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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE GÊNESIS TÉCNICO EM RADIOLOGIA 1 MÉTODO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM Aula 7: Ressonância Magnética Professor: Rodrigo Otávio INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE GÊNESIS TÉCNICO EM RADIOLOGIA 2 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA A Ressonância Magnética (RM) é hoje um método de diagnóstico por imagem, estabelecido na prática clínica, e em crescente desenvolvimento. Dada à alta capacidade de diferenciar tecidos e coletar informações bioquímicas, o espectro de aplicações se estende a todas as partes do corpo humano e explora aspectos anatômicos e funcionais. O primeiro exame de IRM na América Latina foi realizado no Hospital Israelita Albert Einstein em 1986, em São Paulo, Brasil. Foi chamado de RNM, pois: N - apenas alguns núcleos de alguns átomos reagiam desta maneira; M - um campo magnético era necessário para completar esta ação; R - devido à freqüência dos campos magnéticos e a radiofreqüência. DEFINIÇÃO Por definição, a RM refere-se ao uso de campos magnéticos e ondas de rádio para obtenção de uma imagem. A imagem gerada representa as diferenças existentes entre os vários tecidos do organismo, quantidade de Hidrogênio. A aquisição é feita de modo não invasivo, com extraordinária resolução espacial, não empregando radiação ionizante. VANTAGENS Identificação das estruturas com possibilidade de caracterização tecidos; Obtenção de imagens em quatro planos – axial, coronal, sagital e oblíquo; Obtenção de imagens de vasos sanguíneos, determinando direção e velocidade de fluxo sanguíneo, sem a necessidade de contraste; Uso de contraste paramagnético e não iodado, em caso de pacientes alérgicos a iodo. DESVANTAGENS Tempo de realização dos exames relativamente demorado; Necessidade de cooperação por parte do paciente, evitando artefatos de movimento; Altos custos operacionais; Próteses ou corpos estranhos que podem ser deslocados (dano funcional e anatômico) em portadores de Clipes cerebrais ou cirúrgicos, Marcapasso, DIU, Diafragma, Implantes auditivos e Próteses. COMPONENTES DO SISTEMA DE RM INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE GÊNESIS TÉCNICO EM RADIOLOGIA 3 a) Magneto b) Bobinas de Radiofreqüência c) Bobinas de Gradiente d) Sistema de Suporte Eletrônico 340 e) Computador e Monitor M MAGNETOS É o componente mais visível e um dos mais discutidos em RM. O magneto fornece o campo magnético no qual ocorre a precessão dos núcleos. Existem diversos tipos de magnetos utilizados em RM, todos apresentam um propósito específico: criar um campo magnético forte que é medido em Tesla T. Potência de um equipamento de RM varia de 0,1 a 3,0 T. É um grande ímã, cuja potência é variável e pode ser medida em unidade de campo magnético (Gauss ou Tesla, sendo que 1 Tesla (T) equivale a 10.000 Gauss(G). Três tipos de magnetos são conhecidos: supercondutor− resistivos− permanente. SUPERCONDUTOR É constituído por fios de Nióbio e Titânio, denominados materiais supercondutores, pois apresentam resistência zero sob uma temperatura muito baixa 4ºK (Kelvin). Os fios são resfriados pelos criogênios Nitrogênio líquido (-195,8ºC) e o Hélio líquido (-268,9ºC) para eliminar a resistência. Pode-se assim, obter campos magnéticos altos ( 0,5 a 4T ) com gasto energético mínimo. As desvantagens são o alto custo para aquisição; manutenção devido ao uso do Hélio líquido que é realizado periodicamente. Por possuir altos campos magnéticos são necessários cuidados adicionais nos equipamentos dotados com magnetos supercondutores para evitar acidentes como objetos metálicos lançando vôo em direção ao magneto e pacientes. RESISTIVOS Os Magnetos Resistivos necessitam de uma grande quantidade de energia elétrica para fornecer altas correntes necessárias para produção dos campos magnéticos de grande magnitude. Deve- se levar em consideração o custo da energia elétrica na operação da unidade. PERMANENTES A principal vantagem deste magneto é que não necessita de um campo de força, portanto ficam magnetizados permanentemente proporcionando um baixo custo operacional. Podem ser fabricados com configurações abertas, que apesar de baixas potências de campo, tornam-se benéficos para pacientes claustrofóbicos e obesos. A grande desvantagem é o peso excessivo (liga de alumínio, níquel ou cobalto) e a impossibilidade de obter campos magnéticos superiores a 0,3 Tesla. No interior do magneto existem: 1 – Bobinas de gradiente: são bobinas eletromagnéticas, com potência para provocar variações e/ou alterações lineares no campo magnético. INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE GÊNESIS TÉCNICO EM RADIOLOGIA 4 Os gradientes são responsáveis pela seleção de cortes, formação de imagens, codificação de fase e codificação de freqüência. Gradiente potentes possibilitam a aquisição de imagens de alta velocidade ou de alta resolução. Três bobinas, chamadas de gradientes (X, Y e Z) que são três magnetos auxiliares com potência bem menor que o magneto principal: a) gradiente X - altera o campo magnético e seleciona cortes sagitais; b) gradiente Y - altera o campo magnético e seleciona cortes coronais; c) gradiente Z – altera o campo magnético e seleciona cortes axiais. Os cortes oblíquos são selecionados por associação de dois gradientes. Bobinas de radiofrequência: São antenas que produzem e detectam a radiofreqüência (RF). São utilizadas para excitar uma determinada região com pulsos de RF e medir o sinal emitido pelos tecidos; influenciam decisivamente na qualidade das imagens. Quanto menor a bobina e quanto mais próxima da região de interesse, melhor será a qualidade da imagem. Podem ser divididas em: 1- Bobinas de volume ou transceptoras (corporal ): Transmitem ou recebem pulsos de RF. A maioria são bobinas de quadratura, que possuem 2 pares de bobinas para transmitir e receber o sinal do tecido. A grande vantagem das bobinas de volume é para estudar regiões maiores. Ex.: bobinas de cabeça, corpo, coluna e quadratura e extremidades. 2- Bobinas de superfície: São bobinas receptoras dos sinais dos tecidos. São utilizadas nas− superfícies cutâneas. Imagens adquiridas com bobinas de superfície têm ótima relação / ruído, possibilitando adquirir imagens com maiores detalhes anatômicas. 3- Bobinas de arranjo de fase: São bobinas constituídas por receptores múltiplos que são conjugadas e aumentam a qualidade da imagem gerada. O sinal captado pelo receptor de cada segmento é combinado para formar a imagem. Geralmente são utilizadas para estudos da coluna vertebral. Suporte eletrônico: Responsável pelo suprimento de energia e recepção da RF fornece voltagem e corrente para o magneto, bobina de gradiente, sistema de resfriamento e computador. Também envia os pulsos de RF e recebe os sinais emitidos pelo paciente. - Computador e processamento de imagens: É utilizado para armazenamento, processamento de dados e visualização das imagens em um monitor digital. Os sistemas computadorizados em RM consistem em: Controlar o ritmo dos pulsos, reconstrução de imagens, controle do TR e TE e conversão de sinal em imagem.
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