Buscar

DIREITO TRIBUTÁRIO E EMPRESARIAL

Prévia do material em texto

DIREITO TRIBUTÁRIO E EMPRESARIAL.
Sousa (1975), por sua vez, conceitua Direito tributário como o ramo do direito publico que rege as relações jurídicas entre o estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do estado, no que se refere a obtenção de receitas que correspondem ao conceito de tributo.
O direito tributário, disciplina jurídica que antes era compreendida pelo direito financeiro, constitui, hoje, um campo especifico e autônomo da ciência jurídica.
Como explica Machado (2004) direito financeiro é disciplina jurídica diversa, que sob certo aspecto pode ser tida como abrangente do direito tributário. isto decorre, porque este ramo do direito age como sistema normatizador de toda a atividade financeira do estado, alcançando, por compreensão, os tributos exigidos pelo estado.
Ressalta-se que o direito financeiro tem por objetivo a disciplina do orçamento publico, das receita publicas (entre as quais incluem as receitas tributarias), da despesa publica e da dívida pública. 
DIREITO TRIBUTÁRIO COMO RAMO DO DIREITO PUBLICO. Pinho (1994) explica que quando a regra de direito estabelece os órgãos de que se constitui o Estado, a forma de governo, o sistema de distribuição de poderes, por exemplo, refere-se a assuntos do próprio estado: é norma de Direito Publico. Se a norma jurídica regulamenta as relações entre o locador e locatório de um contrato de locação de imóvel, as relações entre empregado e empregador, estará dispondo sobre Direito privado por se tratar de assuntos dos particulares e que só secundariamente ao Estado.
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO. 
Quando a palavra fonte é utilizada sob a ótica jurídica, adquire sentido próprio e especial, significando o nascedouro, o que determina as regras norteadoras de determinado instituto.
A expressão “fontes do direito” segundo Moraes, é empregada com o significado de ponto originário de onde provem ou nasce a norma jurídica, sendo expressão sinômica de causas de nascimento do direito, correspondendo, pois, aos processos de criação das normas juridicas.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
E na constituição Federal que, direta ou indiretamente, encontramos a base do Direito Constitucional Tributário, porque é a sua primeira e principal fonte.
A constituição engloba a estrutura básica-normativa atinente aos tributos, ou seja, encontra-se a matriz de todas as competências. Nela também se demarcam os limites do poder de tributar e a estruturação dos princípios, que constituem a base de sustentação de todo o sistema tributário.
E importante salientar que a Constituição federal, embora seja considerada a principal Lei Tributaria, não cria tributos. A competência tributaria para tal é da lei infraconstitucional.
Contudo, e na constituição que encontramos a delimitação e fracionamento da competência tributaria, na qual a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal receberam cada qual um campo tributável próprio.
Assim a constituição não criou tributos, apenas atribuiu competências para que as pessoas politicas, por meio da lei, venham a fazê-lo.
EMENDAS CONSTITUCIONAIS.
A constituição Federal pode ser modificada por emenda, devendo, para tanto, observar o processo legislativo para sua elaboração e promulgação. Contudo, são excepcionadas as matérias enunciadas no seu art. 60, § 4 º I a IV (Brasil), tendo em vista que não se admite a abolição da forma federativa de Estado; do voto direto, secreto, universal e periódico; da separação dos poderes; e dos direitos e garantias fundamentais. 
A carta Magda, por ser a lei fundamental, deve ser estável, porém, mutável em virtude do processo natural evolutivo da sociedade. E nesse sentido que ela mesmo traz as regras do processo legislativo constitucional para sua emenda (BRASIL. Art.59) referindo-se aos procedimentos concernentes a sua proposta, discussão, promulgação e exceções.
A lei é a principal fonte, sendo a constituição Federal a mais importante.
A legislação tributária, tal como delineada pelo Código Tributário Nacional (BRASIL, 2009) compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. 
Vigência e aplicação da legislação tributaria.
Vigência, eficácia e aplicação são termos distintos, cuja existência obedece ao critério cronológico no aspecto temporal.
Quando é publicada a lei, é preciso saber em que momento ela passa a vigorar e até quando ela vigorara, bem como o espaço territorial em que irá viger. A identificação desses aspectos depende do exame das normas de aplicação do direito, no tempo e no espaço. 
Vigência da legislação tributaria.
Vigência da legislação significa legislação em vigor, ou seja, válida para ser aplicada. E o termo jurídico que expressa a existência da lei tributaria. Ela se verifica com a publicação da lei no Diário Oficial.
Assim que são promulgadas e publicadas as leis, inclusive as tributarias, estas passam a existir no ordenamento jurídico.
Vigência no espaço.
A regra geral é de que a norma valha no território do ente tribulante que a edite. O território é o limite geográfico da soberania, no caso e do Estado Nacional (União Federal), e da autonomia, no caso dos estados-membros, Distrito Federal e Municípios.
Assim, a lei federal tem vigência em todo o território nacional, mas as leis editadas pelos demais entes políticos terão aplicação somente nos respectivos territórios. 
Vigência no tempo.
Como vimos, a regra geral para vigência no tempo são aquelas aplicáveis as demais normas jurídicas (Lei de Introdução ao Código Civil, art. 1 º BRASIL, 2009e). A regra é de que comece a vigorar quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, se dela não consta a data para entrar em vigor. O mais comum é a determinação da expressão: “esta lei entra em vigor na data de sua publicação”.
Aplicação na Legislação Tributária.
A aplicação da legislação diz respeito a sua incidência sobre os fatos concretos, produzindo, dessa forma, efeitos jurídicos, quais sejam, os direitos e obrigações para as partes envolvidas ( sujeito ativo e passivo) na relação jurídica tributaria.
A regra geral, inclusive as leis tributarias, é de que as normas sejam elaboradas para regular fatos futuros. As normas complementares em matéria tributaria, compreendem e atos normativos, as decisões dos órgãos singulares ou coletivos emitidos pelas autoridades administrativas, as praticas reiteradas e os convênios celebrados entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

Continue navegando