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Maria Deliane de Lima Santana Marilia Adler Galvão da Silva Naiara Cristina Pereira Fernandes Priscila Gomes da Silva Estudo dirigido apresentado para a disciplina de Prática Clínica de Instrumentalização do Processo Cuidar do curso de Enfermagem da Universidade de Franca. Profª Ms. Nádia Bruna da Silva Negrinho Profª Ms. Heloísa Helena Lemos Horta Profª Esp. Mariluci Botto Franca 2019 Câncer de mama: O papel do enfermeiro no exame clínico Introdução O que é câncer? Câncer é o crescimento desordenado de células, que invadem órgãos e tecidos, dentre eles temos o câncer benigno e o maligno. O Câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente e outros não. O câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, correspondendo a cerca de 25% dos casos novos a cada ano. No Brasil, esse percentual é de 29%, de acordo com as estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Principais tipos de câncer de mama Carcinoma ductal in situ. Também conhecido como carcinoma intraductal; Carcinoma invasivo sem outras especificações (antigo carcinoma ductal invasivo); Carcinoma lobular invasivo. Objetivo O presente estudo teve o objetivo de destacar a importância do papel do enfermeiro no exame clínico nas mamas. Materiais e Métodos O estudo foi realizado através de sínteses e resumos de 3 artigos científicos, que tem como tema central: Câncer de mama e a intervenção da Enfermagem, também contou com estudos de 3 livros: Enfermagem Oncológica; Exame Físico e Avaliação de Saúde para Enfermagem e Anamnese e Exame Físico e 3 sites oficiais sobre o câncer de mama. Foi utilizado como Descritores de Ciências da Saúde (DeCS): Câncer de mama, cuidados de enfermagem, saúde da mulher e enfermagem oncológica. Revisão de Literatura Acolhimento da mulher; Anamnese; Inspeção estática e dinâmica; Palpação das mamas e dos linfonodos; Expressão; Finalização do procedimento. Inspeção estática A paciente deve sentar-se na mesa de exame, dispondo de uma boa iluminação; Deve-se observar a simetria de ambas as mamas, o contorno mamário, se existe abaulamentos, retrações ou alterações de pele. Inspeção dinâmica Solicitar que a paciente realize tensão dos músculos peitorais para se observar se com essa tensão ocorre alguma depressão ou deformação do contorno mamário ou tendência a retração do mamilo. Inspeção dinâmica A paciente deve elevar os braços, o que permite observar se as mamas mostram alguma alteração ou se produz retração. Inspeção dinâmica Para observar a posição pendular das mamas, a usuária pode ficar em pé ou sentada, apoiando suas mãos sobre os ombros ou mãos do profissional e inclinando o corpo para a frente. Palpação das mamas Posicionar a usuária em decúbito dorsal, sem travesseiro e com as mãos atrás da nuca na mesa de exames. Palpar todos os quadrantes da mama, detalhadamente, em busca de nódulos. Palpação dos linfonodos Com a paciente sentada, palpar os linfonodos cervicais, supra claviculares, infra claviculares e axilares. Palpação Na posição sentada também pode-se avaliar o oco axilar. A paciente apoia sua mão no antebraço do profissional para este palpar a axila esquerda, facilitando a identificação de possíveis adenopatias axilares. Anotar o número de linfonodos palpados, bem como seu tamanho, consistência e mobilidade. Palpação Para examinar os linfonodos axilares o examinador deve fazer uma concha com os dedos da mão esquerda, penetrando o mais alto possível em direção ao ápice da axila. A seguir, trazer os dedos para baixo pressionando contra a parede torácica. Palpação A palpação das fossas supra claviculares é facilitada com a paciente em posição sentada. Expressão Fazer a expressão suave da mama, desde a base até o complexo aréola-papilar; Ocorrendo a saída de fluxo, observar se é uni ou bilateral; Para verificar adequadamente a cor do fluxo, deve ser absorvido em uma gaze. Expressão Se houver presença de secreção encaminhar ao laboratório para realizar leitura de citologia de mama: - Derrame papilar espontâneo; - Secreção sanguinolenta ou cristalina. Finalização do procedimento Principais alterações Nódulos ou zona endurecida, geralmente indolor; Alterações no mamilo - inversão, hiperemia, descamação ou ulceração; Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; Deformações ou alterações no contorno da mama; Nódulos na região das axilas ou pescoço; Secreção cor cristalina ou sanguinolenta , especialmente quando é unilateral e espontânea; Dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo. Fatores de risco Fatores ambientais; Fatores hormonais; Fatores genéticos. Prevenção Tratamento A prevenção do câncer de mama consiste em ações realizadas com o objetivo de diminuir os riscos da doença. O tratamento depende do estágio e do tipo da doença, podendo incluir: quimioterapia, radioterapia ou cirurgia. Conclusão O exame clínico das mamas é fundamental para detectar sinais ou alterações nas mamas, como: abaulamentos, retração e secreção nos mamilos, vermelhidão e nódulos. Ambos os exames juntamente com a mamografia fazem parte das medidas de rastreamento precoce do câncer de mama, que é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres. Os problemas físicos e psicológicos salientam a importância dos profissionais de Enfermagem no acompanhamento terapêutico do paciente. 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