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Arranjo Físico de Produção Profa. Wilma M. Costa * ARRANJO FÍSICO (LAYOUT) * INTRODUÇÃO O espaço físico organizacional influi no trabalho desenvolvido pelos indivíduos dentro da empresa Importa mais o fluxo do trabalho e pessoas que o aspecto visual e de conforto Estabelecido a partir do estudo do sistema de informações relacionado com a distribuição dos móveis, máquinas, equipamentos e pessoas Maior economia e produtividade Pode influir na motivação * Arranjo Físico ou Layout INTRODUÇAO O arranjo físico de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento dos recursos de transformação. Define onde colocar: Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção * O arranjo físico é uma das características mais evidentes de uma operação produtiva porque determina sua “forma” e aparência; O arranjo físico determina a maneira segundo a qual os recursos transformados (materiais, informações e clientes) – fluem pela operação; * Planejar o arranjo físico de uma certa instalação significa tomar decisões sobre a forma como serão dispostos, nessa instalação, os centros de trabalho que aí devem permanecer; Um centro de trabalho é qualquer coisa que ocupe espaço: um departamento, uma sala, uma pessoa ou grupo de pessoas, máquinas, equipamentos e etc. * Três motivos que tornam importantes as decisões sobre arranjo físico 1) Elas afetam a capacidade da instalação e a produtividade das operações: uma mudança adequada no arranjo físico pode muitas vezes aumentar a produção que se processa dentro da instalação, usando os mesmos recursos que antes, exatamente pela racionalização no fluxo de pessoas e/ou materiais. * 2) Mudanças no arranjo físico podem implicar no dispêndio de consideráveis somas de dinheiro, dependendo da área afetada e das alterações físicas necessárias nas instalações, entre outros fatores. 3) As mudanças podem representar elevados custos e/ou dificuldades técnicas para futuras reversões; podem ainda causar interrupções indesejáveis no trabalho. * Questões Estratégicas O layout tem muitas implicações práticas e estratégicas. Alterar um layout pode afetar uma organização e o quão bem ela atinge suas prioridades competitivas (qualidade, custo, flexibilidade, rapidez e confiabilidade) de diferentes maneiras: Aumentando a satisfação do cliente e as vendas em uma loja de varejo; Facilitando o fluxo de materiais e informações; Aumentando a utilização eficiente de trabalho e equipamento; Reduzindo riscos para os trabalhadores; Aumentando o ânimo dos funcionários e Melhorando a comunicação. * Questões Estratégicas O tipo de operação determina os requisitos de layout. Por exemplo, em armazéns, os fluxos de materiais e os custos de operação de estoques são considerações dominantes. Em lojas de varejo, o conforto do cliente e as vendas podem predominar, ao passo que a efetividade da comunicação e a construção de equipes podem ser cruciais em um escritório. * Que faz um bom arranjo físico Segurança inerente – áreas restritas e saídas de emergência Extensão do fluxo – minimizar ou não o fluxo de materiais, informações e clientes Clareza de fluxo – sinalização de rotas Conforto para os funcionários - ergonometria Coordenação gerencial – facilitação de gerenciamento Acessibilidade – facilidade de limpeza e manutenção * Tipos básicos de arranjo físico Arranjo físico posicional ou fixo Arranjo físico por processo ou funcional Arranjo físico celular Arranjo físico por produto * A decisão sobre qual arranjo físico adotar para operação, depende de uma análise da relação volume–variedade. * Arranjo Físico Posicional É o arranjo físico no qual os recursos transformados (materiais, informações ou consumidores) não se movem, enquanto os recursos de transformação (equipamentos e pessoal) devem se mover para e na região onde esta sendo feito o processo de produção. Aplica-se nos casos onde o recurso transformado é muito grande, ou são muito delicados para serem movidos. Exemplos: Construção de uma rodovia Restaurante classe alta (diferente de comida por quilo) Cirurgias (paciente não fica em movimento) Estaleiro (construção de navios) * Arranjo Físico Posicional * Arranjo Físico por Processo É o arranjo físico no qual os recursos de transformação e processos produtivos são similares e que, geralmente, por conveniência de controle e administração, ou peculiaridades do processo, devem ficar juntos. Exemplos: Nos hospitais, setores raio x, laboratórios e centros cirúrgicos são separados por necessidade gerencial; Em supermercados não vê-se carne misturado com pães, ou peixes junto com as verduras. Os setores são separados por causa de características peculiares de cada produto. * Arranjo Físico por Processo * Arranjo Físico Celular Os recursos transformados são separados em grupos de acordo com processos de fabricação idênticos ou similares, permitindo que todos os recursos de transformação necessários para sua produção sejam colocados juntos (células). Terminada a operação em uma célula, o lote de peças segue para outra célula, e assim por diante até sua conclusão. A célula em si pode ter outro arranjo. Exemplos: Manufatura de componentes de computador, de acordo com requisitos específicos de modelos distintos de componentes. * Arranjo Físico Celular * Arranjo Físico Celular * Arranjo Físico por Produto No caso de produção em massa, os recursos de transformação são dispostos de tal forma que otimize o tempo de produção. A seqüência prevista para o processo é exatamente a mesma na qual os recursos ficam arranjados fisicamente permitindo produção em larga escala, com baixos custos. Pode ser chamado de arranjo físico em ‘fluxo’ ou em ‘linha’. Exemplos: Restaurantes self-service Montagem de eletrodomésticos em massa Centrais de tratamento de água e esgoto * Arranjo Físico por Produto * Arranjo Físico Misto * A decisão sobre qual arranjo físico adotar para operação, depende de uma análise da relação volume–variedade. * Vantagens e Desvantagens * REFERÊNCIAS: SLACK, Nigel. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2002. CORRÊA, Henrique L. CORRÊA Carlos A. Administração de produção e de operações: manufatura e operações de serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2005.
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