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Exmo. Sr. Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Conceição do Agreste/CE.
 			José Percival da Silva, já qualificado nos autos do processo epigrafado, por seu advogado in fine assinado, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com espeque no artigo art. 514 do Código Processo Penal - Decreto Lei 3689/41, oferecer;
 RESPOSTA PRELIMINAR
Pelos motivos de fato e de Direito a seguir expostas:
DOS FATOS
			A r. peça exordial, formulada pelo Ilustre Representante do Ministério Público, narra que o aqui acusado José Percival da Silva, valendo-se da qualidade de Vereadores do Município, se associaram, em unidade de desígnios, com o fim específico de cometer crimes. 
			E, dentro deste propósito, fundamenta o representante do Ministério Público, que o sr. José da Silva, ora acusado, teria liderado, no dia 3 de fevereiro de 2018, na sede da Câmara dos Vereadores desta Comarca, durante uma reunião da Comissão de Finanças e Contratos da Câmara, exigiram do Sr. Paulo Matos, empresário sócio de uma empresa interessada em participar das contratações a serem realizadas pela Câmara de Vereadores, o pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para que sua empresa pudesse participar de um procedimento licitatório que agendado para o dia seguinte.
			Desse modo, como a mera solicitação de vantagem indevida já configura o crime de corrupção passiva, a discussão sobre a legalidade da prisão em flagrante realizada é irrelevante para a configuração do delito. Contudo os denunciados incursos nas iras dos artigos 288 e 317, na forma do art. 69, todos do Código Penal
DO DIREITO 
 			Percebe-se que os fatos narrados pelo representante do ministério público, o Sr. José da Silva, é colocado como líder tendo em vista, a posição em que se encontrava, bem como o fato aludido não contam as ações dos demais acusados. Colocando o Sr. José como principal integrante. 
			A denúncia ou queixa serão consideradas ineptas quando não preencherem os requisitos da petição inicial, previstos no artigo 41 do CPP.
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
 			Logo, havendo mais de um Acusado, é obrigatório que a Acusação, na petição inicial, individualize a conduta de cada um deles. Afinal, a não especificação da adequação típica de participação de cada um dos Acusados em relação ao respectivo crime, pormenorizando e subordinando sua conduta ao tipo penal, inviabiliza por completo o correto e necessário exercício defensivo do mesmo. Assim, denúncias ou queixas genéricas são ineptas. Esse é o entendimento do Supremo Tribunal Federal:
HABEAS CORPUS. DENÚNCIA. ESTADO DE DIREITO. DIREITOS FUNDAMENTAIS. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. REQUISITOS DO ART. 41 DO CPP NÃO PREENCHIDOS. 1 - A técnica da denúncia (art. 41 do Código de Processo Penal) tem merecido reflexão no plano da dogmática constitucional, associada especialmente ao direito de defesa. Precedentes. 2 - Denúncias genéricas, que não descrevem os fatos na sua devida conformação, não se coadunam com os postulados básicos do Estado de Direito. 3 - Violação ao princípio da dignidade da pessoa humana. Não é difícil perceber os danos que a mera existência de uma ação penal impõe ao indivíduo. Necessidade de rigor e prudência daqueles que têm o poder de iniciativa nas ações penais e daqueles que podem decidir sobre o seu curso. 4 - Ordem deferida, por maioria, para trancar a ação penal.
(STF - HC: 84409 SP, Relator: JOAQUIM BARBOSA, Data de Julgamento: 14/12/2004, Segunda Turma, Data de Publicação: DJ 19-08-2005 PP-00057 EMENT VOL-02201-2 PP-00290 RTJ VOL-00195-01 PP-00126)
			Já sobre a acusação de associação criminosa artigo 288 do CP.
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência
			Falta indícios de materialidade, uma vez que não há a prática de mais de um crime, o que é determinante para a configuração do tipo penal.
			Contudo, conclui-se que não há na narrativa fática qualquer indício de autoria do Acusado para qualquer um dos crimes que lhe são imputados.
DOS PEDIDOS
 			Diante do exposto, com o costumeiro respeito REQUER a Vossa Excelência se digne a rejeitar a denúncia, por absoluta ausência de justa causa para o prosseguimento do feito, inexistindo indícios suficientes de autoria e materialidade a justificar um processo penal em face do Sr. José Percival, sendo esta, medida de inteiro direito.
			Nestes termos, que pede deferimento
			Conceição do Agreste, 2 de maio de 2018.
			Assinatura do advogado
			OAB/SUBSEÇÃO

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