e a multa cominatória. Decisão parcialmente reformada. Agravo de instrumento provido. (TJSP; Agravo de Instrumento 2234493-58.2018.8.26.0000; Relator: Carlos Dias Motta; Órgão Julgador: 29ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional III - Jabaquara - 6ª Vara Cível; Data do Julgamento: 28/02/2019; Data de Registro: 28/02/2019)
Confira-se, por oportuno, excerto do referido julgado: “Quanto ao mérito, o Decreto-Lei nº 911/1969, que prevê procedimento específico à espécie, faculta ao devedor “requerer, nos mesmos autos, a conversão do pedido de busca e apreensão em ação executiva”,caso o bem alienado não seja encontrado ou não se ache na posse do devedor (art. 4º).
 O decreto, ainda, não obriga o devedor fiduciante a entregar o bem oferecido em garantia, de modo que a cominação de multa processual ao devedor viola o princípio da legalidade, segundo o qual “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (art. 5º, II, da CF). Nesse sentido: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. Busca e apreensão. Alienação fiduciária. Decisão que determinou a intimação do agravante para informar o paradeiro do veículo sob pena de litigância de má-fé. Ausência de previsão legal. Diligências para a localização do bem que devem ser adotadas pelo credor. Mecanismos para a execução da liminar que podem ser adotados pelo juiz, conforme dispõem os §§9º, 10º e 11º do Dec-Lei 911/69. Precedentes da jurisprudência. Recurso provido. (TJSP; Agravo de Instrumento 2163602-80.2016.8.26.0000; Relator (a): Milton Carvalho; Órgão Julgador: 36ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 23ª Vara Cível; Data do Julgamento: 27/09/2016; Data de Registro: 27/09/2016) Agravo de Instrumento Alienação Fiduciária Ação de Busca e Apreensão A decisão que aplica ao litigante, multa processual é agravável, ex vi do que dispõe o inciso II, do art. 1015, do NCPC Penalidade por litigância de má-fé imposta ao réu, tendo em vista que não informou o paradeiro do veículo Descabimento Inexistência de previsão legal que embase a obrigação do réu de informar a localização do bem O Decreto-Lei nº 911/69 dispõe que, uma vez não localizado o bem, ou não se achar na posse do devedor, o credor poderá requerer a conversão do pedido de busca e apreensão, nos mesmos autos, em ação de execução Ausente obrigação de informar a localização do veículo, não há que se falar na litigância de má-fé Recurso provido. (TJSP; Agravo de Instrumento 2223672-29.2017.8.26.0000; Relator (a): Neto Barbosa Ferreira; Órgão Julgador: 29ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional VII - Itaquera - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 28/02/2018; Data de Registro: 28/02/2018) No caso, de rigor a revogação do item 3 da r. decisão agravada, que determinou a determinou a indicação do paradeiro do veículo, cominada multa diária, para o caso não fornecimento de tais informações no prazo de cinco dias, eis que manifestamente ilegal. 
Cabe ao credor se valer dos meios adequados visando ao alcance da sua pretensão.”
Destarte, ausentes novos elementos aptos a elidir as convicções judiciais já esposadas na segunda decisão liminar, que deferiu o requerimento de efeito suspensivo pretendido pelo agravante, sua confirmação é medida que se impõe. 
Por fim, considera-se prequestionada toda a matéria constitucional e infraconstitucional ventilada nos autos, evitando-se, com isso, a oposição de embargos de declaração para este fim. 
Ante o exposto, dou provimento ao recurso, confirmada a liminar.
CARLOS DIAS MOTTA
 Relator
 O acórdão julgado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, traz que o agravante Gustavo Ramos da silva realizou um financiamento pela Omni S/A Crédito Financiamento e Investimento e como alienação fiduciária desse pagamento, o devedor, Gustavo, garantiu seu carro. Havendo inadimplência da parte do devedor, a garantia é usada para que o credor cubra as despesas. O Decreto-Lei nº. 911/1969 “Art. 3o O proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que comprovada a mora, na forma estabelecida pelo § 2o do art. 2o, ou o inadimplemento, requerer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, podendo ser apreciada em plantão judiciário.” não obriga o devedor a entregar o bem móvel que foi oferecido, porém é uma Cominação que viola o Art. 5, inciso II, “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;” ou seja, o Gustavo não pode ser obrigado a fazer algo que não está determinado na lei, e a lei diz que o credor tem direito de que sofrendo inadimplência por parte de seu devedor a busca e apreensão do bem que lhe foi garantido. O voto e o que foi proferido fica de acordo com a inviolabilidade do Art.5, inciso II, determinando que o réu indique o paradeiro do bem móvel ( o carro ) em até cinco dias sobre a pena de litigância de má-fé por estar colocando empecilhos para concluir o julgamento final. 
Registro: 2019.0000742825 
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo Interno Cível nº 2137861-33.2019.8.26.0000/50000, da Comarca de São Paulo, em que é agravante SINDICATO DA INDUSTRIA DE PRODUTOS FARMACEUTICOS NO ESTADO DE SAO PAULO, são agravados CETESB - COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL e ESTADO DE SÃO PAULO.
ACORDAM, em 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.
O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRO (Presidente sem voto), OTAVIO ROCHA E TORRES DE CARVALHO.
São Paulo, 5 de setembro de 2019 
NOGUEIRA DIEFENTHALER
 RELATOR
Voto nº 36829 
Processo: 2137861-33.2019.8.26.00000/50000 
Agravante: Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos 
Agravado: Estado de São Paulo e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo CETESB 
Juiz: Josué Vilela Pimentel 
Comarca de São Paulo
 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente
AGRAVO INTERNO. RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO MONOCRÁTICA INDEFERITÓRIA DE EFEITO SUSPENSIVO EM SEDE DE TUTELA PROVISÓRIA INCIDENTAL. Interposição fundada no artigo 1.021, “caput” do Código de Processo Civil/2015. Decisão que indeferiu o pedido de concessão de efeito suspensivo pretende a concessão de efeito suspensivo aos efeitos da Resolução SMA nº 45/2015 e da Decisão de Diretoria da CETESB nº 76/2018. Ausência dos requisitos ensejadores da medida colimada. Decisão mantida. Recurso não provido.
Vistos;
Trata-se de agravo interno interposto por SINDICATO DA INDÚSTRIA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS SINDUSFARMA em face da r. decisão monocrática (fls. 431/435) que indeferiu a concessão de efeito suspensivo aos efeitos da Resolução SMA nº45/2015 e da Decisão de Diretoria da CETESB nº 76/2018, a fim de obstar a exigência de “plano de logística reversa” no ato de emissão ou de renovação de licença ambiental. 
Inconformado, pretende, nesta sede, reformar referida decisão reiterando os argumentos já aduzidos na petição de tutela provisória incidental, qual seja a necessidade de concessão da liminar pleiteada, em razão da plausibilidade do direito reclamado, considerando que a exigência de apresentação de plano de “logística reversa” pela CETESB baseia-se em documentos normativos ilegais e inconstitucionais, na medida em que a Resolução SMA 45/2015 e a Decisão de Diretoria da CETESB nº 076/2018 extrapolam os limites da competência ambiental do Estado de São Paulo, pois, ao inovarem o ordenamento jurídico com a imposição de obrigação para o setor industrial de medicamentos, alimentos e bebidas funcionais consistente na apresentação de plano de logística inversa para obtenção de licenciamento ambiental, mostram-se incompatíveis com a Lei federal nº 12.305/2010, além de ofenderem o princípio da legalidade (art. 5º, inciso II da CF/88) e o princípio da legalidade administrativa (art. 37, caput, da CF/88), porquanto extrapolaram os limites delineados pelo referido diploma federal, que dispôs sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a fim de obter a reconsideração da decisão monocrática de fls. 431/435. 
A parte agravada foi intimada nos termos do art. 1.021, § 2º, da lei adjetiva civil, e apresentou resposta. A fls. 27/32 a Fazenda Pública estadual interpôs petição reiterando a necessidade de manutenção da decisão agravada. 
É o breve relatório. Passo ao voto.
1. Conheço do recurso ora interposto, porquanto tenho por presentes os pressupostos de admissibilidade. 
2. No mérito, todavia, o agravo não comporta provimento. Embora tenha impugnado especificadamente os fundamentosda decisão agravada (art. 1.021, § 1º, do CPC), no caso presente, os argumentos apresentados não merecem prosperar.
E isto, porque as alegações aqui contidas mostram-se genéricas, não se mostrando excepcionais ou que se de autorizem a concessão de efeito suspensivo.
Quando da análise da petição apresentada pelo agravante decidi que:
(...) que o pedido ora veiculado incidentalmente foi objeto de análise liminar do recurso de agravo de instrumento nº 2222024-77.2018.8.26.0000 . Destaco, ademais, que a liminar foi indeferida e, posteriormente, em sede de pedido de reconsideração, a concessão de efeito suspensivo foi novamente negado .
 Pois bem. Em exame dos documentos acostados a estes autos, não vislumbro elementos capazes de alterar a decisão proferida liminarmente pelo r. Juízo a quo (que foi impugnada por agravo de instrumento) e, posteriormente melhor examinada em sentença, na medida em que, para a concessão do efeito suspensivo requerido, seria necessária a comprovação ex plano a alegada ilegalidade e inconstitucionalidade da Resolução SMA nº 45/2015 e da Decisão de Diretoria da CETESB nº 76/2018 o não se constata no caso presente , de vez que, ao disciplinar a “logística reserva” no âmbito ambiental do Estado de São Paulo, fê-lo em consonância com as diretrizes e princípios da Política Estadual de Resíduos Sólidos (Lei estadual nº 12.300/2006) e da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei federal nº 12.305/2010).
Reitero, ainda, o quanto disposto na decisão liminar que proferi no recurso de agravo de instrumento, acerca da disciplina da “logística reversa” na Resolução SMA nº 45/2015 e da Decisão da Diretoria CETESB 76/2018, porquanto me filio ao entendimento de que estão amparadas pela repartição e competência administrativa feita pela Constituição da República (art. 23, inciso VI, c/c art. 225, caput e §1º).
Não há, assim, ab initio, vício normativo capaz de sustentar a concessão liminar da medida reclamada na presente medida, especialmente, porque a presunção de legitimidade do ato administrativo, a despeito de ser relativa, conforme apontado pelo requerente, deve ser desconstituída pelo particular e não apenas impugnada na via judicial para que se justifique seu afastamento de plano demonstração esta que não constato no caso presente. 
Some-se a isso, como igualmente assentado na decisão liminar do agravo de instrumento, tenho por ausente a demonstração de perigo da demora do provimento jurisdicional, haja vista que a requerente almeja a suspensão dos efeitos dos referidos atos normativos visando ao interesse de seus sindicalizados, não demonstrando, in casu, o perigo de superveniência de dano irreversível. Almeja, em verdade, apenas afastar a obrigação de apresentar o plano de logística reversível exigida pelo órgão ambiental para a concessão de licença ambiental às indústrias farmacêuticas. (fls. 433/435). 
Assim, depreende-se das razões do recurso de agravo interno a absoluta ausência de argumentos novos a serem ponderados, acolhidos ou rejeitados por esta Relatoria, razão pela qual, fica mantida a r. decisão agravada.
Por fim, consigno estar devidamente fundamentado este julgado, em total respeito ao art. 93, IX, da Constituição Federal e também ao § 3º do art. 1021 do CPC/2015. 
Diante do exposto, nego provimento ao agravo interno. 
NOGUEIRA DIEFENTHÄLER
Diante do acórdão que foi julgado pelo Tribunal de Justiça e tem como agravante o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos e agravado o Estado de São Paulo e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, o relator negou provimento ao agravo interno, pois a CETESB extrapolam os limites de competência ambiental e que ofendem o princípio da legalidade, imposta no Art. 5 inciso II, “ ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”, ou seja, se esta expressamente determinado a obrigatoriedade de fazer ou de não fazer algo, ninguém poderá ser julgado. Além de se mostram incompatíveis com a lei federal nº 12.305/2010. Pelo que foi apresentado pelo agravante, fica-se entendido que o CETESB, o agravado, em verdade, quer apenas afastar a obrigação de apresentar o plano de logística reversível exigida pelo órgão ambiental para a concessão de licença ambiental às indústrias farmacêuticas.

Continue navegando