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FUNDAMENTOS DE TI Profa MSc. Geisla Tópicos ■ Um pouco de História... ■ Fundamentos de Redes de Computadores – Definição – Evolução – Tipos e Características Um pouco de História... ■ Você já parou para pensar como são fabricadas as suas roupas? ■ “Tecido” é uma conjugação do verbo “Tecer” ■ O que é “tecer”? Como funciona um Tear? Um pouco de História... ■ Antes de tecer, é preciso fiar... ■ Antigamente fiava-se com uma “roca” ou “roda de fiar”. Era acionada por um pedal ou manivela onde se enrolava a linha ou cordão que a fiandeira torcia com uma segunda peça, o “fuso”, feito especialmente para a roca. ■ De onde veio o velho provérbio “cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso”. Figura: “Anne Liese's Fibers and Stuff” que mostra um grupo de jovens fiandeiras medievais usando uma roca para fiar Um pouco de História... ■ Após obtido o fio, é preciso “entremeá-lo” para formar o tecido. ■ Urdidura: estrutura simples de madeira, com fios passados e forma longitudinal; ■ Trama: ao se entremear, seja, passar um conjunto de fios de maneira transversal, intercalando por cima e por baixo dos fios verticais, obtém-se a trama. Ao se apertar os fios da trama, obtém-se o tecido. Figura: Urdidura e trama Figura: diferentes “tessituras” ou texturas Um pouco de História... Um pouco de História... Um pouco de História... ■ Pois é assim que se tece: Abrindo os fios da urdidura, passando a trama entre eles, fechando-os, apertando a trama “para trás” e abrindo novamente a urdidura no sentido oposto, repetindo o processo fio a fio da trama. Uma coisa tediosa, repetitiva, porém muito simples quando tudo o que se tem que tecer é “pano”, um tecido onde todos os fios da trama são da mesma cor e a tessitura é singela e se repete a cada fio da trama. Um pouco de História... ■ Mas e quando se tinha de tecer algo assim? Um pouco de História... ■ Tessituras elaboradas eram feitas em dispositivos do tipo “draw loom” (algo como “teares de tração”) operados por dois indivíduos, o tecelão (“weaver”) e o “draw boy”. ■ Tecelão: o artesão, responsável pela parte artística ou intelectual do trabalho: a ele cabia fazer passar a trama pelos intervalos exatos da urdidura, de tal forma que os trechos aparentes de cada fio da trama se combinassem com os trechos dos demais fios, desenhando a tessitura desejada. ■ A ele cabia escolher, um por um, os fios da urdidura que seriam levantados (para que a trama passasse por baixo deles) e os que permaneceriam abaixados (fazendo a trama passar por cima deles) a cada novo fio de trama a ser entremeado. ■ Depois que todos os fios da urdidura a serem levantados eram presos a seus ganchos pelo tecelão, este sinalizava ao “draw boy”, empoleirado sobre o tear, a quem cabia apenas efetuar o trabalho braçal: mover para cima (“to draw up”) manualmente a barra de onde pendiam os ganchos que levantavam alguns dos fios da urdidura para que o tecelão pudesse passar por baixo deles o fio da trama. Um pouco de História... ■ Dois fios de trama por minuto = aproximadamente a 12,5 centímetros quadrados de seda tecida por dia! ■ O “draw boy” fazia um trabalho repetitivo, cansativo, insalubre, monótono, braçal e, sobretudo, burro. ■ “Draw boys” trabalhavam de seis a oito horas por dia, em condições de trabalho insalubres devido à posição em que eram obrigados a permanecer, levantando seguidamente barras que, juntamente com os fios de urdidura que suportavam, pesavam mais de quinze quilogramas. Muitos deles terminavam portando deficiências resultantes de lesões de esforço repetitivo (LER) ainda crianças. ■ Geralmente eram crianças e adolescentes! Um pouco de História... ■ É aí que entra Joseph Marie Jacquard! ■ Jacquard nasceu em Lyon, na época centro tradicional de tecelagem fina, no ano de 1752. Seu pai era o dono de uma tecelagem com diversos teares, inclusive alguns destinado a trabalhar com seda, mais difícil de tecer devido à pequena espessura dos fios e que resultava nas tessituras mais sofisticadas, trabalhosas e caras, as preferidas pelas classes favorecidas. Sua mãe concebia os intrincados desenhos dos tecidos mais elaborados. ■ Joseph Marie era “draw boy” e, naturalmente, odiava seu trabalho. Sabia que aquela atividade monótona e estúpida poderia ser executada por uma máquina. E dedicou sua vida a descobrir como fazê-lo. Um pouco de História... ■ Joseph odiava tanto seu trabalho, que largou o ofício e se tornou encadernador de livros. ■ Mas com a morte do pai, teve de retornar ao trabalho na tecelagem, aos 22 anos. ■ Joseph Marie logo percebeu que embora complexa, a tarefa do tecelão era repetitiva por natureza. E tarefas assim são ideais para serem mecanizadas e automatizadas ■ Por isso, em vez de dedicar-se a obter lucro com a produção de sua tecelagem, Jacquard dedicou-se a desenvolver técnicas para mecanizar o processo de fabricação, o que acabou levando-o a sérias dificuldades financeiras. Um pouco de História... ■ No final do século dezoito, com a economia da França seriamente abalada pelos anos de luta, Napoleão Bonaparte, empenhado na reconstrução do país, soube dos trabalhos de Jacquard em busca de um processo de mecanização dos teares, trabalho que ele havia retomado na sua volta a Lyon com a ajuda financeira de alguns industriais ávidos por recuperar suas tecelagens destruídas na revolução, e convidou-o para dar seguimento a suas pesquisas no “Conservatoire des arts et métiers”, agora com o patrocínio do Governo! ■ Foi assim que Jacquard concebeu a primeira máquina programável de todos os tempos, a pioneira, antecessora dos computadores modernos: o “Tear de Jacquard”. O primeiro artefato a usar, no início do século dezenove, cartões perfurados como dispositivos de entrada e armazenamento de programas. Um prodígio. Um pouco de História... Um pouco de História... Toda a dificuldade da automatização consistia justamente em escolher que fios da urdidura levantar. Este era o trabalho do tecelão, o segredo da execução de tessituras complexas. No Tear de Jacquard são levantados os fios situados abaixo de cada furo do cartão perfurado. Um pouco de História... Um pouco de História... Figura: Interior de um Tear de Jacquard De 12,5 cm por dia em uma estrutura complexa, passou a 10 metros por dia! Um pouco de História... ■ Em 1725 iniciou-se a usar “esboços” de cartões perfurados na tecelagem, entretanto, de consenso geral, Joseph Marie Jacquard é o criador. Um pouco de História... ■ O Tear de Jacquard foi o primeiro dispositivo a usar cartões perfurados para armazenar uma sequência de ações previamente concebidas, ou seja, o primeiro dispositivo programável da história da humanidade! ■ Mesmo sem qualquer cálculo ou “computação”, teve uma importância considerável na história da informática, sobretudo porque, foi nele que se inspirou Charles Babbage para criar o dispositivo de entrada de dados de sua Analytical Machine, este sim o primeiro “computador” digno do nome. Um pouco de História... Joseph Marie Jacquard (1752-1834) Um pouco de História... Charles Babbage (1791-1871), cientista, matemático e professor na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Um pouco de História... ■ Criou a Analytical Society, com amigos. ■ Na época, a quantidade de erros humanos em cálculos era muito grande. ■ Por volta de 1821, Babbage começou a tarefa de automatizar a produção de cálculos matemáticos. A ideia era a de criar uma máquina que conseguisse acabar de uma vez por todas com os principais erros que apareciam constantemente em tabelas de logaritmos, o que o deixava muito irritado. Um pouco de História... ■ Criou então a Máquina Diferencial (1822) Diferentemente de calculadoras que surgiram antes, o invento foi desenvolvido para calcular uma série de valores numéricos e imprimir os resultados automaticamente. Por problemas de tecnologia da época, não pode ser fabricadaem massa. Um pouco de História... ■ Após a Máquina Diferencial, ele desenvolveu a Máquina Analítica. ■ Desenvolvida por volta de 1834, ela foi a primeira máquina que poderia ser programada para executar vários comandos de qualquer tipo. ■ O desenho e a estrutura básica da invenção de Babbage fazem parte dos computadores que usamos hoje, mesmo após mais de um século! Um pouco de História... ■ Em 1833, dez anos depois de iniciada a fabricação de sua Máquina Diferencial e um ano antes dele solicitar recursos adicionais ao Governo Britânico (que lhes foram negados), durante a montagem da parte da Máquina Diferencial cuja fabricação havia sido até então concluída, Babbage percebeu que, feitas as devidas alterações, aquele projeto poderia ser capaz de façanhas muito maiores do que as que ele tinha previsto originalmente. ■ A Máquina Diferencial, um prodígio para a época, capaz de calcular e tabular os resultados de polinômios extremamente complexos, o fazia pelo método das diferenças finitas. Ao fim e ao cabo, portanto, não passava de uma máquina de somar. Sofisticadíssima para a época, é verdade. Mas ainda assim limitada a uma única operação. ■ O que Babbage percebeu olhando para a montagem parcial de sua invenção foi que, mediante certos arranjos, a máquina poderia terminar “comendo o próprio rabo” (“the engine eating its own tail” em suas próprias palavras). Ou seja: “encurvando” o formato da máquina de tal maneira que a coluna dos resultados (saída) ficasse próxima daquela onde se introduzia a última diferença (entrada) e acrescentando algumas engrenagens que as interligassem da forma adequada, a máquina poderia usar os resultados de certos cálculos (saída) como dados para efetuar novas operações (entrada), concebendo assim o até então inexistente conceito de retro-alimentação (ou “feedback”; era a este conceito que ele se referiu quando usou a expressão “comer o próprio rabo”, portanto respeitem o velho gênio e refreiem as brincadeiras de mau gosto...). Um pouco de História... ■ Mas se a máquina poderia se retro-alimentar, efetuando os mesmos cálculos com os resultados dos cálculos anteriores, nada impedia que ela usasse os ditos resultados para efetuar outras operações, diferentes das anteriores. ■ Desde que, é claro, se usasse um método de automatizar o processo, ou seja, de alterar a sequência de operações a que os dados de entrada eram submetidos. ■ Logo, Programação! ■ E, embora não existisse o conceito de programação, já havia um dispositivo programável, o Tear de Jacquard! ■ Babbage o viu funcionar em suas viagens à França. Um pouco de História... ■ Babbage, em seu livro “The Analytical Engine - Passages from the Life of a Philosopher”: ■ “É um fato conhecido que o Tear de Jacquard é capaz de tecer qualquer desenho que a imaginação do homem possa conceber. É também prática corrente de fabricantes empregarem artistas habilidosos para criar as figuras a serem tecidas. Estas figuras são então encaminhadas para um especialista que, usando uma máquina apropriada, executa perfurações em cartões de papelão de tal forma que quando estes cartões são introduzidos em um Tear de Jacquard, este tear produzirá uma tessitura que corresponderá exatamente à figura concebida pelo artista. ■ “Assim o fabricante poderá usar, para a urdidura e trama de seu trabalho, linhas que sejam todas da mesma cor; suponhamos que sejam linhas alvejadas, ou brancas. Neste caso o pano será tecido todo em uma só cor; mas sobre o tecido haverá um padrão em relevo, correspondente ao desenho que o artista concebeu. ■ “Mas o fabricante poderá empregar os mesmos cartões e usar, na urdidura, linhas de qualquer outra cor. Cada linha pode mesmo ser de uma cor diferente ou de uma tonalidade diferente da mesma cor. Mas, em todos estes casos, a forma ou padrão do desenho será exatamente o mesmo, apenas as cores serão diferentes”. Um pouco de História... ■ O que Babbage quis dizer, no linguajar rebuscado da época, é que criado o conjunto de cartões (ou seja, feito o programa), ele poderia ser usado indefinidamente para fazer a máquina repetir os mesmos cálculos, ainda que com dados diferentes. “Este conhecido processo (o Tear de Jacquard) apresenta uma analogia quase perfeita com a Máquina Analítica. “A Máquina Analítica consiste de duas partes: “1ª O depósito, onde são armazenadas todas as variáveis a serem usadas nas operações, assim como as quantidades resultantes de outras operações. “2ª O ‘moinho’, onde são introduzidas todas as quantidades prestes a serem submetidas a uma operação”. Percebeu? Primeiras referências à Memória e à Unidade central e Processamento! Um pouco de História... ■ A Máquina Analítica funcionava com base nas instruções de cartões perfurados e era movida a vapor, como em alguns trens. O projeto ainda possuía uma unidade central de processamento e memória expansível separados um do outro, o que é mais uma característica dos computadores modernos. ■ De tão avançados e complicados que seus projetos eram, Babbage nunca teve a oportunidade de construir, de fato, nenhuma de suas invenções. A inexistência de equipamentos adequados e a falta de verba fizeram com que o cientista construísse apenas protótipos do que poderia ter sido a maior revolução tecnológica da época. Um pouco de História ■ Temos o primeiro “computador”, mas... E a primeira programadora? Ada Lovelace (1815-1852) (Augusta Ada King, condessa de Lovelace) Um pouco de História... ■ Ada Lovelace ■ Filha do poeta Lord Byron, criada pela mãe matemática Anne Isabella Milbanke, nunca viu seu pai. ■ Era criativa, aos 12 escreveu um livro Flyology (sobre maneiras de voar); ■ Aos 17 anos, Ada já sabia que queria trabalhar com o inventor Charles Babbage; ■ Charles Babbage a recusou inicialmente, mas após Ada publicar uma tradução de um artigo seu, de suíço para inglês, acrescentando notas próprias (o que fez o trabalho dobrar de tamanho), Charles se impressionou e começaram a trabalhar juntos. Um pouco de História... ■ Nessas anotações, ela criou um algoritmo que poderia fazer com que a Analytical Machine computasse uma série de números complexos, conhecidos como princípio de Bernoulli. ■ Em outras palavras: Lovelace escreveu o primeiro programa de computador do mundo! ■ Curiosidades: Em 1953, a máquina de Babbage foi redescoberta e o algoritmo que Ada propôs foi implementado. Os dois entraram para a História como o primeiro computador e software, respectivamente. O Departamento de Defesa dos EUA registrou em 1980 a linguagem de programação com o nome de ADA, em homenagem a Lovelace, a primeira programadora. Um pouco de História... ■ Herman Hollerith (1860-1929) ■ Em meados da década de 1880, o Escritório do Censo Americano começou a experimentar maneiras de automatizar a forma de avaliar a população dos Estados Unidos e processar as respostas obtidas pelas pesquisas feitas a cada agregado familiar. ■ Os dados do censo de 1880 eram enormes e levariam oito anos para compilar e processo. ■ O engenheiro Herman Hollerith , que estava na equipe técnica do departamento, sentiu que poderia melhorar o processo. ■ Em 1884, ele registrou uma patente para um dispositivo eletromecânico que podia ler rapidamente a informação codificada nos furos feitos em uma fita de papel ou num conjunto de cartões. Um pouco de História... Herman Hollerith O computador de cartões perfurados, início dos anos 1880. Um pouco de História... ■ Ele desenvolveu um plano para codificar as respostas às perguntas do censo em cartões perfurados. ■ Em vez da clássica caneta para marcar X em “sim” e “não” para perguntas como sexo e idade, os agentes do censo perfuravam essas opções nos cartões. Uma vez que os dados fossem coletados, o processo de computação da informação demorou aproximadamente 1/3 do comum. Foi praticamente uma revolução na maneira de coleta de informações. ■ Ele também inventou um dispositivo de perfuração,um leitor eletrônico alimentado manualmente que podia processar 50 cartões em um minuto e um dispositivo de classificação. Um pouco de História... ■ Em 1889 Herman Hollerith criou a empresa Tabulating Machine Company e foi escolhido para processar o censo de 1890. ■ A empresa foi decididamente bem sucedida e os dados do censo de 1890 foi compilado em apenas um ano! ■ Mais tarde a Tabulating Machine Co. foi rebatizada como IBM. Redes de Computadores ■ Você já deve ter percebido que os cartões perfurados foram a primeira forma de armazenar dados... ■ Mas o que isso tem a ver com Redes? ■ As redes também passaram por um processo de evolução! ■ As primeiras redes de computadores foram criadas da década de 60. Nessa época, o modo mais utilizado para armazenamento externo e transporte dados eram os cartões perfurados! Redes de Computadores ■ As redes surgiram da necessidade de compartilhamento de informações e periféricos em tempo real, e com isso um consequente aumento de produtividade por parte dos usuários que pertenciam a um grupo de trabalho, reduzindo os custos com hardware. ■ Não era mais necessário que cada usuário tivesse uma impressora para imprimir seus trabalhos! Redes de Computadores ■ Década de 1960 – Pós guerra, a Ciência da Computação foi uma das mais beneficiadas, já que as equipes de pesquisa e desenvolvimento que foram reunidas para interceptar e decodificar as comunicações e mensagens em códigos cifrados do eixo nazi-fascista para conseguir desvendar estratégias dos inimigos evoluíram e dissiparam os seus conhecimentos. ■ Nesta época, somente os cartões perfurados eram utilizados para armazenamento e transporte de dados, não haviam cds, disquetes... Relembrando... ■ Cálculo de Mapas –Exército Francês –1790 – Máquina diferencial -Charles Babbage-1832 – Computadores(Humanos) -1890 a 1940 ■ Segunda Guerra Mundial ■ ARQUITETURA DE NEUMANN–1945 (John Von Neumann) Relembrando... ■ Processamento de dados –1960 – Inicio da utilização de computadores em grandes empresas – Diminuição do custo dos equipamentos – Inputs de dados, e output de relatórios – Execuções em série e transacionais – Lançamento do 1 Computador da IBM ■ Sistemas de Informação –1970 – Melhorias nos sistemas (terminais mais flexível) – Pacotes de Softwares – Sistemas gerenciadores de banco de dados (SGBD) – Fundação da Apple e Microsoft Redes de Computadores ■ Anos 60 – o início – De 1969 a 1972, foi criada a ARPANET, o embrião da Internet que conhecemos hoje. – A rede entrou no ar em dezembro de 1969, inicialmente, com apenas quatro nós, que respondiam pelos nomes SRI, UCLA, UCSB e UTAH e eram sediados, respectivamente, no Stanford Research Institute, na Universidade da Califórnia, na Universidade de Santa Barbara e na Universidade de Utah, todas elas nos EUA. – Eles eram interligados através de links de 50 kbps, criados usando linhas telefônicas dedicadas, adaptadas para o uso como link de dados (MORIMOTO, 2008b). Redes de Computadores ■ As principais características da rede ARPANET eram: – a) terminais “burros” (sem processador); – b) comunicação com um computador central; – c) consolidação dos princípios de comunicação de dados; – d) surgimento do modem; – e) percepção pela indústria que a utilização remota de computadores seria determinante nas décadas seguintes; – f) investimento individual de cada fabricante no desenvolvimento de uma tecnologia de teleprocessamento própria; – g) crescimento enorme das redes de teleprocessamento; – h) expansão geográfica; – i) variedade de aplicações; – j) surgimento da necessidade de usuários de um sistema acessarem aplicações de outros sistemas; – k) interligação de sistemas de teleprocessamento; – l) interconexão de computadores. Computador da ARPANET Redes de Computadores ■ Anos 70 – Projeto ARPA – Em 1974, surgiu o TCP/IP, que se tornou o protocolo definitivo para uso na ARPANET e, mais tarde, na internet. – Uma rede interligando diversas universidades permitiu o livre tráfego de informações, levando ao desenvolvimento de recursos que usamos até hoje, como o e-mail, o telnet e o FTP, que permitiam aos usuários conectados trocar informações, acessar outros computadores remotamente e compartilhar arquivos. – Na época, mainframes com um bom poder de processamento eram raros e incrivelmente caros, de forma que eles acabavam sendo compartilhados entre diversos pesquisadores e técnicos, que podiam estar situados em qualquer ponto da rede (MORIMOTO, 2008b) Redes de Computadores ■ As principais características dessa rede eram: – a) início da era da tecnologia de redes de computadores; – b) distribuição de aplicações entre vários computadores interligados; – c) os sistemas de teleprocessamento continuavam a existir, porém, cada computador da rede possuía sua própria estrutura de teleprocessamento; – d) comutação de pacotes; – e) divisão em várias camadas funcionais das tarefas de comunicação entre aplicações de computadores distintos; – f) criação do conceito básico de Arquitetura de Rede de Computadores; – g) criação de protocolos de transporte; – h) elaboração dos mecanismos para controle de fluxo, confiabilidade e roteamento; – i) desenvolvimento e funcionamento dos primeiros protocolos de aplicação: ■ –– FTP – File Transfer Protocol; ■ –– TELNET – Terminal virtual; – j) interligação de computadores de universidades americanas; – k) interligação de computadores situados em outros países; – l) abertura de um novo mercado para as empresas especializadas em venda de serviços de telecomunicações: a oferta de serviços de comunicação de dados por meio do fornecimento de uma estrutura de comunicação; – m) padronização das redes públicas de pacotes a partir da elaboração, em 1976, da primeira versão da Recomendação X.25. Redes de Computadores ■ Definição ■ “Dois ou mais computadores interligados por um meio qualquer transmitindo dados e compartilhando recursos.” ■ Somente computadores? ■ Conceito de rede: ■ Segundo Sousa (1999), “rede de computadores é um conjunto de equipamentos interligados de maneira a trocarem informações e compartilharem recursos, como arquivos de dados gravados, impressoras, modems, softwares e outros equipamentos”. Redes de Computadores ■ Objetivos: – Compartilhamento de informações (ou dados); – Compartilhamento de hardware e de software; – Administração centralizada e suporte; – Redução de Custos. Redes de Computadores ■ Classificação das redes ■ De acordo com Dantas (2002), uma das características mais utilizadas para a classificação das redes é a sua abrangência geográfica. Assim, é convencionada a classificação das redes em locais – LANs (Local Area Networks), metropolitanas – MANs (Metropolitan Area Networks) e geograficamente distribuídas – WANs (Wide Area Networks). Redes de Computadores ■ Classificação das Redes quanto ao Tamanho ■ LAN (Local Area Network) é a tecnologia que apresenta uma boa resposta para interligação de dispositivos com distâncias relativamente pequenas e com uma largura de banda considerável. (DANTAS, [s.d], p. 249) Rede sem fio é uma LAN também WLAN – Rede Local Sem Fio Rede LAN Redes de Computadores ■ Classificação das Redes quanto ao Tamanho ■ MAN (Metropolitan Area Network) - As redes metropolitanas podem ser entendidas como aquelas que proveem a interligação das redes locais em uma área metropolitana de uma determinada região. Rede MAN Redes de Computadores ■ Classificação das Redes quanto ao Tamanho ■ Quando as distâncias envolvidas na interligação dos computadores são superiores a uma região metropolitana, podendo ser a dispersão geográfica tão grande quanto a distância entre continentes, a abordagem correta é a rede geograficamente distribuída (WAN). Rede WAN Redes de Computadores ■ Classificação de Redes quanto ao Tamanho ■ Tipo especial: Virtual Private Network (VPN) ■ Asredes virtuais privadas, normalmente, são utilizadas por empresas e profissionais que precisam fazer viagens frequentes. Essa rede, por ser móvel, permite que um computador, telefone ou tablet se conecte à rede por meio de uma conexão criptografada em qualquer lugar do mundo. É possível, assim, obter acesso aos servidores de uma companhia sem correr o risco de informações privadas serem capturadas. Redes de Computadores ■ Classificação de redes quanto ao acesso e compartilhamento de dados ■ Redes par-a-par ■ Redes Cliente/Servidor Redes de Computadores ■ Classificação de redes quanto ao acesso e compartilhamento de dados ■ Redes par-a-par ■ Arquitetura P2P (peer-to-peer) é uma arquitetura de redes em que cada par, ou nó, coopera entre si para prover serviços um ao outro, sem a necessidade a priori de um servidor central. ■ São indicadas apenas para redes pequenas pela facilidade de implementação e pelo baixo custo. Em redes maiores deixa de ser interessante pela dificuldade de gerenciamento e por poder comprometer o desempenho e a segurança. Redes de Computadores ■ Classificação de redes quanto ao acesso e compartilhamento de dados ■ Redes Cliente/Servidor ■ Há uma máquina central que tem armazenados os documentos que os usuários desejam ver e estes, por sua vez, são os chamados clientes. ■ Um servidor pode atender a requisições de diversos clientes ao mesmo tempo, cada um solicitando um documento diferente. ■ A sua grande vantagem está no fato de que centralizando a administração da rede é possível estabelecer o gerenciamento dos serviços como: possuir um banco de dados de usuários em que seja possível determinar as permissões de cada um, determinar procedimentos de cópias de arquivos de segurança e, não menos importante, criar regras para aumentar a segurança dos dados e dos usuários. ■ ARPANET, Internet, Servidores de e-mail... Redes de Computadores ■ Topologias ■ De acordo com Augusto ([s.d., não paginado]), a topologia pode ser entendida como a maneira pela qual os enlaces de comunicação e dispositivos de comutação estão interligados, provendo efetivamente a transmissão do sinal entre nós da rede. [...] ■ Podemos dizer que a topologia física de uma rede local compreende os enlaces físicos de ligação dos elementos computacionais da rede, enquanto a topologia lógica da rede se refere à forma através da qual o sinal é efetivamente transmitido entre um computador e outro. ■ Tipo: – Barramento – Estrela – Anel Redes de Computadores ■ Topologias ■ Barramento ■ Segundo Silva Júnior (2009, p. 4), “nesse tipo de topologia todos os micros são ligados fi sicamente a um mesmo cabo, com isso, nenhum computador pode usá-lo enquanto uma comunicação está sendo efetuada”. Topologia de Barramento Redes de Computadores ■ Topologias ■ Estrela ■ A topologia em estrela utiliza um periférico concentrador, normalmente um hub, interligando todas as máquinas da rede Topologia Estrela com Hub Redes de Computadores ■ Topologias ■ Anel ■ Nesta topologia, cada computador, obedecendo um determinado sentido, é conectado ao computador vizinho, que por sua vez, também é conectado ao vizinho e assim por diante, formando um anel (AUGUSTO, [s.d.]) Topologia de Anel Redes de Computadores ■ Meios de transmissão ■ De acordo com Tanembaum (1997), existem vários meios físicos que podem ser usados para realizar a transmissão de dados. ■ Cada um tem seu próprio nicho em termos de largura de banda, retardo, custo e facilidade de instalação e manutenção. ■ Os meios físicos são agrupados em meios guiados, como fios de cobre e fibras ópticas, e em meios não guiados, como as ondas de rádio e os raios laser transmitidos pelo ar. Redes de Computadores ■ Meios de Transmissão – Cabo Coaxial – Par Trançado – Fibra Ótica Redes de Computadores ■ Meios de Transmissão ■ Cabo Coaxial ■ Um fio de cobre esticado na parte central, envolvido por um material isolante. O isolante é protegido por um condutor cilíndrico, geralmente uma malha sólida entrelaçada. O condutor externo é coberto por uma camada plástica protetora. ■ A sua velocidade é bastante alta em decorrência da tolerância a ruídos em virtude da malha de proteção existentes nos cabos, podendo atingir velocidade máxima de transmissão de 20 Mb/s. ■ Usado em TV e CFTV, por exemplo Cabo Coaxial Redes de Computadores ■ Meios de Transmissão ■ Par Trançado ■ O par trançado é o tipo de cabo de rede mais usado atualmente. Existem basicamente dois tipos de par trançado: sem blindagem, também chamado UTP (Unshielded Twisted Pair), e com blindagem, também chamado de STP (Shielded Twisted Pair). ■ A diferença entre eles é justamente a existência, no par trançado com blindagem, de uma malha em volta do cabo protegendo- o contra interferências eletromagnéticas, Cabo Par Trançado Redes de Computadores ■ Meios de Transmissão ■ Fibra Ótica ■ “A fibra ótica transmite informações através de sinais luminosos, em vez de sinais elétricos”. A fibra ótica é totalmente imune a ruídos, com isso, a comunicação é mais rápida. ■ Segundo Morimoto (2008c), os sucessores naturais dos cabos de par trançado são os cabos de fibra óptica, que suportam velocidades ainda maiores e permitem transmitir a distâncias praticamente ilimitadas, com o uso de repetidores. Os cabos de fibra óptica são usados para criar os backbones (espinha dorsal) que interligam os principais roteadores da internet. Sem eles, a grande rede seria muito mais lenta e o acesso muito mais caro. Redes de Computadores Redes de Computadores ■ Camadas de Rede ■ “As camadas de rede são passos funcionais na comunicação, realizadas por programas chamados protocolos.” ■ Os protocolos são responsáveis por executar a função de cada camada. É como se fosse uma fábrica onde os funcionários, que executam as tarefas, são os protocolos e os processos de produção de um determinado produto são as camadas. No final de todo o processo, realizado por todas as camadas, temos dados encapsulados (empacotados) chamados pacote. Esses pacotes são criados para que seja realizada a comunicação entre computadores na rede. ■ A comunicação realizada pelos computadores é bidirecional, ou seja, o computador origem envia o pacote construído e o computador destino lê os dados desconstruindo o mesmo. Cada camada e protocolo específico devem ser capazes de realizar sua função em ambas as direções. Redes de Computadores ■ Modelos: – Open Systems Interconnect (OSI) – Modelo TCP/IP Redes de Computadores ■ Modelos ■ Modelo OSI ■ Segundo Spurgeon (2000), o modelo de referência OSI é o método para descrever como os conjuntos interconectados de hardware e software de rede podem ser organizados para que trabalhem concomitantemente no mundo das redes. Com efeito, o modelo OSI oferece um modo de dividir arbitrariamente a tarefa da rede em pedaços separados, que estão sujeitos ao processo formal de padronização. ■ O modelo OSI é formado por sete camadas. Apesar do protocolo nunca ter sido aceito, na prática, os nomes e especialmente os números das camadas do modelo sobrevivem até hoje. Redes de Computadores ■ Modelo OSI Redes de Computadores ■ Modelo TCP/IP ■ Baseado no OSI. Segundo Dantas (2002), o modelo de referência mais conhecido é o TCP/IP (Transmisson Control Protocol / Internet Protocol). O modelo TCP/IP foi projetado em quatro camadas. Redes de Computadores ■ Elementos ativos de rede – Hub – Switch – Roteador – Repetidor Redes de Computadores ■ Elementos ativos de rede – Hub ■ Os hubs são dispositivos concentradores, responsáveis por centralizar a distribuição dos quadros de dados em redes fisicamente ligadas em estrela. Todo hub é um repetidor responsável por replicar, em todas as suas portas, as informações recebidas pelas máquinas da rede. Hub Redes de Computadores ■ Elementos ativos de rede – Switch ■ Os switches são pontesque contêm várias portas. Eles enviam os quadros de dados somente para a porta de destino, ao contrário do hub, que transmite os quadros simultaneamente para todas as portas. Com isso, os switches conseguem aumentar o desempenho da rede. Switch Redes de Computadores ■ Elementos ativos de rede – Roteador ■ Roteadores são pontes que operam na camada de rede do Modelo OSI. Eles são responsáveis por tomar a decisão de qual caminho percorrer para interligar redes diferentes. Roteador Redes de Computadores ■ Elementos ativos de rede – Repetidor ■ A função do repetidor é recuperar um sinal. Os repetidores também são chamados de concentradores e são usados em redes locais, aumentando seu alcance. Repetidor Redes de Computadores ■ Internet, Intranet e Extranet ■ Internet: a internet é um conjunto de redes de computadores interligadas entre si, que são espalhadas pelo mundo inteiro. Todos os serviços disponíveis na internet são padronizados e utilizam o mesmo conjunto de protocolos (TCP/IP). ■ Intranet: uma intranet é uma rede de computadores privada que [se] assenta sobre a suite de protocolos da internet. Consequentemente, todos os conceitos da última aplicam-se também a uma intranet, como, por exemplo, o paradigma de cliente- servidor. Resumidamente, o conceito de Intranet pode ser interpretado como “uma versão privada da Internet”, ou uma mini-internet confinada por uma organização. ■ Extranet: a Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de computadores que faz uso da internet para partilhar com segurança parte do seu sistema de informação. da empresa que é estendida a usuários externos (rede extra-empresa), tais como representantes e clientes Referências ■ https://www.bpiropo.com.br/fpc20060821.htm ■ https://www.tecmundo.com.br/historia/16641-charles-babbage-um-cientista-muito- alem-de-seu-tempo.htm ■ http://cultura.ufpa.br/dicas/net1/int-h180.htm ■ https://www.bpiropo.com.br/fpc20060828.htm ■ http://www.stylourbano.com.br/o-tear-jacquard-nao-so-revolucionou-a-industria-textil- mas-foi-o-primeiro-computador-do-mundo/ ■ https://www.gta.ufrj.br/ensino/eel878/redes1-2018-1/trabalhos- v1/p2p/arquitetura.html ■ http://www.hardwaremagazine.com.br/2016/01/rede-ponto-ponto-x-rede-cliente- servidor.html ■ https://www.treinaweb.com.br/blog/cabos-submarinos-sua-internet-cruzando-oceanos/ ■ https://mybroadband.co.za/news/telecoms/277233-south-atlantic-cable-system-goes- live-offering-lower-latencies-to-the-us.html