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INFLAMAÇÃO AGUDA-CRÔNICA E GRANULOMATOSA

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REAÇÃO INFLAMATÓRIA AGUDA
Profª. Msc. Ana Cristina Albuquerque da Silva
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INFLAMAÇÃO
Reação complexa em tecidos que consiste nas respostas dos vasos sanguíneos e leucócitos;
É uma resposta fundamentalmente protetora;
As reações vasculares e celulares da inflamação são disparadas por fatores solúveis que são produzidos por várias células ou derivadas de proteínas do plasma;
Aguda ou crônica;
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A inflamação é terminada quando o agente agressor é eliminado
A resposta inflamatória é intimamente entrelaçada com o processo de reparo
Em algumas situações, a inflamação pode ser prejudicial
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INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO
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Sinais cardinais
Inflamação aguda
Resposta rápida do hospedeiro
Levar leucócitos e proteínas do plasma
Estímulos para a inflamação aguda
 
Infecções (bacterianas, fúngicas, parasíticas, virais)
 - Causas mais comuns da inflamação
Necrose tecidual
Corpos estranhos (lascas de madeira, espinho, sutura)
Reações imunes (Reações de hipersensibilidade)
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INFLAMAÇÃO
Inflamação aguda
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Principais componentes
Alteração no calibre vascular
Mudanças estruturais na microvasculatura
Emigração de leucócitos
Escape de fluidos para os compartimentos extravasculares – exsudação
 
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Reação dos vasos sanguíneos na inflamação aguda
As reações vasculares da inflamação aguda consistem em mudanças no fluxo de sangue e na permeabilidade dos vasos
Mudanças no fluxo e calibre vascular
Vasodilatação – fluxo sanguíneo aumentado
 - Mediadores: NO, Histamina
 - Estase
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Reação dos vasos sanguíneos na inflamação aguda
Permeabilidade vascular aumentada
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Reação dos vasos sanguíneos na inflamação aguda
Recrutamento do sangue para os tecidos
Reconhecimento dos microrganismos
Remoção do agente agressor
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Reação dos leucócitos na inflamação aguda
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Reação dos leucócitos na inflamação aguda
Mediadores são gerados a partir de células ou de proteínas plasmáticas;
Principais tipos de células que produzem mediadores são:
 - Plaquetas
 - Neutrófilos
 - Monócitos/macrófagos
 - Mastócitos
As células mesenquimais (endotélio, músculo liso e fibroblastos) e a maior parte do epitélio também podem ser induzidas para elaborar alguns dos mediadores;
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Mediadores da inflamação
Os mediadores derivados do plasma são produzidos principalmente no fígado e estão presentes na circulação como precursores inativos;
Um mediador pode estimular a liberação de outros mediadores
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Mediadores da inflamação
Derivados das células
Aminas vasoativas: Histamina e Serotonina
Histamina: vasodilatação e aumenta a permeabilidade
 Presente nos mastócitos, basófilos e plaquetas
Serotonina: Ações similares às da histamina
 Presente nas plaquetas e células neuroendócrinas
A liberação da serotonina e histamina é estimulada quando as plaquetas se agregam
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Mediadores da inflamação
Metabólitos do ácido araquidônico: Eicosanoides
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Mediadores da inflamação
Metabólitos do ácido araquidônico: Eicosanoides
São sintetizados por duas classes principais de enzimas: ciclo-oxigenases (que geram as prostaglandinas) e lipoxigenases (que produzem os leucotrienos e lipoxinas)
Prostaglandinas (PGs): COX – 1 e COX – 2
São produzidas pelos mastócitos, macrófagos, células endoteliais e muitos outros tipos celulares
PGE2, PGD2, PGF2α, PGI2 (prostaciclina) e o TXA2 (tromboxano)
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Mediadores da inflamação
Metabólitos do ácido araquidônico: Eicosanoides
Leucotrienos (lipoxigenases)
 Secretados por leucócitos 
 Quimioatraentes, aumenta a permeabilidade vascular
Lipoxinas (lipoxigenases)
 Inibem a quimiotaxia e os componentes celulares da inflamação
Existe uma relação inversa entre a produção de lipoxina e leucotrienos, sugerindo que as lipoxinas podem ser reguladores negativos endógenos dos leucotrienos e podem então ter um papel na resolução da inflamação
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Mediadores da inflamação
Fator ativador de plaquetas (PAF): vasodilatação e aumento da permeabilidade; 
 Leucócitos: aumento da adesão, quimiotaxia, desgranulação
Espécies Reativas de Oxigênio (EROs)
Ânion superóxido, peróxido de hidrogênio, radical hidroxila
Amplifica a resposta inflamatória
Dano endotelial
Injúria a outros tipos celulares (ex.: células parenquimatosas, hemácias)
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Mediadores da inflamação
Óxido nítrico (NO)
Fator de relaxamento derivado do endotélio
Produzido pela células endoteliais, macrófagos e alguns neurônios
Ações duplas na inflamação: relaxamento do músculo liso e vasodilatação; reduz a agregação e adesão plaquetárias, inibe várias características da inflamação induzida pelos mastócitos e inibe recrutamento dos leucócitos
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Mediadores da inflamação
Citocinas e quimiocinas
Citocinas são proteínas produzidas por muitos tipos celulares que modulam as funções de outros tipos celulares
TNF e IL-1 são duas das principais citocinas que medeiam a inflamação
Macrófagos ativados
Quimiocinas são proteínas que agem como quimioatraentes de alguns leucócitos
Duas principais funções: estimulam o recrutamento dos leucócitos na inflamação e controlam a migração normal das células através dos vários tecidos
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Mediadores da inflamação
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Principal local e ações sistêmicas do fator de necrose tumoral (TNF) e da interleucina-1 (IL-1).
Citocinas e quimiocinas
Citocinas são proteínas produzidas por muitos tipos celulares que modulam as funções de outros tipos celulares
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Mediadores da inflamação
Citocinas e quimiocinas
Citocinas são proteínas produzidas por muitos tipos celulares que modulam as funções de outros tipos celulares
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Mediadores da inflamação
Derivados de proteínas plasmáticas
Sistema do complemento: causam permeabilidade vascular aumentada, quimiotaxia e opsonização
C3a, C5a estimulam a liberação de histamina
Sistemas da coagulação e das cininas
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Mediadores da inflamação
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Mediadores da inflamação
Sistema da coagulação
Trombina promove inflamação pelo engajamento dos receptores que são chamados de receptores ativados por proteases (PARs)
Mobilização de P-selectinas; 
Produção de quimiocinas e outras citocinas; 
Expressão de moléculas de adesão endotelial; 
Indução da ciclo-oxigenase-2; 
Produção de PAF e NO;
Mudanças no formato endotelial
Sistema das cininas: bradicinina aumenta a permeabilidade vascular, dor; calicreína - quimioatraente
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Mediadores da inflamação
Sistema das cininas
Bradicinina aumenta a permeabilidade vascular, dilatação dos vasos, dor
A ação da bradicinina é de curta duração, porque ela é rapidamente inativada por uma enzima chamada cininase
Calicreína – quimioatraente, ativa o fator XII (Fator de Hageman) 
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Mediadores da inflamação
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Em parte, a inflamação declina simplesmente porque os mediadores da inflamação são produzidos em rápidas “explosões”, somente enquanto o estímulo persiste, têm meias-vidas curtas e são degradados após sua liberação;
Os neutrófilos também têm meias-vidas curtas e morrem por apoptose dentro de poucas horas após deixarem o sangue;
Liberação de substâncias anti-inflamatórias
 - Lipoxinas anti-inflamatórias
 - Fator de crescimento transformador-β (TGF-β)
 - IL-10
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Término da inflamação
Resultados da inflamação aguda
Resolução completa
Cura pela substituição 
do tecido
Progressão para fase 
crônica
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As marcas morfológicas de todas as reações inflamatórias agudas são a dilatação de pequenos vasos sanguíneos, lentificação do fluxo sanguíneo e acúmulo de leucócitos e fluido no tecido extravascular
Inflamação serosa
Inflamação fibrinosa
Inflamação supurativa ou purulenta: abscessos
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Padrões morfológicos da inflamação aguda
Padrões morfológicos da inflamação aguda
Inflamação serosa
É marcada pelo derramamento de um fluido fino que pode ser derivado do plasma ou de secreções das células mesoteliais revestindo as cavidades peritoneal, pleural e pericárdica
Exemplos: bolha na pele resultante de uma queimadura ou infecção viral
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Inflamaçãoserosa. Pequeno aumento de uma secção transversal de bolha da pele mostrando a epiderme separada da derme por uma coleção focal de efusão serosa.
Inflamação fibrinosa
Um exsudato fibrinoso se desenvolve quando os extravasados vasculares são grandes ou existe um estímulo pró-coagulante local (p. ex., células cancerosas)
O exsudato fibrinoso é característico de inflamação no revestimento de cavidades do corpo, tais como meninges, pericárdio e pleura
Histologicamente, a fibrina se parece como uma malha eosinofílica de fios ou, algumas vezes, como um coágulo amorfo
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Padrões morfológicos da inflamação aguda
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Pericardite fibrinosa
Padrões morfológicos da inflamação aguda
Inflamação supurativa ou purulenta: abscessos
Este tipo de inflamação é caracterizado pela produção de grandes quantidades de pus ou exsudato purulento consistindo em neutrófilos, necrose liquefativa e fluido de edema
Bactérias piogênicas
Exemplo: apendicite aguda
Abscessos são coleções localizadas de tecido inflamatório purulento
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Inflamação crônica
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INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Inflamação de duração prolongada (meses, anos)
Pode se seguir à inflamação aguda
Início insidioso como resposta de baixo grau e latente
Artrite reumatoide
Tuberculose
Aterosclerose
Fibrose pulmonar
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CAUSAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Infecções persistentes por microrganismos difíceis de erradicar
Ex.: tuberculose
Resposta de hipersensibilidade tardia
Doenças inflamatórias imunomediadas
Resposta excessiva ou inapropriada do sistema imunológico
Ex.: artrite reumatoide, lúpus, doenças alérgicas (asma brônquica)
Exposição prolongada a agentes tóxicos exógenos ou endógenos
Silicose
Aterosclerose
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
A inflamação crônica é caracterizada por: 
1. Infiltração com células mononucleares, que incluem macrófagos, linfócitos e células plasmáticas
2. Destruição tecidual
Agente agressor
Células inflamatórias
3. Substituição do tecido danificado
Formação de novos vasos (angiogênese)
Fibrose
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PARTICIPAÇÃO DOS MACRÓFAGOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA
MACRÓFAGO: componente do sistema mononuclear fagocítico
Macrófago X Monócito
Os macrófagos estão espalhados pelo tecido conjuntivo ou localizados em determinados órgão
Fígado (células de Kupffer)
Baço e linfonodos (histiócitos dos seios)
Pulmões (macrófagos alveolares)
Sistema nervoso central (micróglia)
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PARTICIPAÇÃO DOS MACRÓFAGOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Os macrófagos podem ser ativados por uma variedade de estímulos, incluindo produtos microbianos, citocinas, células natural killer
Diferentes populações de macrófagos podem servir a funções distintas – algumas podem ser importantes para a morte microbiana e inflamação e outras para o reparo
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PARTICIPAÇÃO DOS MACRÓFAGOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA
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OUTRAS CÉLULAS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Outros tipos celulares envolvidos na inflamação crônica incluem os linfócitos, plasmócitos, eosinófilos e mastócitos
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Interação macrófago-linfócito.
OUTRAS CÉLULAS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Linfócitos B Plasmócitos Anticorpos
Os eosinófilos são abundantes em infecções parasitárias
Os mastócitos estão envolvidos principalmente em reações alérgicas aos alimentos, veneno de insetos ou fármacos
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INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA
A inflamação granulomatosa é um padrão distinto de inflamação crônica que é encontrado em um número limitado de condições infecciosas e algumas não infecciosas
Um granuloma é um esforço celular para conter um agente agressor que é difícil de erradicar
Tuberculose, Hanseníase, sífilis..
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INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA
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EFEITOS SISTÊMICOS DA INFLAMAÇÃO
Febre
Aumento das proteínas de fase aguda (Proteína C Reativa-PCR, fibrinogênio, Proteína sérica amiloide A)
Leucocitose
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CONSEQUÊNCIAS DA INFLAMAÇÃO EXCESSIVA OU DEFEITUOSA
Inflamação defeituosa: aumenta a susceptibilidade a infecções; cura atrasada de ferimentos
Inflamação excessiva: alergias, doenças autoimunes
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