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As reações ao transplante

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As reações ao transplante – Imunologia
Uma rejeição de transplante ocorre quando o sistema imune do receptor ataca o órgão ou tecido transplantado. A resposta imune protege o corpo contra substâncias potencialmente nocivas ("antígenos"), como microorganismos, toxinas e células cancerosas. O sistema imune distingue "o que é próprio" do "que é estranho" e reage contra substâncias que considera como "estranhas". A presença de sangue ou tecido estranho no corpo desencadeia uma resposta imune que resulta em reações à transfusão de sangue e rejeição de transplante.
O sangue e os tecidos contêm proteínas identificadoras na superfície que auxiliam a distinguir os tecidos "próprios" dos tecidos "estranhos". Essas proteínas podem agir como antígenos que desencadeiam a resposta imune, formando anticorpos contra os antígenos estranhos. (antígenos de histocompatibilidade).
Nas transfusões de sangue, a rejeição é relativamente simples de se evitar, pois os glóbulos vermelhos apenas possuem três antígenos principais na sua superfície. Estes antígenos determinam o tipo sanguíneo e são chamados de A, B e Rh. O médico faz um teste para se certificar que os antígenos no sangue do doador e no sangue do receptor são totalmente compatíveis.
No caso do transplante de órgãos, entretanto, existem inúmeros antígenos presentes. Esses antígenos são denominados antígenos de leucócitos humanos (HLA) ou complexo principal de histocompatibilidade (MHC). Eles ocorrem na superfície de cada célula no organismo. Cada pessoa tem um HLA único, que determina o tipo de tecido. O tipo de tecido do doador deveria, idealmente, ser totalmente compatível com o tipo de tecido do receptor. Entretanto, uma combinação perfeita de HLA é extremamente rara e alguns indivíduos estão muito doentes para esperar por um doador altamente compatível. Nestes casos, os médicos, por vezes, utilizam o tecido do doador que não é uma combinação exata, mas é uma combinação mais compatível. Uma melhor combinação de HLA entre o doador e o receptor diminui a probabilidade e a gravidade de rejeição e melhora os resultados de longo prazo. No entanto, considerando que a terapia de imunossupressores tem se tornado mais eficaz, o grau de compatibilidade tem um efeito menor no sucesso de um transplante.
Antes do transplante, o sangue do receptor é triado para anticorpos contra os tecidos do doador. O organismo pode produzir estes anticorpos como resposta a uma transfusão de sangue, a um transplante anterior ou a uma gravidez. Se estes anticorpos estiverem presentes, o transplante não será possível pois ocorrerá uma rejeição imediata e severa. A troca de plasma e imunoglobulina intravenosa (IGIV) tem sido usada para retirar ou inibir os anticorpos e, assim, viabilizar o transplante quando não está disponível uma combinação quase exata. (IGIV são anticorpos obtidos do sangue coletado de pessoas com um sistema imunológico normal.)
Com exceção de gêmeos idênticos, duas pessoas não têm antígenos teciduais idênticos. Por essa razão, o transplante de órgãos e de tecidos quase sempre causa uma resposta imune contra o tecido estranho (rejeição), o que resulta em destruição do transplante. A "tipagem do tecido" assegura que o órgão ou tecido sejam, tanto quanto possível, semelhantes aos tecidos do receptor. Esse procedimento é realizado porque uma diferença maior de antígenos causa uma rejeição mais rápida e mais grave.
Existem, porém, algumas exceções. Os transplantes de córnea raramente são rejeitados, porque a córnea não tem suprimento sangüíneo, de modo que os linfócitos e anticorpos não chegam até ela e, conseqüentemente, não ocorre rejeição. 
Ao contrário do sangue transfundido, os órgãos transplantados, mesmo quando os tipos de tecidos são altamente compatíveis, são geralmente rejeitados, a menos que se tomem medidas para evitar a rejeição. A rejeição pode ser leve e facilmente controlada ou grave, o que resulta na destruição do órgão transplantado.A rejeição pode ser controlada através do uso de fármacos denominados imunossupressores, que inibem o sistema imunológico e a capacidade do organismo de reconhecer e destruir as substâncias estranhas. O uso de imunossupressores aumenta a probabilidade de sobrevivência do órgão transplantado.
 Referências:
 www.msdmanuals.com

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