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DIREITO ROMANO PRIMEIRO SEM�TRE 2023 INSTRUTOR: Hélcio Maciel França Madeira Autora: Laura Rubio Novaes Relembrando que nenhum material de origem autoral do docente foi usado neste resumo. no_reply@example.com (archive.org) (duckduckgo) Conceito de Direito e suas classificações Direito objetivo Direito subjetivo norma agendi facultas agendi regulamentar o comportamento humano na sociedade e estabelecer sanções poder de exigir um comportamento alheio coercitividade (o Estado interfere para que o preceito seja obedecida) Tipos de Sanções ● Nulidade: tem como consequência a invalidade do ato, sendo restitutiva, pois visa o restabelecimento da situação anterior a sanção (tudo volta a ser como era antes) ● Penalidade: Punitiva, que prevê uma pena para o transgressor Lei perfeita Lei menos que perf. Lei imperfeita Lei mais que perf. Sanção de nulidade Penalidade falta de sanção punição+nulidade 1 mailto:helcio.madeira@direitosbc.br mailto:no_reply@example.com Direito público vs. Direito Privado Regula a atividade do Estado e suas relações com particulares e outros Estados Trata apenas das relações entre particulares Direito cogente: a regra é absoluta e não pode ser alterada pelas partes Direito dispositivo: Autonomia de vontade entre os particulares O direito público não pode ser alterado por acordo entre particulares suas regras podiam ser postas de lado ou modificadas pela vontade das partes ● Ius commune: regulamentação generalizada, aplicável a todas as situações nela previstas ● Ius singulare: regulamentação específica, aplicável somente com relação a determinadas situações, grupos ou pessoas. Introdução histórica: 1° PERÍODO – A REALEZA Organização social. - Os Patrícios. pater familias. Os patres e seus descendentes formavam a classe dos patrícios que compunham exclusivamente, na origem, o populus Romanus. Estes eram detentores dos costumes (principal fonte). Os clientes. – Ao lado de cada família patrícia vivia certo número de pessoas, os clientes, de diversas origens: escravos alforriados pelo pater, estrangeiros refugiados em Roma e que permaneciam voluntariamente sob a proteção e influência de um patrício etc. Os plebeus. – a plebe (plebs), livre de qualquer subordinação aos patrícios, mas formando uma camada social inferior na cidade. Sem ser clientes de algum particular, os plebeus estão sob a proteção do rei. Organização política. – 2 1. O Rei. É um soberano vitalício cujos poderes são limitados pelos do Senado e do povo. Possui um poder absoluto, o imperium. 2. O Senado. é um corpo composto de cem, depois trezentos patrícios nomeados pelo rei. O rei o consulta nos casos mais graves. O Senado ratifica, ao conceder a sua auctoritas, a lei votada pelo povo por proposta do rei. 3. O Povo- compõe-se de patrícios com capacidade de portar armas. Ele reúne-se em assembléias, os comícios por cúrias (comitia curiata), em uma parte do fórum denominada comitium. O povo vota as leis por proposta do rei. A introdução da plebe na vida política é atribuída ao rei Sérvio Túlio (plebeus+patrícios= comícios por centúrias) Fontes do Direito. – 1. O costume. – A única fonte do direito, nas origens de Roma, é o costume, que podemos definir como “um conjunto de regras aceitas por todos como obrigatórias, sem qualquer proclamação ou reconhecimento de um poder legislativo estabelecido”. Transmite-se de geração a geração por uso repetido. 2. A lei. – a lei é uma disposição obrigatória que retira a sua autoridade do consenso formal dos cidadãos. O rei propõe a lei ao povo reunido em comício por cúrias ou por centúrias: o povo aceita ou rejeita a proposta. A publicidade com que a votação é feita permite a cada um o conhecimento fácil e preciso da lei. Esta é uma das vantagens da lei sobre o costume, como fonte do direito. 2° PERÍODO – A REPÚBLICA Organização social. – A história interna de Roma acompanha as fases progressos realizadas pela plebe. Os tribunos da plebe. – resposta a uma secessão da plebe que se retirou para o monte Aventino, na sua conquista pela igualdade civil e política. 3 O papel dos tribunos da plebe. – Eles são invioláveis (sacrosancti) e possuem um direito de veto contra uma decisão que será tomada. Os tribunos não se limitavam a estes poderes negativos: a redação da lei das XII Tábuas. Esta lei estava longe de consagrar a igualdade entre patrícios e plebeus, mas a redação de uma lei conhecida por todos, aplicada a todos, era já um verdadeiro progresso. O direito deixou de ser segredo e patrimônio apenas de patrícios. Organização política: Os Cônsules– O rei é substituído por dois magistrados patrícios, os cônsules (cônsules), eleitos por um ano, ambos com iguais poderes. Eles herdaram os direitos que antes pertenciam ao rei. O Senado. – permanece como corpo consultivo, embora sua importância tenha aumentado: os cônsules, magistrados anuais, responsáveis pessoalmente pelos cargos que ocupam, costumam ter o cuidado de obter a opinião favorável do Senado sobre todas as questões importantes. O Senado deve, além disso, sempre ratificar as leis votadas,para que ela tenha eficácia. Com a dificuldade que a plebe reunisse, deduziu ao senado a administração e interferência de tudo que era estabelecido, e este direito se chamava senatus-consulto. O Povo. – O povo, reunião de patrícios e plebeus, reúne-se em comícios: comícios por cúrias, por centúrias e, como novidade, em comícios por tribos- Os magistrados passaram a convocar o povo por bairros, ou tribos: são os comitia tributa. Com o recrutamento do povo por um critério territorial as decisões dos comícios passaram a ser mais democráticas. Concilia plebis. –composto pela plebe, aos quais os patrícios não compareciam e nos quais eram tomadas as resoluções com o nome de plebiscitos (plebiscita), originalmente apenas obrigatórios para a plebe. Em todos esses comícios, o povo exerce os poderes legislativo, judiciário e eleitoral. 4 O poder legislativo. – As leis são votadas pelo povo, por proposição (rogatio) de um magistrado, como outrora eram por rogatio do rei. O poder judiciário– Os delitos contra o povo Romano e certos delitos graves contra os particulares deram lugar à provocatio ad populum. Esta assembleia judiciária era reunida por cúrias, quando o crime era punido com a pena capital, ou por tribos, no caso de delitos menos graves. O poder eleitoral. A eleição dos magistrados. – O povo elege seus magistrados. Ao lado dos cônsules, surgem outros magistrados. Ex: Os questores, censores, edis curuis e os pretores (criados no mesmo ano, foram encarregados da justiça, são dois pretores: o pretor urbano, para os processos em que as duas partes forem romanas, e o pretor peregrino, para os processos entre romanos e peregrinos ou somente entre peregrinos). Acesso da plebe às magistraturas. – Graças à mobilização política organizada, a plebe conseguirá obter o direito de eleger plebeus nas diversas magistraturas, antes reservadas ao patriciado. Fontes do Direito – 1. O costume; 2. A lei; O Direito deve adaptar-se ao que ocorre mais frequente e facilmente do que ao que ocorre raramente. O mérito da lei é este: mandar, punir, permitir e proibir. Lei é genérica. Senatusconsultos pode criar leis A Lei das XII Tábuas – A plebe exigia a redação de uma lei conhecida por todos e que fosse aplicável a todos os cidadãos, já que a incerteza dos costumes favorecia apenas os magistrados patrícios. os patrícios e o senado cederam e se prontificaram a redigir uma lei que se aplicasse a patrícios e plebeus. Ela 5 regulamentou matérias de direito público, direito privado e direito sacro. procuraram não modificar o direito existente, mas apenas codificar os costumes não escritos anteriormente. Este fato é que explica o sucesso das XII Tábuas, talvez mais do que a própria certeza que produziu, procuraram não modificar o direito existente, mas apenas codificar os costumes não escritos anteriormente. Este fato é que explica o sucesso das XIITábuas, talvez mais do que a própria certeza que produziu. 3. O plebiscito; Definição – Os plebiscitos eram as decisões tomadas pela plebe nos concilia plebis, por proposta de um tribuno. Força obrigatória. – Os plebiscitos aplicavam-se, no início, à plebe; mas a partir da lex Hortensia, adquiriram a mesma eficácia que a lei. 4. A interpretatio prudentium; – Definição. – Depois que os costumes nacionais foram codificados e conhecidos de todos, foi preciso de um lado preencher as lacunas da lei das XII Tábuas e, de outro lado, adaptar a lei às necessidades em permanente modificação pela prática. Este trabalho de acomodação é a interpretatio, obra de jurisconsultos. Designava, em Roma, a ciência do direito. A interpretatio prudentium era realmente fonte do direito na República? – A interpretatio prudentium não tinha ainda, na República força obrigatória; não vinculava o julgador. Mas as decisões dos jurisconsultos adquiriram uma autoridade privada, moral, em razão especialmente do eminente prestígio de que gozavam no Estado romano. 6 5. O edito dos magistrados. – Definição – Os altos magistrados romanos, cônsules, censores, pretores, governadores de província, tinham o costume de publicar, no momento de sua eleição, as declarações (edicta), nas quais apresentavam os seus projetos. Dentre os edicta, os únicos que interessam às fontes do direito são os dos magistrados judiciários, investidos da função de dizer o direito (iurisdictio). Influência do edito do pretor na formação do direito. A função judiciária era dividida entre duas pessoas: o magistrado (pretor, edil curul etc.) e o juiz (iudex), um simples particular escolhido para uma determinada causa. Papel passivo do magistrado. – O magistrado dirige e organiza a instância, mas não julga a causa. Ele participa apenas da primeira fase da instância. O magistrado assegura-se de que foram rigorosamente observadas as formalidades previstas na lei e que não podem ser modificadas por ele. Papel ativo do magistrado. – As partes expõem ao magistrado, sem qualquer formalismo, suas pretensões contraditórias. Se entender correto, o pretor concede a eles uma fórmula escrita (fórmula), no qual se estabelece uma ordem ao juiz de condenar ou absolver, depois de analisar se os fatos dão fundamento às alegações do autor. A fórmula é um programa rígido que o juiz (iudex) deve seguir ao pé da letra. Importância do papel do pretor. – os pretores confirmam, complementam e corrigem o direito civil. O imperium do pretor. – É em virtude de seu imperium que, desde a introdução do procedimento formulário, o pretor podia suprir as lacunas do direito civil. O Edito do Pretor. – O Pretor indicava previamente no seu edito, afixado no fórum, os casos nos quais ele usaria de seu imperium. As diversas fórmulas que ele dava às partes litigantes para a proteção de seus direitos. 7 Tipos de Direito: 1- Ius Civile- É aquele que não serve ao todo nem ao ius gentium nem ao ius natural, quando acrescentamos ou retiramos algo do ius gentium, este se torna próprio, ou seja, o ius civile. É conhecido também por ser aquele destinado especificamente aos cidadãos romanos. Ius civile é o que advém das leis, plebiscitos, senatus-consultos, etc. OU Direito Quiritário Ou D. Civil Romano 2- O direito honorário- O conjunto de regras contidas nos editos formava o direito pretoriano, honorarium vem da honra (funções públicas) dos pretores. O direito honorário opõe-se ao direito civil, conservador, rigoroso e formalista. Ele é mais leve e mais progressista. Sua função tradicional é de confirmar, suplementar e corrigir o direito civil. 3- Direito natural- é aquele que a natureza ensinou a todos os animais. Ex: matrimonio, procriação dos filhos, educação, etc. São guiados pela experiência desse direito. 4- Direito das gentes: O ius gentium é, ao contrário do ius civile, um direito que é comum aos romanos e aos demais povos da civilização mediterrânea. Aquele que os povos humanos utilizam, se diferencia assim do direito natural e também por muitas vezes ir contra a natureza, por exemplo: a manumissão, já que por natureza todos seriam livres. 3° PERÍODO – O ALTO IMPÉRIO ★ Alto Império (Principado) ➢ Poderes Políticos: 1. Imperador 8 2. Senado ➢ Fontes do Direito: ○ Costumes, leis, plebiscitos ○ Editos dos Magistrados ○ Jurisprudência ○ Senátus-consultos ○ Constituições Imperiais A ciência do Direito começa com a República com o objetivo de auxiliar os pretores .A partir dos anos 200 DC (alto império-baixo império) há a decadência da cultura latina e a Roma vai se orientalizando, com grande interferência do cristianismo, agora religião principal do Império e dono da reserva cultural romana. ○ Jurisprudência (os juízes são obrigados a respeitar as obras dos juristas/mais forte que na república)-- ciência do direito ○ Senatus Consultus ○ Edito do magistrado (edição definitiva, permitindo novas interpretações) ○ Constituições imperiais Baixo Império (Dominato) Com a crise do Alto Império, os imperadores deixam de ser aclamados pelo povo, perdendo legitimidade e sendo golpeados pelos Generais, gerando uma crise, já que esses generais não tinham preparo para governar o Império + invasões e êxodo rural, crise de abastecimento, alta inflação, etc. Em 284 D.C. Diocleciano toma o poder do Império, tendo uma administração na base do dirigismo estatal. “Se você quiser comandar bem alguma coisa, divida em partes”. Servos que não podem sair do Campo (servo gleba). Edito do Máximo, tabela de preços para todo o império (tabelamento) – Profissões hereditárias. 9 ➢ Poderes Políticos: ● Imperador ➢ Fontes do Direito: ○ Costumes ○ leis, ○ plebiscitos ○ editos dos magistrados ○ jurisprudência ○ senátus-consultos ○ Constituições Imperiais - Constituição imperial (27AC/ Imp. Augusto) Norma redigida pelo Imperador e que deve ser obedecida por todos – Não trazem novidades para o direito– conjunto=Códex ou Código ➢ Edicta: Editos, que são normas gerais aplicáveis a todo o Império ➢ Mandata:Mandatos, que são instituições que o Príncipe transmitia dos funcionários imperiais, principalmente aos governadores e funcionários das províncias ➢ Rescripta: Restritos, que são respostas que o imperador dava sobre questões judiciais a particulares, ou a magistrados e a juízes, pretores e iudexes ➢ Decreta: Decretos, que eram sentenças prolatadas pelo Príncipe em litígios a eles submetidos em primeira instância ou em grau de recurso - Desaparecimento das antigas fontes - Única fonte importante: as Constituições Imperiais IV Período - A “Lei das Citações” do imperador Teodósio II 10 (Baixo Império) - Monumentos jurídicos do Baixo Império: I. Compilações pré-justinianéias: a) privadas: Código Gregoriano e Código Hermogeniano b) oficiais: Código Teodosiano, leis romanas dos bárbaros II. Compilações de Justiniano: a) Codex b) Digesta c) Institutiones d) Novellae Embora não exista mais praticamente juristas, será o período de um grande resumo, com manuais, etc. As constituições imperiais foram postas em ordem cronológica e por assuntos (vade mecum), de caráter privado. Lei passa a ser aquilo que o Imperador produz, Constituição imperial —- Leges. O direito da jurisprudência sofreu modificações ao longo dos anos, causando uma dificuldade de interpretativa (iura), assim, um Imperador escreveu a lei das citações para tentar colocar ordem nas bibliotecas, escolhendo os textos a serem usados pelos advogados, os juízes deviam obedecer o que os juristas falam nesses textos (A lei que criou o tribunal dos mortos), a lei não perdurou por muito tempo. Em 529 o imperador Justiniano faz um compilado de casos práticos com os textos dos juristas (digesto de Justiniano). ➔ Principais Características: ○ Dirigismo Estatal ○ Cristianismo ○ Constantinopla (330) ○ Divisão do Império (395) 11 ○ LEGES x IURA ○ Primeiras Compilações Privadas ○ Codex Gregorianus (292) ○ Codex Hermogenianus (295) ○ Collatio Legum 06/04/2023IUS X DIREITO Justiça ou iustitia A arte do bom e do justo (conceito) Persona (concreto) arte de aplicar a norma Sistema de ações Status (O Estado da Pessoa)-- > 1) ser livre→ Liberdade: É a faculdade natural de cada um fazer o que bem entende 2) cidadão romano 3) independente do pátrio poder (sui iuris, pater familias) D. objetivo= norma agendi força coercitiva norma hipotética (se) e abstrata que regulamenta a conduta do homem na sociedade D. Subjetivo= é a faculdade de exigir de alguém determinado comportamento – todo o direito está ligado ao dever de alguém (RELAÇÃO JURÍDICA) sujeitos de direito (abstrato) Conjunto de regras com força coercitiva sistema de direitos subjetivos Capacidade de direito ( capacidade jurídica de gozo)--> a partir da rev. francesa, é igual para todos - Qual a vantagem da pessoa jurídica, mesmo sabendo que tira a responsabilidade da persona? Gerar emprego e prosperar a economia 12 Sui iuris. X. Alieni iuris O “sui iuris ” é a pessoa que tem plenos poderes e independência econômica de propriedade são as pessoas que dependem do “pater família”, não possuem independência Pater familia casamento sem mano: mulher continua independente de seu marido mesmo com o casamento mulher sem marido e sem pai continua sui iuris EX: filhos, netos, noras, esposa casamento com mano: mulher se torna submissa do marido SEGUNDO BIM�TRE ● Objetos de Direito; ● Fatos de Direito; ● Direitos Reais; ● Direitos obrigacionais; ● Direito de família ● Direito de sucessão Capítulo 6- Objetos de Direito (res) Na linguagem jurídica, coisa (res) é o objeto de relação jurídica que tenha valor econômico. Classificação: ● Res in patrimonio 13 ● Res extra patrimonium (coisas que estão fora do direito ou patrimonio das pessoas): ○ Res nullius (coisa de ninguém): Animais no estado de natureza; Se tiver a intenção de ser Dono, você vira Dono (Proprietário significa ter o direito de usar, usufruir e abusar do objeto); ○ Res derelicta (coisa abandonada): Coisa abandonada são aqueles bens que foram renunciados pelo proprietário (basta a simples intenção de abandono), O primeiro que apropriar uma coisa abandonada vira dono (apreensão física+intenção de ser dono). Não pode partir da expressão: “Achado não é roubado” e nem confundir com coisa negligenciada, se não comete-se um delito, não pode presumir abandono.Princípio da domialidade pública (todos os bens e imoveis são originalmente públicos)= os bens imóveis quando ficam sem dono, voltam a ser do Estado ○ Res Hostium (coisa dos inimigos): Conceito de guerra justa ○ Res extra commercium: ■ Res humani iuris (coisa de direito humano: ● Res publica: pertence a todo o povo (fora do direito civil) ● Res communes omnium: coisas comuns de todos (ius gentium) ■ Res divini iuris (coisa de direito dos deuses): bens consagrados aos deuses superiores ● Coisas in commercium: ○ Coisas corpóreas e Incorpóreas ■ A principal diferença entre as duas coisas está na tangibilidade: ● Corpóreas: coisas que podem ser tocadas ou sentidas pelo ser humano, existindo corporeamente ● Incorpóreas: Coisas que só existem intelectualmente ■ Essa classificação, na verdade, servia para distinguir entre coisas e direitos, pois as primeiras são corpóreas e as segundas não. ○ “Res Mancipi” e “Res Nec Mancipi” ■ Res mancipi: Quando necessitava a prática das formalidades da mancipatio, para transferir ao outro determinado bem ou propriedade; Ex: terrenos Itálicos, animais de tiro e carga (cavalo, 14 burro, vacas), os escravos e as quatro servidões prediais rústicas mais antigas. ■ Res Nec Mancipi: Quando para transferir determinada coisa, não eram necessárias formalidades, podendo ser transferidas apenas pela entrega do bem. (traditio). Ex: As demais coisas eram nec mancipi ○ Coisas móveis e imóveis ■ O terreno e o que estivesse definitivamente ligado a ele distinguiam-se das coisas transportáveis e semoventes (bens constituídos por animais selvagens, domesticados ou domésticos). ○ Coisas fungíveis e infungíveis ■ Fungíveis: São as coisas substituíveis por outras do mesmo gênero, qualidade e quantidade. São coisas que aparecem no comércio como determinadas apenas pela sua quantidade, peso e medida. A unidade não tem relevância jurídica ■ Infungíveis: Coisas especificamente consideradas, cujas características individuais impedem que sejam substituídas por outras do mesmo gênero. Ex: uma obra de arte ou estátua ○ Coisas consumíveis e inconsumíveis: ■ Consumíveis: Só podem ser usadas uma vez ■ Inconsumíveis: permitem o uso repetido ○ Coisas divisíveis e indivisíveis (ligado ao valor econômico) ■ Divisíveis: coisas que podem ser repartidas sem sem perder valor proporcional (ex. terreno, arroz, etc) ■ Indivisíveis: coisas que perdem ou reduz seu valor sócio-econômico com a divisão (ex. estátua, carro, etc) ○ Coisas simples, compostas, coletivas ou universais ■ Simples: uma unidade orgânica, natural ou artificial ■ Composto: união natural de varias coisas simples (ex. edifício e carro) ■ Coletivas: aglomerado de coisas simples que só juridicamente estão ligadas entre si. (Ex: rebanho, biblioteca) ○ Coisas acessórias: 15 ■ Quando uma coisa principal absorva uma outra coisa, considerada acessória (Ex. um terreno é sempre principal e tudo oq se junta a ele é acessório, como plantações, construções, etc. ■ O acessório segue sempre a sorte da coisa principal ■ As pertenças conservam certa autonomia, mas seguem o destino jurídico da coisa principal. Ex. as ferramentas da terra destinadas ao cultivo pertencem a esta. ○ Frutos ■ Coisas novas produzidas natural e periodicamente por uma outra. Ex: os frutos do solo, da árvore, o leite, as ovelhas do rebanho, etc.→ fruto naturais→ Por razões filosóficas, parto da escrava não era considerado fruto (passava a pertencer ao dono da escrava mãe) ■ Rendas obtidas com a locação ou arrendamento de coisas→ frutos civis ■ Enquanto parte da coisa frugífera, o fruto segue a sorte da coisa principal, não tendo individualidade própria ■ Fruto separado da coisa frugífera possui individualidade própria, podendo ser objeto de relações jurídicas independente da coisa principal ● Colhidos, a serem colhidos, já consumidos e estantes (colhidos e existentes no patrimônio de alguém, aguardando o consumo) CASO 1 Tendo em vista o conceito de Fruto: “frutos são coisas novas produzidas natural e periodicamente por uma outra, que, por isso mesmo, se chama coisa frugífera (...) O fruto não tem individualidade própria, seguindo, assim, a sorte da coisa principal¹”. Logo, dizemos que os peixes retirados do rio são considerados frutos, por serem retirados de um público que é o rio² e res nullius, são os animais em estado de natureza que não possuem dono, portanto podem ser apropriados por quem tiver a intenção de posse e 16 apreensão física, podendo ser apropriados por Caio. Da mesma forma, as verduras retiradas da horta do imóvel de Tício, são Frutos, por sua característica de produção periódica e natural, podendo ser, portanto, retiradas e apossadas pelo sujeito. Além disso, a carcaça valiosa de uma tartaruga é res nullius, visto que esta estava no rio (bem comum) em seu estado de natureza e foi apossada por Caio que em seu status de proprietário, tinha o direito de usar, usufruir e abusar do objeto, no caso a tartaruga ou mesmo sua carcaça, podendo, portanto, ter posse de sua carcaça. Porém, no caso do ouro retirado das minas, este não é considerado fruto, por ser natural, mas não ser periódico e advir de um fenômeno, portanto devendo ser devolvido à Tício. Entretanto, as cabras, potros e escravos nascidos na fazenda durante o tempo do usufruto não podem ser adquiridos por Caio, por serem propriedade de Tício, “Por razões filosóficas, o parto da escrava não era considerado fruto pelos romanos. Ele passava a pertencer ao dono da escrava mãe pelo nascimento”, a mesma lógica emprega-se aos animais nascidos na fazenda, não sendo, portanto, considerados frutos,assim como os filhos de uma escrava, logo, a posse desses “bens”é de Tício e não de Caio. Ademais, as flechas (sagittae) perdidas por algum caçador não poderá ser propriedade do usufrutuário, visto que de acordo com o direito romano a coisa perdida ainda possui um dono (aquele que a perdeu), não sendo considerada uma “Res derelicta”. Logo, conclui-se que Caio deverá devolver à Tício os animais e escravos nascidos na fazenda durante o período do usufruto, as flechas perdidas e o ouro retirado das minas. Entretanto, os peixes, o casco da tartaruga e os vegetais podem ser deixados com Caio, que tem status de proprietário de tais bens. Cap 7- Fatos Jurídicos (Negócio jurídico ou ato jurídico) ● Toda vez que alguém declara alguma coisa que cria, exclui ou modifica o direito de alguém, é reconhecido como ato jurídico (possui valor jurídico). EX: reconhecer alguém como filho. 17 ● Autonomia privada: “pacta sunt servanda” (os pactos devem ser respeitados)→ criado depois da soberania estatal, com a liberdade do Estado criou-se a liberdade individual→ a lei dirigia a liberdade contratual ● LEI: existência; validade; eficácia (vacatio legis); ○ Contrato: (Partes, declaração de vontade e objeto); (partes tenham capacidade de gozo, de fato e gênero); ● Intenção vale mais do que a declaração ● No direito evoluído o ato jurídico nada mais era que uma inequívoca declaração de vontade: ○ expressa: quando se emprega meios usuais para expressar a vontade. Ex: palavras, gestos, redação, assinatura num documento ○ tácita:comportamento de significado inequívoco, podendo-se deduzir dele a vontade (ex. herdeiro toma conta dos negócios jurídicos do falecido) ○ O silêncio não é propriamente manifestação de vontade, mas pode ser considerado como tal. (ex. casamento) ● Capacidade de agir ○ Dependia da idade, sexo e sanidade mental ○ Idade: ■ Púberes tinham plena capacidade de agir: homens 14 anos e mulheres 12 anos ■ Impúberes não tinham plena capacidade: ● Infantes: - 7 anos, sendo absolutamente incapazes→ tutores que agiam por eles→ praticado no nome do próprio tutor, mas no interesse do infante ● Infantes maiores: 7 aos 14, capacidade restrita de agir→ podiam praticar atos que os favorecessem, mas não podiam obrigar-se sem a intervenção de um tutor, que devia tomar parte no ato jurídico, conferindo sua autorização. Assim, quando um "infante maior" desejava realizar um ato jurídico que implicasse obrigações, como a celebração de um contrato, era necessário o consentimento e a participação de seu tutor. O tutor tinha a responsabilidade de avaliar se o ato era 18 benéfico para a criança e, caso fosse considerado favorável, conferia sua autorização para a realização do ato. ■ Exceção dos púberes de até 25 anos: Lex Laetória→ ação contra quem o tivesse colocado num negócio que lhe era prejudicial→ pós-classica: curadores e capacidade restrita→ imperador podia conceder um favor legal, concedendo a plena capacidade de agir→ as regras valiam para sui iuris (adquire para ele mesmo) e alieni iuris (adquirir para o paterfamilias)→ alieni iuris não podiam assumir obrigações nem respondem os pater familias ○ Sexo: ■ Mulheres, mesmo púberes, necessitariam sempre de um tutor para atos jurídicos→ infantes maiores→ desapareceu completamente no período pós-clássico ○ Sanidade mental: ■ a insanidade mental tornava incapazes os loucos de qualquer tipo→ representado por um curador ■ Surdos mudos→ capacidade limitada ■ Prodígios→ infantia maiores → tinham um curador ● Classificação dos Atos Jurídicos: ○ Manifestação de vontade com o intuito de fornecer determinada consequência jurídica ■ Unilaterais: parte da vontade de uma pessoa só (ex. alforria do escravo) ■ Bilaterais: vontade de duas ou mais pessoas→ contratos. (ex: compra e venda, locação) ■ Mortis causa: planejados para ter efeitos depois da outra parte estar morta (ex. Testamento) ■ Inter vivos: não depende desse fator (ex. compra e venda) ■ Onerosa: compra e venda ■ Gratuita: doação ■ Causais: fim prático está intimamente ligado ao ato (ex. compra e venda 19 ■ Abstrato: prevalece a forma externa do ato, sendo irrelevante o fim prático (ex. mancipatio ● Vício do ato jurídico: ○ Quando há discrepância entre a vontade interna e o que foi externalizado→ pode ser nulo ou anulável ■ Simulação e restrição mental: ● quando a discrepância é querida pelo agente (Ex. alguém finge querer praticar uma compra e venda quando na verdade quer uma doação ● Simulação: quando as partes são concordes nesse fingimento (absoluto: quando não querem ato nenhum e relativo: quando as partes querem o diverso do praticado) ● Restrição mental: simulação unilateral→ não influi na eficácia do ato, que permanece válido ■ Erro: ● discrepância, desconhecida pelas partes, entre as duas declarações de vontade→ Falso conhecimento de um fato (Ex: compro um anel de cobre pensando que é de ouro→ para ser anulado: elemento essencial do ato jurídico e oriundo de uma atitude desculpável do agente: ○ erro quanto ao negócio (ex. aluguel e venda);→ erro de pessoa (identidade)→ erro quanto ao objeto (identidade física)→ erro à substância (cobre e ouro) ○ Erro de qualidade e quantidade ○ Ignorância da regra jurídica: mulheres, menores de 25 anos, soldados e os caipiras ■ Dolo: ● Fazer o outro incidir ao erro→ objetivo de enganar a outra parte ■ Coação: ● pressão física ou psíquica com o intuito de obrigar a alguém a a praticar um ato jurídico ● Conteúdo dos atos jurídicos: 20 ○ predeterminado pelo direito (mancipatio) e estabelecido pelas partes (stipulatio) ○ Limitações: possível física e juridicamente, lícito e determinado ○ Elementos: ■ Essenciais (ex. preço) ■ Naturais: elementos naturalmente incluídos (responsabilidade do vendedor)→ podem ser excluídos expressamente ■ Acidentais: colocados à parte no contrato ● Condição: a vontade das partes faz depender os efeitos jurídicos de um evento futuro e incerto (ex. prometo dar-lhe 100 reais se o navio chegar da Ásia ● Termo: clausula que subordina os efeitos de um fato jurídico a um evento futuro e certo.→ suspensivo (só tem efeito depois do prazo)→ restritivo (só tem efeito ATÉ aquele prazo) ● Modo: consiste em impor ao destinatário da liberalidade uma obrigação que não influi na eficácia do ato (Ex. o testador que pede ao herdeiro para construir um monumento em sua homenagem ○ Representação Caso n 2 - Públio- Sui iuris- completa capacidade de gozo→ a independência do pátrio poder não tinha relação com idade ● Dolo: ● D.1.6.4 Cap VI- Os paterfamilias são aqueles que são de sua própria potestas, seja ele púbere ou impúbere - Mévio- alieni iuris→ incapacidade de gozo→ surdo mudo: capacidade limitada No direito romano, considerando o cenário descrito, o pai de Mévio poderia buscar a anulação do negócio com base nos seguintes princípios do Direito Romano: 21 1. Vício do ato jurídico¹: O ato jurídico é uma manifestação da vontade das partes, com a finalidade de produzir consequências jurídicas. Dessa forma, leva-se em conta a vontade interna e a exteriorização clara e perfeita. Quando esse ideal não ocorre, o negócio ou contrato pode ser anulado. Logo, nesse caso, podemos considerar a seguinte classificação de vício: a. Dolo²: quando uma das partes diverge entre a vontade interna e sua manifestação externa, podendo ser provocada por uma das partes do ato jurídico para fazer a outra incidir no erro. Sendo, assim,o comportamento malicioso de alguém, com o propósito de enganar o outro, falsificando ou manipulando a verdade, para tirar vantagem própria é conhecido como dolo, sendo suficiente para anular o contrato, quando comprovado. No caso do Órfão Públio e do surdo mudo Mévio, é possível constatar que houve dolo, visto que o órfão utilizou de abordagem maliciosa para convencer Mévio a embarcar numa compra desvantajosa, comprando o cavalo por um valor maior do que o do mercado. 2. Manifestação da vontade³: De acordo com odireito romano, o ato jurídico nada mais é do que uma declaração de vontade, podendo ser manifestada de forma expressa por palavras ou até mesmo gestos, o último sendo a linguagem utilizada por Públio para convencer Mévio a comprar o cavalo, no caso. Entretanto, por mais que a manifestação por gestos seja válida, nada garante que a comunicação tenha acontecido de forma clara, já que Públio é uma criança de apenas 10 anos, podendo ter se expressado de forma errada e o Mévio tendo tido o entendimento errado sobre o contrato estabelecido. - Capacidade de agir e a menoridade de Públio4: Por públio ter apenas 10 anos de idade, de acordo com o direito romano, este seria considerado incapaz e assim não tendo capacidade restrita de agir, não podendo participar de atos da vida civil sem a intervenção de um tutor. Desta forma, o caso deveria ser anulado. Entretanto, Públio não era um órfão qualquer, visto que este era sui iuris, ou seja, independente de pátrio poder, podendo estabelecer, assim, contratos de compra e venda de forma independente, além disso o seu tutor tomou conhecimento da venda do cavalo, sendo este 22 ponto inválido como argumento da acusação, sendo que se não tivesse ocorrido o vício de ato jurídico o contrato seria válido. Dessa forma, o contrato deverá ser anulado por vício do ato jurídico por dolo pela parte de Públio para com Mévio, visto que o órfão utilizou de manipulação e falácias para convencer o surdo mudo à comprar o cavalo por um preço superior ao de mercado. Além disso, pode ter havido um erro na comunicação entre as partes. Direitos Reais ● Capítulo 8- Propriedade (proprietas ou domínium): É um poder jurídico, absoluto e exclusivo de uma coisa corpórea (poder subjetivo) —> protegido por Actio ou sentença→ Lesão parcial e total ○ Sentido positivo: a propriedade confere ao titular o direito de usar, gozar e dispor da coisa; ○ Sentido negativo: exclui toda e qualquer ingerência alheia , protegendo-o, no exercício de seus direitos; ● É praticamente impossível fazer a prova de direito de propriedade (probatio diabolica) ■ Modos de aquisição do domínio da propriedade ● Modo Originário: sendo o primeiro proprietário da coisa (res nullius e coisa abandonada) ○ ocupação:coisa de ninguém ou abandonada ○ especificação: ■ Sabinianos: substância dá existência a coisa ■ Proculianos: forma dá existência a coisa ○ união de coisas: quando duas coisas se juntam e não vale a pena voltar a coisa anterior, é proprietário aquele que possua a coisa principal(ex, grafite e lapiseira)→ o acessório segue o principal 23 ○ invenção de tesouro: ● Modo derivado: ○ mancipatio: registro ○ Tradicio (tradição): entrega ou transferência, quando alguém que era dona inicialmente entrega o bem a outra ● Propriedade Pretoriana: Alguém adquire um bem mas não tem registro (tem posse mas não é dono)→ vai cair na prova!!!!! ● Capítulo 11- Possessio (posse) ○ nada em comum existe entre a posse e a propriedade ○ Não é poder jurídico (de direito) e sim de fato ○ tem a ver com o uso Ex: faço uso da posse de uma casa mas nn sou proprietário dela ○ corpus + animos ○ relação de subordinação entre um objeto e uma pessoa ○ intenção de se fazer dono ○ poder de fato ○ não é direito - protegido por interditos possessórios (ação possessoria) ○ gera interditos possessórios; usucapião ○ tipos de interditos: ■ Esbulho: reintegração da posse ■ Turbação: manutenção de posse ○ Proteção possessoria: 24 ○ CASO 3: Seria anulado por ter havido erro (vício) ■ Caio: ● Bezerro (fruto) ■ Sempronia: ● Ignorância De acordo com o Capítulo 7 (Ato Jurídico) do Curso Elementar de Direito Romano, distinguem-se a vontade interna e a sua manifestação externa e tratando-se de um ato jurídico bilateral, é imprescindível que as duas manifestações de vontade entre as partes estejam em concordância e quando isso não acontece, ocorre o chamado: Vício do ato jurídico. Dessa forma, ao analisarmos o caso de ambas as partes, vemos que ao Semprônia ao vender a Caio as duas vacas com a promessa de serem prenhas, houve o vício do Erro, visto que a vendedora não tinha conhecimento de que a segunda vaca vendida na verdade não estava grávida, logo, o comprador adquiriu os dois animais tendo um falso conhecimento sobre o fato, sendo esse o erro referente à substância. Logo, a venda da segunda vaca deve ser anulada. Ademais, o Erro também pode consistir numa ignorância da regra do direito (cap.7/pág.53), se seguirem alguns requisitos. Assim como vemos no caso de Semprônia ao vender a vaca prenha a Caio, com a expectativa de que o bezerro ficaria com ela, desconhecendo que, pelo direito romano, a cria pertence ao comprador da vaca (pois os frutos são, como regra geral, do proprietário da coisa frugífera). Dessa forma, por Semprônia ser uma camponesa, ela podia escusar-se 25 pela sua ignorância da Lei na hora da venda, levando muitas vezes a nulidade do ato jurídico,devendo, assim, o bezerro ser devolvido à Semprônia. Propriedade Posse Detenção (possessio naturalis) Poder jurídico Direito subjetivo (é protegido por uma ação definitiva) O proprietário tem o direito de propriedade -Modos de aquisição: - Originários: - ocupação - Invenção - União de coisas - Especificação - Aquisição dos frutos - Derivados (transferência): - Mancipatio: procedimento formal - In Iure cessio: transferência de propriedade entre estrangeiros e peregrinos→ declaração formal perante um magistrado, na qual o proprietário atual do bem renunciava aos seus direitos em favor de outra pessoa. - Traditio: entrega sem formalidade Poder de Fato É um fato que gera consequências jurídicas (protegida por interditos) O possuidor tem o direito de posse (provisória) (CORPUS + ANIMUS) = apreensão física da coisa e intenção de ser dono -Exemplos de possuidores: a) proprietário que está com seu bem fisicamente sob seu controle (tem posse e propriedade) b) invasor, que se apresenta como se dono fosse c) ladrões (têm posse e não têm propriedade) d) comprador de boa-fé, que recebeu a posse da casa comprada, mas ainda não registrou (têm posse e não tem propriedade) e) Possuidor de um terreno abandonado (tem posse, mas não tem ainda a propriedade) Situação de fato é um fato que não gera consequências jurídicas (sem meio judicial específico para proteger detentores) (SÓ CORPUS) Exemplos de detentores (não tem posse, nem propriedade): a) Tício comodatário, usando o cavalo que tomou emprestado de Caio b) Tício locatário (inquilino), de uma casa de Caio c) Tício guarda um objeto esquecido por Caio d) Tício transporta um objeto de Caio, fazendo-lhe um favor. e) Tício usa uma mesa da biblioteca para estudar “É o poder amplo e exclusivo de usar, fruir, dar em garantia, dispor, proteger e reivindicar uma coisa corpórea” é protegida por uma “ação” definitiva É praticamente impossível fazer a prova de direito de propriedade (probatio diabolica) -ACTIO: - “REIVINDICATIO”: Não está com a posse e quer exercê-la por ser dono “É a exteriorização social de que se é dono de um bem, não importando se é o verdadeiro dono” -Protegida por interditos (ordem do pretor)→ parte do pressuposto de que é dono, sendo fácil provar posse - “INTERDICTA RECIPERANDAE POSSESSIONIS CAUSA”- Esbulho (lesão total da posse): Interdito de 11 26 (Lesão total) - “ACTIO NEGATORIA”: proteger o direito de propriedade contra interferências ou obstáculos que limitam o exercício pleno e exclusivo da posse (Lesão parcial) recuperação (reintegração da posse) - Interdictum uti possidetis: turbação douradora da posse de um imóvel. vencia quem tinha posse de fato - Utrubi: meio processual de proteção da posse contra turbação - unde vi: protegia a posse do esbulho violento - de vi armata: esbulho violento sobre mão armada - “INTERDICTA RETINENDAE POSSESSIONIS CAUSA”: Turbação→ interdito de manutenção da posse se sofre Lesão parcial -Interdicta de precario: recuperar a posse de quem havia recebido por título temporário Limites: defender o interessepúblico e o de particulares (vizinhos)→maus tratos e abusos referente a escravos→ atos emulativos (para prejudicar o vizinho)→ inalienabilidade - Propriedade pretoriana: forma de proteção conferida aos proprietários que não possuíam um título de propriedade válido (visto que no antigo iu civile fora estabelecido que o comprador seria proprietário da coisa apenas após o usucapião), mas que estavam na posse de um bem - proteção era concedida pelo pretor –. exceções processuais - exceptio rei vindicatae et traditae: antigo proprietário exigia a devolução→ paralisava a pretensão do proprietário antigo (o possuidor de boa-fé não poderia ser prejudicado por uma reivindicação de 27 propriedade quando ele já havia transferido o bem para outra pessoa de boa-fé) - Actio Publiciana: proteger o comprador no caso da coisa transmitida apenas pela tradição caísse em mãos de terceiros→ baseou-se na ficção de que o prazo do→ usucapião tivesse se cumprido (posse legítima baseada na boa fé) Terceiro Bimestre Condomínio ● duas ou mais pessoas voluntária (adquirindo coisa comum) ou involuntariamente (por herança, por exemplo) se tornam donas de um bem em conjunto ● Cada co-proprietário tem direito a uma parte ideal da coisa ● o direito de propriedade de cada um, em princípio completo, está limitado pelo direito do outro co-proprietário ● ninguém é obrigado a ser condômino, a dissolução do condomínio pode ocorrer a qualquer momento (indivisível) → actio communi dividundo ○ A divisão pode ocorrer por adjudicação, por quem o maior lance oferecesse pelas partes dos outros co-proprietários (indivisível) ou pela fragmentação real da coisa (divisível) ● actio communi dividundo (ação para pôr fim à copropriedade) ● Condominium mater rixarum (condomínio é a mãe das brigas) ● a vontade da maioria não pode prevalecer sobre a vontade da minoria 28 ● o co-proprietário minoritário tem o Ius prohibendi (direito de vetar) ● Direito de acréscimo ou Ius Adcrescendi - a parte de um dos co-proprietários ou herdeiros que falecia ou renunciava ao direito, era automaticamente transferida para os outros co-proprietários ou herdeiros restantes, em proporção às suas participações. USUCAPIÃO ● Quanto mais você usa sem oposição um objeto, mais as pessoas aceitam a sua propriedade sobre este (remédio extremo) ● É um tipo especial de aquisição de propriedade , funda-se especialmente da posse, por tempo prolongado, que transforma uma situação de fato em Direito ● Uso ininterrupto de um terreno durante 2 anos, e o de outra qualquer coisa durante um ano, independente de outros requisitos, gera propriedade ● Se morrer, meu filho continua de onde parou ● Finalidades: ○ Sanar vício de forma (aquisição de res mancipi transferida por traditio) → não conseguiu o registro ○ evitar ambiguidades ou incertezas em relação à posse ou propriedade de bens ○ Sanar vício de qualidade do alienante→ as vezes quem vendeu não era dono, mas se foi uma posse continuada e com prazo estipulada, ganha-se o usucapião ● Requisitos: 29 ○ res habilis - coisa móvel ou imóvel sujeita ao usucapião (excluem-se res extra commercium, terrenos provinciais, coisas roubadas e obtidas por violência) ○ Posse da coisa qualificada pela intenção de tê-la como própria ○ iustus titulus - ato jurídico precedente em que a posse se baseia, que , por si só, justificaria a aquisição da propriedade Ex: compra, doação, etc.→ não basta simples acordo entre as partes, é preciso a prática de um dos atos de transferência. Se forem viciados não transfere propriedade: ■ transferência por quem não é dono ou for incapaz; ■ vício formal → Ex. Prática da traditio ao invés da mancipatio (falha cometida nas formalidades prescritas na mancipatio ou na in iure cessio)→ Nestes casos, embora nulo a transferência da propriedade, adquire-se o domínio pelo usucapião, se for válido o título em que se fundou ○ Boa-fé do possuidor→ convicção do agente de que a coisa→ a superveniência da má-fé não prejudica o usucapião ○ Decurso do prazo→ de dois anos para imóvel e 1 ano para móvel→ o herdeiro continua a correr o prazo iniciado pelo defunto→ a perda da posse interrompe o prazo do usucapião ○ iustus titulus = é o ato jurídico precedente em que a posse se baseia e que, por si só, justificaria a aquisição da propriedade (aplicado apenas no fim da república) ● FIM DA REPÚBLICA: 2 ANOS PARA MÓVEL E IMÓVEL→ RES IN COMERCIO, NAS XII TÁBUAS ERA APENAS PARA NÃO FURTIVAS. (ISSO QUE MUDA) ● A prescrição era uma defesa processual, caso o dono viesse reclamar, não ganhava propriedade mas era protegido (é mero meio de defesa processual do possuidor)→ exceptio na reivindicação→ função social para propriedade 30 → proteção aos réus nas ações reivindicatórias → paralisa o processo provisoriamente, mas não dá propriedade ● contra proprietário reivindicante. ○ Praescriptio Longi Temporis: se entrega a propriedade do bem àquele quem o possui por muito tempo→ Não é modo de aquisição →mais tarde se transformou ■ Prazo: 10 inter praesentes (moradores da mesma cidade) e 20 inter absentes (caso contrário) ■ Justo título e boa fé ■ terrenos provinciais→móveis ○ Praescriptio Longissimi temporis: ■ evidente negligência do proprietário que, durante tempo excessivo, não usasse de seu direito contra o possuidor ■ extinção da ação reivindicatória depois de: ● 40 anos (constantino) ● 30 anos (Teodosio) ■ Não necessita de justo título e nem de boa fé ● O tempo é remédio para a falta de formalidade ● Justiniano: ○ Função do USUCAPIÃO com a PRESCRIÇÃO ○ Usucapião: ■ 3 anos ■ bens móveis ■ justo título ■ boa fé ■ modo de aquisição ○ Longi Temporis ■ 10 inter presentis e 20 inter absentes ■ bens imóveis 31 ■ justo título ■ boa fé ■ modo de aquisição ○ Longissimi temporis ■ 30 anos ■ bens imóveis ■ boa fé ■ modo de aquisição Direitos Reais sobre a coisa alheia ● propriedade é um direito real por excelência→ absoluto e exclusivo→ relação direta e imediata entre o proprietário e a coisa→ o direito de propriedade vale contra todos ● Direitos reais de gozo: restritos quanto a sua amplitude→ conferem uma parcela do poder jurídico sobre a coisa, pertencente ao proprietário, à outra pessoa, limitando a plenitude da propriedade ○ Servidões (algum bem de alguém servirá ao outro→ participação na utilidade da coisa a quem não é seu proprietário→ a coisa onerada presta utilidade ao titular deste direito): In iure cessio (extinguem-se) → servidões prediais: res mancipi (mancipatio)→ rei vindicatio ■ Pessoais: ● Constituem-se por in iure cessio ● Extingue-se com a morte do titular ● Protegida pela vindicatio ususfructus ou vindicatio servitutis além de interditos especiais ● Direito real sobre coisa alheia, estabelecidos em favor de determinada pessoa→ proporcionam direito mais amplo ao seu titular→ limitadas no tempo e não são perpétuas 32 ● usufruto: servidão onerosíssima ou gravíssima→ É o direito de usar e fruir das coisas alheias, ressalvada a substância das coisas (pode usar, mas não pode modificar)→ EXTINGUE-SE COM A MORTE DO TITULAR ou perante termo→ Fazemos usufruto quando, por exemplo, pais doam bens para seus filhos ficando como usufrutuários (nuda propriedade)→ Para PJ (corporações, fundações, fraternidades) ou o usufruto é proibido ou é limitado (100 anos no máximo)→ exercício podia ser cedido ● uso: apenas direito de uso, mas não de fruto (se extingue com a morte do usuário) ● habitação; Apenas para a moradia ● trabalho de escravo; ● trabalho de animal. ■ Prediais: situações jurídicas em que 2 bens imóveis vizinhos (confinantes) existem e existe uma subordinação de um imóvel ao outro→ Ex. estilicídio ● Existem sempre entre dois prédios (dominante e serviente)→ titular é o dono do dominante→ não está ligado a sua pessoa e sim na relação de domínio com o prédio dominante ● Era uma forma de direito real limitado que permitia ao proprietário de um imóvel (fundo dominante) realizar certas ações no imóvelvizinho (fundo serviente) que, de outra forma, não teria permissão para fazer. ● Exemplos: ● Aquaeductus: Um proprietário de terra poderia ter o direito de conduzir água de um rio ou outra fonte de 33 água através da propriedade de outra pessoa para beneficiar sua terra. ● Iter: Um proprietário poderia ter o direito de atravessar a propriedade de outra pessoa para acessar sua própria terra. ● Actus: Isso envolvia o direito de lançar sombra ou construir estruturas permanentes que pudessem afetar a luz solar na propriedade vizinha. ● Altius non tollendi: Isso dava a um proprietário o direito de manter construções ou árvores em sua própria terra que não podiam ser removidas, mesmo que elas obstruíssem a visão ou afetassem a ventilação da propriedade vizinha. ● Onus aqua haurendi: Esse era o direito de retirar água de um poço ou fonte localizada na propriedade vizinha. ● Ferreis servitutis: Esse tipo de servidão envolvia o direito de transportar coisas, como gado, através da propriedade vizinha. ● Urbana (fato permanente): quase sempre negativos (não construir, não passar, etc.)→ proibiam o proprietário do terreno serviente uma ação que normalmente poderia fazer, mas não pode por causa da servidão ● Rústicas (descontínua, o não uso a extingue): quase sempre positivas (autorizava o dono do prédio dominante a fazer uma coisa, interferindo no uso do prédio serviente) ● Todos esses direitos se transferem por meio de formalidades (res nec mancipi ou res mancipi) 34 ● perpetuidade (servente ao dominante→ qualidade jurídica) e indivisibilidade (condominos não podem dividir entre si o direito de servidão ● vantagem real e constante ao prédio dominante ■ CONSTITUIÇÃO ● Mancipatio ● In iure cessio ● Deductio servitutis ● Adjucatio na divisão de coisa comum ● Usucapio ● Testamentum ■ EXTINÇÃO ● Renúncia solene ● Confusão (confusio, consolidatio) ● Não-uso ● Destruição dos lugares (ex. rio desvia-se de curso; perecimento do prédio dominante ou serviente) ■ DEFESA ● Protegida pela vindicatio servitutis além de interditos especiais ○ Superfície e Enfiteuse: ■ Tão amplo que quase extinguia-se o direito do proprietário ■ Superfície: direito de usar e gozar→ por longuíssimo prazo, de um terreno urbano alheio, para fins de construção→ foro anual para o proprietário→ ²proteção possessória ao arrendatário sobre sua construção→ usar gozar e dispor daquela construção pertencente a outrem→ alienável e hereditário ■ Enfiteuse: direito de usar e gozar por tempo ilimitado de um prédio rústico alheio, para cultivo→ foro anual→ direitos quase 35 iguais ao do proprietário, pode transformar o terreno substancialmente→ alienável e hereditário→ entinguem-se: não pagar por 3 anos, renunciar, etc. Direitos Reais de garantia ● O que é uma obrigação? ○ ligação obrigacional, é quando duas pessoas voluntariamente se vinculam (credor e devedor)→ contratos→ toda obrigação é de dar (promete ao outro transferir a propriedade de um bem) ou de fazer (tudo que não é dar)→ os dois querem a extinção da obrigação com o pagamento ● Reforço e garantia das obrigações ○ O que um credor costuma exigir do devedor para reforçar a garantia do contrato? ■ Garantias reais: ● Relação de Direito Real ● Credor pignoratício VS. TODOS (podem ser usadas tanto contra o devedor quanto contra terceiros que possam interferir nos direitos do credor sobre a propriedade.) ● Credor hipotecário ● Enquanto a relação obrigacional é pessoal e o credor se refere apenas ao devedor ■ Vantagens ao credor: Alienação fiduciária Penhor Hipoteca Transferência da propriedade res mancipi ao credor fiduciário Transferência de posse sem uso + Ius Distrahendi → direito de Transferência só do IUS DISTRAHENDI quanto mais 36 (nasceu na amizade. Ex:colocar um bem no nome de um amigo) distrair a coisa do devedor (direito de dispor) vender num leilão a coisa do devedor, direito real de vender o que não é dele (quem comprar adquire a propriedade completa)→ o dinheiro vc usa para pagar a dívida antiga a hipoteca mais forte ela é direito de alienar ou vender a propriedade enquanto a dívida for paga conforme o acordo. Se o devedor não pagar a dívida, o credor pode executar a hipoteca, vender a propriedade para recuperar o valor da dívida e, se houver algum excesso, devolvê-lo ao devedor. Resmancipi coisa móvel coisa imóvel garantia de pagamento pela transferência da posse de um bem para o credor. Ex. o credor (geralmente bancos ou instituições financeiras) empresta um valor para compra de um bem, mas mantém a propriedade sobre ele. duas modalidades, a primeira é proibida penhor se o devedor não paga o credor podia ficar com a posse e depois propriedade do bem lex promissória - penhor em que o devedor se não pagar vai ter o seu bem vendido pelo credor assim recebe o 37 ius distrahendi (segunda modalidade, usada até hoje) - Espécie de penhor: anticrese 1→ deixa o bem em garantia e a posse, ius distrahendi MAS o credor autorizado a usar o bem, mas conforme usa o bem é abatido da dívida determinado valor (ex. 1 mes de uso, a dívida que antes era 10 mil agora é 9 mil e assim consecutivament e)→ credor anticretico - Anticrese 2: usar o bem como forma de remuneração do empréstimo (título de juros da dívida) Evicção→ perda de um bem pelo adquirente, em consequência de reivindicação feita pelo verdadeiro dono 38 Quarto Bimestre ● Direitos obrigacionais: ○ A obrigação é um vínculo de direito por meio do qual, somos forçados ao pagamento de uma coisa a alguém, segundo os direitos da nossa cidade ○ Vínculo (credor e devedor) ■ Obrigação: Dar ou fazer coisas ou até mesmo de não fazer (contrato de exclusividade) e delitos (mato alguém e tenho que pagar indenização para a família)→ devedor ● Quase contratos: não existe contrato, mas o direito prefere fingir que é e dar efeitos semelhantes ● Quase delitos: ngm viu quem foi o autor do delito, mas muitas vezes você é responsável (um funcionário comete um delito e o patrão que responde por ele) ■ executa as ações e o credor fornece pagamento ou recebe o serviço ■ Toda a obrigação tem prazo (imediato ou por termo) ● Quando não tiver prazo, ou q é a vista, ou basta o credor pedir para o devedor ● Responsabilidade sobre o débito (alguma coisa vai responder sobre o direito não recebido) ○ Corporal: sequestrar o corpo ○ Patrimonial: sequestrar os bens ● Contrato é coisa rara ● Exscução de um devedor que não cumpre contrato 39 Contratos: ● Princípios ○ Tipicidade contratual: não basta acordo de vontades é necessária causa civilis (fundamento cívico,motivo ou a finalidade legítima que leva as partes a celebrarem um contrato→ A causa civilis eleva o ato jurídico bilateral comum, como os pactos, a um contractus, disponibilizando às partes a actio correspondente. tem como fundamento cívico a formalidade)→ Formalismo garante grande números de testemunhas, assim tem mais segurança, sabedoria, etc. → sem não gera obrigação→ Isso que deu obrigatoriedade ao acordo ○ Contrato formal é unilateral (apenas uma das partes pode entrar com ação contra a outra) ● Evolução Histórica: ○ Formalismo: promessa (sponsio→ stipulatio) e nexum: servidão por dívida ○ Realismo: ( Conventio + entrega de res + obrigação de restituir)→ toda vez q eu entregar uma coisa para alguém esperando a devolução ■ Mutuum: transferir a propriedade para outro→ coisa fungível (pode ser substituído por outro de mesmo gênero)→ empréstimo→ devolução de outra de mesmo gênero (não a mesma coisa que foi emprestada) ■ Fiducia ■ Commodatum ■ depositum ■ contractus pignoracticius 40
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