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FILOSOFIA ANTIGA

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CENTRO EDUCACIONAL TEOLOGICO DA ASSEMBLEIA DE DEUS
ADRIANA CAMARA DE LIMA SANTOS
NIRALDO DOS REIS SANTOS
 
	
FILOSOFIA ANTIGA: PRINCIPAIS PERÍODOS
Feira de Santana
2018
 ADRIANA CAMARA DE LIMA SANTOS 
 NIRALDO DOS REIS SANTOS
FILOSOFIA ANTIGA: PRINCIPAIS PERÍODOS
Este trabalho foi solicitado pelo CETAD-Centro Educacional Teologico da Assembleia de Deus, na disciplina Filosofia Geral. Redigido pelos discentes Niraldo dos Reis Santos e Adriana Camara de Lima Santos.
Orientadora:profa. Ma. Soelma Fonseca
Feira de Santana
2018
PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICO OU COSMOLÓGICO
	Os filósofos pré-socráticos fazem parte do primeiro período da filosofia grega, na tentativa de responder a indagações morais que rondam a mente humana, eles desenvolveram suas teorias por volta do século VII ao V a.C. formulando explicações racionais para o mundo sem recorrer ao sobrenatural. Por focar nos aspectos da natureza, eram chamados de “filósofos da physis”. palavra de origem grega que significa fazer surgir, fazer brotar, fazer nascer, produzir, isto é, “filósofos da natureza”. o fato de ser denominado pré-socrático não quer dizer, rigorosamente, que todos os filósofos desse período sejam anteriores cronologicamente a Sócrates, se dá mais devido ao objeto de sua filosofia, em relação à novidade introduzida por Platão. 
	
Com o foco no cosmos, e muitas vezes buscando explicar a origem do nosso universo, estes filósofos entendiam a arché, ou natureza dos objetos, não apenas como um princípio, algo anterior, mas como algo que lhes é originador. (WILLYANS MACIEL)[footnoteRef:1]. [1: https://www.infoescola.com/filosofia/filosofia-pre-socratica/. ] 
CORRENTES OU ESCOLAS PRÉ-SOCRÁTICAS
Segundo o foco e o local de desenvolvimento da filosofia, o período pré-socrático está dividido em Escolas ou Correntes de pensamento, abaixo relacionadas com seus principais filósofos: 
Escola Jônica: desenvolvida na colônia grega Jônia, na Ásia Menor (atual Turquia), seus principais representantes são: 
· Tales de Mileto (624 a.C.-548 a.C.): nascido na cidade de Mileto, região da Jônia, Tales acreditava que a água era o principal elemento, ou seja, era a essência de todas as coisas.
· Anaximandro de Mileto (610 a.C.-547 a.C.): discípulo de Tales nascido em Mileto, para Anaximandro o princípio de tudo estava no elemento denominado “ápeiron”, uma espécie de matéria infinita.
· Anaxímenes de Mileto (588 a.C.-524 a.C.): discípulo de Anaximandro nascido em Mileto, para Anaxímenes o princípio de todas as coisas estava no elemento ar.
· Heráclito de Éfeso (540 a.C.-476 a.C.): considerado o “Pai da Dialética”, Heráclito nasceu em Éfeso e explorou a ideia do devir (fluidez das coisas). Para ele, o princípio de todas as coisas estava contido no elemento fogo.
Escola Pitagórica: também chamada de "Escola Itálica", foi desenvolvida no sul da Itália, e recebe esse nome posto que seu principal representante foi Pitágoras de Samos.
· Pitágoras de Samos (570 a.C.-497 a.C.): filósofo e matemático nascido na cidade de Samos, para ele os números foram seus principais elementos de estudo e reflexão, do qual se destaca o “Teorema de Pitágoras”.
Escola Eleática: desenvolvida no sul da Itália, sendo seus principais representantes: 
· Xenófanes de Cólofon: (570 a.C.-475 a.C.): nascido em Cólofon, Xenófanes foi um dos fundadores da Escola Eleática, se opondo contra o misticismo na filosofia e o antropomorfismo.
· Parmênides de Eléia (530 a.C.-460 a.C.): discípulo de Xenófanes, Parmênides nasceu em Eléia. Focou nos conceitos de “aletheia” e “doxa”, donde o primeiro significa a luz da verdade e o segundo, é relativo à opinião.
· Zenão de Eléia (490 a.C.-430 a.C.): discípulo de Parmênides, Zenão nasceu em Eléia. Foi grande defensor das ideias de seu mestre filosofando, sobretudo, acerca dos conceitos de “Dialética” e “Paradoxo”.
Escola Atomista: também chamada de “Atomismo”, foi desenvolvida na região da Trácia, sendo seus principais representantes:
· Demócrito de Abdera (460 a.C.- 370 a.C.): nascido na cidade de Abdera, Demócrito foi discípulo de Leucipo. Para ele, o átomo era o princípio de todas as coisas, desenvolvendo assim, a “Teoria Atômica”.
·  Leucipo de Abdera: foi um filósofo grego, talvez, o verdadeiro criador do atomismo (segundo a tese de Aristóteles), Sobre sua origem praticamente nada é conhecido, mas o lugar mais provável de seu nascimento é Mileto na Ásia Menor; em seguida mudou-se para Abdera. 
PERÍODO SOCRÁTICO OU ANTROPOLÓGICO
	
	Nos séculos V e IV antes de Cristo, quando a democracia começa a se desenvolver, o homem por ser racional, questionamentos começam a surgir a cerca de diversos assuntos tais como: Ética, política, técnicas (Em grego, ântropos quer dizer homem: Por isso recebeu o nome de antropológico). a vida intelectual e artística entra no apogeu e Atenas domina a Grécia com seu império comercial e militar.
Características da democracia grega:
* Afirmava a igualdade de todos os homens adultos perante as leis e o direito de todos de participar diretamente do governo da cidade, da polis.
Porém, vale salientar que estavam excluidos desta cidadania grega o que eles classificavam como dependentes: mulheres, escravos, crianças, velhos e também os estrangeiros.
* A democracia garantia a todos a participação no governo, e o s que dele participavam tinham o direito de exprimir, discutir e defender em público suas opiniões sobre as decisões que a cidade deveria tomar. Surgia, assim, o cidadão.
Com isso, uma mudança profunda vai ocorrer na educação grega, que passara do padrão que o homem ideal ou perfeito era o guerreiro belo e bom para cidadão político. Isto é, o ideal da educação do Século de Péricles é a formação do bom cidadão, do bom orador, isto é, aquele que saiba falar em público e persuadir os outros na política.
Para dar fortalecimento ao novo modelo de educação surgiram, na Grécia, os sofistas, que são os primeiros filósofos do período socrático, a profissão de sofista foi criada por Protágoras, discípulo de Demócrito. Sofistas foram um tipo especifico de professor na Grécia antiga e no império romano, que deveriam ensinar a arete, termo grego que traduz o conceito de "excelência" ou "virtude", aplicado a áreas como música, política, matemática e atleticismo. Entre os principais sofistas conhecidos estão: Protágoras, Górgias, Pródico, Hípias, Trasímaco, Antifonte e Crátilo.
Protágoras de Abdera (490-421 a.C.), foi um dos professores mais conhecidos e bem-sucedidos. Ele ensinou aos seus alunos as habilidades e os conhecimentos necessários para uma vida bem-sucedida, especialmente na política, ao invés de filosofia. lembrado pela controvérsia acerca de sua afirmação: “O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são."
FILOSOFO SOCRATES: nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 a.C., e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga, um filósofo de grande importância, já que foi o pioneiro do que hoje conhecemos como Filosofia Ocidental. Porém, para definir as bases desse pensamento ocidental, ele precisou da ajuda de outros dois filósofos (também gregos): Aristóteles e Platão.
Sócrates: revelou-se contra os sofistas dizendo que não eram filósofos, pois não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela vontade, já que defendiam qualquer ideia, se isso fosse vantajoso. Corrompiam o espírito dos jovens, pois faziam o erro e a mentira valer tanto quando a verdade.
Sócrates concordava com os sofistas em um ponto: a educação antiga do guerreiro belo e bom já não atendia às exigências da sociedade grega e os filósofos cosmologistas defendiam ideias tão contrárias entre sim que também não eram uma fonte segura para o conhecimento verdadeiro.
O que propunha Sócrates: propunha que, antes de tudo, conhecer-se a si mesmo.
O período socrático é antropológico porque está voltado para o conhecimento do homem, de seu espírito e de sua capacidade para conhecer a verdade, em função de suas ideias inovadoras para a sociedade, começa a atraira atenção de muitos jovens atenienses. Suas qualidades de orador e sua inteligência, também colaboraram para o aumento de sua popularidade. 
FILOSOFO PLATÃO: Platão nasceu entre (428 e 427 a.C) e viveu até (348 ou 347 a.C) Também de Atenas, era filósofo e matemático é tido por muitos estudiosos como o maior dos filósofos da antiguidade. Fundador da Academia de Atenas, Platão, aluno de Sócrates e professor de Aristóteles, ele foi ainda o introdutor do método de diálogo em filosofia e com sua obra A República fundou a filosofia política ocidental.
Para Platão, o homem estava inserido em dois tipos de realidades diferentes, que eram chamados por ele de realidade inteligível e a sensível. A primeira reflete aquilo que podemos distinguir e expressar a outrem. É a realidade imutável das coisas. A segunda, como o nome sugere, é aquela que afeta os nossos sentidos, que são dependentes e modificáveis. Essa divisão das realidades em que o ser humano está em contato é a famosa teoria das ideias de Platão.
Platão pode ser considerado o inventor do tema da filosofia, aquilo de que ela de fato trata, tendo a filosofia como um rigoroso e sistemático exame dos assuntos éticos, políticos, metafísicos e epistemológicos através de um método distintivo.
PERÍODO SISTEMÁTICO
Após Sócrates e Platão, vemos aparecer Aristóteles no cenário filosófico e, com ele, o Período Sistemático, Passados quase quatro séculos de Filosofia, Aristóteles apresenta, nesse período, uma verdadeira enciclopédia de todo o saber que foi produzido e acumulado pelos gregos em todos os ramos do pensamento e da prática considerando essa totalidade de saberes como sendo a Filosofia. Devemos a Aristóteles o empenho em separá-los e organizá-los segundo regras mais precisas. distribuindo-os numa escala que vai dos mais simples e inferiores aos mais complexos e superiores, divisões e compartimentações da filosofia em campos, como a Filosofia Natural, a Lógica, a Ética, a Metafísica, a Política e a Estética. No campo da metafísica, os pensamentos e teorias aristotélicas tiveram muita influência na cultura e na teologia e nas tradições judaico-islâmicas da Idade Média, continuando a ter influência no cristianismo.
Aristóteles nasceu em Estagira, uma colônia grega, em (384 a.C.) Era filósofo, médico do rei Amintas III, da Macedônia, era discípulo de Platão e tutor educacional de Alexandre, o Grande. Foi considerado por Auguste Comte como “o príncipe eterno dos filósofos” e por Platão como “o maior leitor do mundo”. Aristóteles afirma que, antes de um conhecimento constituir seu objeto e seu
campo próprios, seus procedimentos próprios de aquisição e exposição, de
demonstração e de prova, deve, primeiro, conhecer as leis gerais que governam o
pensamento, independentemente do conteúdo que possa vir a ter. tido como criador da Lógica a qual ele define como: não é uma ciência, mas o instrumento para a ciência e, por isso, a lógica não aparece na classificação das ciências, embora ela seja indispensável para a filosofia. Na sua visão Aristóteles menciona dois campos: OS CAMPOS DOS CONHECIMENTOS FILOSOFICOS: Ciências produtivas: ciências que estudam as práticas produtivas ou as técnicas, isto é, as ações humanas cuja finalidade está para além da própria ação.
Ciências práticas: ciências que estudam as práticas humanas enquanto ações que têm nelas mesmas seu próprio fim, ou seja, a finalidade da ação não é chegar a um produto diferente do agente, mas é a realização do próprio agente.
Ciências contemplativas: são aquelas que estudam coisas que existem independentemente dos homens e de suas ações e que, não tendo sido feitas pelos homens, só podem ser contempladas por eles.
OS CAMPOS DA INVESTIGAÇÃO DA FILOSOFIA:
Conhecimento do ser: o conhecimento da realidade fundamental e primordial de todas as coisas.
Conhecimento das ações humanas ou dos valores e das finalidades da ação humana: das ações que têm em si mesmas sua finalidade, a ética e a política, ou a vida moral e a vida política, e das ações que têm sua finalidade num produto ou numa obra.
Conhecimento da capacidade humana de conhecer: é o conhecimento do próprio pensamento em exercício.
PERÍODO FILOSOFIA HELENISTICA
Momento de transição entre o esplendor da cultura grega e o desenvolvimento da cultura romana, no século IV a.C., os conflitos causados pela Guerra do Peloponeso deixaram as Cidades Estado gregas gravemente desgastadas, foi quando a polis grega desapareceu como centro político, deixando de ser a referência principal dos filósofos. Os filósofos dizem, a partir de então, que o mundo é sua cidade e que são cidadãos do mundo. Em 338 a.C. os gregos foram derrotados na Batalha de Queronéia, pelas forças macedônicas, que em pouco tempo dominaram toda a Grécia. Em 336 a.C., o imperador Felipe II é assassinado, assumindo o trono, seu filho, Alexandre Magno que, durante dez anos de seu reinado (333-323 a.C.), conquistou extensa região, formando o maior império até então conhecido.
O império de Alexandre Magno se estendeu pelo Egito, Mesopotâmia, Síria, Pérsia e Índia. Essas conquistas ajudaram a formar uma nova civilização. A civilização helenística foi o resultado da fusão de diversas sociedades, principalmente grega, persa e egípcia. 
O Estoicismo ou Escola Estoica é uma doutrina filosófica fundamentada nas leis da natureza, que surgiu na Grécia no século IV a.C. (por volta do ano 300), durante o período denominado helenístico (III e II a.C.). A doutrina estoica se constitui progressivamente pelas contribuições sucessivas dos três primeiros chefes da escola: Zenão de Cício (322 a.C. – 262 a.C.), que depois de ter sido discípulo de Crates, fundou a escola cerca de 300 a.C.; Cleanto de Assos (312-232) e Crisipo (227-204 a.C.). 
O estoicismo está dividido em três períodos, a saber:
· Estoicismo Antigo (stoá antiga): período mais focado na doutrina ética. Os maiores representantes do período foram os filósofos Zênon de Cítion, Cleantes de Assos e Crisipo de Soli.
· Estoicismo Helenístico Romano (stoá média): período mais eclético, donde se destacaram os filósofos Panécio de Rodes, Posidônio de Apameia e Cícero.
· Estoicismo Imperial Romano (stoá nova): de cunho mais religioso, sendo seus principais representantes os filósofos Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio.
O Epicurismo foi uma doutrina filosófica que defende a satisfação moderada do indivíduo, criada pelo filósofo grego Epicuro (341-271 a.C.), o "Profeta do Prazer e da amizade". A filosofia epicurista foi divulgada por seus seguidores, entre eles, se destaca Lucrécio, poeta latino (98-55 a.C.). Epicuro defendia que a verdadeira felicidade só é atingida quando a pessoa compreende que só será capaz de alcançar o prazer, tanto físico quanto espiritual, quando não sofrer mais com as preocupações da mente e os desiquilíbrios do corpo. Para os epicuristas, todas as sociedades complexas estabelecem certas regras necessárias, visando a manutenção da segurança e da ordem. Os homens obedecem a elas apenas por ser-lhes vantajoso. baseava-se numa ética rigorosa, conforme as leis da natureza, e que o homem sábio torna-se livre e feliz quando não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas externas.
Ceticismo é uma corrente filosófica fundada pelo filósofo grego Pirro (318-272 a.C.), caracterizada, essencialmente, por duvidar de todos os fenômenos que rodeiam o ser humano. A palavra ceticismo vem do grego “sképsis” que significa “exame, investigação”.  doutrina segundo a qual o espírito humano não pode atingir nenhuma certeza a respeito da verdade, o que resulta em um procedimento intelectual de dúvida permanente e na abdicação, por inata incapacidade, de uma compreensão metafísica, religiosa ou absoluta do real. O ceticismo é uma forma de pensar que procura separar crença de conhecimento. O ceticismo filosófico de Pirro teve origem no helenismo e se expandiu como a “Nova Academia”. No século XVIII essa ideia seria em parte recuperada pelos filósofos Montaigne e David Hume. Cético é um adjetivo utilizado para referir-se a uma pessoa que não acredita em algo.Aquele que normalmente dúvida, faz perguntas, discorda. Mostra-se descrente ou incrédulo.
O Ecletismo a palavra ecletismo vem do grego ekléktikós de eklegein: (esconder). é um processo em que são apresentadas características diferentes entre si, que normalmente não se combinam, mas que podem ter o mesmo estilo, fenômeno ou uma realidade nova e diferente dos demais. O filósofo, jurista e político Marco Túlio Cícero foi o representante mais destacado do ecletismo e por sua vez pretendeu a conciliação de diversas teorias e correntes, levando de cada uma a mais importante para romper com as contradições que podiam ser abordadas. Eclético é um adjetivo de tipo qualificativo utilizado para referir a diversas situações, fenômenos ou personalidades que se caracterizam por ter elementos ou traços diferentes entre si, sem que isto chegue a ser um problema ou uma patologia, mas que seja uma maneira de combinar outras características. 
PERÍODO VII A XIV IDADE MÉDIA
A Filosofia medieval abrange o período que vai do século VIII ao século XIV.
Trata-se de um período de expansão e consolidação do Cristianismo e a Igreja Católica foi no período medieval a mais importante instituição social e a maior representante da fé cristã. Durantes esses anos, houve diversos pensadores árabes, europeus e judeus. Uma das características deste período era o domínio da Igreja Romana sobre a Europa, organizando Cruzadas à Terra Santa, sagrando e coroando reis. 
O período medieval foi dividido em duas partes: a Alta Idade Média e a Baixa Idade Média. Veja abaixo as principais características de cada período:
A Alta Idade Média foi um período de instabilidade e insegurança generalizada, que se estendeu do século V ao século IX. Nesse período destacam-se:
· Os Reinos Germânicos – os germânicos eram povos árias estabelecidos ao longo das fronteiras do Império Romano. Os romanos os chamavam de”bárbaros”, por serem estrangeiros e não falarem o latim. Os germanos formaram vários Reinos Germânicos dentro do território romano;
· O Reino Cristão dos Francos – o reino dos francos constituíram o reino mais poderoso da Europa Ocidental;
· A Igreja e o Sacro Império – A Igreja Medieval teve importante papel na sociedade. Foi nessa época que começou a organizar-se, com o objetivo de zelar pela homogeneidade dos princípios da religião cristã e promover a conversão dos pagãos.
· O Sistema Feudal – o feudalismo começou a se formar no século V, na Europa Ocidental, com a crise do Império Romano.
· O Império Bizantino – estabelecido em Constantinopla, o Império Bizantino sobre viveu à invasões bárbaras e perdurou por todo o período medieval.
· Os Árabes e o Islamismo – no Oriente Médio, na península arábica, nasceu em 630 o Islão, como resultado das Guerras Santas empreendidas por Maomé. Aos poucos, o Islamismo se expandiu por um extenso território, conquistando terras da Ásia, África e Europa.
A Baixa Idade Média é o período que vai do século X ao século XV. Destacam-se nessa época:
· Crise do feudalismo
· As cruzadas e a expansão das sociedades cristãs;
· O ressurgimento urbano na Europa;
· O renascimento comercial europeu;
· A formação das monarquias nacionais europeias;
· A cultura medieval.
PERÍODO XIV A XVI RENASCIMENTO
O Renascimento começou na Itália, no século XIV, e difundiu-se por toda a Europa, durante os séculos XV e XVI. Foi um período da história europeia marcado por um renovado interesse pelo passado greco-romano clássico, especialmente pela sua arte. movimento cultural que marcou a fase de transição dos valores e das tradições medievais para um mundo totalmente novo, este movimento representou, uma profunda ruptura com um modo de vida mergulhado nas sombras do fanatismo religioso, para então despertar em uma esfera materialista e antropocêntrica. Agora o centro de tudo se deslocava do Divino para o Humano, daí a vertente renascentista conhecida como Humanismo. A corrente humanista, base dessa transição, defende uma valorização de tudo que diz respeito ao homem, tendo como principal característica o racionalismo. O renascimento confrontou importantes conceitos elaborados pelo pensamento medieval. No campo da astronomia, a teoria heliocêntrica, onde o Sol ocupa o centro do Universo, se contrapunha à antiga ideia cristã que defendia que a Terra se encontrava no centro do cosmos. A filosofia da renascença foi marcada pelas descobertas de obras de Platão, de novas obras de Aristóteles e também pela recuperação das obras dos grandes autores gregos e romanos.
Lista de filósofos famosos do Renascimento:
· Francesco Petraca (1304–1374)
· Giovanni Boccaccio (1313-1375)
· Nicoloo de Cusa (1401 – 1464)
· Lorenzo Valla Me Deus (1405–1457)
· Marsilio Ficino (1433–1499)
PERÍODO XVII A XVIII MODERNA
A filosofia moderna começa no século XV quando tem início o Idade Moderna. Ela permanece até o século XVIII, com a chegada da Idade Contemporânea. o filósofo que iniciou a Filosofia Moderna tenha sido René Descartes, no século XVII Este período não é caracterizado por uma escola ou doutrina especifica, mas por um estilo de trabalhar as questões filosóficas e por certas premissas ou hipóteses comuns. As principais características da filosofia moderna estão pautadas nos seguintes conceitos:
· Antropocentrismo e Humanismo
· Cientificismo
· Valorização da natureza
· Racionalismo (razão)
· Empirismo (experiências)
· Liberdade e idealismo
· Renascimento e iluminismo
· Filosofia laica (não religiosa)
Os principais nomes desta época foram organizados posteriormente em dois grupos, os racionalistas e os empiristas. Os próprios autores não se identificavam desta forma, mas retrospectivamente, foram assim organizados, em termos de história da filosofia, confira abaixo os principais filósofos e os problemas filosóficos da Idade Moderna:
· Michel de Montaigne (1523-1592)
Inspirado no epicurismo, estoicismo, humanismo e ceticismo, Montaigne foi um filósofo, escritor e humanista francês. Trabalhou com temas da essência humana, moral e política.
Foi o criador do gênero textual ensaio pessoal quando publicou sua obra “Ensaios”, em 1580.
· Nicolau Maquiavel (1469-1527)
Considerado “Pai do Pensamento Político Moderno”, Maquiavel foi filósofo e político italiano do período do Renascimento.
Ele introduziu princípios morais e éticos para a Política. Separou a política da ética, teoria analisada em sua obra mais emblemática “O Príncipe”, publicada postumamente em 1532.
· Jean Bodin (1530-1596)
Filósofo e jurista francês, Bodin contribuiu para a evolução do pensamento político moderno. Sua "teoria do direito divino dos reis", foi analisada em sua obra “A República”.
Segundo ele, o poder político estava concentrado numa só figura que representa a imagem de Deus na Terra, baseada nos preceitos da monarquia.
· Francis Bacon (1561-1626)
Filósofo e político britânico, Bacon colaborou com a criação de um novo método científico. Assim, é considerado um dos fundadores do "método indutivo de investigação científica", baseado nas observações dos fenômenos naturais.
Além disso, apresentou a “teoria dos ídolos” em sua obra “Novum Organum”, que, segundo ele, alteravam o pensamento humano bem como prejudicava o avanço da ciência.
· Galileu Galilei (1564-1642)
“Pai da Física e da Ciência Moderna”, Galileu foi um astrônomo, físico e matemático italiano.
Colaborou com diversas descobertas científicas na sua época. Grande parte esteve baseada na teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico (a Terra gira em torno do sol), contrariando assim, os dogmas expostos pela Igreja Católica.
Ademais, foi criador do “método matemático experimental”, o qual está baseado na observação dos fenômenos naturais, experimentações e valorização da matemática.
· René Descartes (1596-1650)
Filósofo e matemático francês, Descartes é reconhecido por uma de suas célebres frases: “Penso, logo existo”.
Foi criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna. Esse tema foi analisado em sua obra “O Discurso sobre o Método”, um tratado filosófico e matemático, publicado em 1637.
PERÍODOXVIII A XIX ILUMINISMO
foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade econômica e política. O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns.
Os filósofos iluministas contribuíram de diversas maneiras em questões morais, religiosas e políticas até as de cunho econômico ou filosófico, os ideais dos pensadores iluministas promoveram o processo de conscientização mundial.
críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários aspectos como:
Mercantilismo. 
Absolutismo monárquico.
Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé.
Com base nos três pontos acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia:
A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia.
O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão.
O predomínio da burguesia e seus ideais.
As ideias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis absolutistas, com medo de perder o governo - ou mesmo a cabeça -, passaram a aceitar algumas ideias iluministas.
Estes reis eram denominados Déspotas Esclarecidos, pois tentavam conciliar o jeito de governar absolutista com as ideias de progresso iluministas.
Segue abaixo os principais filósofos iluministas:
· Montesquieu (1689-1755)
· Voltaire (1694-1778)
· Diderot (1713-1784)
· D’Alembert (1717-1783)
· Rousseau (1712-1778)
· John Locke (1632-1704)
· Adam Smith (1723-1790)
Voltaire (1694-1778) pseudônimo de François-Marie Arouet, foi um filósofo francês que nasceu em Paris. Suas críticas à nobreza resultaram em várias situações de prisão e exílio.
Defendia a ideia de uma monarquia centralizada, cujo monarca deveria ser culto e assessorado por filósofos.
Foi um crítico severo das instituições religiosas, bem como dos hábitos feudais que ainda vigoravam na Europa. Afirmava que apenas aqueles dotados de razão e liberdade poderiam conhecer as vontades e desígnios divinos.
John Locke (1632-1704): É Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o entendimento humano”, aonde Locke defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma ideia.
Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.
PERÍODO XIX IDADE CONTEPORÂNEA
A Filosofia Contemporânea é aquela desenvolvida a partir do final do século XVIII, que tem como marco a Revolução Francesa, em 1789. Engloba, portanto, os séculos XVIII, XIX e XX. é marcado por transformações profundas na organização da sociedade e também por conflitos de amplitude mundial. Esse período é marcado pela consolidação do capitalismo gerado pela Revolução Industrial Inglesa, que tem início em meados do século XVIII. Nesse momento são realizadas diversas descobertas. Destacam-se a eletricidade, o uso de petróleo e do carvão, a invenção da locomotiva, do automóvel, do avião, do telefone, do telégrafo, da fotografia, do cinema, do rádio, etc.
As máquinas substituem a força humana e a ideia de progresso é disseminada em todas as sociedades do mundo. a filosofia contemporânea reflete sobre muitas questões sendo que a mais relevante é a "crise do homem contemporâneo". No campo científico, as inovações e transformações foram também profundas. As pesquisas em medicamentos e em práticas médicas proporcionaram um aumento significativo da expectativa e da qualidade de vida das populações. 
Surgida no século XX, mais precisamente em 1920, a Escola de Frankfurt foi formada por pensadores do “Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt”.
Pautada nas ideias marxistas e freudianas, essa corrente de pensamento formulou uma teoria crítica social interdisciplinar. Ela aprofundou em temas diversos da vida social nas áreas da antropologia, psicologia, história, economia, política, etc.
As principais características e correntes filosóficas da filosofia contemporânea são:
Marxismo, Positivismo, Racionalismo, Utilitarismo, Pragmatismo, Cientificismo, Niilismo, Idealismo, Liberdade, Existencialismo, Fenomenologia, Subjetividade, Sistema Hegeliano e Materialismo dialético.
Principais Filósofos Contemporâneos: 
Friedrich Hegel (1770-1831): Filósofo alemão, Hegel foi um dos maiores expoentes do idealismo cultural alemão, e sua teoria ficou conhecida como “hegeliana”.
Baseou seus estudos na dialética, no saber, na consciência, no espírito, na filosofia e na história. Esses temas estão reunidos em suas principais obras: Fenomenologia do Espírito, Lições sobre História da Filosofia e Princípios da Filosofia do Direito.
Ludwig Feuerbach (1804-1872): Filósofo materialista alemão, foi discípulo de Hegel, embora mais tarde, tenha adotado uma postura contrária de seu mestre.
Além de criticar a teoria de Hegel em sua obra “Crítica da Filosofia Hegeliana” (1839), o filósofo criticou a religião e o conceito de Deus. Segundo ele, o conceito de Deus é expresso pela alienação religiosa. 
Auguste Comte (1798-1857): Na “Lei dos Três Estados” o filósofo francês aponta para a evolução histórica e cultural da humanidade.
Ela está dividida em três estados históricos diferentes: estado teológico e fictício, estado metafísico ou abstrato e estado científico ou positivo.
O positivismo, baseado no empirismo, foi uma doutrina filosófica inspirada na confiança do progresso científico e seu lema era “ver para prever”.
Essa teoria se opôs aos preceitos da metafísica citada na obra “Discurso sobre o Espírito Positivo”.
Karl Marx (1818-1883): foi um filósofo, economista liberal, revolucionário alemão e um dos fundadores do socialismo científico. A obra de Marx influenciou a Sociologia, a Economia, a História e a até a Pedagogia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Ao fazermos estas pesquisas podemos conhecer algumas biografias e historias correlacionadas a filosofia, abrangendo um campo cujo não tínhamos nenhum conhecimento. Trabalhos como estes é de suma importância para o nosso desenvolvimento intelectual, pois, amplia nosso leque de leitura e nos proporciona instrumentos que nos servirá até como ilustrações nos nossos sermões.
 Frente a essa imensidão de assuntos, o Mundo filosofia oferece ao leitor diversos artigos para que ele possa se aprofundar no conhecimento histórico do período. 
REFERÊNCIAS
SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-Socráticos. Primeiros Mestres da Filosofia e da Ciência Grega. 2ª Ed., Porto Alegre: Edipucrs, 2003.
REALE, Giovanni. História da filosofia grega e romana - Platão Loyola. 2010.
KERFERD, G. B., O movimento sofista, trad. Margarida Oliva, Edições Loyola, São Paulo, 2003.
... Artigo http://queconceito.com.br/ecletico
Ayer, A. J. Hume. São Paulo: Loyola. 1986.
KANT, Immanuel. A PAZ PERPÉTUA, Um Projeto Filosófico.1795. Tradução: Artur Mourão. Universidade da Beira Interior. Covilhã, 2008

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