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Artigo_Eliana FAVENI

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI
AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFESSORES DA ESCOLA ESTADUAL DR.MARTINHO MARQUES NO PROCESSO DE NOVAS CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÕES
ELIANA PIGARI BAPTISTA
TAQUARUSSU, MS
2016
 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI
AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFESSORES DA ESCOLA ESTADUAL DR.MARTINHO MARQUES NO PROCESSO DE NOVAS CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÕES
Artigo científico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de Pós Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional
ELIANA PIGARI BAPTISTA
TAQUARUSSU, MS
2016
AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFESSORES DA ESCOLA ESTADUAL DR.MARTINHO MARQUES NO PROCESSO DE NOVAS CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÕES
Eliana Pigari Baptista
Resumo 
Entendemos a avaliação da aprendizagem como um tema bastante polêmico e tem sido palco de muitas discussões. Nos últimos anos a avaliação vem se revelado um dos grandes problemas no desenvolvimento do fazer pedagógico nos diversos níveis e modalidades de ensino, exigindo reflexões sobre a importância de se ter práticas avaliativas diversificadas, que acompanhem o aluno em seus progressos e dificuldades e forneçam indicadores para o aprimoramento do trabalho pedagógico, na perspectiva de inclusão e emancipação. Para se chegar ao proposto, foi realizada uma análise dos dados obtidos através de questionários aplicados aos professores e de conversas com a comunidade escolar. O trabalho contempla também um pouco da história da avaliação e a discussão que envolve as teorias de avaliação escolar: diagnóstica, mediadora e emancipatória, com base nos estudos desenvolvidos por Cipriano Carlos Luckesi, Jussara Lerch Hoffman e Ana Maria Saul. Concluímos que na Escola Estadual Dr Martinho Marques, na qual foram entrevistados os professores (as) coexistem práticas que se identificam com exame, privilegiando a nota e muitas vezes a exclusão, bem como, avaliações que demonstram a preocupação dos professores com a construção de novos processos não pontuais, que busquem avaliar os alunos numa perspectiva que leve à inclusão. Percebemos que a maior parte dos professores tem demonstrado certa inquietação em relação às práticas que se aproximam do exame, o que em nosso entendimento é um avanço.
Palavras-chaves: avaliação, história e exclusão.
1-Introdução
O presente estudo foi elaborado a partir de pesquisa bibliográfica e qualitativa, cujo objetivo foi buscar conhecimento sobre as concepções inovadoras de avaliação. Enfatizamos que para realização mais profícua de investigação, usamos também o método da descrição de fatos, os quais foram colhidos por meio de entrevistas a fim de refletirmos sobre o problema levantado: conflito do docente em sua prática pedagógica no que tange a avaliação da aprendizagem, cujo objetivo central foi refletir sobre as práticas avaliativas tradicionais arraigadas no fazer pedagógico, propondo práticas inovadoras que direcione ao aprendizado e, consequentemente, o desenvolvimento pleno do educando; buscamos investigar a prática avaliativa usada pelos docentes da escola questionando os velhos paradigmas da avaliação excludente; propondo práticas metodológicas inovadoras de avaliação; a fim de transformá-la em efetiva prática de aprendizagem, fazendo da avaliação um verdadeiro instrumento de aprendizagem significativa.
 Para isso, foi entrevistado, por meio de questionários abertos e dissertativos, alguns docentes e coordenadores pedagógicos sobre a prática de avaliação usada na referida escola.
Então, propomos, a partir do levantamento de dados diagnosticados por meio da entrevista, propostas inovadoras de avaliação, buscamos como aporte teórico, Cipriano Carlos Luckesi (2011), que foca seus estudos na Avaliação da aprendizagem, ressaltando sobre a diferença de “examinar” para “avaliar”. O referido teórico afirma que denominamos nossa prática de avaliação, mas, de fato, o que praticamos são exames, pois historicamente, mudamos o nome, porém não modificamos a prática. Portanto, vivenciamos alguma coisa equívoca: leva o nome, mas não realiza a prática. 
Em Jussara Hoffman (2000), buscamos informações sobre a avaliação como promotora da autonomia, como mediadora no sentido da efetiva promoção da aprendizagem e das múltiplas dimensões do fazer avaliativo. Nessa proposta inovadora de avaliação, a autora estabelece relações entre uma concepção dialética de avaliação e os caminhos de aprendizagem. Ela propõe que os educadores experimentem fazer o contrário do que vêm fazendo no sentido de não comparar os alunos, de prestar atenção em cada um deles, de reinventar as práticas avaliativas para não deixar nenhum estudante sem aprender. Para isso, segundo a teórica, a ação avaliativa deve ser vista em três tempos; tempo de conhecer bem os alunos, tempo de compreender seus jeitos de aprender e tempo de mediação.
 Os conhecimentos de José Carlos Libâneo (2005), também foram trazidos a luz dessa pesquisa, neles nos ancoramos para refletir sobre a didática e a aprendizagem do pensar e aprender. Libâneo colabora com nossa pesquisa ao dizer que o papel do educador é de mediador na preparação dos alunos para o pensar, uma vez que, para ele, o conhecimento supõe o desenvolvimento do pensamento e que desenvolver o pensamento supõe metodologia e procedimentos sistemáticos do pensar. Nesse caso, a característica mais destacada do trabalho de professor é a mediação docente pela qual ele se põe entre o aluno e o conhecimento para possibilitar as condições e os meios de aprendizagem, ou seja, a mediação cognitiva. Dessa forma, cabe à escola e, consequentemente, ao educador, investigar como ajudar os alunos a se constituírem como sujeitos pensantes e críticos, capazes de pensar e lidar com conceitos, argumentar, resolver problemas, em face de dilemas e problemas da vida prática. Sendo assim, nessa proposta, a avaliação classificatória deve ser abolida do fazer pedagógico.
 Ana Maria Saul (1994) vem ao encontro de nossas indagações ao defender que a avaliação não pode ser confundida, como por vezes se faz, com o momento exclusivo de atribuição de notas ou com momentos em que estamos analisando e julgando o mérito do trabalho que os alunos desenvolveram. Vale dizer que a avaliação recai sobre inúmeros objetos, não só sobre o rendimento escolar.
Ressaltamos que outros teóricos foram trazidos a essa pesquisa, pois entendemos que o assunto Avaliação é amplo, instigante e muito reflexivo, por isso não nos limitamos apenas aos teóricos mencionados.
Sabemos que a educação atualmente está sendo assunto em pauta nas discussões em diferentes lugares no Brasil e do mundo. Nunca se falou tanto em educação e no importante papel que ela deve e pode desempenhar no desenvolvimento das pessoas e sociedade. Felizmente o homem, a cada dia que passa, vem tomando consciência que é através da educação que podemos mudar, para melhor o rumo da sociedade, no modo de pensar e agir das pessoas, desde que esta seja trabalhada de forma que não repasse conteúdos dogmáticos refletidos por uma ideologia dominadora, mas que proporcione ao aluno seu auto- crescimento social, intelectual e psicológico.
Acreditamos, porém, que a função primordial da educação é atender as necessidades da sociedade contribuindo para seu avanço e crescimento, como também, fazer o homem integrante dessa sociedade, sujeito produtor e transformador de conhecimentos, cidadão crítico que tenha condições suficientes para buscar melhorias para si e para o meio em que vive.
Assim, faz-se necessário saber se os futuros profissionais que estão sendo postos no mercado de trabalho estão devidamente preparados para atender as necessidades da sociedade ao assumirem cargos que lhe são confiados. Isso faz com que alguns órgãos superiores, entre eles o MEC (Ministério da Educação e Cultura) execute avaliações, ainda que de caráter classificatório, para medir o grau de aprendizado do aluno e os níveis das instituições de Ensino. Desde 1990 vem sendo realizado, em nosso país,o SAEB ( Sistema nacional de Avaliação da Educação Básica), como também, o ENEM ( Exame nacional do Ensino Médio), o Provão que teve início em 1996 e a avaliação da pós graduação desenvolvida pela CAPES( Fundação Coordenadora de Aperfeiçoamento de Pessoal Nível Superior). Estes órgãos buscam conhecer a realidade do ensino e aprendizagem com vistas à elaboração de propostas de ação e/ ou entender determinações de órgão internacionais como UNESCO- INICEF a até mesmo o Banco Mundial.
Por outro lado, temos estudiosos que se preocupam em buscar formas avaliativas de caráter inovador, eficientes e eficazes que não oprima, não desestimule o interesse do aluno pela escola e que acima de tudo, o torne consciente de seus deveres e direitos e inteiramente responsável a tudo que lhe diz respeito e da sociedade de que faz parte.
Partilhando do pensamento de Luckesi (1996) de que as ações humanas não são atos isolados, neutros, mas atos engendrados no conjunto das relações sociais, impulsionados por objetivos específicos e orientados para uma finalidade consciente, portanto político e preocupado com os reflexos que a educação passa para a sociedade e desejosos que o ensino seja de qualidade é que nos propomos a fazer este estudo sobre as práticas inovadoras de avaliação, refletindo criticamente sobre as tais propostas, onde buscamos maiores informações sobre a dificuldade existentes para implementação das mesmas no processo ensino aprendizagem, a fim de torná-las sugestivas e como fonte de pesquisa para docentes e futuros docentes que acreditam e desejam inovar sua prática avaliativa.
Com o intuito de resgatar essa criticidade no aluno e confiantes que essa situação deve e tem que ser mudada, inconformados com esse paradigma dominante e castrador de autonomia e decisões ousadas que, infelizmente ainda povoa e educação brasileira é que levamos nossa pesquisa adiante e buscamos subsídios e conhecimentos suficientes para que estes sirvam para nós, docentes como âncora segura que nos leve a enfrentarmos a tal sonhada ruptura paradigmática que nos incomoda e nos faz refém de um sistema frenador e opressor.
Entende-se que a prática avaliativa vista de maneira mensurável está totalmente desvinculada do processo de ensino e aprendizagem por ser seletiva, excludente, quantidade e somativa, valorizando somente o final e não o processo, quando deveria ser inclusiva, priorizar a qualidade e não a quantidade, pois o conhecimento não poder ser medido, uma vez que este é construído diariamente. Assim, o nosso interesse recai sobre o referido assunto, por supor que o educador, nesse momento transitório, vive um conflito em sua prática pedagógica. O sistema educacional prega um discurso inovador de que o aluno precisa ser avaliado em sua totalidade, porém cai em contradição ao aplicar as avaliações institucionais externas como: SAEMS, SAEB, Prova Brasil, Olimpíadas de Matemática das escolas públicas, etc., porque as mesmas, por mais contextualizadas que sejam, partem do seguinte princípio: números. 
Dessa forma, na avaliação tradicional, a qual a denominamos de excludente, o professor apenas ensina o que será cobrado nas provas ou exames e o aluno apenas decora e resolve listas enormes de exercício de memorização, que depois passados, jamais serão lembrados, uma vez que não houve construção do conhecimento, apenas reprodução do mesmo. Nesse sentido, a escola enquanto instituição social responsável para formar cidadãos pensantes capazes de transformar o meio em que vive, não está cumprindo o seu papel de formadora, de preparar os educandos para compreender, julgar, intervir em sua comunidade de maneira justa, ou seja, responsável, solidário, democrático e sim reproduzindo os interesses e valores das classes dominantes.
Ancoramo-nos em Libâneo (2004, p.253) ao afirmar que a avaliação sempre deve ter caráter de diagnóstico e processual, pois ela precisa ajudar os professores a identificarem aspectos em que os alunos apresentam dificuldades. A partir daí, os professores poderão refletir sobre sua prática e buscar formas de solucionar problemas de aprendizagem ainda durante o processo e não apenas no final da unidade ou no final do ano.
Conclui-se, portanto, que a forma como o sistema educacional vigente atua sobre as instituições educacionais, nega, de certa forma, a autonomia do educador e do educando.
2. DESENVOLVIMENTO
AVALIAÇÃO SOB O OLHAR DOS PROFESSORES: DIAGNÓSTICO OU CLASSIFICAÇÃO?
2.1. Avaliação ou exame, o que praticamos?
Durante nossa pesquisa foi constatado que os professores da referida instituição investigada (rede estadual) possuem formação profissional adequada em relação às séries (ano) e disciplinas que ministram, pois dos entrevistados há um mestre, um mestrando, cinco graduados e todos atuam em suas respectivas áreas de formação.
Convém ressaltar que foram convidados 19 professores para responderem um questionário formado por 17 questões, porém apenas sete demonstraram interesse, sem nenhuma resistência, em contribuir com a pesquisa, respondendo-o durante o período de 22 de fevereiro a 15 de março, em seu local de trabalho. Já os outros doze profissionais não se manifestaram, deixando de respondê-lo.
Inicialmente perguntamos aos docentes quais os instrumentos que eles utilizam para avaliar os seus alunos, sendo apresentadas como opções: provas orais, provas escritas, seminários, trabalhos em grupo, atividades diárias. Todos os educadores assinalaram que utilizam provas escritas. Seis dentre aqueles que responderam afirmaram que utilizam trabalhos em grupo, atividades diárias e seminários. Quatro deles afirmaram que também utilizam outros meios para avaliar, sendo citados: comportamento, tarefas diárias, cadernos em dia, interpretações textuais, atividades de intervenção relacionadas ao conteúdo abordado, compromisso com a escola, como: assiduidade, pontualidade, entrega de trabalhos em tempo hábil, organização do material, atitudes em sala de aula.
Verificamos aqui que todos os professores utiliza-se de provas escritas para a avaliação. Sabemos que a mesma tem sua origem na educação tradicional (bancária), que é um instrumento de avaliação que, dependendo da forma como for aplicada e conduzida será classificatória, podendo apresentar vários problemas, tornando-se um instrumento de avaliação excludente, sistema pelo qual os alunos, em sua maioria, são “massacrados” e ameaçados à reprovação, uma das principais razões para que o aluno abandone a escola.
 Analisando-a sob esse prisma, entendemos que esse tipo de avaliação dá muita importância à nota, à classificação e possui alguns atributos essências como: valor, dia, horário, o que causa no aluno medo e preocupação em tirar nota para passar de ano e não para aprender. Pautando-nos nesse viés, notamos que a escola e os professores aprovam apenas quem tira boas notas, os outros ficam excluídos do processo de ensino e aprendizagem, se evadem, não voltando mais aos bancos escolares para recomeçar o que deixou de apreender. Como alerta a essa prática avaliativa, Vasconcelos (p.73) nos orienta que a prova escrita é considerada uma ruptura no processo ensino-aprendizagem. Assim, a prova pode, dependendo da forma que for realizada, e do processo anterior e posterior que a envolva, configurar-se em mais um instrumento de avaliação formativa, e para tal não deve prender-se a rituais, mas sim ser um elemento sistematizado bem elaborado de diagnóstico da aprendizagem; e a partir do mesmo, o professor possibilitar sua revisão, reescrita e consequente melhoria da nota/conceito obtida/o inicialmente (se for exigência da instituição), ainda que este não deva ser o principal foco e sim o registro das dificuldades/erros cometidos pelo aluno, proporcionando-lhe consequente intervenção pedagógica na perspectiva de alteração do quadro que esse diagnóstico apresentar, assegurando que a aprendizagem ocorra efetivamente.
Para isso, Gimeno Sacristán (1998, p. 329) já nos admoestava às dificuldades encontradas ao se fazer uma avaliação de caráter diagnóstico e inovador,quando dizia: “A função diagnóstica exige uma atuação profissional bastante intensa e dedicação de tempo aos alunos, só possível se eles forem poucos”. Então, se as salas de aula não fossem superlotadas, cada professor atenderia de forma mais próxima o aluno, podendo acompanhá-lo individualmente. 
Os professores também responderam que utilizam outros meios para avaliar. Jussara Hoffman (2008), afirma que a ação de diagnosticar o processo de ensino, precisa ser cotidiana e contemplar a outros instrumentos possíveis, como seminários, debate, relatório e observação. Além disso, é necessário definir muito bem o perfil correto dos testes: os somatórios servem para balanços finais e os formativos devem ser realizados de forma rotineira, para ajudar a corrigir rumos e verificar as necessidades de retomar certas explicações.
Em geral, quando se fala em avaliação pensa-se imediatamente no processo de avaliação tradicional, em que a escola assume o papel autoritário, fechado, cíclico onde o professor é responsável pelo ensino e julgamento.
Contrariando essa prática avaliativa, o professor precisa preocupar-se em estar sempre buscando formas mais interessantes e instigantes para avaliar, estar sempre repensando sua prática de avaliação, pois um instrumento de avaliação mal elaborado e colocado em prática pode causar sérios danos no processo de ensino – aprendizagem, pois o modelo arcaico de avaliação escolar define a classificação de indivíduos como a principal função do ato de avaliar. Neste sentido, o julgamento de valor visa a classificar o indivíduo através da nota. Ele poderá ser classificado entre os melhores ou os piores, bom ou ruim. Tais práticas contribuíram para produzir consequências negativas, entre elas o preconceito e a exclusão, em que a avaliação classificatória é um instrumento autoritário e excludente do desenvolvimento escolar para muitos alunos.
Dessa forma, entendemos que um bom instrumento de avaliação tem que ter critérios como: linguagem clara, esclarecedora e objetiva e sempre estar coerente com o que está sendo ensinado.
Também foi perguntado aos docentes se realizam com seus alunos provas escritas e por quê? Sendo apresentados aos docentes, em caso afirmativo, as seguintes opções: para cumprir normas da escola, para verificar a aprendizagem, para avaliar a metodologia aplicada, para diagnosticar as dificuldades dos alunos. Todos os professores afirmaram que utilizam provas escritas. Quatro professores afirmaram que utilizam provas para cumprir normas da escola. Dois assinalaram que utilizam provas para verificar a aprendizagem. Um assinalou a opção para avaliar a metodologia aplicada.
Assim, mais uma vez todos responderam realizar provas escritas, caracterizada pela aplicação de instrumentos como questionários, provas, trabalhos escritos em geral, em períodos regulares (final de cada mês, bimestre ou semestre) com o objetivo de verificar a quantidade de informações que os alunos assimilaram naquele período, classificando-os em escalas de notas ou de conceitos tratados como se fossem notas. É uma concepção intensamente questionada, mas ainda utilizada pelos professores, a qual comprova que muitas das nossas práticas, enquanto educadores têm a ver com nossa cultura e nossas crenças, ou seja, a velha lógica da classificação. Opondo-nos e essa prática avaliativa que ainda vigora nos espaços escolares, defendemos que as avaliações não podem ser para punir nem somente para atribuir notas, devem ser de caráter diagnóstico e formativo com objetivos diferenciados, servindo para fornecer informações sobre as ações ligadas à aprendizagem do aluno, não podendo ser utilizada apenas para finalizar algo em que está sendo trabalhado. Nesse sentido, Libâneo (2011, p. 32) nos ensina que aprender a avaliar a aprendizagem é uma tarefa que está posta diante de todos nós. Na passagem dos muitos anos de vida escolar, na história da modernidade o que se viveu foram os exames escolares.
Foi perguntado ainda para que serve a avaliação ensino e aprendizagem, sendo apresentadas como opções as seguintes alternativas: para atribuir notas, para verificar a aprendizagem, para avaliar o conhecimento do aluno e para avaliar a metodologia aplicada. Nenhum dos professores assinalou que a avaliação de ensino e aprendizagem serve para atribuir notas. Os sete professores assinalaram para avaliar o conhecimento do aluno e para avaliar a metodologia aplicada.
Segundo Libâneo (2011, p. 45), a avaliação da aprendizagem adquire sentido na medida em que articula com um projeto político pedagógico e com seu consequente projeto de ensino. A avaliação tanto no geral, quanto no caso específico possui uma finalidade em si, ela subsidia um curso de ação que visa construir um resultado previamente definido.
Entendemos que a avaliação escolar está intrinsicamente relacionado com o tipo de homem que queremos formar em nossa atual sociedade, um homem conhecedor de seus direitos e deveres e com a responsabilidade de estar formando novos homens, uma vez que o novo paradigma da globalização exige que todos tenham uma educação de qualidade.
Perguntou-se aos docentes que tipo de avaliação utilizam sendo apresentadas as seguintes opções: avaliação contínua, avaliação somativa, avaliação formativa, avaliação diagnóstica. Quatro dos entrevistados assinalaram todas as alternativas. Três assinalaram apenas a opção avaliação somativa.
No entanto, a maioria dos professores assinalaram que colocam em prática todos os tipos de avaliação. A avaliação formativa que se preocupa com o processo de aprendizagem dos alunos ao longo do desenvolvimento curricular e ocorre por meio do seu acompanhamento, com o objetivo de reorientá-los a cada dificuldade encontrada. Possibilita uma intervenção imediata no processo de aprendizagem, permitindo que o currículo em desenvolvimento seja reconstruído durante o processo, comprovando sua natureza dinâmica no atendimento das necessidades dos alunos; a avaliação diagnóstica, que se dá em primeiro estágio mediante o contato estabelecido entre Educador X Educando, ou seja, ele avaliará o nível de conhecimento da turma em relação a conteúdos já ministrados, isto é, se possuem os pré-requisitos para a aquisição de novos conhecimentos, e o que é mais importante, se possuem aptidão para dominá-los posteriormente. Esse procedimento facilitará os caminhos a serem traçados pelo educador no objetivo de atingir os objetivos propostos. 
Na parte final do questionário aplicado aos professores, foram colocadas duas questões subjetivas. A primeira delas: “O que você considera que deveria mudar na avaliação?” E eles responderam da seguinte forma:
Em minha opinião a avaliação somativa não seria um método bom, pois prefiro avaliar e ter notas em todos os aspectos, sendo de 0 a 10, com várias notas e dividindo pelo número de notas obtidas para cada aluno (Professor 1, questionário, 22/ 02/ 2016).
Acho que a maneira que uso está bem completa, pois avalio comportamento, atividades realizadas em sala de aula ou em casa, participação durante as aulas tabuadas e o conteúdo trabalhado em sala. (Professor 2, questionário,22/02/2016).
Talvez a concepção que a comunidade escolar pensa sobre o assunto, às vezes vejo que a avaliação é o momento em que o professor irá desabafar todas as suas mágoas com relação ao aluno, e não é dessa maneira, acredito que esse momento é rico e deve ter cunho formativo para a eficácia da aprendizagem. (Professor 3, questionário, 22/02/2016).
O básico, pensar na avaliação só para o educando, repetir o mesmo modo de avaliar numa dita segunda avaliação cometemos um crime, perguntar antes por esta mesma questão, olha e avalia como se deve (difícil) dentro das dimensões comportamentais, atitudinais e conceituais. (Professor 4, questionário, 26/02/2016).
A mensuração, não se mede o conhecimento. Isso me incomoda muito, acho que trabalhar com portfólio seria o caminho, ir acompanhando o caminhar do aluno no dia a dia e no final de cada etapa de ensino, o corpo docente ser capaz de perceber o progresso doestudante. No entanto, para essa metodologia ser eficaz, seria necessário trabalhar com número reduzido de alunos em sala de aula e o professor ter maior tempo para pesquisa. (Professor 5, questionário, 26/02/2016).
As formas de avaliação de alguns medidores da educação, que levam em consideração apenas a nota do aluno. (Professor 6, questionário,02/03/2016).
Penso que na avaliação não precisaria. Acredito que deveríamos mudar para qual público estaremos avaliando. Dentro da escola encontramos realidades diferentes, por isso acredito que a avaliação poderia ser flexível, assim como acontece com planejamento. (Professor 7,questionário, 03//03/2016).
Já na última questão do referido questionário foi perguntado: “O que considera mais difícil na avaliação do processo ensino-aprendizagem?”. 
Professor 1: Focar a aprendizagem. Envolver metodologias significativas que cultivem uma aprendizagem qualitativa.
Professor 2 : Cobrar o que o ENEM e a Prova Brasil cobra, acho que essa é a parte mais difícil, pois em sala levo em conta todo o histórico do meu aluno seja na parte emocional quanto na aprendizagem e essas avaliações não leva em consideração, logo os alunos que considero bons nem sempre se saem bem nessas avaliações.
Professor 3: Tem sido muito difícil passar para os alunos, família e escola de modo geral esta noção de concepção de avaliação e isso se torna um grande problema aos olhos daqueles que tem outras concepções acerca do tema em questão.
Professor 4: É enxergar que a avaliação é para avaliar como orientei, se eu me fiz entender, há uma forma de mudar, aprofundar o debate, lermos mais, é um processo político pedagógico, a Prova Brasil mostra como estamos atrasados, os descritores devem ser o parâmetro quando elaboro uma avaliação.
Professor 5: É ter certeza se a metodologia usada foi eficiente, se houve realmente a produção do conhecimento por parte do aluno e também do professor, este averiguando sua proposta de trabalho e aquele apreendendo o aprender.
Professor 06: Não respondeu.
Professor 07: A metodologia que precisamos mudar ou procurar mudar para que o aluno aprenda
2.2- Análises das respostas
A Análise dessas respostas nos permite concluir que os professores ainda estão presos à classificação por nota, mas que possuem o desejo de liberdade para mudar. Nota-se a preocupação em tornar o ato de avaliar mais prazeroso, significativo, eficiente e eficaz. Percebemos que o modo como uma escola trabalha com avaliação, bem como os educadores é o reflexo da educação que ambos valorizam. 
Pressupomos então, que a perspectiva de uma avaliação emancipatória, deve ser capaz de julgar o valor do aluno e possibilitar que ele cresça como indivíduo e como integrante de uma comunidade. E essencialmente a avaliação deve visar à superação da exclusão.
Ao concluirmos nossa pesquisa, pudemos perceber que existe um anseio, desejo dos educadores em mudar a prática avaliativa. Entretanto, ainda falta uma maior conscientização coletiva, para que isso aconteça de fato, de forma gradual, rompendo com as práticas, mensuradas e tradicionais de avaliação.
Para que tal postura metodológica aconteça, é necessário a compreensão de que a prática avaliativa pode ocorrer de diferentes maneiras e instâncias e que os estudantes aprendem de diferentes formas, sendo possível aplicar metodologias e instrumentos diversificados de avaliação, pois existem formas de avaliar que oferecem maior autonomia e compromisso aos estudantes, as quais enriquecem o diálogo entre os sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, proporcionando-lhes uma construção de conhecimento criativa e proveitosa. Dessa forma, a auto avaliação cumpre esse papel, pois apesar de não ser usual em muitas escolas, sabemos que proporciona aos alunos uma maior responsabilidade, maior autonomia e critica, contribuindo para que os sujeitos de hoje tornem-se cidadãos plenos amanhã.
Obviamente que não se trata aqui de abolir a avaliação, e dispensar os alunos de fazer trabalhos e tarefas, mas fazer com que a avaliação ocorra de forma contínua e diária, no decorrer de cada aula, de cada atividade do aluno, e que não se tenha nada marcado, sacramentado, como normalmente ocorre com a “prova”.
 Percebemos que ainda muitos professores se utilizam da avaliação para verificar o aprendizado dos conteúdos aprendidos de formas mecânicas, sem nenhum significado para o aluno. Às vezes faz uso até mesmo de ameaça de reprovação, procedimento considerado injusto para um professor, tudo isso provoca resultados desastrosos no ensino e na aprendizagem. Na realidade, muitos professores fazem uso da avaliação, cobrando conteúdos aprendidos de formas mecânicas, sem muito significado para o aluno.
Chegam até mesmo a utilizar a ameaça, vangloriam-se de reprovar a classe toda e/ou realizar vingança contra os alunos inquietos, desinteressados, desrespeitosos, levando estes e seus familiares ao desespero.
Enfatiza Hoffmann (1993) que geralmente os professores se utilizam da avaliação para verificar o rendimento dos alunos, classificando-os como bons, ruins, aprovados e reprovados. Na avaliação com função simplesmente classificatória, todos os instrumentos são utilizados para aprovar ou reprovar o aluno, revelando um lado ruim da escola, a exclusão. Segundo a autora, isso acontece pela falta de compreensão de alguns professores sobre o sentido da avaliação, reflexo de sua história de vida como aluno e professor.
A avaliação tem um significado muito profundo, à medida que oportuniza todos os envolvidos no processo educativo momentos de reflexão sobre a própria prática. Através dela, direciona o trabalho, privilegiando o aluno como um todo, como um ser social com suas necessidades próprias e também possuidor de experiências que devem ser valorizadas na escola.
Devem ser oportunizados aos alunos os conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade. Nesse sentido, faz-se necessário redimensionar a prática de avaliação no contexto escolar. Então, não só o aluno, mas o professor e todos os envolvidos na prática pedagógica podem, através dela, refletir sobre sua própria evolução na construção do conhecimento.
O educador deve ter, portanto, um conhecimento mais aprofundado da realidade na qual vai atuar, para que o seu trabalho seja dinâmico, criativo, inovador.
Assim, colabora para um sistema de avaliação mais justo que não exclua o aluno do processo de ensino-aprendizagem, mas o inclua como um ser crítico, ativo e participante dos momentos de transformação da sociedade.
Além disso, para muitos professores, a possibilidade da reprovação coloca-os frente a uma exigência ética. O certo é que o professor não pode se preocupar em avaliar para o aluno tirar nota e passar, mas para que aprenda o que está sendo ensinado.
Uma escola de qualidade tem obrigação de evitar todas as maneiras possíveis a repetência e a evasão. Tem que garantir a meta qualitativa do desempenho satisfatório de todos. Qualidade para todos, portanto, vai além da meta quantitativa de acesso global, no sentido de que as crianças, em idade escolar, entrem na escola. É preciso garantir a permanência dos que nela ingressarem. Em síntese, qualidade "implica consciência crítica e capacidade de ação, saber e mudar" (Demo 1994, p.19).
Partindo dessa premissa, como afirma Demo, a escola deve caminhar para uma educação de qualidade, onde não deverá existir a reprovação e sim mecanismos para combatê-la, como metodologias diferenciadas, número de alunos reduzidos por sala, professores preparados com a devida formação, a participação da família, que é essencial para que a educação realmente aconteça.
CONCLUSÃO
Este trabalho nos levou a uma intensa reflexão no “chão escolar”, no que tange a uma das mais importantes ferramentas de apoio ao docente: a avaliação. 
Estudo este, no sentido de auxiliar na organização do trabalho pedagógico e de proporcionar aos educandos o direito a uma educação de qualidade, que leve os mesmos a um processo de emancipação escolar. Visualizar os processos de avaliação comoferramentas de apoio e não como instrumentos de punição e reprova ao alunado, tem sido um dos grandes desafios a ser superados na educação contemporânea. 
Esta prática necessita ser entendida como auxílio para o ensino e aprendizagem e posteriormente para a reorganização das práticas escolares, sendo assim é importante repensar os significados atribuídos ao ato da avaliação no que diz respeito às práticas ainda existentes nos espaços escolares, como a aplicação de provas, testes, questionários entre outros. 
Diante disto, pensemos em uma ação educativa de ensino aprendizado, em que ambos os atores possam ter possibilidades de aprender a reaprender, diante de uma escuta reflexiva e valorosa dos saberes de cada um para a construção do conhecimento.
Dessa forma, buscamos, em nosso trabalho, conhecer um pouco sobre as novas concepções de avaliação, ao mesmo tempo, fazermos uma reflexão crítica sobre as dificuldades encontradas para implementação das mesmas no processo- ensino aprendizagem.
Vimos então, que apesar de existirem estudos sobre formas de novas concepções de avaliação, ainda está vigente no sistema educacional do nosso país, e com muita força, a chamada avaliação tradicional.
Todavia, nesse palco de buscas inovadoras para se avaliar o discente é comum encontrarmos docentes inseguros e resistentes às mudanças, pois o que se nota é que a herança positivista no setor educacional está muito presente, principalmente quando se fala em avaliação, sendo o professor vítima de um processo adestrador, defasado e reprodutivo.
Dessa forma, vimos que o problema para que aconteça a implementação da prática inovadora de avaliação no ensino não é somente do docente que reage à mudança. O problema é bem mais amplo, pois envolve todo um sistema educacional e social. Não é necessário buscarmos apenas novas formas adequadas para implementação dessas novas propostas que venham de encontro com a atual realidade de nossa clientela estudantil, onde salas de aulas estão superlotadas, universidades que não oferecem as mínimas condições para pesquisas e que, a maioria dos alunos trabalham durante o dia e a noite vão estudar.
Longe de nós o pensamento de comodismo e aceitação dessa postura inerente de alguns docentes em relação à avaliação. Achamos que para inovar a prática avaliativa, temos que acima de tudo, oferecermos condições para que essa prática aconteça. Ficarmos em meros discursos, não vai nos levar a lugar nenhum, mudar definitivamente a postura, o modo de pensar e agir do docente de um dia para a noite é impossível; receitas prontas não vamos encontrar. Assim, cabe a nós professores, e como cidadãos brasileiros, refletirmos um pouco mais sobre nossa prática pedagógica, olharmos para trás e lembrarmos como fomos colonizados, fazermos um comparativo sobre a política educacional brasileira atual e anterior e perguntarmos a nós mesmos: houve mudanças? Fomos formados para sermos autônomos em nosso modo de pensar e agir? Como queremos formar essa nova geração de estudantes que serão profissionais amanhã?
Quem sabe dessa forma, consigamos enfrentar as barreiras que nos impedem despertar o senso crítico, pensar e por em prática essas nossas concepções avaliativas, tanto para o ensino superior, como também para a educação infantil, fundamental e médio.
É hora de usarmos maneiras diferentes para avaliarmos nossos alunos, tornando-os autônomos e emancipados intelectualmente mediante a produção de conhecimento, mas para que isso aconteça é necessário que os docentes se sintam instrumentalizados tanto no campo profissional, psicológico e social. É necessário conhecermos formas inovadoras para ensinar e aprender. Culpar docentes pela manutenção da prática avaliativa tradicional, não vai resolver o problema, pois o problema maior está na estrutura educacional do nosso país, que ainda defende a uniformização do ensino.
Todavia para que haja mudanças no campo educacional, principalmente na avaliação, é necessário ter recursos suficientes para fazer acontecer essa mudança, proporciona-lhes o rompimento com a herança positivista que os aniquilam e os jogam na zona da incerteza, tornando-os inseguros para romper com esse paradigma dominador.
Acreditamos que a avaliação necessária ao ensino, é aquela que busca excelência e que seja diferente daquela que criticamos, mas que infelizmente, ainda, encontramo-nos despreparados para reconstruí-la em formas diferentes. Não é suficiente dizermos como ela não deva ser, é preciso através de nossas atitudes fazer acontecer uma revolução pedagógica que explore o potencial educativo dos envolvidos, e que forme profissionais críticos e criativos, capazes de ler o mundo em que estão inseridos fazendo nele a diferença, pois os novos tempos estão exigindo outras competências para os estudantes. Está mais que na hora de redefinirmos nossa prática pedagógica e, junto dela, a avaliação. Que ela esteja a serviço de uma educação cidadã. É necessário sermos ousados suficientemente, ao ponto de mudarmos nossa postura avaliativa, em nossas disciplinas, em nossas vidas a fim de contrariarmos uma ideologia dominadora que quer arrebatar e nos fazer submissos a essa sistema definhador. Usar a avaliação de modo sério, que não favoreça a desigualdade social, nos prepararmos para enfrentar os desafios de uma sociedade que se transforma e se desenvolve de modo acelerado, é esse o papel do professor transformador e mediador.
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