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Isagoge - Filosofia Cristã: A filosofia cristã representa um conjunto de ideias baseadas nos preceitos de Jesus Cristo. Sua principal característica é a busca da explicação para a existência de Deus por meio da ciência. A base do pensamento está na tradição racionalista filosófica grega e romana em consonância com os dogmas cristãos. O fundamento principal da filosofia cristã é justificar a fé tendo a razão como instrumento. Essa corrente de pensamento empresta da metafísica grega a explicação científica para a existência de Deus defendida no Cristianismo. Também são adaptados ao conceito para justificar a fé, fundamentos do neoplatonismo, estoicismo e gnosticismo. Os primeiros pensadores da filosofia cristã foram: São Paulo, São João, Santo Ambrósio, Santo Eusébio e Santo Agostinho. Tópico – 1 / Etimologia – O que significa filosofia: O que é Filosofia: Filosofia é uma palavra grega que significa “philos” = “afeição por” + “sophia” = “sabedoria”, em suma significa, "amor à sabedoria" e consiste no estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. Os pais da Filosofia: Tales de Mileto (640-540) a.C.), matemático e astrônomo, considerado o “pai da Filosofia”, que procurou explicar a essência da natureza que, para ele, era a água; Pitágoras (585-500 a.C.), para o qual os números eram a essência de tudo, inclusive das almas (influenciando Plantão com a sua concepção sobre reencarnação). Filósofo é um indivíduo que busca o conhecimento de si mesmo, sem uma visão pragmática, movido pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade. O ser humano é, a um só tempo, físico, biológico, psíquico, cultural, social e histórico. Esta unidade complexa da natureza humana deste do pecado adâmico é desintegrada da realidade espiritual divina (2 Co 4:4; Rm 5:12ss), por isso necessita de restauração, ou seja, de um novo nascimento para ter sua vida restaurada ao plano original de Deus, conforme está revelado em Gênesis 1:26, que tem seu significado de: Inteligência (Intelectualidade), alma (emoções), volição (desejo próprio). Enfim somos um ser tricotômicos, leiamos: 1 Ts 5:23. Além do desenvolvimento da filosofia como uma disciplina, a filosofia é intrínseca à condição humana, não é um conhecimento, mas uma atitude natural do homem em relação ao universo e seu próprio ser. A filosofia foca questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé, e sim na razão. Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser. Apesar de ter algumas semelhanças com a ciência, muitas das perguntas da filosofia não podem ser respondidas pelo empirismo experimental. Saiba mais sobre conhecimento empírico: O que é Conhecimento empírico: Conhecimento empírico é uma expressão cujo significado reporta ao conhecimento adquirido através da observação. É uma forma de conhecimento resultante do senso comum, por vezes baseado na experiência, sem necessidade de comprovação científica. Com base no conhecimento empírico pode-se saber que uma determinada ação provoca uma reação, sem que, contudo, se saiba qual o mecanismo que leva da ação à reação. Exemplo disso foi, durante séculos, o conhecimento de que largado um objeto, ele entra em queda livre até que encontre algo que o sustenha, mesmo antes de ser conhecida a teoria da gravitação. Sendo o conhecimento empírico adquirido de forma ingênua, através da mera observação e com base em deduções simples, é por vezes passível de erro. Por exemplo, durante muito séculos, aceitou-se como fruto do conhecimento empírico que o Sol girava em torno da Terra, tendo a ciência mais tarde vindo a demostrar que, contrariamente ao que possa indicar a nossa percepção é, na realidade, a Terra que gira em torno do Sol. Outros tipos de conhecimento são: conhecimento científico, conhecimento teológico, conhecimento filosófico etc. A filosofia pode ser dividida em vários ramos. A “filosofia do ser”, por exemplo, inclui a metafísica, ontologia e cosmologia, entre outras disciplinas. A filosofia do conhecimento inclui a lógica e a epistemologia, enquanto filosofia do trabalho está relacionada a questões da ética. Diversos filósofos deixaram seu nome gravado na história mundial, com suas teorias que são debatidas, aceitas e condenadas até os dias de hoje. Alguns desses filósofos são Aristóteles, Pitágoras, Platão, Sócrates, Descartes, Locke, Kant, Freud, Habermas e muitos outros. Cada um desses filósofos fez suas teorias baseadas nas diversas disciplinas da filosofia, lógica, metafísica, ética, filosofia política, estética e outras. De acordo com Platão, um filósofo tenta chegar ao conhecimento das Ideias, do verdadeiro conhecimento caracterizado como episteme, que se opõe à doxa, que é baseado somente na aparência. Segundo Aristóteles, o conhecimento pode ser divido em três categorias, de acordo com a conduta do ser humano: conhecimento teórico (matemática, metafísica, psicologia), conhecimento prático (política e ética) e conhecimento poético (poética e economia). Nos dias de hoje a palavra "filosofia" é muitas vezes usada para descrever um conjunto de ideias ou atitudes, como por exemplo: "filosofia de vida", "filosofia política", "filosofia da educação", "filosofia do reggae" e etc. Origem da Filosofia: A Filosofia surgiu na Grécia Antiga, por volta do século VI a.C. Naquela época, a Grécia era um centro cultural importante e recebia influências de várias partes do mundo. Assim, o pensamento crítico começou a florescer e muitos indivíduos começaram a procurar respostas fora da mitologia grega. Essa atitude de reflexão que busca o conhecimento significou o nascimento da Filosofia. Antes de surgir o termo filosofia, Heródoto já usava o verbo filosofar e Heráclito usava o substantivo filósofo. No entanto, vários autores indicam que Tales de Mileto foi o primeiro filósofo (sem se descrever como tal) e Pitágoras foi o primeiro que se classificou como filósofo ou amante da sabedoria. O significado de Filosofia está na categoria: Filosofia Tópico – 2 / Significado dos Tipos de conhecimento O que são os Tipos de conhecimento: A partir das relações que o ser humano estabelece com o meio, surgem diferentes tipos de conhecimento que o ajudam a compreender (ou tentar entender) os vários fenômenos que o rodeiam e são observados. Levando em consideração os vários contextos, o conhecimento pode ser classificado em cinco principais vertentes: conhecimento científico, conhecimento teológico, conhecimento empírico, conhecimento filosófico e conhecimento tácito. Saiba mais sobre Conhecimento. Conhecimento científico: Engloba todas as informações e fatos que foram comprovados com base em análises e testes científicos. Para isso, no entanto, o objeto analisado deve passar por uma série de experimentações e análises que atestam ou refutam determinada teoria. O conhecimento científico está relacionado com a lógica e o pensamento crítico e analítico. Representa o oposto do conhecimento empírito e do senso comum. Saiba mais sobre Conhecimento científico. Conhecimento teológico (religioso): Este tipo de conhecimento está baseado na fé religiosa, acreditando que esta é a verdade absoluta e apresenta todas as explicações para os mistérios que rondam a mente humana. Não há a necessidade de verificação científica para que determinada "verdade" seja aceita sob a ótica do conhecimento religioso. Veja também o significado de Teologia. Conhecimento empírico: É o chamado "conhecimento vulgar" ou o senso comum. Esse tipo de conhecimento surge a partir da interação e observação do ser humano com ambiente que o rodeia. Por ser baseado nas experiências, o conhecimento empírico não costuma apresentar a legitimidade da comprovação científica. Ao contrário do conhecimento científico, não há uma preocupação em refletir criticamente sobre o objeto de observação, limitando-se apenas a deduçãode uma ação. Justamente por ser adquirido unicamente por observação e com base em deduções simples, o conhecimento empírico é muitas vezes suscetível a erros. Saiba mais sobre Conhecimento empírico. Conhecimento filosófico: Representa um meio-termo entre o conhecimento científico e o empírico, pois nasce a partir da relação do ser humano com o seu cotidiano, mas baseado nas reflexões e especulações que este faz sobre todas as questões imateriais e subjetivas. Esse tipo de conhecimento foi construído devido a capacidade do ser humano de refletir. Mesmo sendo de natureza racional, o conhecimento filosófico dispensa a comprovação científica, uma vez que o objeto de análise deste não consiste em coisas materiais. É graças ao conhecimento filosófico que são construídas ideias, conceitos e ideologias que buscam explicar, de modo racional, diversas questões sobre o mundo e a vida humana. Alguns estudiosos também consideram o conhecimento filosófico um intermédio entre o conhecimento científico e o conhecimento teológico (religioso). Saiba mais sobre Conhecimento filosófico. Conhecimento tácito: Assim como o conhecimento empírico, o conhecimento tácito se baseia nas experiências vivenciadas individualmente por cada pessoa ao longo da vida. Este é um conhecimento particular do indivíduo, sendo a sua explicação ou ensinamento para outras pessoas através de métodos didáticos convencionais difícil ou impossível. Saiba mais sobre o Conhecimento tácito. O que é Conhecimento tácito: Conhecimento tácito é um modelo subjetivo e individual de conhecimento, adquirido ao longo das experiências e vivências particulares de cada pessoa. A palavra tácito se originou a partir do latim tacitus, que significa "silencioso" ou "não expresso em palavras". O conhecimento tácito é, portanto, difícil ou impossível de explicar ou ensinar para outras pessoas através de métodos didáticos tradicionais. Por se tratar de uma qualidade ou habilidade individual, o conhecimento tácito só consegue ser retransmitido através do convívio cotidiano e experimental, ignorando qualquer tipo de explicação formalizada. Um exemplo de conhecimento tácito é andar de bicicleta, pois trata-se de algo que é aprendido apenas a partir da experiência e tentativa, sendo desnecessário o uso de instruções escritas ou orais para aprender. O conhecimento tácito pode ser subdividido em cognitivo e técnico. Como técnico, entende-se todas as habilidades informais do chamado ‘know-how, ou seja, saber como’ de cada indivíduo. O conhecimento tácito cognitivo, por sua vez, é basicamente a percepção de mundo criada por cada pessoa ao longo dos anos, suas crenças, filosofias e etc. {Know-how vêm do inglês que significa: “saber como”}. Conhecimento tácito e explícito: Ao contrário do conhecimento tácito, o conhecimento explícito consegue ser transmitido através de uma explicação formatada, com gráficos, palavras, imagens e de forma objetiva. O conhecimento explícito também consegue ser facilmente compartilhado entre outras pessoas, sejam por dados, informações ou modelos. O conhecimento tácito e explícito, embora sejam opostos, se completam e relacionam. O significado dos Tipos de conhecimento está na categoria: Geral Tópico – 3 / Principais doutrinas da filosofia cristã: · Há separação entre material-corporal e espiritual-corporal · Deus e o mundo material são separados · Deus se manifesta em três pessoas distintas, a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) · O Pai é considerado o Ser do mundo, o Filho é a alma do mundo e o Espírito Santo a inteligência · Há no mundo anjos, arcanjos, serafins e um reino espiritual · A alma humana participa da divindade · A Providência divina governa todas as coisas · Para ser perfeito, o homem precisa entregar-se à Providência divina e abandonar os impulsos carnais · É preciso crer em Cristo para ser santificado · O mal é demônio · O mal age sobre a matéria, a carne, o mundo e o homem Tópico – 4 / História da Filosofia Cristã: As pregações de Paulo de Tarso (São Paulo), um judeu helenizado, são consideradas os primeiros passos para a formação da filosofia cristã. Paulo era funcionário do exército romano e se converteu ao Cristianismo. Suas pregações são descritas nas chamadas Epístolas, onde defende a universalização da mensagem cristã. Segundo Paulo, as mensagens deixadas por Cristo não eram dirigidas somente aos judeus porque Deus criou os homens à sua imagem e semelhança. Nesse contexto, o Cristianismo é difundido por meio de grupos de fiéis reunidos em centros urbanos que recebem as pregações de Paulo. As comunidades se encontravam para a realização de rituais e práticas religiosas. Essas comunidades eram denominadas ecclesia, termo grego para igreja. A prática religiosa nessas comunidades não era unificada e a filosofia cristã foi usada como instrumento para o processo de hegemonia. Os pensadores que defendiam a unificação da doutrina cristã foram denominados apologistas. O nome é uma referência à apologia que faziam ao Cristianismo. Tópico – 5 / Significado de Hegemonia O que é Hegemonia: Hegemonia significa preponderância de alguma coisa sobre outra. É a supremacia de um povo sobre outros povos, ou seja, a superioridade que um país tem sobre os demais, tornando-se assim um Estado soberano. O Estado que detém a hegemonia possui influência em diversas áreas, especialmente em termos econômicos, culturais, poder militar, como armas, aviões, munição, e etc. A hegemonia também pode ser em termos políticos. A hegemonia começou na Grécia Antiga, quando três cidades se diferenciaram das demais: Esparta, Atenas e Tebas, então o rei da Macedônia resolveu invadir a Grécia, e acabou unindo-se a outros países para derrubar a hegemonia marítima que a Grécia detinha, e assim a Macedônia conseguiu hegemonia político-militar. Um político e cientista italiano chamado Antonio Gramsci formulou o conceito de hegemonia. Para Gramsci, hegemonia é o domínio de uma classe social sobre as outras, em termos ideológicos, em especial da burguesia com as classes de trabalhadores. No âmbito conceitual, a hegemonia indica um equilíbrio entre o domínio e a liderança. Em sentido figurado, a hegemonia indica uma supremacia ou poder de um elemento sobre outro, podendo ser pessoas ou coisas. Hegemonia cultural: A hegemonia cultural é um conceito que indica uma preponderância de uma cultura em relação a outras. Não significa que essa cultura é superior a todas as outras, mas que é seguida pela maioria e tem um impacto sobre outras culturas, causando muitas vezes modificações nelas. É o exemplo da cultura americana, que influenciou de forma muito forte a cultura ocidental. Hegemonia mundial: A hegemonia mundial mudou várias vezes ao longo dos séculos, tendo passado por vários impérios, como o Persa, Mongol, Romano, etc. Desde o século XX, os Estados Unidos da América exercem a sua hegemonia no mundo. Em tempos mais recentes, na maior parte dos casos, as maiores potências mundiais exercem a sua influência de forma pacífica, através de mecanismos políticos. Apesar disso, em alguns casos ocorrem conflitos armados. O significado de Hegemonia está na categoria: Geral Tópico – 6 / Filosofia Cristã na Idade Média: A filosofia cristã é estabelecida como marco para a filosofia medieval. O primeiro período, que vai do século II ao VIII, é denominado "patrística" e tem como principal expoente Santo Agostinho. A partir do século IX e século XV, a filosofia cristã passa a ser chamada "escolástica", tendo como destaque São Tomás de Aquino. Tópico – 7 / Filosofia Cristã Continuação: Filosofia cristã é o conjunto de ideias filosóficas iniciadas pelos seguidores de Jesus Cristo do século II aos dias de hoje. Esta filosofia surgiu com o intuito de unir ciência e fé, partindo de explicações racionais naturais tendo o auxílio da revelação cristã. Vários pensadores acreditavam que havia uma relação harmoniosa entre a ciência e a fé, outros afirmavam que havia contradição e outros tentavam diferenciá-las. Esta mesma discussão era questionada nos camposda filosofia e da fé. Diversos filósofos relacionavam o pensamento grego com o pensamento cristão. Há estudiosos que questionam a existência de uma filosofia cristã propriamente dita. Esses afirmam que não há originalidade no pensamento cristão e seus conceitos e ideias são herdadas da filosofia grega. Sendo assim, a filosofia cristã seria resguardadora do pensamento filosófico, que já estaria definitivamente elaborado pela filosofia grega, e defensora da fé. No entanto, Boehner e Gilson afirmam que a filosofia cristã não é simples repetição da filosofia antiga, embora que devam à ciência grega os conhecimentos elaborados por Platão, Aristóteles e os Neo-platônicos. Chegam a afirmar que na filosofia cristã a cultura grega sobrevive em forma orgânica.[1] Os mestres gregos eram assim os pedagogos dos pensadores cristãos. A filosofia cristã não é um conjunto de escolas inúteis, pois tais preconceitos constituem radicalismos que desejam destruir o pensamento da tradição e reconstruir um edifício totalmente novo, negando o que se construiu no passado. Em 2017, foi contemplado o Prêmio Templeton a um filosofo cristão Alvin Plantinga, foi dito "um erudito americano cujos escritos rigorosos durante o meio ambiente tornaram o teísmo - um crença em uma realidade ou um deus divino - uma opção séria na filosofia acadêmica." [2] Tópico – 8 / Aspectos Históricos da Filosofia Cristã: A Filosofia cristã inicia-se por volta do século II. Ela surge através do movimento da comunidade cristã chamada Patrística, que tinha como principal objetivo a defesa da fé. É provável que a Patrística tenha finalizado por volta do século VIII. Do século XI em diante a filosofia cristã manifestou-se através da Escolástica. Este é o período da filosofia medieval ou da Idade Medieval que estendeu-se até o século XV, como assinala T. Adão Lara. A partir do século XVI a filosofia cristã, com suas teorias, passa a conviver com teorias científicas e filosóficas independentes. O desenvolvimento das ideias cristãs representa uma ruptura em relação a filosofia dos gregos, tendo em vista que o ponto de partida da filosofia cristã é a mensagem religiosa cristã. A atividade missionária dos apóstolos, seguidores de Jesus Cristo, contribuiu para a difusão da mensagem cristã, mesmo que no seu início o cristianismo tenha sido alvo de perseguições. A partir do império de Constantino I, o Grande o cristianismo torna-se oficialmente reconhecido (ver: Édito de Milão). Este é momento histórico inicial da História Ocidental propriamente dita. A justiça romana, a cultura grega e o cristianismo ascendente imbricados, pode-se dizer até com alguns objetivos éticos comuns, estabelecem novos rumos para o pensamento cristão. A estrutura da obra de T. Adão Lara nos indica uma importante divisão dos aspectos da filosofia cristã na Idade Média: I. A filosofia medieval, em gestação: a Patrística (séc. II-VII). II. A filosofia medieval, no período da constituição e de maior riqueza conceitual: a Escolástica (séc. IX-XIII). III. A filosofia medieval em processo de mutação e superação: os Pré-modernos (séc. XIV-XV)."[3] Esta estrutura de Lara mostra a caracterização histórico-temática clara e sem preconceitos, o que efetivamente demonstra os aspectos históricos da filosofia cristã na era medieval. Mas para se falar sobre isso seria preciso sentir Deus na sua vida, pois seria como a filosofia procurava a verdade. Tópico – 9 / Características da Filosofia Cristã: Demonstração natural: Suas proposições necessitam ser demonstradas de forma natural e utiliza-se de reflexões condicionadas pela experiência - com o uso da razão. O ponto de partida filosófica da filosofia cristã é a lógica, não excluindo as doutrinas teológicas cristãs.[4] Embora haja relação entre as doutrinas teológicas e a reflexão filosófica na filosofia cristã, as reflexões desta possui caracterização estritamente racional. Justificação das verdades de fé: Não deve haver contrariedade entre a filosofia cristã e as verdades de fé. Em seus argumentos e proposições a filosofia cristã procurar aperfeiçoar-se, embora não gozando de total infalibilidade. Não há aberta oposição à doutrina da igreja, pois a filosofia que assim o fizer não pode ser chamada de filosofia cristã, mas filosofia. A verdade revelada é benéfica porque evita erros em questões essenciais. Fundamentalmente o ideal filosófico cristão é tornar evidente racionalmente, através da razão natural, as convicções religiosas. A atitude do filósofo cristão é determinada pela fé em questões referentes à cosmologia e o quotidiano. Diferente do filósofo, o filósofo cristão busca condições para a identificação da verdade eterna, sendo caracterizado pela religiosidade[5] Há críticas a essa filosofia pelo fato da religião cristã ser hegemônica desta época e centralizar a elaboração de todos os valores. Questiona-se a coexistência de filosofia e religião, pois a filosofia em si é crítica e a religião fundada na revelação e dogmas estabelecidos. Lara acredita que houve questionamento e escritos com características filosóficas no Medievo, embora tendo predominância da religião e da Teologia.[6] Desta forma era estabelecido pelos dogmas, em alguns aspectos, não impediram que houvesse construções filosóficas significativas. A tradição: A filosofia cristã desenvolveu-se a partir de filosofias predecessoras. Justino fundamenta-se na filosofia grega, a escolástica em Agostinho e na Patrística. Está na tradição do pensamento filosófico cristão o Judaísmo, de quem foi herdado o Antigo Testamento e mais fundamentalmente a mensagem do Evangelho, que constitui o centro da mensagem defendida pelo cristianismo. A concepção cristã europeia em seu início, a Patrística, recebe influência tanto dos Judeus quanto dos Árabes. Esta Europa Cristã não permaneceu enclausurada em si mesma, mas sofreu fortes influências de outras culturas.[7] Elucidação da fé: Clarificar a fé é um dos principais problemas investigados pela filosofia cristã. Os problemas de base são: Imortalidade da alma, liberdade; Os problemas imprescindíveis: questões lógicas e epistemológicas e divisão das ciências; Os não-essenciais: a filosofia da natureza.[8] Visão sistematizadora: Existe a tentativa de sistematizar de forma ampla e total os problemas da realidade num todo harmónico. Há carência de espírito criativo, o que é compensado com a visão de conjunto. A própria revelação proporciona ao cristão uma visão geral.[8] A Sagrada Escritura: Ver artigo principal: Bíblia O cristianismo surge como religião fundamentada em fatos históricos que envolvem Jesus de Nazaré e um pequeno grupo de galileus. Coube a estes o anúncio do aparecimento do Messias esperado pelos profetas do Antigo Testamento. A filosofia procura interpretar racionalmente os fenómenos do mundo. Como religião, houve necessidade do cristianismo defrontar-se com a filosofia helénica por causa da posição religiosa dos gregos. As especulações gregas são questionadas tanto como fundamento da verdade absoluta dada pela revelação e a cura pela fé e pela Graça.[9] Tópico – 9.1 / Fotos de Alguns Pensadores Filósofos Cristãos: Justino Mártir Ireneu de Lyon Orígenes Tomás de Aquino Erasmo de Roterdão Immanuel Kant Papa Shenouda III William Lane Craig Tópico – 9.2 / Filósofos Cristãos: Período helenístico: Ministério Momentos De Introspecções | Marcos Santos 1 · Atanásio de Alexandria · Basílio de Cesaréia · Clemente de Alexandria · Gregório de Nazianzo · Gregório de Níssa · Ireneu de Lyon · Justino Mártir · Orígenes · São João Crisóstomo · Santo Agostinho · Tertuliano Idade média: · Anselmo de Cantuária · Alberto Magno · Boécio · Duns Scot · Guilherme de Occam · João Escoto Erígena · Nicolau de Cusa · Pedro Abelardo · Tomás de Aquino Renascença e Reforma: · Erasmo de Roterdão · Hugo Grócio · João Calvino · Jacó Armínio · Martinho Lutero · Ulrico Zuínglio Modernos e contemporâneos: · Alvin Plantinga · Blaise Pascal · Bernard Lonergan · Clive Staples Lewis · Cornelius Van Til · C. 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