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UNIDADE - 1

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DIREITO 
TRIBUTÁRIO E 
EMPRESASIAL
FONTE: Disponível em: <http://filosofiapibidufba.blogspot.com.br/2011/04/o-termoetica-deriva-do-grego-
ethos.html>. Acesso em: 23 jan. 2017.
UNIDADE 1
DIREITO TRIBUTÁRIO
TÓPICO 1
• CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
• De acordo com o entendimento dos doutrinadores,
podemos dizer que o direito tributário é o ramo do
direito público que trata das relações entre o fisco, os
contribuintes e os responsáveis.
• Sousa (1975, p. 40), por sua vez, conceitua Direito
Tributário como “o ramo do direito público que rege as
relações jurídicas entre o Estado e os particulares,
decorrentes da atividade financeira do Estado, no que
se refere à obtenção de receitas que correspondem ao
conceito de tributo”.
• Numa visão mais restritiva da atuação do Estado,
quanto ao seu poder de tributar, Machado (2004, p.
63), por sua vez, conceitua como sendo o “ramo do
Direito que se ocupa das relações entre o fisco e as
pessoas sujeitas a imposições tributárias de
qualquer espécie, limitando o poder de tributar e
protegendo o cidadão contra os abusos desse
poder”.
• Difini (2006, p. 4): “Direito tributário é o ramo do
direito público que abrange o complexo de
princípios e regras jurídicas que regem as relações
sobre imposição, fiscalização e arrecadação de
tributos entre entidades de direito público e
sujeitos passivos da relação jurídica tributária.”
6
7
• DIREITO FINANCEIRO E DIREITO TRIBUTÁRIO
• O direito financeiro é o ramo do direito público
(domínio deontológico, ciência do dever e da
obrigação) que tem por objeto a disciplina jurídica
das atividades jurídicas do Estado, com exceção
daquelas de natureza tributária.
• DIREITO FINANCEIRO E DIREITO TRIBUTÁRIO
• A exceção das atividades de natureza tributárias é
relevante porque essas atividades de criação,
cobrança e fiscalização de tributos também são
atividades financeiras do Estado, mas pertencem ao
objeto específico do direito tributário e foram
extintas do direito financeiro (MAZZA, 2018).
• Porém, em virtude do extraordinário
desenvolvimento do direito relacionado aos
tributos, essa parcela da atividade financeira do
Estado passou a ganhar sua “autonomia” jurídica,
de modo que é possível falar no direito tributário
como ramo “autônomo” da ciência jurídica,
separado, portanto, do direito financeiro.
11
• DIREITO TRIBUTÁRIO COMO RAMO DO 
DIREITO PÚBLICO
• O direito tributário classifica-se como ramo do
direito público à medida em que desenvolve a
criação, cobrança e fiscalização de tributos,
que são atividades que o ordenamento
jurídico brasileiro define como próprias de
Estado.
12
13
• RELAÇÕES DO DIREITO TRIBUTÁRIO COM OUTROS 
RAMOS DO DIREITO
• As relações do direito tributário com o direito
constitucional decorrem principalmente do fato de que
a Constituição contém as bases do ordenamento
jurídico, é nela que se encontra o próprio fundamento
de validade do tributo, a outorga de competência
tributária para as várias pessoas políticas (União,
estados, Distrito Federal e municípios), e por fim,
define os lineamentos básicos do sistema tributário
nacional (os princípios constitucionais tributários, as
limitações ao poder de tributar, a discriminação de
rendas e a repartição das receitas tributárias).
15
16
• Em relação ao direito administrativo, tem-se que
toda a operação, visando à arrecadação e
fiscalização de tributos, opera por intermédio dos
órgãos que compõe a administração pública do
Estado, cuja atuação é regida pelo direito
administrativo.
18
• O direito civil, em todos os seus setores – direitos
reais, direito das obrigações, direito de família,
direito das sucessões –, fornece vários conceitos
para a lei fiscal. Os contratos, as relações de família,
as questões sucessórias e a propriedade tramitam
na seara tributária, constituindo fatos geradores
para a cobrança de tributos.
• Com a mesma repercussão, frequentam os textos
tributários nos institutos do direito do trabalho:
salário, aviso prévio, indenização por tempo de
serviço, através da cobrança de imposto de renda,
contribuições previdenciárias etc.
20
• Já o direito penal, além de sancionar
criminalmente os ilícitos tributários considerados
mais graves, como sonegação fiscal, apropriação
indébita em matéria tributária etc, objeto do
direito penal tributário.
22
• O direito processual penal colabora com os seus
ritos utilizados para apuração e julgamento dos
crimes contra a ordem tributária, sendo um ramo
do direito público com o qual o direito tributário
tem uma relação de proximidade e colaboração
(MAZZA, 2018).
• O direito empresarial possui pontos de conexão
com o direito tributário especialmente no que diz
respeito ao tema da responsabilidade tributária
(MAZZA, 2018).
• O direito processual civil define as normas
adjetivas (formais) a serem observadas quando a
questão tributária material for levada a juízo pelo
contribuinte ou pelo fisco (MAZZA, 2018).
• O direito internacional público relaciona-se ao
direito tributário com a celebração de tratados e
convenções internacionais versando sobre questões
tributárias.
• TÓPICO 2
• FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
• A expressão “fontes do direito”, segundo Moraes
(apud ROSA Júnior , 1991, p. 134), é empregada
com o significado de “ponto originário de onde
provém ou nasce a norma jurídica”, sendo
expressão sinônima de “causas de nascimento do
direito”, correspondendo, pois, aos processos de
criação das normas jurídicas.
28
• FONTES MATERIAIS: São os fatos do mundo real 
sobre os quais haverá a incidência tributária. São os 
fatos geradores da incidência tributária. 
30
• EMENDAS CONSTITUCIONAIS
• As emendas constitucionais podem
modificar as regras tributárias contidas no
texto constitucional, inserindo novos
comandos ou suprimindo os já existentes
sem violar as Cláusulas Pétreas (MAZZA,
2018).
• As Cláusulas Pétreas são consideradas um
Dispositivo constitucional que não pode ser
alterado nem por Proposta de Emenda à
Constituição (PEC).
31
• LEI ORDINÁRIA
• A lei ordinária é fonte por excelência do Direito
como um todo e é elaborada pelos Poderes
Legislativos da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios. Sua aprovação depende
de maioria simples dos votos da respectiva Casa
Legislativa.
• Complementa as normas constitucionais que não
forem regulamentadas por lei complementar,
decretos legislativos e resoluções.
• O Código Tributário Nacional, em seu art.100
(BRASIL, 2009b), determina que é de competência
exclusiva da lei ordinária a instituição de tributos,
ou a sua extinção, a majoração de tributos, ou sua
redução; a definição do fato gerador da obrigação
tributária principal e do seu sujeito passivo
(contribuinte); a fixação da alíquota do tributo e da
sua base de cálculo; a cominação de penalidades
para as ações ou omissões contrárias a seus
dispositivos, ou para outras infrações nela definidas
e, por fim, as hipóteses de exclusão, suspensão e
extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou
redução de penalidades.
35
• MEDIDAS PROVISÓRIAS
• As medidas provisórias constituem inovação da
Constituição Federal de 1988, sendo o seu campo
de atuação determinado em seu artigo 62. Vejamos
seu teor:
• Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o
Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las
de imediato ao Congresso Nacional.
• Sendo de competência exclusiva do Presidente da
República, sua edição é condicionada à
demonstração de relevância e urgência. Desse
modo, não é por qualquer motivo que elas podem
ser validamente editadas.
• A partir da publicação da medida provisória, o
Congresso Nacional tem prazo de sessenta dias,
prorrogável, uma vez, por igual período, para
aprová-la ou rejeitá-la. Sua aprovação poderá ser
feita na íntegra ou com alterações.
• Por fim, apesar de ter força de lei, sua utilização é
restrita. No campo tributário, poderá ser utilizada
para a instituição ou majoração de impostos,
exceto os previstos nos arts. 153, I, II,IV, V, e 154, II,
da Constituição da República (BRASIL, 2009c), só
produzindo efeitos no exercício financeiro
seguinte, se houver sido convertida em lei até o
último dia daquele ano em que foi editada.
• LEIS DELEGADAS
• Trata-se de ato normativo oriundo do Poder Executivo,
em forma de lei, emanado de delegação expressa do
Poder Legislativo, tão somente para casos específicos e
concretos.
• O objeto da delegação é restrito, não podendo envolver
os atos de competência exclusiva do Congresso
Nacional, os de competência privativa da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal, a matéria adstrita à
lei complementar, e determinadas matérias próprias da
legislação.
• RESOLUÇÕES E DECRETOS LEGISLATIVOS
• A resolução, conquanto não seja lei, tem força 
como tal. Regula matéria de competência do 
Congresso Nacional, de competência privativa do 
Senado Federal ou da Câmara dos Deputados, mas 
em regra com efeitos internos (interna corporis). 
Excepcionalmente, porém, a Constituição admite a 
resolução com efeitos externos, como a que dispõe 
sobre a delegação legislativa.
• De conformidade com a finalidade pretendida pela
resolução, podemos classificá-la:
• em ato político (resolução senatorial que referenda
nomeações); ato deliberativo (fixação de alíquotas);
ato de coparticipação na função judicial
(suspensão de lei declarada inconstitucional pelo
STF); e ato-condição da função legislativa
(autorização ao Executivo para elaborar lei
delegada: habilita a produção da lei delegada).
• DECRETOS REGULAMENTARES
• Decretos e regulamentos são atos
administrativos gerais e abstratos,
expedidos privativamente pelos Chefes do
Executivo (MAZZA, 2018).
42
• TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
• Os tratados e as convenções internacionais derivam
de atos externos que provocam efeitos na ordem
jurídica interna, por força do art. 98 do Código
Tributário Nacional (BRASIL,2009b), atribuindo-lhes,
especialmente, o caráter revogatório ou
modificativo.
• NORMAS COMPLEMENTARES
• Norma complementar é aquela que
completa uma norma constitucional que
não é autoexecutável, ou seja, não possui
eficácia própria e está sujeita à aprovação
por maioria absoluta.
44
• As normas complementares do Direito
Tributário são estabelecidas pelo art. 100 do
Código Tributário Nacional (BRASIL, 1966a)
e, juntamente com as fontes principais,
compõem a legislação tributária.
• O artigo 100 do CTN afirma serem normas
complementares à legislação tributária:
45
46
• ATOS NORMATIVOS
• Os atos normativos são normas genéricas
expedidas pelas autoridades
administrativas, visando, com maior
detalhamento, explicar o conteúdo e
alcance do regulamento. Assim, interpretam
certo ponto sujeito à atuação
administrativa, restando ao contribuinte o
seu cumprimento. São exemplos: as
portarias, as circulares, as resoluções, os
pareceres normativos, entre outros.
47
• DECISÕES ADMINISTRATIVAS
• Por força de lei, as decisões administrativas
possuem eficácia normativa.
• Elas são emitidas por órgãos singulares ou
coletivos, por exemplo, os pareceres
normativos proferidos pela Secretaria da
Receita Federal, as decisões dos Conselhos
de Contribuintes do Ministério da Fazenda,
entre outros.
48
• CONVÊNIOS
• Os convênios são ajustes ou acordos que a
União, os estados, o Distrito Federal e os
municípios celebram entre si, para a prática
ou realização em conjunto de certos e
determinados atos. Podem, os convênios,
visar à execução de suas leis, serviços ou
decisões, através da atuação de funcionários
federais, estaduais ou municipais.
49
• INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEI 
TRIBUTÁRIA
50
• INTEGRAÇÃO DO DIREITO TRIBUTÁRIO
• Na integração, o operador do direito vale-se
do argumento de ordem lógica, como a
analogia, a equidade, bem como os demais
previstos no art. 108 do Código Tributário
Nacional, sob uma perspectiva que está fora
do alcance do texto expresso da norma
(BRASIL, 1966a).
51
52
• ANALOGIA
• Segundo Norberto Bobbio (2005), a analogia
compreende um procedimento pelo qual se
aplica a um caso não regulamentado a
mesma disciplina que a um caso
regulamentado semelhante.
• O entendimento de completude do direito é
realizado à medida em que temos disponível
a previsão da integração por meio da
analogia.
53
• Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a
autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará sucessivamente, na ordem
indicada:
• § 1º O emprego da analogia não poderá resultar na
exigência de tributo não previsto em lei.
• Sobre o assunto, assevera Amaro (2006, p.212) que
“a analogia tem, no direito tributário, pequeno
campo de atuação, pois o princípio da reserva de lei
impede a utilização desse instrumento de integração
• para efeito de exigência de tributo”.
54
• PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
TRIBUTÁRIO
• Prevê o art. 108, após a analogia, o emprego
dos princípios gerais de direito
• tributário, como outro instrumento de
integração, que se encontram na
Constituição Federal (BRASIL, 1988), tais
como:
55
56
57
• PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PÚBLICO
• Como já aprendido em tópico anterior, o
direito tributário é considerado ramo do
direito público. Portanto, por consequência
natural e legal, deve-se procurar neste os
princípios aplicáveis aos casos sob estudo,
os quais não se tenha norma jurídica
expressa e não se tenha alcançado o êxito
no processo de integração, através da
analogia e dos princípios gerais de direito
tributário.
58
59
• PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PRIVADO
• Quanto à utilização dos Princípios Gerais de
Direito Privado, assim determina o Código
Tributário Nacional, em seu art. 109
(BRASIL, 1966a, s.p.):
• “Art. 109. Os princípios gerais de direito
privado utilizam-se para pesquisa da
definição, do conteúdo e do alcance de seus
institutos, conceitos e formas, mas não para
definição dos respectivos efeitos
tributários”.
60
• INTERPRETAÇÃO LITERAL
• A interpretação literal sugere que o
intérprete investigue antes de tudo o
significado gramatical das palavras usadas
no texto legal em análise. O instrumento de
trabalho é o dicionário da língua, importa
sobretudo a origem dos vocábulos.
61
• INTERPRETAÇÃO BENIGNA
• A parte do Direito Tributário que cuida das
infrações e respectivas penalidades recebe a
interpretação benigna, em favor ao acusado,
conforme disposição contida no artigo 112 do
Código Tributário Nacional (BRASIL, 1966a):
• Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou
lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, em caso de dúvida
quanto:
62
• I - à capitulação legal do fato;
• II - à natureza ou às circunstâncias materiais
do fato, ou à natureza ou extensão dos seus
efeitos;
• III - à autoria, imputabilidade, ou
punibilidade;
• IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à
sua graduação.
63
• VIGÊNCIA E APLICAÇÃO 
DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA.
• Quando é publicada a lei, é preciso saber em que 
momento ela passa a vigorar e até quando ela 
vigorará, bem como o espaço territorial em que irá 
viger. A identificação desses aspectos depende do 
exame das normas de aplicação do direito, no 
tempo e no espaço.
• Vigência da legislação significa legislação em vigor, 
ou seja, válida para ser aplicada.
• É o termo jurídico que expressa a existência da lei 
tributária. Ela se verifica com a publicação da lei no 
Diário Oficial.
65
• VIGÊNCIA NO ESPAÇO
• A regra geral é de que a norma valha no 
território do ente tributante que a edite. O 
território é o limite geográfico da soberania, no 
caso do Estado Nacional (União Federal), e da 
autonomia, no caso dos estados-membros, 
Distrito Federal e municípios.
• Assim dispõe o artigo 102 do Código de 
Tributário Nacional(BRASIL, 2009c):
“Art. 102. A legislação tributária dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios vigora,
no País, fora dos respectivos territórios, nos
limites em que lhe reconheçam
extraterritorialidade os convênios de que
participem, ou do que disponham esta ou
outras leis de normas gerais expedidaspela
União.”
• VIGÊNCIA NO TEMPO
• A regra geral para vigência no tempo são aquelas 
aplicáveis às demais normas jurídicas (Lei de 
Introdução ao Código Civil, art. 1º BRASIL, 2009e).
• A regra é de que comece a vigorar quarenta e 
cinco dias depois de oficialmente publicada, se 
dela não constar a data para entrar em vigor. 
O mais comum é a determinação da expressão: 
“esta lei entra em vigor na data de sua publicação”.
• APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
• A aplicação da legislação diz respeito à sua incidência
sobre os fatos concretos, produzindo, dessa forma,
efeitos jurídicos, quais sejam, os direitos e obrigações
para as partes envolvidas (sujeitos ativo e passivo) na
relação jurídica tributária.
• Assim dispõe o artigo 105 do Código Tributário
Nacional (BRASIL, 2009b): “Art. 105. A legislação
tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores
futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles
cuja ocorrência tenha tido início, mas não esteja
completa nos termos do artigo 116”.
• APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA
• Há algumas situações excepcionais, em que é
possível a aplicação da lei tributária nova a fatos
passados, mesmo que ela nada dita nesse sentido.
Esse acontecimento é chamado de retroatividade
benigna, em matéria de infrações, cuja regra é dada
pelo artigo 106 e § 1º do art. 144 do Código
Tributário Nacional (BRASIL, 2009b), trata
expressamente das hipóteses em que poderá haver
aplicação retroativa norma.
• Conforme ensina Difini (2006, p. 168):
• Leis interpretativas seriam aquelas destinadas a
clarear o significado de lei anterior, sobre cuja
interpretação surgiu controvérsia. É a chamada
interpretação autêntica, pois realizada pelo mesmo
órgão que elaborou a lei. [.....]
73
• INTERPRETAÇÃO BENIGNA 
• A parte do Direito Tributário que cuida das
infrações e respectivas penalidades recebe
a interpretação benigna, em favor ao
acusado, conforme disposição contida no
artigo 112 do Código Tributário Nacional
(BRASIL, 2009b): Art. 112. A lei tributária
que define infrações, ou lhe comina
penalidades, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, em caso de
dúvida quanto:
BOA SEMANA!

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