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NICOLAU MAQUIAVEL - O PRÍNCIPE - RESUMO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DO CENTRO-
OESTE – UNIDESC 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
ADSON BRUNO ARAÚJO DE SANTANA 
 
 
 
 
 
 
 
O PRÍNCIPE – NICOLAU MAQUIAVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUZIÂNIA 
2018 
 
 
ADSON BRUNO ARAÚJO DE SANTANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PRÍNCIPE – NICOLAU MAQUIAVEL 
 
 
 
 
Apresenta-se o resumo do 
livro de Nicolau 
Maquiavel: O Príncipe. 
 
Professor: Adilson Santos 
 
 
 
 
 
 
 
LUZIÂNIA 
2018 
 
1. DO AUTOR 
Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, na Itália, em 3 de maio de 1469. Após a 
queda temporária do poder da família Medici em 1494, virou diplomata. Em 1592, foi 
banido da política, além de ter sido torturado e encarcerado por ter organizado uma 
milícia contra o retorno dos Medici. 
Sua obra de maior relevância é O Príncipe. Mas existem outras como: A Arte da 
Guerra (1521), A Madrágora (1524). Ainda é fundamental explicitar que Nicolau 
Maquiavel é considerado o pai da Teoria Política Moderna. 
 
2. O PRÍNCIPE 
O articulista desenvolve seu pensamento mostrando as várias facetas que 
envolvem as relações de um principado e o que príncipe pode ser, fazer e executar. 
Fala-se - em um momento inicial – que a busca por conquistar um território não pode 
ser de qualquer maneira nem pode haver uma censura no desejo de conquistar, uma vez 
que é inerente a busca por territórios. 
Em outro momento, diz-se dos erros que um príncipe pode cometer, visto que é 
um erro eliminar os menos fortes, aumentar o prestígio de um poderoso, colocar um 
estrangeiro poderosíssimo no comando, não habitar o país conquistado e – por fim – não 
instalar colônias (as colônias são maneiras de não entrar em um território por maneira 
forçada, seria uma forma de dominar um determinado território, mas sem que haja 
agressão ou qualquer ação que remeta a isso). Afigurando todos esses erros, ainda há 
um que é gravíssimo: tomar o território de quem o ajudou a ser vitorioso em uma 
conquista de território alheio. 
Em um principado, existem aqueles que possuem só príncipe e servos ( estes 
ajudam a governar); outros são compostos por príncipe e barões – estes vão ter Estados 
e súditos próprios. Os súditos reconhecem os barões como senhores, bem como vão ter 
afeição a eles. Fala-se que para conservar um Estado, são dados três modos: ou arruiná-
lo, ou habilitá-lo ou deixar viver com suas leis. 
 
Além disso, é fundamental um homem prudente, seguir caminhos por aqueles 
que se tornaram grandes e imitar os que foram excelentes, caso não seja possível 
alcançar a virtude, pelo menos venha auferir algum proveito. A ideia de tornar-se chefe 
não é fácil, muito menos introduzir ordem, pois, quando há um território recém-
conquistado, aquele que queira dar ordens vai ter como inimigos todos os que obtinham 
vantagem com as velhas instituições, mas também vai encontrar fracos defensores (são 
os que nascem por medo dos adversários, possuem a lei para seus interesses, não creem 
nas inovações a não ser que resulte de uma firme experiência), sendo um fator que 
beneficia a nova ordem, pois não têm forças para guerrear. 
O Estado é concedido seja por dinheiro seja por graça do concedente. Dentro 
deste preceito existem os que não sabem, estes não sabem comandar, não são homens de 
grandes virtudes e engenho, por terem vivido sempre em ambiente privado, não 
possuem o espírito do comando. Outro ponto é que não vai ter forças amigas e fiéis, 
visto que o Estado que surge rapidamente não pode ter raízes e estruturação perfeitas, 
por consequência, existindo qualquer adversidade os extingue. Exceto aqueles que 
forem de tanta virtude que saibam, mesmo repentinamente se tornando príncipes, e 
desde logo se preparou para conservar aquilo que a fortuna possibilitou obter o poder. 
Dessa maneira, a conquista pela fortuna é fácil de acabar, já quando é pela virtude, 
haverá uma solidez maior. 
O autor narra a história de Alexandre VI que tinha como sucessor seu filho, mas 
para este sê-lo, teve que fazer vários procedimentos, tais como: extinguir as famílias do 
senhores que ele tinha tomado seus bens, conquistar todos gentis-homens de Roma, 
tornar o colégio dos representantes do poder mais seu e conquistar tanto poder antes que 
o pai morra. 
Além disso, é mostrado como Alexandre VI conquistou territórios, cometendo 
um crime perante seu tio Giovanni Fogliani que o criou quando foi abandonado. 
Alexandre fez uma cilada para seu tio e os seus seguidores, matando todos. Percebe-se, 
então, que a introdução ao poder pode acontecer de maneiras muito cruéis. 
Quando for falar de um principado civil, não é necessária virtude ou fortuna, 
mas astúcia afortunada. Aqui se caracteriza a força do povo na escolha do seu 
comandante que terá grandes poderes, sendo difícil derrubá-lo, já que a vontade do povo 
 
é soberana e não há ninguém que tenha forças para interferir. Para ter bom aspecto com 
relação ao povo, tem que governar para o povo, jamais para os poderosos. Todavia é 
imprescindível que o povo não o abandone, sendo primordial viver sempre com o 
mesmo povo. 
Por outro lado, aquele que chega ao principado por meio do apoio de poderosos, 
vai ter muitos problemas para se manter devido ao fato de que não vai ter força nas 
adversidades. Um caso exemplificado são os grandes que não querem a fortuna do 
príncipe e não estão por ambição, mas que pensam mais em si próprios, deve o príncipe 
temê-los como se fossem inimigos declarados, pois ajudarão a arruiná-lo na 
adversidade. 
Em um principado as armas são essenciais para que aconteça a proteção a um 
determinado território, podendo elas serem divididas em três partes: próprias, 
mercenárias, auxiliares ou mistas. As armas são aquilo com que o príncipe defende seu 
território. As armas próprias são às que fazem parte do próprio reinado. As mercenárias 
não são de confiança, são infiéis, sem segurança, são desunidas, ambiciosas e nem tem 
temor a Deus. 
 Já quanto às auxiliares, são mais perigosas que as mercenárias, aquelas levarão 
a ruína certa, uma vez que são unidas, são voltadas à obediência a outrem. As tropas 
mercenárias precisam de mais tempo e maior oportunidade, não só porque não 
constituem um todo, mas sim por terem sido organizadas e pagas pelo príncipe. Assim, 
evitar as tropas mercenárias e auxiliares é uma característica de um príncipe prudente, 
porquanto não representa vitória aquela que foi conquistada com armas alheias, pois 
tem a característica de levar a ruína. Enfim, as armas de outrem, ou te caem de cima, ou 
te pesam ou te constrangem. 
Como foi o caso de Saul e David quando este iria lutar com Golias, em que o 
primeiro ofereceu sua armadura ao segundo com a finalidade de encorajá-lo, mas David 
a recusou. Não era compatível com seu corpo, certamente iria o prejudicar. Portanto, 
para uma batalha, tem que ir com as armas que possuir, caso contrário, as armas (tropas) 
alheias o arruinará. 
 
Na outra vertente, existem as forças mistas, são aquelas que comportam tanto os 
mercenários como suas próprias forças. Estes juntos são melhores do que se existisse só 
as forças auxiliares ou só as mercenárias. Entretanto, estas duas são muito inferiores 
quando há somente as forças próprias. Dessa maneira, sem ter armas próprias nenhum 
principado está seguro, ao contrário, fica ele totalmente sujeito a sorte, não havendo 
virtude que o defenda nos momentos difíceis. As forças próprias são compostas por 
súditos, cidadãos e criaturas suas. 
Por isso é dito também que um principado tem que depender de si e ter força, 
todos os profetas armados venceram e os desarmados fracassaram. O fator primordial de 
ter força é que quando não acreditarem mais, se possa crê pela força imposta pelo 
detentor do poder. Isso quer dizer que o povo nem sempre estará de acordo com oque o 
príncipe decide, mas medidas mais drásticas podem ser feitas. 
Caminhando agora na linha de raciocínio colocando em evidência a prudência, o 
autor expõe a relevância dela a caracterizando como um elemento de grande valor, 
porque a sua utilização faz com que o homem não cometa equívocos muito menos se 
atenha a tomada de decisões precipitadas. Quando há pouca prudência, segundo 
Descartes, pode acontecer que o ser inicie uma coisa que pareça ser boa, sem se 
aperceber do veneno que ela encobre. E, com isso, tem-se o seguinte pensamento: quem 
não conhece os males logo no início não é verdadeiramente sábio, atributo vinculado a 
poucos. 
 A única arte para quem comanda: a guerra, sua organização e disciplina. Estes 
são os objetivos de um príncipe. A guerra é tão virtuosa que possibilita que homens que 
nunca tiveram intimidade com atividade de comandar, isto é, os de ambiente recluso e 
privado, possam chegar ao posto mais elevado. E, quando príncipe, não pode pensar 
mais nas delicadezas do que nas armas senão perderá seu Estado. Ele não pode 
negligenciar. 
Outra faceta essencial é que tem que entender de tropas, caso contrário, não vai 
ser estimado pelos soldados nem terá confiança deles. O exército de guerra tem que ser 
mantido bem organizado e exercitado, deve estar sempre em caçadas para acostumar o 
corpo às fadigas e para conhecer a natureza dos lugares e saber como surgem os montes, 
vales, como se estendem as planícies e aprender a natureza dos rios. Tais enumerações 
 
servem para conhecer o país e encontrar estratégias de defesa que são fornecidas por 
ele. 
Dentro de tudo que já foi explicitado, ainda é de bem ter um ser piedoso que um 
cruel, mas vai depender da situação; entre ser amado ou temido, é melhor ser temido, 
pois não podem existir as duas ao mesmo tempo. É de enorme demonstração dizer 
algumas características do homem: são ingratos, inconstantes, simuladores, tementes do 
perigo ambicioso de ganho e – enquanto lhes fizeres bem – são todos seus, oferecendo o 
próprio sangue, bens, a vida, desde que a necessidade esteja longe do outro. Assim que 
esta se avizinha, revoltam-se. Por esse motivo, o príncipe que confiou, está perdido. 
Haja vista que não se pode confiar na amizade originária do dinheiro, isto é, comprada. 
Ainda é exuberante salientar que os homens têm menos escrúpulos em ofender a 
alguém que se faça amar do que a quem se faça temer, posto que a amizade é mantida 
por um vínculo de obrigação que, por serem os homens maus, é quebrada em qualquer 
oportunidade. Entretanto, o temor não pode ser considerado da mesma forma e haverá o 
receito de castigo que jamais desaparecerá. Então, é fundamental um príncipe ser 
temido, mas não pode ser odiado. O ódio direcionado ao príncipe é sinal de que não terá 
forças, muito menos respaldo para comandar. 
A verdade é que a crueldade pode está inerente ao principado, no caso de guerra 
é importante conservar a fama de cruel. Isso dá respeito perante seus comandados e 
soldados. Ele precisa, em muitas ocasiões, derramar sangue de alguém, desde que o faça 
com conveniente justificativa e expondo os motivos de maneira clara e sem 
obscuridade. 
Nem sempre o que o príncipe fala vai vigorar para sempre. De acordo com as 
circunstâncias, sua palavra pode ser mudada e aquilo que foi prometido pode ser 
quebrado, porque jamais faltarão razões legítimas para justificar o não cumprimento da 
palavra. Por consequência e encaixando nesta mesma ideia, regras de uma divindade 
podem também ser descumpridas por meio destes mesmos argumentos. 
Outro elemento é vincular o príncipe a parecer piedoso, fiel, humano, íntegro, 
religioso, no entanto, também tem que está preparado e disposto a inclusive não ser – 
dependendo da situação configurada. Sendo que é importante saber tornar-se o 
 
contrário. A ideia aqui se justifica da seguinte forma: o príncipe para manter o Estado – 
muitas vezes - é obrigado a agir contra a fé, a caridade, a humanidade, a religião. Só que 
vale salientar que ele precisa possuir a sensibilidade de saber voltar quando o momento 
a determinar, haja vista que, apesar de não ter virado mal ou de ter se apartado do bem, 
foi necessário entrar em comandos com características de cunho maléfico. 
Em um principado, existe o conspirador, que é aquele que está do lado do medo, 
do ciúme, o castigo o atordoa. Para conspirar contra um príncipe, é evidente que não 
pode acontecer no momento em que há apoio da maioria do povo, por conseguinte, não 
vai ser possível quebrar esse amparo popular. 
Também é de grande saber que o ódio a um príncipe é um aspecto que jamais 
pode acontecer, existindo duas maneiras de se originar. A primeira está conectada 
quando o príncipe rouba do povo (rapace), a outra é enquanto o príncipe usurpa bens e 
mulheres dos súditos. Isso quebra a fidelidade do povo. Por isso, é razoável fazer 
também que o povo sinta a necessidade da presença do Estado, mas não o afastamento, 
a fim de que aquele seja fiel. 
Por fim, é basilar que o príncipe esteja preparado para mudanças conforme o 
surgimento dos tempos adversos, não podendo está apoiado totalmente à sorte. Sendo 
que deverá se adaptar às imposições da natureza e do tempo, por isso o seu caminho 
nem sempre vai ser trilhado por sua vontade ou gostos. 
3. DO POSICIONAMENTO CRÍTICO 
É interessante tudo o que foi falado, exposto e detalhado. Dá para compreender 
melhor como são tão necessárias às estratégias para que o reinado possa ser protegido e 
próspero. O príncipe deve está muito presente na condução do seu território, não pode 
ser omisso nas suas decisões, podendo elas serem aquilo que não vai ser agradável para 
alguns de seu povo, devendo pensar muito no todo, pois decisões atrapalhadas e sem um 
olhar geral podem trazer grandes problemas não só para o principado como também 
para todos que fazem parte do seu território. 
Percebe-se o quanto é difícil ter o domínio de um reinado, tem que ter tropas e 
treiná-las para as batalhas que possam surgir, conhecer tudo que esteja ao seu redor. 
Como exemplo: terra, rios, matas e qualquer elemento que aparentemente pode ser 
 
considerado insignificante, mas que numa batalha pode ser um suporte para estratégias, 
uma vez que aquele que não conhece seu meio está sujeito ao fracasso e 
vulnerabilidade. 
É perceptível ainda como a ética e a moral nem sempre estão presentes na 
conduta de um principado, podendo este ter atitudes que nem sempre vão ser bem vistas 
pelo povo, por exemplo, o uso da força e a imposição de medo, bem como possíveis 
execuções violentas. Porém tendo a sagacidade de justificar tais atos de maneira 
coerente com a finalidade de o povo não o odiar. 
Assim, o príncipe deve está ciente de tudo que ocorre em sua volta, ele está 
sujeito a muitas situações importantes os quais devem ser sabidas. A centralidade está 
nas suas mãos e as suas virtudes o possibilitam chegar nas mais coerentes decisões as 
quais não podem ser tomadas com um simples olhar, mas como um todo, visto que seu 
modo de governar não pode ser uma vertente para indignação de seu povo. Por 
consequência, hoje essas ideias expostas são de enorme significado para a condução dos 
governos demográficos. 
 
4. Referências Bibliográficas 
Maquiavel, Nicolau. O Príncipe. 
Seu History. Nicolau Maquiavel. Disponível em 
seuhistory.com/biografias/Nicolau-maquiavel. Acesso em 03/08/2018

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