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REDUÇÃO DE CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL E IMC ATRAVÉS DE PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E ATIVIDADE FÍSICA.

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
REDUÇÃO DE CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL E IMC ATRAVÉS DE PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E ATIVIDADE FÍSICA.
BRUNA DANIELA BRAGA KNAUFT
Cabo Frio
Dezembro/2013
Bruna Daniela Braga Knauft
REDUÇÃO DE CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL E IMC ATRAVÉS DE PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E ATIVIDADE FÍSICA.
Artigo Científico submetido ao curso de Educação Física na Universidade Veiga de Almeida como requisito Parcial para a obtenção do grau de Bacharelado em Educação Física, orientada pelo Ms. professor Márcio Baptista.
Cabo Frio, dezembro de 2013.
REDUÇÃO DE CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL E IMC ATRAVÉS DE PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E ATIVIDADE FÍSICA.
Bruna Daniela Braga Knauft
Universidade Veiga de Almeida
RESUMO
Na última década, a incidência da obesidade sobre os brasileiros aumentou muito, atingindo aproximadamente 11% da população. Entre as mulheres esse problema é ainda maior. Por ano, o número de obesas aumenta em até 0,36%. O excesso de peso é considerado epidemia mundial pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e estudos mostram que muitos casos de morte prematura estão relacionados ao acúmulo de gordura no abdômen. O aumento desse tipo de gordura pode levar à coronariopatia, hipertensão, diabetes leve do tipo II e níveis mais altos de ácido úrico, geralmente sem incidência de gota. Todos esses males são características do que chamamos de “síndrome plurimetabólica”.
O objetivo do presente estudo foi implementar um programa de reeducação alimentar e atividade física três vezes por semana, durante três meses, para um grupo de 40 mulheres moradoras do município de São Pedro da Aldeia, entre 18 e 61 anos, a maioria com sobrepeso, obesidade e circunferência abdominal indesejada para a saúde.
A necessidade da aplicação desse programa surgiu após avaliação de comportamento alimentar, grau de sedentarismo, IMC e circunferência abdominal a fim de proporcionar melhor qualidade de vida para essa população. 
As análises dos resultados apontaram que,tomando como referência o trabalho realizado, foi possível proporcionar significativa melhoria na qualidade de vida as participantes.
A partir do exposto, conclui-se a importância da reeducação alimentar, acompanhada de atividade física na prevenção da obesidade, como papel determinante na promoção de hábitos saudáveis.
Palavras-chave: IMC, Circunferência Abdominal, Reeducação Alimentar, Atividade Física.
ABSTRACT
In the last decade, the incidence of obesity on Brazilian rose sharply, reaching approximately 11 % of the population. Among women this problem is even greater. Per year, the number of obese increases by 0.36 %. Overweight is considered a global epidemic by the World Health Organization (WHO). Studies show that many cases of premature death are related to the accumulation of fat around the waist. The increase of this type of fat may lead to coronary artery disease, hypertension, mild diabetes type II and higher levels of uric acid, generally without incidence of gout. All these evils are characteristic of what we call "metabolic syndrome".
The aim of this study was to implement a program of nutritional education and physical activity three times a week for three months, for a group of 40 women living in São Pedro da Aldeia, between 18 and 61 years, most overweight, Abdominal circumference and obesity unwanted health. The need for implementation of this program came after evaluation of eating behavior, degree of physical inactivity, BMI and waist circumference in order to provide better quality of life for this population. Analysis of the results showed that before the work performed, we can provide this population with this program to improve the quality of life for participants. From the foregoing, the importance of food accompanied rehabilitation of physical activity in preventing obesity, as a determinant role in promoting healthy habits.
Keywords: BMI, Waist Circumference, Nutritional Education, Physical Activity.
INTRODUÇÃO
O sobrepeso e a obesidade são doenças atuais que surgiram com o aumento do sedentarismo e com uma alimentação geralmente rica em gorduras e em açúcar (por exemplo, fastfood, refrigerantes).
A obesidade (IMC superior a 30) não é apenas uma preocupação estética, pois temos que saber que existem riscos significativos para a saúde. Em estágios avançados, a obesidade pode levar a pessoa a parar de trabalhar, pois a doença pode causar muitas complicações graves e que invalidam a pessoa, como a diabete, hipertensão (pode provocar um AVC ou um infarto do miocárdio), osteoporose, artrose, distúrbios psicológicos (depressão devido à perda de confiança), doenças cardiovasculares graves, câncer de intestino, psoríase, etc.
Segundo Delgado (2004), sobrepeso é o peso corporal que excede o peso normal ou padrão de uma determinada pessoa, baseando-se na sua altura e constituição física; já a obesidade é a quantidade excessiva de gordura corporal total para um dado peso corporal, que está fortemente associada ao aumento de fatores de risco para a saúde, bem como dos índices de morbidade e mortalidade. E a avaliação da composição corporal pode, além de determinar os componentes do corpo humano de forma quantitativa, utilizar-se dos dados dessa análise para detectar o status dos componentes corporais de adultos bem como prescrever exercícios.
    Desse modo, o IMC é um indicador muito importante para a classificação de sobrepeso ou obesidade. É calculado a partir do peso em quilogramas dividido pela altura em metros ao quadrado (kg/m²). A partir destes dados obtidos é feita a classificação do sujeito. (CABRERA et al., 2005).
Estudos comprovam que a perda de peso até 5 a 10% já melhora muito a saúde da pessoa com sobrepeso, ou obesa.Intervenções à promoção e a prevenção da saúde e controle da obesidade e das doenças relacionadas, como incentivo à prática de atividade física, abandono do tabagismo e reeducação alimentar da população, têm recebido grande importância por resultarem em alterações desejáveis, tais como redução de peso e dos níveis plasmáticos de lipídeos e de glicose e de pressão arterial.
Entretanto, estudos comprovam que o Índice de Massa Corporal (IMC) já não é mais considerado o principal dispositivo para identificar se uma pessoa está ou não acima do peso. Vale ressaltar que, apesar do IMC ser preciso na maior parte das vezes, ele pode subestimar a gordura corporal, já que o IMC não diferencia a gordura corporal e a massa muscular, que pesam mais do que gordura.Aos poucos, esse indicador está cedendolugar à fita métrica, que tem como objetivo determinar o perímetro da cintura de homens e mulheres e avaliar a quantidade de gordura presente no abdômen. É recomendado que os indivíduos sejam avaliados também sobre outros aspectos. Nesse caso, optou-se pela avaliação da circunferência abdominal.
A gordura abdominal tem chamado atenção dos médicos e especialistas em obesidade porque ela aumenta significativamente a chance de uma pessoa desenvolver diversos males, como o infarto, por exemplo. Diferente da gordura amarelada que existe sob a pele, a gordura abdominal é chamada de gordura marrom porque tem muitos vasos sangüíneos. Essa gordura provoca resistência à insulina, hormônio responsável pelo metabolismo da glicose, isto é, pela entrada do açúcar na célula. A resistência à insulina está associada a vários problemas, como o aumento de trombos e lesão na parede dos vasos sangüíneos. 
Ainda que a obesidade central possa ser claramente percebida reparando o excesso de gordura abdominal, a sua severidade é determinada tomando medidas da cintura e quadril. Tanto a circunferência absoluta da cintura (>102 cm em homens e >88 cm em mulheres), quanto a relação cintura-quadril (>0,9 para homens e >0,85 para mulheres) são usadas como medidas para a obesidade central masculina efeminina. 
O excesso de peso vem causando umgrande impacto na saúde pública. É preciso adotar medidas para evitar e combater o aumento dos índices de obesidade tais como o incentivoà atividade física, melhorar a qualidade alimentar (reeducação alimentar) e investir em programas para poder identificar indivíduos que possam se tornar obesos ou sujeitos que estão acima dos padrões da normalidade e que precisam de acompanhamento profissional.
METODOLOGIA
A presente pesquisa foi realizada no Núcleo Ozimar Mauricio da Silveira, no município de São Pedro da Aldeia, RJ, com 40 mulheres, de idade entre 18 e 61 anos, frequentes à atividade de ginástica. Constatou-seque no decorrer das aulas que o nível de sedentarismo e a alimentação desiquilibrada eram os maiores fatores que influenciavam na obesidade desse grupo. Trata-se de um estudo com avaliação de IMC, circunferência abdominal e anamnese, somando-se, ainda, a investigação de comportamento de rotina de atividade física e hábitos alimentares.
O peso foi aferido em balança digital com capacidade máxima de 150 kg e divisão de 100g, segundo as normaspreconizadas por Jelliffe14. A estatura foi aferida com fita métrica aderida a uma parede sem rodapé, com extensão de 2,00m, dividida em centímetro e subdividida em milímetros, com visor de plástico e esquadro acoplado a uma das extremidades, segundo as normas preconizadas por Jelliffe14.
O índice de massa corporal (IMC) foi calculado com as medidas de peso e altura, de acordo com a seguinte fórmula IMC = peso (kg) / altura2 (cm). Os pontos de corte de IMC adotados foram os preconizados pela WHO9, ou seja, baixo peso (IMC < 18,5); eutrofia (IMC 18,5-24,99); sobrepeso (IMC 25-29,99) e obesidade (IMC ≥ 30,00). A CA foi obtida a medida de 2 cm acima da cicatriz umbilical.
Os pontos de corte adotados para CA foram os preconizados por Lean e cols.15, de acordo com o grau de risco para doenças cardiovasculares: risco aumentado para mulheres (CA > 80 cm) e para homens (CA >94 cm), e risco muito aumentado para mulheres (CA > 88 cm) e para homens (CA > 102 cm).
A avaliação por anamnese obteve o máximo de informações possível para diagnosticar o perfil de cada voluntária e para a própria prescrição dos exercícios físicos.Constaram da anamnese informações sobre o objetivo do avaliado com o exercício físico, a história de atividades e exercícios físicos (pregressa e atual), história de patologias crônico degenerativas na família, história de patologias pessoais (pregressa e atual), utilização de medicamentos e hábitos como tabagismo, etilismo e consumo de café.
A partir dessas respostas foi possível perceber se a aluna apresentava-se dentro da faixa de risco para o desenvolvimento de doenças crônico degenerativas, servindo de orientação para conduta tanto na administração dos testes quanto na prescrição dos exercícios físicos, tornando o trabalho muito mais seguro.
Todas as participantes foram esclarecidas quanto aos resultados da avaliação e receberam orientação tanto para atividade física, cujo os benefícios gerais são: emagrecimento, combatendo a obesidade; melhora da circulação sanguínea; aumentodo metabolismo; fortalecimentodo sistema imunológico;diminuiçãodos riscos de doenças cardíacas; aumentoda resistência dos ossos, prevenindo a osteoporose; melhora na coordenação dos movimentos e do equilíbrio; aumentoda boa disposição e o bom humor; diminuiçãodo estresse, risco de ansiedade e depressão; promoção de uma maior interação social; melhora da imagem corporal e da auto estima; e melhora da capacidade de aprendizagem, quanto para reeducação alimentar, que é um processo de reaprendizagem. 
Neste sistema, a participante incorpora novos hábitos alimentares baseados em orientações nutricionais, dividindo suas refeições em mais vezes e com intervalos mais curtos durante o dia.Todas as hipertensas, diabéticas, dislipidêmicas e obesas foram tratadas e acompanhadas no serviço ambulatorial do núcleo de assistência a família do bairro São João, São Pedro da Aldeia, RJ, por uma equipe multidisciplinar com serviços médico ambulatorial, fisioterapia, nutricionista e psicóloga.
RESULTADOS
Tabela 1 –Apresentação das avaliações de IMC e CA no mês de setembro.
	IMC
	
	
	
	
	Sobrepeso
	Obesidade 1
	Obesidade2
	Obesidade3
	Peso normal
	15
	14
	6
	2
	3
	37,5%
	35%
	15%
	5%
	7,5%
	CA
	
	
	
	
	Faixa ideal
	Risco aumentado
	Risco muito aumentado
	3
	20
	17
	7,5%
	50%
	42,5%
Tabela 2 – Apresentação dos males variados do sedentarismo e alimentação inadequada ou desiquilibrada.
	Asma
	Diabetes
	Dores Musculares
	Hipertensão
	Insônia
	Péssima Qualidade de sono
	TPM
	1
	3
	19
	6
	2
	7
	14
	2,5%
	7,5%
	47,5%
	15,0%
	5%
	17,5%
	35,0%
Tabela 3 – Apresentação do tempo necessário de recuperação das atividades físicas.
	Menos de 24 horas
	1 dia 
	2 dias 
	3 dias 
	4 dias 
	0
	0
	30
	8
	2
	0%
	0%
	75%
	20%
	5%
Tabela 4 - Apresentação das avaliações de IMC e CA no mês de outubro.
	IMC
	
	
	
	
	Sobrepeso
	Obesidade 1
	Obesidade2
	Obesidade3
	Peso normal
	16
	13
	4
	2
	5
	40%
	32,5%
	10%
	5%
	12,5%
	CA
	
	
	
	
	Faixa ideal
	Risco aumentado
	Risco muito aumentado
	7
	19
	14
	17,5%
	47,5%
	35%
Tabela 5 - Apresentação dos males variados do sedentarismo e alimentação inadequada ou desiquilibrada.
	Asma
	Diabetes
	Dores Musculares
	Hipertensão
	Insônia
	Péssima Qualidade de sono
	TPM
	 
	2
	11
	4
	1
	4
	8
	0,0%
	5%
	27,5%
	10,0%
	2,5%
	10,0%
	20,0%
Tabela 6 – Apresentação do tempo necessário de recuperação das atividades físicas.
	Menos de 24 horas
	1 dia 
	2 dias 
	3 dias 
	4 dias 
	0
	15
	17
	7
	1
	0%
	37,5%
	42,5%
	17,5%
	2,5%
Tabela 7 - Apresentação das avaliações de IMC e CA no mês de novembro.
	IMC
	
	
	
	
	Sobrepeso
	Obesidade 1
	Obesidade2
	Obesidade3
	Peso normal
	17
	10
	5
	0
	8
	42,5%
	25%
	12,5%
	0%
	20%
	CA
	
	
	
	
	Faixa ideal
	Risco aumentado
	Risco muito aumentado
	14
	15
	11
	35%
	37,5%
	27,5%
Tabela 8 - Apresentação dos males variados do sedentarismo e alimentação inadequada ou desiquilibrada.
	Asma
	Diabetes
	Dores Musculares
	Hipertensão
	Insônia
	Péssima Qualidade de sono
	TPM
	 
	1
	3
	2
	0
	1
	0
	0,0%
	2,5%
	7,5%
	5,0%
	0,0%
	2,5%
	0,0%
Tabela 9 - do tempo necessário de recuperação das atividades físicas.
	Menos de 24 horas
	1 dia 
	2 dias 
	3 dias 
	4 dias 
	14
	24
	2
	0
	0
	35%
	60%
	5%
	0%
	0%
DISCUSSÃO
O presente estudo procurou alcançar a estimulação à prática de hábitos saudáveis, uma alimentação equilibrada no combate da obesidade e sobrepeso, promovendo melhor qualidade de vida a essa população.
A coleta de dados iniciou-se no início de setembro. A tabela 1 mostra os dados de IMC e CA das alunas. A tabela 2 mostra as maiores queixas dessa população, que era atingida por mais de um mal por conta do sedentarismo e alimentação irregular e inadequada. A tabela 3 mostra o tempo de recuperação das atividades física. Nesse mês os resultados foram considerados epidêmicos.
A segunda coleta foi realizada no início de outubro. Percebe-se que pela tabela 4 quealgumas participantes do programa já apresentam reduções nos índices supracitados. 25% delas alcançaram o peso ideal e as demais iniciaram um processo de redução de IMC. Quanto a redução de CA, 7,5% saíram do grupo de risco muito aumentado de doenças cardiovasculares.
Na tabela 5 constatou-se queas queixas dos males variados do sedentarismo é alimentação inadequada e desiquilibrada começaram a diminuir. As dores musculares foram reduzidas em 20% dos casos, hipertensão em 5% e diabetes em 2,5%.
Na avaliação do desempenho físico nota-se uma redução no período de recuperação. 37,5% da população alcançou a recuperação em apenas 1 dia. Nessa ocasião, duas alunas não fizeram a reeducação alimentar por acharem que iam engordar se distribuíssem a alimentação em seis vezes por dia. Por conta dessa ocorrência, as duas subiram de peso.
A terceira coleta, realizada em novembro, serviu para constatar que a população diminuiu grande parte dos riscos percebidos pelos índices de IMC. 20% alcançou o peso ideal e os 5% que atingia a obesidade 3 saíram desse quadro. Quanto a CA, 35% atingiu a faixa ideal. Sintomas como insônia, péssima qualidade de sono, TPM, dores musculares e/ou articulares foramreduzidos consideravelmente. Os diagnósticos de diabetes foram reduzidos em 5%. A conquista do bom humor e da autoestimafoi relatada por todas.
Das 40 alunas avaliadas e inseridas no programa apenas duas tiveram dificuldade de executar o programa durante esses três meses, não conseguindo, consequentemente, obter dados satisfatórios. Uma aluna diagnosticada com asma e acompanhada pela equipe de saúde no NASF (Núcleo de Assistência à Família) não teve mais nenhuma crise depois do programa iniciado. Das alunas com o diagnóstico de diabetes, apenas uma não conseguiu reduzir os níveis de glicose para o desejável. Das alunas hipertensas, quatro foram orientadas, pelo profissional médico, a suspender o uso de medicamentos.
Quanto ao desempenho físico, no último mês foi constatado que a recuperação da grandemaioria se deu num período inferior a 24 horas, demonstrando, assim, um ganho no condicionamento físico dessa população.
CONCLUSÃO
Diante dos resultados aqui apresentados, conclui-se que indivíduos com excesso de peso, principalmente com obesidade abdominal, estão mais expostos a fatores de risco cardiovasculares envolvidos na síndrome metabólica e, conseqüentemente, a maior exposição a males que causam desconforto cotidiano (TPM, insônia, péssima qualidade de sono, dores musculares e/ou articulares, etc.) Fatores de risco como sedentarismo, sobrepeso/obesidade e distribuição central da gordura corporal são passíveis de intervenção, o que ratifica a importância do acompanhamento clínico-nutricional e prática de atividade física freqüente, o que resulta na melhora da qualidade de vida e redução dos riscos de doenças cardiovasculares e doenças plurimetabólica.
REFERÊNCIAS 
CAMPOS, G. L. S.; Relato de experiência: Reeducação Alimentar em um grupo da estratégia de família, parque Estoril em Ribas do Rio Pardo; 2011. 
CARNEIRO, G, Faria NA, Filho FFR, Ribeiro Filho FF, Guimarães A, Lerario D et al. Influência da distribuição da gordura corporal sobre a prevalência de hipertensão arterial e outros fatores de risco cardiovascular em indivíduos obesos. RevAssocMed Bras. 2003; 49: 306-11.
DELGADO, Leonardo de Arruda. Avaliação da composição corporal. São Luíz, MA: 2004. TCC (Licenciatura em Educação Física) - Universidade Federal do Maranhão, SãoLuíz, 2004.
HAUSER, Cristina; BENETTI, Magnus; REBELO, Fabiana Pereira V. Estratégias para o emagrecimento. Revista Brasileira de Cineantropometria& Desempenho Humano. v.6, n.1, p. 72-81, 2004.
MARTINS IS, MerinhoSP. O potencial diagnóstico dos indicadores da obesidade centralizada. Rev Saúde Pública. 2003; 37: 760-7.
REZENDE,F. A. C.; Rosado, L. E. P. L; Ribeiro, R. de C. L.; Vidigal, F. de C; Vasques, A. C. J; Bonard, I. S; Carvalho, C. R.Índice de massa corporal e circunferência abdominal: associação com fatores de risco cardiovascular; Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG - 2006
SALVE, Mariângela G. C. Estudo sobre peso corporal e obesidade. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v. 10. n. 89 out. 2005. http://www.efdeportes.com/efd89/peso.htm

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