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Regime de Tributação, Apuração e Contabilização: Lucro Real

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Regime de Tributação, Apuração e Contabilização: Lucro Real
João Henrique de Gois Aleixo Alves -1073035
Klerit dos Santos Lobato -1048643
Rafael Alex da Silva Mourão -977169
Wilma Dolores Medeiros de Melo- 1074572
Professor-Tutor Externo: Antunes Tavares
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Ciências Contábeis (CTB 0507) – Seminário Interdisciplinar IV
28/06/18
RESUMO
A carga tributária no Brasil é uma das maiores do mundo em relação ao PIB – aproximadamente 37%. Diante desta realidade, resta às empresas brasileiras, por meio de seus administradores, buscarem oportunidades de reduzir seus encargos relativos a impostos, taxas e contribuições. O planejamento tributário, atualmente, pode ser encarado como uma atividade fundamental ao desenvolvimento e à lucratividade das organizações. Uma das diversas formas de submeter-se a uma menor carga tributária é a opção pela forma de apuração. Postergar o pagamento do imposto através do recolhimento alternado no Lucro Real anual pode representar um menor ônus fiscal sobre determinado período do ano-calendário. São situações específicas, nas quais o sucesso do planejamento tributário só se faz possível através do conhecimento da legislação vigente e do domínio dos fundamentos administrativos e financeiros. 
Palavras-chave: Regime Tributário, Lucro Real, Lalur
1. INTRODUÇÃO
É uma preocupação humana a garantia de seus recursos para sobrevivência e uma evolução contínua, portanto, uma relativa preocupação com seus bens patrimoniais. Os registros mais antigos em termos de ações contábeis datam por volta de 4.000 antes de Cristo, devido à necessidade de o homem inventariar seus rebanhos. Assim com a sociedade evolui, cresce também as necessidades de controle sobre seus bens. Junto a esse fato a Contabilidade vai criando forma e variações em sua atuação, tais como Contabilidade de Custos, Gerencial, Financeira, Fiscal, entre outras.
Em todo o mundo a quantidade de tributos que incidem sobre as empresas causam desconforto financeiro, no Brasil em especial, a carga tributária é bastante elevada. Portanto o planejamento tributário pode amenizar seus custos, por possibilitar uma redução no valor dos tributos, ou ainda um retardamento em seu compromisso. Isso é possível por intermédio de estudos sobre o segmento da empresa, seus produtos fornecidos ao mercado, as leis vigentes e avaliar a forma de tributação mais adequada à modalidade, em busca de encaixes em leis ficais mais favoráveis (Borges, 2002).
Devido a essa situação, os empresários esperam de seus contadores um conhecimento sobre o regime de tributação menos oneroso à empresa. Por isso compete ao contador analisar os sistemas de tributação brasileiros para optar pela forma mais viável à empresa, levando em consideração as vantagens e desvantagens que cada regime tributário oferece.
Diante do exposto, o presente trabalho consiste em uma abordagem sobre o regime tributário Lucro Real. A proposta do trabalho envolve conhecimentos e esclarecimentos acerca do regime de tributação Lucro Real em comparação com outros regimes tributários, abordando suas vantagens e desvantagens, assim como quais empresas são obrigadas pelas legislações a optarem por esse regime e apontando para uma explicação e análise sobre o Livro de Apuração do Lucro Real – LaLur.
2 REGIME TRIBUTÁRIO
É o conjunto de normas e leis que define a forma de tributação das empresas, determinando como será realizada a cobrança de impostos conforme o volume de arrecadação. A definição do regime a ser usado varia de acordo com o tipo de negócio e faturamento.
 Listamos os principais tipos de regimes tributários previstos na legislação tributária para recolhimento dos tributos:
2.1. SIMPLES NACIONAL
 Este regime é indicado para microempresas ou empresas de pequeno porte. A sua proposta é simplificar a burocracia para estas organizações, de forma a reduzir a carga tributária e unificar os impostos em uma única guia a pagar, tanto Municipais quanto Estaduais e Federais.
 O valor do faturamento para enquadramento no Simples Nacional ate 31/12/2017 é de R$ 3.600.00,00 anual. Para 2018, o limite da receita bruta passa para R$ 4.800.000,00 por ano. 
 A opção pelo Regime para empresas que já estão em atividade somente poderá ser realizada até o último dia útil de janeiro. Para empresas que iniciaram suas atividades em outro mês diferente de janeiro, poderão aderir em qualquer mês, desde que não ultrapasse 180 dias de liberação do cadastro do CNPJ. Para se enquadrar nesse regime, além da avaliação do faturamento anual da empresa e o obedecimento do prazo para adoção, é preciso verificar se o tipo de atividade da empresa é permitido pelo Simples e se o sócio não possui restrição que impeça de aderir ao regime.
2.2. LUCRO PRESUMIDO
 Neste regime, visando simplificar o cálculo dos impostos, é utilizado um valor de “Lucro Presumido”. Na forma mais clara, a Receita Federal presume qual será o lucro da empresa baseado na atividade exercida, gerando um valor médio de lucro e alíquota que estas empresas teriam que pagar. Uma vez que a legislação estabelece as alíquotas a serem usadas para o cálculo baseadas no faturamento da empresa e por atividade exercida.
 Este regime é indicado para a mpresa cujo faturamento anual seja menor que R$ 78 milhões e maior que R$ 4 milhões. Diferente de outros tipos de regimes tributários, como o Lucro real, as empresas que atuam no mercado financeiro ( corretoras, bancos, factoring, entre outras) não podem se enquadrar nesse regime
 A opção por este regime pode ser realizada no ano da constituição da empresa, desde que o valor da receita não ultrapasse o limite anual. Como o Lucro Real, a empresa que opta por este regime tem que pagar várias guias específicas e diversas declarações acessórias, mas mesmo assim é o regime tributário com mais empresas enquadradas no Brasil, perdendo somente pra o Simples Nacional, pois ele acaba gerando menos impostos e obrigações acessórias que o Lucro Real.
2.3 LUCRO ARBITRADO
 O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte.
 É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do Lucro Real ou Presumido, conforme o caso. Por exemplo: quando o contribuinte optante pelo Lucro Real não tem o livro diário ou razão, quando deixa de escriturar o livro inventário, etc.
 Quando conhecida a receita bruta e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda correspondente com base nas regras do Lucro Arbitrado.
 O período de apuração neste regime é trimestral com encerramento em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário (RIR/1999, artigo 220 e 530).
 A tributação com base no lucro arbitrado será manifestada mediante o pagamento da primeira quota ou da quota única do imposto devido, correspondente ao período de apuração trimestral em que o contribuinte, pelas razões determinantes na legislação, se encontrar em condições de proceder o arbitramento do seu lucro.
 O lucro arbitrado será apurado mediante a aplicação de percentuais:
a) Sobre a receita bruta quando conhecida, segundo a natureza da atividade econômica explorada (RIR/1999 artigo 532);
b) Quando desconhecida a receita bruta, o lucro arbitrado também será apurado mediante a aplicação de coeficientes sobre valores (bases) expressamente fixados pela legislação fiscal (RIR/1999, artigo 535).
2.4 LUCRO REAL
 No Lucro Real, a tributação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSSL) se dá mediante a apuração contábil dos resultados, com os ajustes determinados pela legislação fiscal. A base de cálculo do imposto,determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, é o Lucro Real correspondente ao período de apuração.
 Hicks (1974:175) define na sua obra Value and Capital, que o lucro de um indivíduo é a quantia que uma pessoa pode consumir durante um período de tempo e estra tão bem no final do período como estava no início. Apoiado na definição de Hicks, Solomons (1961:376), em seu artigo Economic and Accounting Concepts of Income elabora alguns ajustes e conceitua o lucro econômico de uma empresa de negócios como sendo o montante pelo qual a riqueza líquida da entidade cresce durante um período ajustado pelo valor de novos aportes de capital e distribuição de dividendos.
 Em tese, esta é a forma de tributação mais justa, por atender à característica mais expressiva do imposto sobre a renda das pessoas jurídicas, que é a incidência sobre o resultado efetivo (receitas menos despesas), e não sobre um resultado teórico (como no caso do Lucro Presumido). Porém devido à burocracia fiscal exigido pelo Lucro Real, muitas empresas e profissionais da área tributária acabam acomodando-se à formas mais simples de apuração do imposto (Lucro Presumido ou Simples Nacional).
 De fato, para uma empresa com pequeno faturamento, os custos burocráticos para os controles exigidos pelo Lucro Real tendem a ser maiores que os tributos apurados (IRPJ e CSSL). Em tese tais empresas, quando a legislação do Imposto de Renda o admite, deveriam optar ou pelo Lucro Presumido ou pelo Simples Nacional. Mas a grande maioria das demais empresas, mesmo as pequenas, deveria estar atenta às possibilidades que o Lucro Real permitem ao Planejamento Tributário, já que a nossa legislação não veda a escolha da forma de tributação, salvo em relação ao valor da receita bruta e/ou de determinadas atividades. Por exemplo: empresas capitalizadas podem deduzir, na apuração do Lucro Real, os juros calculados mediante a TJPL (Taxas de Juros de Longo Prazo) sobre o capital próprio. A tributação destes juros (15%) é menor que a tributação do IRPJ (15 a 25%) e da CSSL (9%).
 Assim, as principais vantagens para opção pelo Lucro Real são:
1. Tributação teoricamente mais justa, sobre os resultados ( e não sobre uma base faturamento, como no Lucro Presumido);
2. Aproveitamento de créditos do PIS e COFINS (especialmente interessante para empresas que tem menores margens de comercialização);
3. Possibilidades de utilização de dezenas de formas de planejamento tributário.
As desvantagens seriam:
1. Maior ônus burocrático, pela necessidade de controles e acompanhamentos fiscais e contábeis especiais;
2. Incidência do PIS e COFINS às alíquotas mais altas (mas permitindo os créditos estipulados na legislação).
Fonte: Dia a Dia Tributário
https://www.google.com.br/amp/www.contabeis.com.br/noticias/9586/lucro-real-vantagens-e-desvantagens/amp
2.3.1. Utilização de Benefícios Fiscais
 A legislação tributária prevê diversos benefícios fiscais cuja utilização só é possível aos optantes do Lucro Real. Os casos são muitos. A extensão em mais dois meses da licença maternidade de funcionárias mães de recém-nascidos (ou recém-adotados) e o custeio da alimentação paga pela empresa aos seus funcionários (PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador) são dois exemplos de gastos custeados integralmente com valores oriundos do imposto de renda devido. Doações ou patrocínios feitos a projetos culturais ou artísticos, a obras cinematográficas, a projetos desportivos, a fundos municipais de amparo à criança e ao adolescente, a programas de combate ao câncer e de apoio a deficientes físicos, são todos exemplos de dispêndios integralmente dedutíveis do imposto de renda devido pelas empresas enquadradas no Lucro Real.
2.3.2 Pagamentos de Juros Sobre o Capital Próprio
 A possibilidade de pagamento de JCP (Juros sobre Capital Próprio) é uma grande vantagem do regime de Lucro Real. Imagine deduzir da base de cálculo do imposto parte dos dividendos que a empresa paga aos sócios. É justamente isso que ocorre quando se opta pelo pagamento de JCP. A empresa calcula os JCP aplicando o valor da TLJP anual sobre o valor do Patrimônio Líquido da empresa ( subtraindo-se as contas de Reserva de Reavaliação e de Ajuste de Variação Patrimonial) e efetua o pagamento aos sócios, admitindo que esse valor faz parte dos dividendos mínimos, ao mesmo passo em que deduz da base de cálculo do imposto de renda. A adoção dessa prática se mostra muito vantajosa na maioria dos casos e só é possível para as empresas do Lucro Real.
2.3.3. Compensar Prejuízos Fiscais
 Simples Nacional e Lucro Presumido são regimes que não permitem a compensação de prejuízos fiscais, provocando enorme distorção tributária no campo de imposto de renda e da contribuição fiscal. O exemplo de uma empresa recém-inaugurada é emblemático. De fato, tome como hipótese, um escritório de advocacia recém-inaugurado, com despesas mensais de aluguel, água, luz, telefone, salários, publicações técnicas, etc., mas cujo faturamento ainda não faça frente aos mencionados gastos. Admita no nosso exemplo que essa realidade se manteve durante os primeiros 12 meses do escritório jurídico, até que ele começasse a se pagar. Com isso, o escritório se viu com prejuízo durante um ano inteiro, mas pagou imposto de renda com base na sua diminuta receita bruta mesmo assim. Por outro lado, caso tivesse optado pelo Lucro Real, não pagaria nada de IRPJ e CSSL, pois os prejuízos experimentados não ensejariam o pagamento dos mencionados gravames. Ademais, o prejuízo acumulado seria ainda compensado no período seguinte, caso passasse a perceber lucros (limitado a 30% do lucro real do novo período).
3. EMPRESAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL
 Como o Lucro Real é um formato de apuração do IRPJ E CSSL, baseando-se no resultado contábil após os ajustes decorrentes da legislação tributária (adições/exclusões), diante desse cenário, pode optar pelo Lucro Real todas as pessoas jurídicas, sendo que algumas delas são obrigadas a esse regime, ficando, portanto, impedidas de se adequarem no Lucro Presumido ou no Simples Nacional.
 Estão automaticamente obrigadas ao Lucro Real as pessoas jurídicas:
a) Cuja receita bruta total, no ano calendário anterior seja superior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário, quando inferior a 12 meses (limite fixado pela Lei 10.637/2002)
b) Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
c) Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
d) Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
e) Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do artigo 2º da Lei 9.430/1996. A opção pelo regime de tributação (Real, Presumido ou Arbitrado) se dá com o primeiro recolhimento, normalmente em janeiro.
f) Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação e serviços (factoring).
g) Que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agro negócio (incluído pelo artigo 22 da medida Provisória 472/2009)
h) Empresas imobiliárias, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado (INSRF 25/1999). O custoorçado é a modalidade de tratamento contábil dos custos futuros de conclusão de obras.
i) Sociedades de Propósito Específico (SPE) constituídas por optantes pelo Simples Nacional deverão apurar o imposto de renda das pessoas jurídicas com base no Lucro Real, conforme estipulado no artigo 56 § 2, IV da Lei Complementar 123/2006.
4. PERÍODO DE APURAÇÃO
 O imposto será determinado com base no Lucro Real por período de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
 No caso da apuração com base no Lucro Real, o contribuinte tem a opção de apurar anualmente o imposto devido, devendo, entretanto, recolher mensalmente o imposto por estimativa. Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data do evento. Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento.
As alíquotas dos tributos para cálculo do IRPJ e da CSLL nessa modalidade são:
 · IRPJ: 15% para Lucro até R$ 20.000,00/mês;
 · IRPJ: 25% para Lucro acima de R$ 20.000,00/mês;
5 . LALUR
 O LALUR – Livro de Apuração do lucro Real, é um livro fiscal obrigatório somente para as empresas tributadas pelo Imposto de Renda na modalidade Lucro Real, conforme previsão contida no Regulamento do Imposto de Renda.
 Sua função é ajustar os demonstrativos contábeis à declaração do Imposto de Renda com adições e exclusões ao lucro líquido do período-base, apurando-se a base de cálculo do Imposto de Renda devido e controle de valores que devam influenciar a determinação do Lucro Real de períodos-base futuros e que não constem da escrituração comercial.
 Em linhas gerais, o LALUR é dividido em duas partes. Na primeira parte (parte A) são colocados os lançamentos de ajuste no lucro líquido. Além disso, deve ser somado a isso as compensações, as adições e exclusões. Para fechar, o Lucro Real deve ser demonstrado.
 Já na segunda parte (parte B), a ideia é que sejam adicionados os controles de valores que não constam na escrituração comercial, mas que por alguma razão podem influenciar os lucros futuros. É como se o contador estivesse colocando notas de esclarecimento ao documento. Esse procedimento deve ser feito quando não há a possibilidade de se fazer uma apuração contábil, mas se sabe que ela existe e que pode impactar no lucro.
5. Simulação
 A empresa Alpha, tributada pelo Lucro Real, fez a opção do pagamento trimestral para o ano de 2016. Obteve lucro tributável de R$ 750.000,00 no primeiro trimestre, prejuízo fiscal de R$ 180.000,00 no segundo trimestre e de R$ 130.000,00 no terceiro e resultado positivo no quarto trimestre de R$ 560.000,00. Assim, terminou o ano com um resultado fiscal positivo de R$ 1.000.000,00. Considerando as informações fornecidas, demonstre o total de IR e CSLL a ser pago pela empresa, referente ao ano de 2016, em reais. (Obs: os ajustes do lucro contábil são os mesmos para IR e CSLL). 
1º Trimestre
 (=)Lucro Real ............................................................................................................... R$ 750.000,00 IRPJ NORMAL ..................................................................... R$ 750.000,00 x 15% = R$ 112.500,00 IRPJ ADICIONAL................................................................... R$ 540.000,00 x 10% = R$ 54.000,00 IRPJ A RECOLHER .................................................................................................. R$ 166.500,00 
(=)Base de Cálculo Real da CSLL ................................................................................ R$ 750.000,00 CSLL ......................................................................................... R$ 750.000,00 x 9% = R$ 67.500,00 CSLL A RECOLHER .................................................................................................. R$ 67.500,00 
2º Trimestre
 (=)Prejuízo fiscal ....................................................................................................... (R$ 180.000,00) IRPJ A RECOLHER ............................................................................................................. R$ 0,00 CSLL A RECOLHER ........................................................................................................... R$ 0,00 
3º Trimestre 
(=)Prejuízo fiscal ........................................................................................................ (R$ 130.000,00) IRPJ A RECOLHER ............................................................................................................. R$ 0,00 CSLL A RECOLHER ........................................................................................................... R$ 0,00 
4º Trimestre
 (=)Lucro Contábil ........................................................................................................ R$ 560.000,00 (-)Compensação ......................................................................................................... (R$ 168.000,00) (=)Lucro Real ................................................................................................................ R$ 392.000,00 IRPJ NORMAL ....................................................................... R$ 392.000,00 x 15% = R$ 58.800,00 IRPJ ADICIONAL................................................................... R$ 220.000,00 x 10% = R$ 22.000,00 IRPJ A RECOLHER .................................................................................................... R$ 80.800,00 
(...)
 (=)Base de Cálculo Real da CSLL ............................................................................... R$ 392.000,00 CSLL ......................................................................................... R$ 392.000,00 x 9% = R$ 35.280,00 CSLL A RECOLHER .................................................................................................. R$ 35.280,00 
O valor total pago em 2016 foi de R$ 247.300,00 de IRPJ e de R$ 102.780,00 de CSLL.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escolha do regime tributário na representação comercial, como podemos ver, através de uma empresa, deve ser feita através de uma análise completa sobre o faturamento da empresa, e isso só pode ser realizado através da assessoria contábil especializada em contabilidade para representantes comerciais, que fará assim, o planejamento tributário mais adequado para a mesma, atendendo às necessidades para continuar com suas atividades dentro da área, é necessário verificar os rendimentos atuais e as metas de faturamento. Embora atualmente uma empresa de representação comercial possa optar pelo Simples Nacional, mais uma vez reiteramos, é necessário analisar o seu faturamento nos exercícios anteriores para encontrar a melhor solução para o seu enquadramento.
Antes da lei Complementar 147/2014, o melhor regime tributário na representação comercial era o Lucro Presumido, embora houvesse também a possibilidade de escolher o Lucro Real. Diante das alíquotas apresentadas na opção pelo Simples Nacional, o regime não se apresenta viável.
É evidente que, para o empresário, a escolha do regime tributário na representação comercial, é uma escolha pessoal, dependendo de como ele gerencia o seu processo de vendas. Contudo, contar com o apoio de uma assessoria contábil especializada em Contabilidade para empresas comerciais ainda é a melhor opção para a escolha mais acertada.
As contribuições PIS e COFINS são importantes fontes de arrecadação do estado, e por conseguinte são alvos de constantes estudos, discussões e alvo de propostas de alterações pelo poder legislativo. Vimos nesse embasamento legal que o LALUR sofre mudanças com a implantação de novas leis, neste sentido, recapitulamos que além do livro ser eminentemente fiscal, ele está sempre atualizado com a legislação tributária, pois o fim dele é apurar o correto imposto, sendo assim, as alterações que introduzirem mudanças na apuraçãodo lucro, consequentemente, novas modalidades de preenchimento no LALUR serão implantadas. 
REFERÊNCIAS
www.portaltributario.com.br/guia
blog.sage.com.br
www.valortributario.com.br
www.portaldecontabilidade.com.br
https://www.fisconnect.com.br/artigos/lucro-real-7-vantagens/
LUCRO REAL OU LUCRO PRESUMIDO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A MELHOR FORMA DE TRIBUTAÇÃO PARA UMA EMPRESA INDUSTRIAL E COMERCIAL. Trabalho de conclusão de curso de Graduação em Contabilidade pela Faculdade Cearense – FAC com o objetivo de obtenção do grau de graduação. FORTALEZA, 2014.

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