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Efeitos da gestão tributária e de custos na continuidade das empresas

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14
Efeitos da gestão tributária e de custos na continuidade das empresas
Klerit dos Santos Lobato¹
Rafael Alex da Silva Mourão¹
Wilma Dolores Medeiros de Melo¹ 
Antunes Luis Pimentel Tavares²
RESUMO
Esse trabalho tem como objetivo analisar o impacto das opções tributárias sobre o custo e preço de venda de uma gráfica. Para realizar essa análise inicialmente fez-se uma revisão de alguns conceitos relacionados à contabilidade de custos e contabilidade tributária, bem como um estudo sobre as opções tributárias permitidas pela legislação a essa empresa. Como metodologia utilizou-se a pesquisa descritiva, quanto aos objetivos, e quanto aos procedimentos técnicos realizou a pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso. Conclui-se que no lucro real a empresa apresenta o menor custo, mas devido a uma elevada carga tributária precisaria aumentar o seu preço de venda para manter sua margem de lucro, enquanto que no Simples Nacional ela tem um custo maior, mas tem uma menor carga tributária, conseguindo competir com seus concorrentes pelo preço que seus clientes estão dispostos a pagar, o que não ocorre no lucro real.
Palavras-chave: Tributos, Planejamento Tributário, Simples Nacional.
1. INTRODUÇÃO
A competitividade existente no mercado faz com que as empresas busquem continuamente reduzir seus custos, que são influenciados por fatores internos e externos à empresa e devem ser geridos, visando aumentar sua margem de lucro, já que o preço de venda é determinado por esse mercado.
Dentre os fatores que influenciam o custo do produto, tem-se a questão tributária que vem a cada dia ganhando importância, visto que o Brasil possui uma elevada carga tributária, quando comparado com países de mesmas características, ou seja, tem carga tributária de país de primeiro mundo. Todos os anos a arrecadação tributária no Brasil vem batendo recordes, fazendo com que a carga tributária brasileira aumentasse aproximadamente 80% em 25 anos, saltando de 20% do PIB no final da década de 80 para 36,27% em 2012. Por isso a opção tributária de uma empresa influencia no custo da outra, tornando necessário conhecer a opção tributária de todos os agentes da cadeia de valor dos produtos comercializados por sua empresa, para que não seja penalizado por uma tributação que não atenda às necessidades do seu cliente, que é a aquisição pelo menor custo.
Como é de conhecimento, o custo de um produto é o preço pago por ele, acrescido dos gastos para colocá-lo em condições de uso, subtraído dos tributos recuperáveis. Por isso o conhecimento da opção tributária dos fornecedores é de extrema importância, já que nessa possibilidade de crédito deve-se levar em conta um tributo (ICMS) que representa em média 12% do valor da aquisição de uma matéria-prima ou mercadoria, devendo essa análise também ser realizada pelo cliente dessa empresa.
Portanto, a principal dificuldade que uma empresa optante pelo regime Simples Nacional encontra, é que apesar de ter uma tributação simplificada, essa renuncia a apropriação de créditos, deixando seu custo maior, mas pode encontrar dificuldades na comercialização dos seus produtos, caso tenha entre os seus concorrentes empresas que não participem desse regime de tributação simplificado, pois não vai gerar crédito do ICMS no percentual de 12%, obrigando-a a conceder esse desconto para que possa ser atraente aos olhos dos seus clientes.
2 – REVISÕES DA LITERATURA
Visando a melhor compreensão do tema proposto a ser estudado por essa pesquisa, será apresentado nesse capítulo, conhecimentos necessários de conceitos e definições teóricas no âmbito contábil, tais como gestão de custos e no próximo capítulo planejamento tributário.
2.1 – GESTÃO DE CUSTOS
A gestão de custos é um dos principais fatores que determinam o sucesso da empresa e está vinculado à forma como é dirigido o negócio. A gestão de custos é uma ação que auxilia a empresa a manter o seu lucro e atingir a estabilidade.
Segundo Dutra (1995), a competitividade provocada pela concorrência e a busca do crescimento sustentado, provocaram nas empresas a grande corrida para o desenvolvimento e gerenciamento dos custos. Continua o autor, que o exercício de apuração dos custos não deve ocorrer somente no tabelamento de preços ou em períodos de acirrada concorrência. Deve acontecer de modo contínuo, permitindo tomadas de decisões eficazes.
Complementando, Bertó e Beulke (2005) afirmam que os cálculos de custo do produto influenciam nas decisões dos preços e do mix dos produtos. Os gerentes monitoram o custo dos processos operacionais para manter um controle, para a empresa usar esse recurso eficientemente e em decisões não rotineiras, tais como o fechamento de fábricas ou o acréscimo de novos produtos
A ineficiência da gestão de custos pode prejudicar o fluxo de caixa, a margem de lucro e o volume de vendas, comprometendo até mesmo a sobrevivência do negócio. Sabemos que o que mantém uma empresa funcionando é o capital, ou seja,  se a empresa não lucra, ou se já lucrou mais do que hoje, está enfrentando sérios riscos de fechar suas portas. Mas, como para tudo há uma solução, no mundo dos negócios não é diferente.
Neste trabalho, vamos tratar da importância de conhecer os conceitos fundamentais de uma boa gestão de custos, evitando problemas futuros que podem comprometer seriamente a continuidade da empresa. 
2.2 - O QUE É GESTÃO DE CUSTOS?
Basicamente, todos os investimentos que uma empresa precisa fazer para realizar as suas atividades, são chamados de custos. Nessa definição enquadram-se os insumos, a matéria-prima, a mão de obra, equipamentos etc. Sem os valores que compõem esses recursos, torna-se impossível dar início ou continuidade às vendas.
Custos são todos os gastos relacionados a um produto até deixá-lo em condições de vender, ou seja, tudo aquilo que é utilizado para produzir um bem ou serviço ou adquirir um bem para ser vendido.
O Custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Exemplos: a matéria-prima foi um gasto em sua aquisição que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua Estocagem; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o Custo da matéria-prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento, já que fica ativado até sua venda. (MARTINS, 2003, p.17)
Existem outros gastos como, por exemplo, a energia elétrica da área de vendas ou os gastos com propaganda. Os gastos que não estão relacionados diretamente com a produção ou a venda do produto ou serviço são chamados de “despesas“.
O domínio das técnicas de apuração de custos é fundamental para uma gestão eficaz, já que a formação do preço de venda do produto ou serviço está diretamente atrelada à apuração dos custos e das despesas. 
Para fazer a gestão de custos, devem-se utilizar as informações do fluxo de caixa – plano de contas, registro de lançamentos, contas a pagar, contas a receber, gráficos e relatórios de fluxo de caixa e DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício) etc. Essas informações são primordial também para o planejamento, gestão, estratégica e financeira da sua empresa.
2.3 - QUAIS SÃO OS TIPOS DE CUSTOS?
Temos dois tipos de custos:
2.3.1 – CUSTO FIXO: É a soma de todas as despesas mensais de uma empresa, mesmo que não venda ou preste nenhum serviço. São as despesas de aluguel, material de escritório, recepcionista, contador, taxa de IPTU, água e telefone. O custo fixo é também denominado como despesa.
2.3.2 – CUSTO VARIÁVEL: É o custo do material e dos insumos, ou seja, tudo que é consumido para produzir ou prestar um serviço. Os impostos pela venda da mercadoria ou pelo serviço também são parte do seu custo variável. A comissão que o vendedor recebe sobre as vendas varia, assim como outras taxas e cobrançassobre cada produto ou serviço.
Após o levantamento dos custos fixos e variáveis, é recomendado que se faça um registro de todos os gastos. Esta é uma forma de identificar os investimentos que merecem maior atenção e os investimentos desnecessários.
2.4 – QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA GESTÃO DE CUSTOS?
Os principais objetivos da gestão de custos são oferecer aos gestores informações referente ao rendimento e desempenho das atividades desenvolvidas na empresa, dar auxílio no controle, planejamento e desenvolvimento das operações e, por fim, auxiliar os gestores na tomada de decisões, possíveis graças às informações coletadas.
2.5 – COMO FAZER UMA BOA GESTÃO DE CUSTOS?
Obviamente, controlar os custos do negócio é uma medida crucial para a saúde da empresa. Se esta atividade não for realizada corretamente, interferirá nos resultados, comprometendo a produtividade e faturamento da organização.
A disciplina tem tudo a ver com a boa gestão de custos. Os custos desnecessários somente são eliminados através de uma busca diária por melhores resultados. O ideal é saber para onde a empresa está caminhando nos próximos meses.
Os recursos que entram no caixa da empresa devem ser suficientes para pagar seus compromissos. A liquidez é produto de várias decisões e atitudes tomadas diariamente. Deve se ter conhecimento sobre o que afeta, de forma positiva ou negativa, a liquidez e os resultados operacionais da empresa.
A continuidade da conversão de vendas em receitas em longo prazo deve estar aliada a uma correta gestão de custos, mesmo antes de aumentar as vendas. Também é preciso realizar análises constantes para visualizar qual é o ponto que merece maior atenção quanto ao próprio gerenciamento dos custos. Existem algumas ações que podem aperfeiçoar este processo:
 
· Planejar os gastos com uma estrutura fixa; 
· Mapear e implantar a gestão por processos; 
· Fazer um planejamento de preços, margens por produto e unidades de negócios. 
A análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats – Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) ajuda a identificar pontos fortes e fracos na empresa, e, de acordo com as oportunidades e ameaças, é possível fazer um planejamento mais adequado dos rumos a serem seguidos. Essa análise poderá mostrar com mais eficiência onde a empresa deverá trabalhar para melhorar seus resultados.
É importante também estabelecer indicadores de desempenho para toda a empresa, acompanhar a realização do planejamento e corrigir os desvios em relação ao planejado.
2.5.1 – QUAIS AS VANTAGENS DE UMA BOA GESTÃO DE CUSTOS?
Se a empresa mantém em dia os registros dos seus custos, certamente saberá qual sua realidade financeira, o que diminuirá os riscos do negócio. Muitas empresas são extintas pelo simples fato de não conhecerem a quantidade de custos e diminuírem a lucratividade.
Outros fatores que devem ser levados em consideração são precificação e competitividade. A precificação está vinculada ao mercado consumidor e às boas ofertas. Para diminuir os custos da produção, é preciso dar atenção aos custos variáveis, como insumos, comissões e mão de obra. Entretanto, é necessário ficar atento à qualidade, afinal, diminuir a produção nem sempre indica aumento da receita.
2.6 QUE ERROS SE DEVEM EVITAR NA GESTÃO DE CUSTOS?
Os principais erros cometidos na gestão de custos estão relacionados à falta de conhecimento sobre os seguintes assuntos:
Valor dos estoques
O estoque é o que origina todo o dinheiro necessário para a realização das atividades empresariais. Portanto, produtos em estoque devem ser contabilizados e a depreciação deve ser considerada na formação dos preços de venda, bem como nos resultados da organização.
Quando não existe esse tipo de controle, é comum que as empresas sofram perdas significativas de produtos, ou deixem de vender o produto por estar em falta.
 Lucro ou prejuízo
As tarefas do dia a dia dos empresários podem, muitas vezes, ofuscar a atenção em relação ao Return on Investment (ROI), ou Retorno sobre o Investimento. Essa informação é imprescindível para saber a real situação financeira da empresa, e se é possível realizar novos investimentos.
Cálculo do custo e o preço de venda de produtos e serviços
Dutra (1995) define que obter informações precisas sobre os custos por unidade auxilia para a tomada de decisões de marketing como a determinação do preço de vendas do produto, enfrentar os concorrentes, ofertas de preços e análise da rentabilidade da empresa. Para Santos (2000), é de deveras importância que a empresa conheça os seus custos. O não conhecimento destes traz ameaças à estabilidade econômica, financeira e ao crescimento da empresa, bem como dificulta o incentivo ou a fixação de ações para a redução de seus custos.
O custo de produção de um determinado produto ou prestação de serviço deve ser maior que aquele utilizado para produzi-lo ou prestá-lo – nunca inferior ao preço de venda. Se o preço de venda estiver inferior, deve-se refazer este cálculo a fim de eliminar o prejuízo.
Não tenha medo de investir em tecnologia!
O gestor pode e deve contar com o auxílio da tecnologia para fazer uma gestão de custos eficiente, com cálculos precisos e informações imediatas. A administração manual pode ocasionar erros na hora de alimentar planilhas e conferir dados, além de ser um desperdício de tempo para o gestor.
As ferramentas tecnológicas, como os sistemas de gestão, são excelentes opções para garantir uma boa gestão de custos, além de acelerar todo o procedimento. Os softwares de gestão, ou ERP (Enterprise Resource Planning) armazenam de forma segura os dados da empresa, garantindo que se tenha uma visão ampla de todos os departamentos da organização.
Além disso, toda empresa precisa de indicadores para saber se o caminho seguido está na direção dos objetivos. Esses indicadores podem ser financeiros, comerciais e operacionais, mas o que importa é a mensuração de onde está sendo investido cada recurso e qual resultado é obtido.
Através de um software de gestão, pode se ter um acesso facilitado à esses indicadores, afinal, ele integra informações de diferentes departamentos da empresa.
Outra vantagem é que, com um ERP na nuvem, as informações da empresa podem ser acessadas em tempo real, a qualquer hora e de qualquer lugar, garantindo assim a agilidade para tomadas de decisão.
 
3. PLANEJAMENTO TRIBUTARIO
Entende-se como planejamento tributário, o planejamento empresarial que tendo por objeto os tributos e seus reflexos na organização, visa obter economia de impostos, adotando procedimentos estritamente dentro dos ditames legais (PESCE, 2005, p.3).
O planejamento tributário se constitui no estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas. O planejamento tributário preventivo (antes da ocorrência do fato gerador do tributo) produz elisão fiscal, isto é, redução da carga tributária dentro da legalidade.
Com o crescimento acentuado dos questionamentos na área tributária, torna-se necessário o conhecimento de procedimentos que possam trazer benefícios relevantes no que diz respeito à economia de recursos e de melhoria de resultados.
Nesse contexto o planejamento tributário, definido como procedimento que proporciona a economia legal de impostos, pode ser utilizado como estratégia para se alcançar vantagem competitiva. Os custos tributários são parcela significativa nos custos operacionais das empresas e interferem nos preços e nos resultados.
A carga tributária cobrada pelo governo está cada vez maior, absorve uma fatia considerável do faturamento e dos lucros das empresas. Amaral (2004, p.2) chama atenção ao fato de “.... a carga global tributária das empresas brasileiras sobre o Faturamento importa em 33,25%; sobre o total de Custos/Despesas, 47,14%; e sobre o Lucro 52,23%” que é um dado preocupante”. Dentro dessa visão, no entanto, o gerenciamento correto dos tributos pode fazer uma profunda diferença, permitindopesquisar os efeitos econômicos e jurídicos e alternativas legais menos onerosas.
Munareto (2004, p.76) afirma que: “....de acordo com a legislação brasileira atual, o termo tributo engloba todas as obrigações pecuniárias cobradas pelo Estado, com exceção das punições por atos ilícitos...”. Conhecer a tributação e gerencia-la passa a ser ferramenta das mais importantes na busca pela eficiência econômica e financeira.
Muitas empresas hoje encaram o gerenciamento de impostos como fator de grande importância, quando antes era considerado de importância secundária, inserindo-o no planejamento financeiro. Em se tratando de planejamento tributário, pode-se dizer que é a maneira legal de economizar recursos através da utilização dos meios que a legislação tributária oferece.
Portanto, entender a tributação é o primeiro passo para gerenciar impostos. Gerentes financeiros estão cada vez mais atentos à eficiência fiscal como uma maneira de aprimorar os ganhos e aumentar valor.
Para um bom desempenho, a empresa, seja ela de qualquer porte, é importante a utilização de métodos e ferramentas que a mantenham sob controle, desde um simples controle de estoques ou contas a pagar, de fluxo de caixa até controles mais sofisticados.
Atkinson et al, (2000, p. 86) define controle como: (...) conjunto de métodos e ferramentas que os membros da empresa usam para mantê-la na trajetória para alcançar seus objetivos. Um sistema está sob controle se ela está no caminho para alcançar seus objetivos. Caso contrario o sistema está fora de controle.
Portanto, existem meios de as empresas controlarem o efeito da tributação em seu planejamento financeiro, observando-a como uma questão de sobrevivência, buscando desenvolver um planejamento tributário com objetivo de alcançar melhores resultados. Um planejamento ético e estratégico elimina o desperdício existente na esfera administrativa e permite às empresas uma considerável redução da carga tributária.
O planejamento tributário é a atividade empresarial estritamente preventiva, que tem como fator de análise o tributo e visa identificar e projetar os atos e fatos tributáveis e seus efeitos, comparando-se os resultados prováveis, para os diversos procedimentos possíveis, de tal forma a possibilitar a escolha de alternativas menos onerosa, sem extrapolar o campo da licitude, que trazem como consequência a maximização dos resultados, que é um dos principais deveres do administrador.
O art. 145, III, § 1º da Constituição Federal (CF) define o princípio geral do direito tributário como: “... o planejamento tributário é a forma que os agentes econômicos têm de ver respeitada sua capacidade contributiva..”.
O caráter preventivo do planejamento tributário decorre do fato de não se poder escolher alternativas senão antes de se concretizar a situação. Após a concretização dos fatos, somente se apresentam duas alternativas para o sujeito passivo da relação jurídico-tributária: pagar ou não pagar o tributo decorrente da previsão legal descrita como fato gerador. A alternativa de não pagar se caracterizará como prática ilícita, sujeitando-se a empresa à ação punitiva do Estado, caso este venha a tomar conhecimento de tal prática.
A relevância do efeito da estrutura tributária sobre desempenho das empresas é discutida e analisada por economistas, administradores desde os anos de 1960. Existindo um consenso sobre a importância dos instrumentos de taxação sobre o comportamento dos agentes econômicos e o efeito da estrutura tributária sobre o desempenho e a organização das firmas.
Assim, a significativa relevância da área de tributos no universo dos negócios vem exigindo uma eficaz gestão das obrigações tributárias. Essa eficácia deve ser obtida pela reunião de instrumentos, meios e recursos específicos e criteriosos de revisões dos procedimentos tributários.
A realidade mostra que o governo só usa como alternativa o aumento da arrecadação como forma de reforço de seu caixa, desconsiderando outra alternativa - a redução de gastos governamentais.
Além de alta, a estrutura de arrecadação é outro fator punitivo, pois enquanto países desenvolvidos buscam ampliar a base de arrecadação, no Brasil se concentra basicamente nos tributos de fácil cobrança e fiscalização. Outro agravante é que a arrecadação é concentrada.
De acordo com Pesce (2005, p. 86), Planejamento tributário significa a construção de um conjunto de operações, consubstanciado em negócios e atos jurídicos ou situação material que, em relação a outro conjunto de operações, com o mesmo resultado econômico representa carga tributaria menor e, portanto, resultado econômico maior.
Toda atividade é desenvolvida para atingir um fim. Na área empresarial o fim é de ordem econômica, ou seja, geração de riqueza. O atingimento desses fins se dá pelos meios que constituem atos ordenados a um objetivo fixado, isto é, aqueles que maximizem a riqueza.
A maximização do resultado econômico pode ser obtida tanto pela maximização da receita como pela minimização de custos. Dentre os custos contam-se os tributos, portanto, a minimização da carga tributária reflete de minimização de custos e consequentemente maximiza o resultado econômico, fim de toda atividade empresarial.
Oliveira et al. (2003, p.17) explicam que: A problemática envolvida na questão dos tributos no Brasil vai além do simples fato de seus custos causados às empresas. Os tributos, sejam eles quais forem, refletem na vida das empresas como um limitador ao desenvolvimento e um entrave aos novos investimentos, principalmente os oriundos do exterior.
Sendo o tributo um custo variável, não pode ser desprezado nem ignorado pela gestão das empresas, portanto, a adoção de um comportamento técnico-funcional com objetivo de excluir, reduzir ou adiar esses encargos tributários mediante emprego de estruturas e formas jurídicas capazes de reduzir a carga tributária é a essência do planejamento tributário.
Planejamento tributário é, portanto, o estudo de diversas alternativas legais para redução da carga fiscal, é preventivo e deve ser feito antes da ocorrência do fato gerador do tributo, o que possibilita a elisão fiscal (AMARAL, 2004).
Portanto, a elisão fiscal legítima é lícita, pois é alcançada por escolha feita de acordo com o ordenamento jurídico, adotando-se a alternativa legal menos onerosa ou utilizando-se de lacunas da lei (FABRETTI, 2004, p. 126).
A elaboração de um planejamento tributário indevido pode caracterizar a evasão fiscal que é uma redução da carga tributária, porém se descumprida as determinações legais pode ser classificado como crime de sonegação fiscal, conforme a Lei dos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo (Lei nº 8.137/90).
A evasão fiscal, ao contrario da elisão, consiste em prática contrária à lei. A citada lei define que constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo mediante as condutas discriminadas no seu texto, tais como: omitir informação ou prestar informações falsas; fraudar a fiscalização tributária; falsificar ou alterar notas fiscais; fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributo, dentre outras.
3.1 – TIPOS DE TRIBUTAÇÃO:
Para muitos, escolher um regime de tributação adequado caracteriza-se um enigma, porém, conhecer cada regime e alguns outros pontos estratégicos pode facilitar o trabalho. Tendo como objetivo quebrar o enigma do qual o empreendedor se depara ao precisar escolher o regime de apuração de impostos que melhor se enquadra no seu negócio, muitas vezes sem conhecer nenhum deles, será explicado o conceito de cada um nesse estudo.
Primeiro, deves ter conhecimento de que atualmente no Brasil existem três regimes de tributação: Em sequencia uma breve definição de cada um de acordo com a Receita Federal.
· Lucro Real;
· Lucro Presumido e.
· Simples Nacional (opção exclusiva para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
Em sequencia uma breve definição de cadaum de acordo com a Receita Federal.
3.1.1 – LUCRO REAL 
É a regra geral para a apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica, onde essa apura o IRPJ determinado a partir do lucro contábil, acrescido de ajustes (positivos e negativos) requeridos pela legislação fiscal. Nesse regime, incidem duas situações conhecidas como Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa de CSLL, das quais não haverá IRPJ e CSLL a pagar.
Existem empresas obrigadas ao regime, mas isso não tira o direito daquelas que não são obrigadas de se enquadrar nessa forma de tributação. Ainda, deve-se observar o limite de receita bruta anual para fins de opção obrigatória pelo Lucro Real (R$ 78 milhões no ano anterior), ou proporcional (R$ 6.500.000,00 vezes o número de meses), quando o período for inferior a 12 meses.
3.1.2 – LUCRO PRESUMIDO
É uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do IRPJ e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração do lucro real. A sistemática de tributação pelo Lucro Presumido é regulamentada pelos artigos 516 a 528 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999). No regime de lucro presumido a pessoa jurídica pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro presumido, apurado de conformidade com o Regulamento do Imposto de Renda. O disposto neste item aplicasse, inclusive, à pessoa jurídica que explore atividade rural. Poderão optar pelo regime as empresas que, no ano-calendário anterior, tenham auferido receita bruta total igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 ou a R$ 6.500.000,00, multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, respeitadas às demais situações previstas na legislação em vigor (Art. 14 da Lei 9.718/98; Lei 12.814/2013). 
3.1.3 – SIMPLES NACIONAL 
É um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Para ser optante do regime, a microempresa deve auferir em cada ano-calendário receita bruta igual ou inferior a R$360 mil reais e a de pequeno porte superior a R$360 mil e igual ou inferior a R$ 3.6 milhões. Esse pode ser considerado como um regime favorecido devido a sua simplificação na hora de pagar os impostos; pagos em apenas uma taxa.
4 – TABELAS DO SIMPLES NACIONAL
As tabelas do Simples Nacional são agora resumidas em cinco anexos, sendo três para serviços, uma para comércio e outra para indústria.
Alíquotas do Simples Nacional em 2018
Anexo 1 - Empresas de comércio
	Receita bruta em 12 meses
	Alíquota
	Dedução do valor a ser recolhido
	Até R$ 180.000,00
	4%
	0,00
	De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00
	7,3%
	R$ 5.940,00
	De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00
	9,5%
	R$ 13.860,00
	De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00
	10,7%
	R$ 22.500,00
	De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00
	14,3%
	R$ 87.300,00
	De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00
	19%
	R$ 378.000,00
Anexo II - Fábricas/indústrias e empresas industriais
	Receita bruta em 12 meses
	Alíquota
	Dedução do valor a ser recolhido
	Até R$ 180.000,00
	4,5%
	0,00
	De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00
	7,8%
	R$ 5.940,00
	De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00
	10%
	R$ 13.860,00
	De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00
	11,2%
	R$ 22.500,00
	De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00
	14,7%
	R$ 85.500,00
	De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00
	30%
	R$ 720.000,00
 
Anexo III - Empresas de serviços de instalação, reparos e manutenção; agências de
 viagens; academias; escritórios de contabilidade; empresas de medicina e odontologia. 
	Receita bruta em 12 meses
	Alíquota
	Dedução do valor a ser recolhido
	Até R$ 180.000,00
	6%
	0,00
	De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00
	11,2%
	R$ 9.360,00
	De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00
	13,5%
	R$ 17.640,00
	De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00
	16%
	R$ 35.640,00
	De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00
	21%
	R$ 125.640,00
	De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00
	33%
	R$ 648.000,00
 
Anexo IV - Empresas de serviços de limpeza, obras, vigilância, construção de imóveis 
e serviços advocatícios.
	Receita bruta em 12 meses
	Alíquota
	Dedução do valor a ser recolhido
	Até R$ 180.000,00
	4,5%
	0,00
	De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00
	9%
	R$ 8.100,00
	De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00
	10,2%
	R$ 12.420,00
	De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00
	14%
	R$ 39.780,00
	De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00
	22%
	R$ 183.780,00
	De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00
	33%
	R$ 828.000,00
 Anexo V - Empresas de serviços de auditoria, tecnologia, jornalismo, engenharia,
 publicidade etc.
	Receita bruta em 12 meses
	Alíquota
	Dedução do valor a ser recolhido
	Até R$ 180.000,00
	15,5%
	0,00
	De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00
	18%
	R$ 4.500,00
	De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00
	19,5%
	R$ 9.900,00
	De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00
	20,5%
	R$ 17.100,00
	De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00
	23%
	R$ 62.100,00
	De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00
	30,5%
	R$ 540.000,00
 
Desde 2018, não é mais aplicada uma alíquota simples sobre a receita bruta mensal. Assim, a alíquota se torna maior, mas com um desconto fixo específico para cada faixa de enquadramento. Dessa forma obtém-se a chamada alíquota efetiva.
4.1 – ALÍQUOTA EFETIVA 
É a receita bruta dos últimos 12 meses x alíquota (conforme o faturamento mensal do período e atividade da empresa) - a parcela a deduzir / receita bruta dos últimos 12 meses.
O percentual vai de 4% a 33%, conforme a receita bruta e o anexo em que a atividade está inserida.
5 – APRESENTAÇÕES E ANALISE DOS RESULTADOS
A empresa analisada é ELOHIM SERVICOS EIRELI portadora do CNPJ: 18.677.461.0001-69, uma empresa de pequeno porte e fez a opção por uma tributação pelo Simples Nacional. Atua no ramo Impressão de material para outros usos, Confecção de roupas profissionais, dentre outros. 
A seguir serão apresentados os cálculos dos custos, ressaltando que na apuração dos custos levaram-se em consideração somente os custos diretos, pois os indiretos precisariam de maior análise para alocá-los aos produtos, correndo o risco de ocorrerem arbitrariedades, comprometendo o resultado final desse trabalho.
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS – CMV
 
A apuração do custo das mercadorias vendidas está diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no período.
 
O custo das mercadorias vendidas pode ser apurado através da equação:
 
CMV = EI + C - EF
Onde:
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
EI = Estoque Inicial
C = Compras
EF = Estoque Final (inventário final)
 
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS - CPV
 No caso de produtos (bens produzidos por uma indústria), a fórmula é semelhante ao
CMV:
 
CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF
 
Onde:
 CPV = Custo dos Produtos Vendidos
EI = Estoque Inicial
In = Insumos (matérias primas, materiais de embalagem e outros materiais) aplicados nos
produtos vendidos
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos
GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia, depreciações, mão de obra
indireta, etc.) aplicada nos produtos vendidos
EF = Estoque Final (inventário final)
6 – MÉTODOS DE CUSTEIO 
Os métodos de custeio são ferramentas essenciais para geração de informações relevantes para o auxílio nas tomadas de decisões, porém, cada organização deve utilizar o método que mais se correlacione com a sua estrutura, objetivos e características, pois mesmo as MPEs de um mesmo segmento possuem elementos organizacionais distintos. Esses métodos são utilizados, dentre as muitas informações geradas, para determinar o valor dos produtos objetos do custeio, reduzir custos, melhorar processos, eliminar desperdícios, decidir entre produzir ou terceirizar, eliminar, criar, aumentar ou diminuir a linha de produção, dentre outros inúmeros benefícios. Dentre os métodos disponíveis, discorreremos sucintamente a seguir sobre três métodos baseados no custo, sendo eles o custeiopor absorção, custeio variável e o custo baseado na atividade.
 6.1 – CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
O método de custeio por absorção ou integral consiste na apropriação de todos os custos de produção de forma direta ou indireta aos produtos adquiridos e elaborados ou aos serviços prestados. Neste método, a apropriação dos custos diretos é constituída de forma econômica e viável ao objeto de custeio, geralmente, os custos diretos mais importantes são os materiais diretos e a mão de obra.
Neste método de custeio a maior dificuldade é a definição dos critérios de rateio para apropriação dos custos indiretos, a problemática está relacionada com o rateio dos custos comuns ou dos custos indiretos de fabricação (CIFs), porque não podem ser alocados de forma direta ou objetiva a um segmento, atividade operacional ou produtos, para evitar tais transtornos à organização deve ter seu processo de produção mapeado, a estrutura da empresa e a origem dos CIFs. O processo de alocação de gastos parte da separação entre custos e despesas até chegar à Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), ou seja, as despesas são lançadas diretamente no resultado, enquanto os custos, tanto os diretos quanto indiretos, são apropriados aos bens ou serviços. Sob os aspectos fiscais, as organizações são obrigadas a adotar o custeio por absorção, pois este “atende aos Princípios Fundamentais da Contabilidade, permitindo a apuração de resultados e cálculos dos impostos e dividendos a distribuir, porém não é um método muito utilizado para fins gerenciais, pois possui algumas limitações que prejudicam a formação do preço de venda e estudos comparativos de compras versus produção” (Carareto, 2006).
6.2 – CUSTEIO VARIAVEL 
Neste método de custeamento, todos os custos variáveis são alocados aos bens ou serviços, sejam eles diretos ou indiretos, desta forma, os custos fixos são considerados despesas do exercício. Segundo Carareto et al (2006), esse método “permite identificar os produtos mais rentáveis, e assim, dirigir os esforços de produção e ou de venda para melhoria da rentabilidade”. Essa metodologia, integrada ao custo padrão, permite um correto controle dos custos, uma vez, que definidos os custos fixos, os preços de venda e o custo variável, fica fácil de encontrar os dados para analisar a relação custo, volume e lucro. Com a obtenção de indicadores de desempenho os gestores terão um melhor entendimento sobre os gastos da empresa. Uma desvantagem desse método é não atender os princípios contábeis geralmente aceitos, e, por este motivo não é aceito pelas autoridades fiscais, limitando sua utilização para tomadas de decisões internas da organização.
Cabe ressaltar, que a nível gerencial é muito utilizado por sua clareza de resultado. Por esse método, pode-se chegar à margem de contribuição, que auxilia na definição de quais condições de vendas devem ser implantadas para que a empresa tenha uma concorrência adequada para o mercado.
 6.3 – CUSTO BASEADO EM ATIVIDADES – ABC (Activity-Based Costing) 
Este método nasceu nos Estados Unidos, na década de 80, e revolucionou o gerenciamento empresarial, uma vez que esta forma de custeamento não se baseava na apropriação dos custos às unidades produtivas, mas sim, nas atividades realizadas no estabelecimento. Segundo Oliveira & Perez (2.000), este método permite identificar as atividades e processos existentes nos setores produtivos de uma organização industrial ou prestadora de serviços, atribuindo os custos aos produtos através da utilização dos direcionadores ou geradores de custos dessa atividade. O ABC é um sistema que se assemelha ao método por absorção, porém a forma de alocação dos gastos ocorre por meio da identificação das atividades significantes relacionadas ao objeto de custeio. O objetivo do método é reduzir custos através da eliminação do desperdício, através do corte nos geradores de custeio.
O objetivo do método é reduzir custos através da eliminação do desperdício, através do corte nos geradores de custeio. As atividades são classificadas dentro de uma sistemática, sendo composta por um conjunto de tarefas necessárias ao seu desempenho. Elas são necessárias para concretização de um processo que é uma cadeia de atividades correlatas e inter-relacionadas. Para Abras (2012), este método é considerado por muitos autores como de difícil implantação, e por outros como a solução para todos os problemas de uma organização, pois parte do princípio de que não são os bens que consomem recursos, mas sim, os recursos que são consumidos pelas atividades e estas, por sua vez, são consumidos pelos bens ou serviços.
7 – O CONHECIMENTO DOS CUSTOS E AFORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 
Uma das decisões mais importantes a serem tomadas na empresa seria estabelecer o preço de venda, uma vez que o preço das mercadorias, produtos ou serviços prestados podem representar a rentabilidade, o quanto a empresa será competitiva ou não, e consequentemente sua existência, independente de seu porte. É por este motivo que a implantação de um sistema de custeio é tão importante para empresa, uma vez que se trata de uma ferramenta que trás informações que permitem manter no mercado produtos de qualidade e a um custo, muitas vezes, menor que aqueles praticados pelos concorrentes. O conhecimento da contabilidade de custos permite que as empresas tornem-se mais atraentes, respondendo positivamente as variações ocorridas tanto no âmbito interno quanto externo a organização.
Shank e Govindarajan (1997) entendem que: É uma análise de custos vista sob contexto mais amplo, em que os elementos estratégicos tornam-se mais conscientes, explícitos e formais. Aqui, os dados de custos são mais usados para desenvolver estratégias superiores a fim de se obter uma vantagem competitiva.
5. CONCLUSÃO
O presente trabalho trouxe de uma forma simples e objetiva a apresentação de contabilidade de custos, planejamento tributário e a parte de sua devida lei utilizou se essa forma de tributo para melhor expor a sua sistemática. Estudou se também os dados reais dos tributos de uma empresa de pequeno porte optante do Simples nacional pelo nome ELOHIM SERVIÇOS EIRELI tendo em vista a necessidade de auxiliar nos resultados, visando a melhor opção para posteriormente obter bons resultados.
A empresa que não tem um controle adequado, ou ate mesmo um controle de caixa, não poderá fornecer as informações necessárias para uma boa analise tributaria. O trabalho procurou demonstrar a importância também da contabilidade de custo é, tão importante quanto saber determinar os custos dos produtos fabricados ou dos serviços prestados, é saber otimizar os custos, estudando técnicas que proporcionem a redução destes sem , no entanto, reduzir a qualidade dos mesmos. Sendo esse procedimento da elaboração do preço de venda de um produto um desafio para a Contabilidade de Custos
REFERÊNCIAS
PORTAL TRIBUTÁRIO Os tributos no Brasil. Disponível em www.portaltributario.com.br.
Acesso em: 01 dez. 2005.
ATKINSON, A. A.; BANKER, R. D., KAPLAN, R. S., YOUNG, S. M. Contabilidade Gerencial . São Paulo: Atlas, 2000. 86 p.
FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2004. 112; 126; 212 p.
MUNARETO, L.F. A importância do planejamento tributário na gestão estratégica de
custos em cadeias de valor. In Revista do Conselho Regional de Contabilidade, n. 118,
outubro 2004, 73-82 p.
OLIVEIRA, L. Martins de et al. Manual da contabilidade tributária. São Paulo: Atlas,
2003, 17; 36 p.
PESCE, R.A. Planejamento tributário. Jus Navigandi, Teresina, a. 9, n. 533, 11 jan.
Disponível em: www.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=6016. Acesso em: 10 mar.2005.
PORTAL TRIBUTÁRIO Os tributos no Brasil. Disponível em www.portaltributario.com.br.
Acesso em: 01 dez. 2005.
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL - Coordenação Geral de Política
Tributária. Estudos Tributários 14 – Carga Tributária no Brasil 2004. Disponível em:
www.receita.fazenda.gov.br . Acesso 20 out.2005.
Santos, J. J. Analise de custos: remodelando com ênfase para custos marginal, relatórios e estudosde caso. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2000.
Beulke, R.; Bertó D. J. Gestão de custos. São Paulo: Saraiva, 2005.
Dutra, R. G. Custos: Uma abordagem prática. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1995.
1 Acadêmicos do Curso de Ciências Contábeis
2 Antunes Luis Pimentel Tavares tutor externo do Curso de Ciências Contábeis
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso Ciências Contábeis (CTB 0507) – Prática
do Módulo I – 28/11/2018

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