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ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO RELATÓRIO 2 Juliana Mangini Zamora RA: 3018200306 “DEPRESSÃO” O relatório atual apresentará o tema depressão em crianças e jovens transexuais e o tema foi estudado inicialmente no “Caso Melissa”. Melissa nasceu biologicamente Miguel, um menino, e seus pais disseram que desde sempre se comportou como menina, o que gerou diversos conflitos emocionais tanto para os pais, a família e para o Miguel. Conforme Miguel crescia mais claramente as evidências apareciam, ele não se adaptava em nenhum grupo na escola, nem dos meninos e nem das meninas, algo estava errado. Sintomas emocionais e físicos começaram a aparecer por tantos conflitos internos, por não saber o que estava acontecendo realmente. Os pais se culpavam pelo que estava acontecendo e também não compreendiam Miguel, o conflito entre eles era tanto que acabaram se separando, após um ano se reconciliaram e acabaram por aceitar que Miguel era homossexual, porém foram alertados por um parente que na verdade Miguel era transexual. A partir daí começaram a buscar informações e saber realmente o que era a transexualidade. Aos 10 anos a transição de gênero se iniciou com acompanhamento psicológico no HC, e agora “Melissa” pode ser quem realmente sempre foi, menina. Após identificarem e aceitarem a transexualidade, os pais puderam se livrar da culpa da não compreensão com a sua filha. Mel, por sua vez, se tornou uma menina extremamente feliz e segura. Vimos que a busca por apoio psicológico foi fundamental, esclarecer o que estava acontecendo com esta criança diminuiu os transtornos que tanto os pais sofreriam, quanto para a Mel, que já apresentava sintomas depressivos e poderia sofrer ainda mais caso não fosse compreendida e acompanhada. Um outro ponto extremamente importante é o tratamento hormonal em crianças e jovens transexuais. Durante o acompanhamento que envolve uma equipe multidisciplinar é identificado o momento correto do início do tratamento hormonal, a qual bloqueadores hormonais impedem o desenvolvimento de aspectos físicos e biológicos. Foi apresentado uma emenda a um projeto de lei pela deputada Janaina Paschoal a qual impediria o tratamento hormonal a jovens e crianças menores a 18 anos. Ela alega preocupação com a imaturidade nesta decisão que pode causar efeitos irreversíveis. Porém esta emenda foi bastante criticada por especialistas e familiares que acompanham estes jovens, pois o diagnostico não é realizado através do comportamento expresso, e sim das certeza internas, e que um diagnostico pode levar anos para ser concluído assim havendo a certeza que não é uma situação transitória ou duvidosa. Também enfatizaram sobre o sofrimento que estes jovens carregam durante a evolução de seu corpo, o desenvolvimento de partes físicas e também hormonais a quais não se descrevem com sua realidade, trazendo sofrimento e angústia.