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Musicalização Infantil O QUE É A nossa proposta de trabalho de musicalização parte dos chamados "métodos ativos" de educação musical, em que o ensino de música acontece a partir da vivência prática. A cada aula as crianças têm contato com os princípios fundamentais da linguagem musical a partir de atividades de execução (cantar, tocar, dançar), audição e criação musical. Uma quantidade diversificada de estratégias de ensino faz da aula um momento de aprendizado lúdico - as crianças aprendem música fazendo música com diversão. DIFERENCIAIS A Alecrim Dourado é uma escola especializada em musicalização infantil - que é o nosso principal curso. A nossa equipe de professores de musicalização é formada pelos educadores musicais Vivian, Rosane, Alice, Mirela, Carol, Flávia, Marília e Rachel. Para o aprendizado musical, é essencial a mediação dos professores, colegas e pais. Por isso, mesmo que os pais não estejam presentes em aula (a partir dos 2 anos e meio), nossas duas salas de musicalização contam com um sistema de monitoramento para que os pais possam assistir as aulas em um monitor na recepção da escola, possibilitando assim a continuação da formação musical em casa. Nosso currículo é organizado de forma gradual, e em cada turma agrupamos crianças com faixa etária dentro de 6 meses. Por isso, nossa grade horária contém as turmas "1 ano" e "1 1/2 ano", por exemplo: isso quer dizer que as crianças de 1 a 1,5 ano executam atividades diferentes das de 1,5 a 2 anos, pois o desenvolvimento musical é progressivo e específico para cada idade. CURSOS As etapas do curso de musicalização infantil na Alecrim são quatro: > Musicalização infantil – crianças de 6 meses a 2 ½ anos Primeiro nível de formação musical, envolve a família toda em atividades lúdicas, pois é a partir da mediação do adulto que a criança explora o universo musical à sua volta. Neste nível a criança explora as propriedades do som (altura – grave/agudo; duração – curto/longo; intensidade – fraco/forte; timbre), desde a atividade de execução da escala musical, com variações como a escala maior, staccato, legato, oitava. Vivencia diferentes ritmos, experimentando corporalmente cada variação. Ao final do nível, conhece de maneira inicial as figuras musicais (nota e pausa) em propostas de leitura simples e com notação não-tradicional. Explora e percebe sons vocais, sons de animais, objetos sonoros e instrumentos musicais. Reconhece e executa canções do ambiente familiar e amplia o seu repertório com obras de diferentes gêneros e locais do mundo. Experimenta instrumentos musicais variados, manipulando em aula principalmente os de percussão. > Iniciação musical – 2 ½ aos 5 anos Segundo nível de formação musical, em que há o respeito à autonomia da criança em aula, que passa a frequentar com os professores e colegas, mas sem a presença dos pais – o papel da família é retomar e explorar os conteúdos aprendidos em casa. Neste nível a criança experimenta e reconhece as propriedades do som e as da música (melodia, ritmo, harmonia, andamento, silencio e pausa, dinâmica). Explora a voz de maneira mais consciente e executa arranjos instrumentais com xilofones, metalofones e pequena percussão no grupo. Explora novas figuras da notação musical não tradicional e tradicional em leituras rítmicas e melódicas. Experimenta novas variações da escala musical, como a escala menor, arpejos etc. Percebe, reconhece e classifica sons dos instrumentos musicais em famílias. > Grupo Pré-instrumental – 5 aos 6 anos Terceiro nível de formação musical, engloba manifestações musicais das crianças, em grupo, de maneira vocal e instrumental, trabalhando com um universo de repertórios musicais e conteúdos que deem conta do futuro estudo de qualquer instrumento musical ou canto – é uma base comum para os seguimentos futuros. Desta forma, neste nível a criança avança na leitura musical melódica e rítmica baseada na notação tradicional. Experimenta instrumentos musicais de diferentes famílias. Explora e toca diversos instrumentos de percussão em aula, com ênfase no instrumental Orff (xilofones e metalofones). Canta de forma que haja uma maior preocupação com a precisão das alturas e da afinação. Trabalha, desta maneira, com o fraseado e o discurso musical com mais ênfase. Improvisa criando frases e pequenas músicas. Tem contato com a audição musical ativa a partir do uso de gráficos e da notação não tradicional, a fim de compreender a organização das músicas. Ao final do ciclo, conhece os princípios da flauta doce. > Laboratório de Criação Musical – 6 aos 9 anos Projeto que procura envolver as crianças com a produção musical criativa, com diversos instrumentos, a partir do domínio de uma série de conteúdos musicais aprendidos até então. É uma opção para a continuidade dos estudos musicais na formação em grupo, com práticas vocais e instrumentais. Neste nível a criança utiliza seus conhecimentos de notação rítmica e melódica para produzir e registrar arranjos musicais criados em aula. Inclui o uso de gráficos musicais para representar suas criações. Explora mais profundamente os princípios da flauta doce (sopro) e conhece os do ukulelê (corda), além da continuidade no contato com instrumentos de percussão. Improvisa e cria de maneira mais autônoma, desenvolvendo, entre outros projetos, arranjos, paródias musicais e criação de músicas da turma. Trabalha com a formação de repertório em estudo ao longo do semestre, culminando com a apresentação nas aulas abertas. Musicalização para Bebês: O trabalho musical pr ior iza a formação de memórias melódicas, rítmicas, harmônicas e expressivas. Estas experiências sensoriais pr iv i legiam vivências audit ivas dos parâmetros do som, como t imbre, intensidade, altura e duração. A cr iança tem a oportunidade de manifestar seu pulso interno pessoal e começar a regulá- lo temporalmente. São incent ivadas a escuta e a exploração de instrumentos e fontes sonoras diversas, associadas à percepção e desenvolvimento da expressão vocal. Objetivos gerais: -Promover o desenvolvimento geral do bebê -Promover o desenvolvimento musical do bebê Faixa etária: 6 meses até 3 anos Carga-horária: meia hora/ 01 vez por semana Musicalização de 3-6 anos Além da formação de memórias melódicas, rítmicas, harmônicas e expressivas, e do som e seus parâmetros, já inic iada na etapa anter ior, são desenvolvidas habil idades rí tmicas mais complexas, como: regular idade e irregular idade, pulsação, r i tmo real, apoio e divisão do pulso. São explorados também os recursos da voz, o canto espontâneo e o canto imitat ivo, a graf ia l ivre de sons, as estruturas do teclado, a sonoridade dos instrumentos, a ordenação de notas musicais, dentre outros assuntos. Crianças de 5 e 6 anos: Além dos conteúdos já iniciados e desenvolvidos nas etapas anter iores, acrescentam-se: densidade sonora, elaboração de arranjos vocais e instrumentais, exploração do teclado, vivência de forma musical, graf ia de sons em forma de roteiro e graf ia relat iva. Objetivos gerais: -Promover a l ivre expressão da cr iança a partir do contato com diversas possibi l idades sonoras. -Experimentar vár ias formas de relacionamento com a música através da br incadeira e jogos, e da integração com outros veículos de expressão art íst ica. -Musical izar a cr iança por meio de experiências musicais. Faixa etária: 3 a 6 anos Carga-horária: 01h/ 01 vez por semana A criança e a música – 0 a 3 anos Os bebês ampliam os modos de expresão musical pelas conquista vocais e corporais. Podem articular e entoar um maior número de sons, inclusive os da língua materna, reproduzindo letras simples, refrões, onomatopéias etc. explorando gestos sonoros, como bater palmas, pernas, pés, especialmente depois de conquistada a marcha, a capacidade de correr, pular e movientar-se acompanhando com a música.A expressão musical das crianças nessa fase é caracterizada pela ênfase nos aspectos intuitivo e afetivo e pela exploração (sensório-motora) dos materiais sonoros. As crianças integram a música as demais brincadeiras e jogos: cantam enquanto brincam, acompanham com sons os movimentos de seus carrinhos, dançam e dramatizam as situações sonoras diversas conferindo “personalidade”e significados simbólicos aos objetos sonoros ou instrumentos musicais e a sua produção musical. Objetivos: O trabalho com a Música deve se organizar de forma a que as crianças desenvolvam as seguintes capacidades: • Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais; • Brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir canções musicais. O fazer musical: • Exploração, expressão e produção do silêncio e de sons com a voz, o entorno e materiais sonoros diversos. • Interpretação de música e canções diversas. • Participação em brincadeiras e jogos cantados e rítmicos. Orientações Didáticas: No primeiro ano de vida, a prática musical poderá ocorrer por meio de atividades lúdicas. O professor estará contribuindo para o desenvolvimento da percepção e atenção dos bebês quando canta para eles; produz sons vocais diversos por meio da imitação de vozes de animais, ruídos etc ou sons corporais, como palmas batidas nas pernas, pés, etc., embala-os e dança com eles. As canções de ninar tradicionais, os brinquedos cantados e rítmicos, as rodas e cirandas, os jogos com movimentos, as brincadeiras com palmas e gestos sonoros corporais. Resumindo Os primeiros anos de aprendizagem são propícios para que a criança comece a entender o que é a linguagem musical, aprenda a ouvir sons e a reconhecer diferenças entre eles. “Todo o trabalho a ser desenvolvido na educação infantil deve buscar a brincadeira musical, aproveitando que existe uma identificação natural da criança com a música. A atividade deve estar muito ligada à descoberta e à criatividade”. (Teca Alencar de Brito, diretora da Escola Oficina de Música e colaboradora do MEC na elaboração dos Referenciais Curriculares de Iniciação Musical) Brincando, as crianças estarão exercitando as habilidades que serão exigidas durante os anos seguintes. Apreciação musical: – Com histórias, fantoches, dramatizações, cativar a criança para que comece a freqüentar a aula de música perdendo o medo do novo, – Usar o carnaval para desenvolver o tema e participar de um baile carnavalesco, – Introduzir um instrumento musical do carnaval, como o tambor, por exemplo, – Utilização da flauta para audições instrumentais, – Socializar através da música, – Contacto inicial com instrumentos de percussão, utilizando- os também como objetos sonoros para emitir respostas musicais, a partir de estímulos dados pelo professor, – Exploração de alguns instrumentos de pequena percussão como, guizos, chocalhos, caxixis, castanholas, tambores, livremente e mais tarde orientados pelo professor, – Escutar músicas, – Intervenções feitas com os instrumentos nas músicas já escutadas anteriormente, – Introduzir instrumentos nas canções (clavas, tambor, etc.) Desenvolver a coordenação motora: – Exploração do corpo, – Percepção das partes do corpo separadamente, – Vivenciar os movimentos corporais através da música – Exploração do movimento corporal Desenvolver a memória musical: – Linguagem oral e vocabulário, – Cantar canções curtas e de fácil memorização com temas sobre o corpo, como: bater palmas, bater pés, gestos com os dedos, tornozelos, etc., – Desenvolver a percepção auditiva, – Capacidade de se concentrar, – Capacidade de imitar, – Escutar várias gravações das músicas cantadas, Exploração da música e da cultura popular: – Divulgar nossa cultura, conhecer canções e brincadeiras populares, – Folclore, – Brincos, – Cantigas de ninar, Diferenciação de sons: – Sons: agudos e graves, Perceber os sons grossos e finos. Crianças de quatro a seis anos Escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da produção musical brasileira e de outros povos e países. Orientações didáticas Nessa faixa etária, o trabalho com a audição poderá ser mais detalhado, acompanhando a ampliação da capacidade de atenção e concentração das crianças. As canções infantis veiculadas pela mídia, produzidas pela indústria cultural, pouco enriquecem o conhecimento das crianças. As crianças podem perceber, sentir e ouvir, deixando-se guiar pela sensibilidade, pela imaginação e pela sensação que a música lhes sugere e comunica. A produção musical de cada região do país é muito rica, de modo que se pode encontrar vasto material para o desenvolvimento do trabalho com as crianças. O contato das crianças com produções musicais diversas deve, também, prepará-las para compreender a linguagem musical como forma de expressão individual e coletiva e como maneira de interpretar o mundo.
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