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caso 2 direito romano

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE DIREITO
DISCIPLINA DE DIREITO ROMANO
PROGRAMA DE MONITORIA
DISCENTE: LUIS FERNANDO DE MATOS
TURMA 24 
NUSP: 11895347
CASO 2: Caio, recém-casado, parte para a guerra na Gália, com os exércitos de Júlio Cesar. Um ano mais tarde chega a notícia de que Caio fora capturado por gauleses e, segundo os boatos, já estaria morto há muito tempo em razão de maus-tratos recebidos no cativeiro. Claudia, esposa de Caio, apresenta então uma criança de dois meses como única herdeira de seu marido. Os parentes de Caio, no entanto, acusam Claudia de adultério, e suspeitam que o verdadeiro pai da criança seja Tício. O caso é levado ao Pretor. Quer atitude tomará o magistrado?
Dos fatos: 
· Caio é recém-casado com Cláudia quando parte para uma guerra na Gália;
· Caio fora capturado pelos gauleses;
· Devido a maus-tratos, Caio, segundo boatos, teria morrido já algum tempo;
· Por razão de sua morte, Claudia, sua esposa, apresenta como herdeira única uma criança de dois meses;
· Parentes de Caio contestam a paternidade em favor de Ticio;
Do direito: 
· A Lei Fictio Corneliae considerava o cidadão romano, capturado por seu inimigo de guerra como tendo morrido antes de sua captura;
· Pelo princípio da presunção, garante-se a legitimidade do filho nascido entre 180 (Thomas Marky)/182 (Moreira Alves) e 300 dias depois da convivência conjugal;
· A presunção acima, poderia ser contestada pelo marido, mediante provas como: enfermidade, ausência, impotência;
Parecer:
· Considerando a reconhecida união entre Caio e Claudia;
· Considerando a morte de Caio nos termos da Lei; 
· Considerando o princípio da presunção da legitimidade da paternidade da criança, onde observam-se aproximadamente 360 dias da partida de Caio para a guerra subtraindo-se os aproximadamente 60 dias de vida da criança;
· Considerando-se a não possibilidade de contestação da paternidade por Caio e,
· Não se apresentando outro que conteste e afirme a paternidade da criança,
O parecer desse magistrado é pelo reconhecimento legítimo, sob o ordenamento jurídico, da criança em questão como ÚNICA HERDEIRA DE CAIO.

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