Buscar

Aula 1 Introdução à Economia e Mercado no Comércio Exterior

Prévia do material em texto

Disciplina: Economia e Mercado
Professor: Ricardo De Martino
Aula 1: Introdução ao Comércio Exterior:
Breve histórico do Comércio Exterior:
Importações: bens produzidos no exterior e vendidos internamente.
Exportações: bens produzidos internamente e vendidos no exterior.
· Cada pessoa consome bens e serviços produzidos por muitas outras pessoas tanto no mesmo país quanto no mundo todo. A interdependência e o comércio são desejáveis porque permitem que cada um possa desfrutar de uma maior quantidade e variedade de bens e serviços.
· Há duas maneiras de comparar a capacidade que duas pessoas têm de produzir um mesmo bem. Diz-se que a pessoa que produz o bem com menor quantidade de insumos tem vantagem absoluta na produção desse bem. Diz-se que a pessoa que tem o menor custo de oportunidade na produção de um dos bens tem uma vantagem comparativa. Os ganhos do comércio se baseiam na vantagem comparativa, não na vantagem absoluta.
· O comércio beneficia a todos porque permite que as pessoas se especializem nas atividades em que tenham vantagem comparativa.
· O princípio da vantagem comparativa se aplica tanto aos países quanto às pessoas. Os economistas usam o princípio da vantagem comparativa para advogar o livre comércio entre países.
Comércio Exterior: É a atividade de compra, troca e venda internacional de bens e serviços, bem como de circulação de capitais e de mão de obra entre os países. 
Do comércio exterior participam empresas de pequeno, médio e grande porte. 
Normalmente a título oneroso, e realizado através de pessoas domiciliadas em diferentes nações, o que inclui transporte e qualquer obrigação de entrega das mercadorias, bem como seu respectivo pagamento.
Porque o Comércio Internacional é importante para o Brasil:
· Crescimento da Economia;
· Gera riqueza Nacional;
· Mais empregos;
· Mais estabilidade;
· Aumenta a arrecadação de impostos;
· Não existe nação auto-suficiente;
Razões para exportar: Apresentaremos aqui, algumas razões para exportar, identificando mercados estratégicos onde os produtos possam ser lançados e consumidos regularmente.
Exportação significa empregos. Pelos produtos exportados, o Brasil recebe moeda estrangeira, entregando em Reais às empresas Exportadoras. Não importa se essas empresas são Nacionais ou Multinacionais. Todas geram receitas para o país.
Os lucros nas vendas externas motivam o empresário a atuar nesta área. Até para evitar sazonalidades nas vendas internas, o empresário pode aumentar seu leque de compradores, selecionando-os no exterior, de maneira a não perder suas receitas e objetivando aumentar seus lucros.
A exportação funciona como defesa de imprevisíveis alterações no mercado interno, portanto diluindo riscos às empresas. Aquele que exporta, goza de prestígio junto aos seus consumidores. Ao fincar sua marca no exterior, o empresário certamente desfrutará de mais conceito junto ao mercado nacional.
As exportações também atendem as necessidades dos países importadores. A exportação além de atender ao interesse de quem vende, virá ao encontro do próprio interesse de quem compra. A importância da atividade exportadora, dentre as vantagens que a atividade oferece às empresas, podem ser assinaladas da seguinte forma:
Maior produtividade: Exportar implica aumento da escala de produção, que pode ser obtida pela utilização da capacidade ociosa da empresa e/ou pelo aperfeiçoamento dos seus processos produtivos; a empresa poderá, assim, diminuir o custo de seus produtos, tornando-os mais competitivos, e aumentar sua margem de lucro.
Diminuição da carga tributária: A empresa pode compensar o recolhimento dos impostos internos, via exportação. 
Redução da dependência interna: A diversificação de mercados (interno e externo) proporciona à empresa, maior segurança contra as oscilações dos níveis da demanda interna.
Aumento da capacidade inovadora: As empresas exportadoras tendem a ser mais inovadoras das que não exportam; costumam utilizar número maior de novos processos de fabricação; adotam programas de qualidade; e desenvolvem novos produtos com maior frequência.
Aperfeiçoamento de recursos humanos: As empresas que exportam se destacam na área de recursos humanos: costumam oferecer melhores salários e oportunidades de treinamento aos seus funcionários.
Aperfeiçoamento dos processos industriais: Melhoria na qualidade e apresentação do produto. O item qualidade para o mercado internacional passa a ser obrigatório.
Imagem da empresa: O caráter de “empresa exportadora” acaba sendo uma referência importante. A imagem da empresa fica associada a mercados externos, que no geral, costumam ser mais exigentes, com reflexos positivos para os seus clientes e fornecedores. 
Em resumo, a exportação assume grande relevância para as empresas, pois é o caminho mais eficaz para garantir o seu próprio futuro em um ambiente cada vez mais globalizado e competitivo, exigindo plenas capacitações para enfrentar a concorrência. 
Para o Brasil, a atividade exportadora tem também importância estratégica, pois contribui para a geração de renda e emprego, para a entrada das divisas necessárias ao equilíbrio das contas externas e para a promoção do desenvolvimento econômico.
Internacionalização da empresa: A internacionalização das empresas consiste em sua participação ativa nos mercados externos. Com a eliminação das barreiras que protegiam no passado a indústria nacional, a internacionalização é o caminho natural para que as empresas brasileiras se mantenham competitivas. 
Se as empresas brasileiras se dedicarem exclusivamente a produzir para o mercado interno, sofrerão a concorrência das empresas estrangeiras dentro do próprio país. Por conseguinte, para manter a sua participação no mercado interno, deverão modernizar-se e tornarem-se competitivas em escala internacional. 
A atividade exportadora, contudo, não é isenta de dificuldades, inclusive porque o mercado externo é formado por países com idiomas, hábitos, culturas e leis muito diferentes das nossas, dificultando assim o entendimento entre as empresas. 
As empresas podem participar do mercado internacional de modo ativo e permanente ou de maneira eventual. Em geral, o êxito e o bom desempenho na atividade exportadora são obtidos pelas empresas que se inseriram na atividade exportadora através de um planejamento estratégico, direcionado para os mercados externos. 
O planejamento estratégico envolverá de pontos fracos, fortes, ameaças e oportunidades que devem ser analisadas com antecedência. Considerando ser necessária uma seleção de mercados com base em critérios de pesquisa e definição de mercados prioritários.
A pesquisa de mercado é a maneira correta de uma empresa iniciar suas atividades e obter sucesso no mercado internacional. A exportação está baseada no tripé: pesquisa, promoção comercial (feiras e missões comerciais) e persistência, aliando à visão de longo prazo.
Cuidados na hora de Exportar:
· Verificar se o produto atende às necessidades do mercado;
· Verificar se o produto atende as necessidades específicas (fatura pro - forma);
· Verificar se o produto apresenta vantagens para o mercado-alvo;
· Verificar se o produto é compatível com o clima;
· Se não fere sentimentos religiosos e não contraria hábitos locais;
· Verificar se o sistema de pesos e medidas está de acordo às exigências locais;
· Confirmar o idioma a ser utilizado na embalagem do produto;
· Checar se a embalagem é apropriada para o trânsito até o seu destino final;
Erros comuns dos Exportadores brasileiros:
· Normalmente a empresa não dispõe de um assessoramento qualificado para desenvolver o comércio internacional. É preciso assessoramento técnico especializado.
· Muitas empresas param seus projetos de exportação, mediante aos primeiros entraves e dificuldades. Não há perseverança no projeto.
· A empresa tenta alcançar vários mercados ao mesmo tempo. O exportador deve concentrar um esforço inicial em um determinado mercado, e após consolidado esse mercado, irá se expandindo aos poucos.
· Negligenciar as exportações,quando o mercado interno acusa forte demanda de seu produto exportado. Optam em atender o mercado interno (muitas vezes sazonal), deixando de atender seu cliente internacional. 
· Achar que pelo fato de seu produto ir bem dentro de um determinado mercado, também irá ter sucesso em todos. Um mercado é diferente do outro. Se um produto faz sucesso em um determinado mercado, não quer dizer que será sucesso em qualquer mercado. 
· Recusar em modificar seu produto, para atender a uma exigência de um determinado país. Exemplo “Case Sadia”.
· Imprimir junto ao rótulo do produto erros de linguagem. 
· Não considerar a possibilidade de trabalhar com Trading Companies.
· Esquecer o “After Sales” significa perder o cliente. Lembre-se: Recuperar um cliente é mais difícil do que simplesmente conquistá-lo e mantê-lo.
· Baixa qualidade do produto. 
· Momento errado. O produto é introduzido no mercado muito cedo ou muito tarde no mercado. 
Bibliografia: 
MANKIW, N. G. Introdução à economia: princípios de micro e macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 2001. 
CASTRO, J. A. Exportação: Aspectos práticos e operacionais. 3 ed. São Paulo- Aduaneiras, 2000.

Continue navegando