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O PROCESSO ENSINO/APRENDIZADO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PSICOMOTORA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL
Resenha Crítica de Caso 
Elisângela Cristina Aparecida Pereira Mazzer
Trabalho da disciplina Educação Psicomotora
 Tutor: Profa. Regina Fátima Cury Azevedo
Piracicaba 
2019
O PROCESSO ENSINO/APRENDIZADO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PSICOMOTORA
Referência: 
ALMEIDA, M. H. L. F. de. O processo ensino/aprendizado através da educação psicomotora. REP\u2019s \u2013 Revista Even. Pedagóg. v. 7, n. 2, p. 498-510, jun./jul. 2016. Disponível em www.sinop.unemat.br . Acesso em 03/11/2019.
INTRODUÇÃO
A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação de base na escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, pois condiciona o processo de alfabetização; encaminha a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar seu tempo, a adquirir a coordenação de seus gestos e movimentos.
O artigo estudado pautou-se em autores como Henri Wallon, e Jean Le Bouch para discutir sobre a importância da psicomotricidade no desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo, onde concluiu-se que para que haja um desenvolvimento infantil saudável é necessário que a educação psicomotora esteja presente no processo ensino aprendizagem, através das brincadeiras e jogos.
DESENVOLVIMENTO
A teoria da psicomotricidade está relacionada aos aspectos relacionados ao movimento e a ação corporal. Diante da abrangência de tantos aspectos que a psicomotricidade envolve e sua inter-relação com a motricidade, a Sociedade Brasileira de Psicomotricidade que procura especificar a abrangência da Psicomotricidade em nosso país, elaborou um primeiro conceito de forma geral para esta área de conhecimento. Psicomotricidade pode ser entendida como um processo de maturação, onde o homem, através do seu corpo, interage com o meio externo e interno.
Em síntese, a psicomotricidade é um termo empregado para a concepção de um movimento organizado, integrado, por meio de experiências vividas pelo indivíduo e cuja ação é o resultado de sua individualidade, linguagem e sua socialização. Assim, o desenvolvimento psicomotor da criança é sem dúvida um fator indispensável para a sua aprendizagem, pois se a aquisição for precoce pode ser compensada mais tarde por um atraso. Isto significa que o ideal é que a criança possa integrar cada um de seus processos antes de incorporar um novo. Todo desenvolvimento psicomotor é realizado por meio de uma adaptação a estímulos externos, ou seja, organismo e meio ambiente são dependentes um do outro, surgindo o raciocínio e a socialização dos desejos. 
A maturação e o processo neuromotor ocupará um lugar considerável nos primeiros meses de vida. O desenvolvimento do esquema corporal está associado em todos os casos à maturação nervosa por meio das leis psicofisiológicas. Ou seja: A lei cefalocaudal é o desenvolvimento que se estende da cabeça para os pés, num eixo. A lei proximodistal é o desenvolvimento que procede de dentro para fora a partir do eixo central do corpo. 
Se acrescentarmos valores sociais que o meio dá ao corpo e a certas de suas partes, este corpo termina por ser investido de significações, de sentimentos e de valores muito particulares e absolutamente pessoais. Para uma criança agir através de seus aspectos psicológicos, psicomotores, emocionais, cognitivos e sociais, precisa ter um corpo organizado. Para isso precisa levar em consideração os aspectos neurofisiológicos, mecânicos, anatômicos, locomotores. Outro fator importante para o desenvolvimento da criança é a lateralidade. Em relação ao desenvolvimento motor da criança, a lateralidade é uma parte importante para a formação do indivíduo. 
A lateralidade não é definida rapidamente na criança, sendo normal a dualidade dos movimentos, mesmo que se tenha feita a escolha da lateralidade predominante, pois as facilidades encontradas anteriormente não se desprendem e diante de dificuldades, a escolha passa a ser mais forçada. A lateralidade antes dos quatro anos de idade não é definida devido à maturação ainda não ser total. Importante se 
faz lembrar que não se deve forçar a definição da lateralidade, principalmente por parte dos pais, quando dizem frases do tipo "me dê com a mão certa", pois isto pode causar danos psicomotores. A criança deve descobrir isto sozinha.
Com a idade de cinco a seis anos, a definição da lateralidade vai ocorrendo, naturalmente, pelo simples toque nos objetos. A lateralidade participa de todos os níveis da vida da criança, mas será somente definitiva quando todas as suas etapas de desenvolvimento se concluir. É a partir dos seis a sete anos de idade que a criança descobre a manipulação de direita e esquerda nos outros e percebe então a consciência de sua lateralidade. Os movimentos gráficos preparatórios para a escrita não exigem da criança, deixando-a livre para optar pela sua lateralidade.
Com grande frequência encontramos crianças com dificuldades no aprendizado da leitura, escrita ou matemática, com desempenho acadêmico abaixo do esperado para a sua faixa etária. As crianças se sentem fracassadas, surgindo a ansiedade e problemas emocionais, com sentimento de que são incapazes de assimilar qualquer coisa que os professores proponham a ensinar. Ou então, são encaminhadas a diferentes profissionais para que sejam avaliadas para que se conclua algo em relação à sua dificuldade no desempenho acadêmico.
CONCLUSÃO
É possível afirmar que a psicomotricidade não é algo como uma técnica nova ou até mesmo uma corrente de pensamento, mas sim, uma ciência com fins educativos e que emprega o movimento humano. O que se pretende esclarecer é que este movimento do corpo traz benefícios à criança em desenvolvimento e no processo de aprendizagem, tornando o ensinar e aprender algo mais tranquilo e prazeroso, frente aos desafios que a criança enfrenta ao adentrar a escola. E isto faz com que a sua alfabetização seja mais aproveitada e prazerosa, evitando futuros problemas de aprendizagem.

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