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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO DA CARGA TÉRMICA: ESTUDO DE CASO DE UM TEMPLO RELIGIOSO DANIEL CASTRO DA SILVA CALLEGÁRIO ICARO MATEUS DA CONCEIÇÃO DOS PASSOS MARCELO MATTOS ANDRADE DE SOUZA Rio de Janeiro 2019 ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO DA CARGA TÉRMICA: ESTUDO DE CASO DE UM TEMPLO RELIGIOSO DANIEL CASTRO DA SILVA CALLEGÁRIO ICARO MATEUS DA CONCEIÇÃO DOS PASSOS MARCELO MATTOS ANDRADE DE SOUZA Trabalho de conclusão de curso, apresentado à Universidade Estácio de Sá, como requisito parcial, para obtenção do grau de bacharel em Engenharia Mecânica, sob orientação do Professor Me. Ivan da Cunha Santos. Rio de Janeiro 2019 DEDICATÓRIA Para nossa família e companheiros de faculdade, que estiveram ao nosso lado durante todo esse percurso. AGRADECIMENTOS Agradecer primeiramente a Deus por nos proporcionar essa etapa importantíssima em nossas vidas, sempre nos dando força para seguir em frente. Aos nossos familiares e amigos no geral, que sempre estão do nosso lado. Agradecer também a todos os professores envolvidos em nossa formação durante esses cinco anos, nos passando muitos conhecimentos e experiências de vida nas quais contribuem em nossas vidas profissionais, em especial ao professor Me. Ivan Cunha por nos guiar nessa difícil jornada de montar o trabalho de conclusão de curso e também por toda a condução da disciplina em que ajuda os alunos a realizarem seus trabalhos. A Universidade Estácio de Sá, instituição essa que nos proporcionou uma gama de conhecimentos até a chegada da formatura. RESUMO Este trabalho tem por objetivo fazer um comparativo entre um sistema de condicionamento de ar já instalado e que não oferece vazão suficiente, deixando a desejar no quesito conforto térmico, com outros dois métodos: detalhado e simplificado. Para se dimensionar a carga térmica simplificada, será usado o livro Instalações de a condicionado, Creder (2005). Já para o cálculo detalhado, será usado a mesma bibliografia juntamente com as normas brasileiras que regem o setor de condicionamento de ar, ABNT NBR 16401-1:2008, ABNT NBR 16401- 2:2008 e ABNT NBR 16401-3:2008. Em ambos os casos será oferecido sugestões de melhorias, afim de reduzir os custos do projeto sem perder as condições de conforto térmico necessário para o ambiente. Após todos os cálculos, os dados obtidos serão comparados para definir qual o melhor método a ser usado na instalação na igreja. Palavras Chave: condicionamento de ar, conforto Térmico, carga Térmica ABSTRACT The objective of this work is to compare a system of air conditioning already installed, which is not sufficiently safe, leaving a time without thermal comfort, with two methods: detailed and simplified. In order to dimension the load in a simplified way, the air-conditioning installations will be used, Creder (2005). For the detailed calculation, the same bibliography will be used together with the ABNT NBR 16401- 1: 2008, ABNT NBR 16401-2: 2008 and ABNT NBR 16401-3: 2008 standards. In both cases, preferences have increased, to reduce the risk of losing the necessary comfort conditions to the environment. After all the calculations, the data is compared to define what is best and the method used in church installation. Keywords: air conditioning, thermal comfort, thermal load LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR: Norma Brasileira TBS: Temperatura de Bulbo Seco TBU: Temperatura de Bulbo Úmido UR: Umidade Relativa LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Carta Psicométrica .................................................................................... 17 Figura 2 – Planta baixa da Igreja ............................................................................... 20 Figura 3 - Coeficientes de Transmissão de Calor Através de Vidros ........................ 41 Figura 4 - Diferença entre a Carga Térmica Instalada, Método Simplificado sem Melhoria, Método Completo sem Melhoria, Método Simplificado com Melhoria e Método Completo com Melhoria ................................................................................ 85 file:///C:/Users/Marcelo/Desktop/TCC%20Completo.docx%23_Toc10803524 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Condições internas para verão ................................................................ 14 Tabela 2 – Condições internas para inverno ............................................................. 15 Tabela 3 – Dados da construção ............................................................................... 18 Tabela 4 – Informações gerais .................................................................................. 21 Tabela 5 – Fatores A - Condução ............................................................................. 22 Tabela 6 – Fatores B – Ganho devido ao sol ............................................................ 28 Tabela 7 – Fator C – Ganho devido às pessoas ....................................................... 30 Tabela 8 - Fator D - iluminação e aparelhos elétricos ............................................... 31 Tabela 9 - Fatores F - ventilação ou infiltração ......................................................... 32 Tabela 10 - Fatores G - Multiplicador da infiltração ou ventilação para várias temperaturas de bulbo úmido .................................................................................... 33 Tabela 11 - Fatores G - Multiplicador da infiltração ou ventilação para várias temperaturas de bulbo úmido .................................................................................... 33 Tabela 12 - Estimativa rápida para carga térmica ..................................................... 34 Tabela 13 - Estimativa rápida para carga térmica ..................................................... 37 Tabela 14 - Comparativo ........................................................................................... 38 Tabela 15 - Informações Gerais ................................................................................ 38 Tabela 16 - Características dos materiais ................................................................. 39 Tabela 17 - Acréscimo ao Diferencial de Temperatura ............................................. 45 Tabela 18 - Acréscimo ao Diferencial de Temperatura faces do projeto ................... 46 Tabela 19 - Densidade de massa aparente, condutividade térmica e calor específico de materiais ............................................................................................................... 46 Tabela 20 - Taxas típicas de calor liberado por pessoa ............................................ 60 Tabela 21 - Equipamentos da igreja .......................................................................... 63 Tabela 22 - Infiltração de ar ....................................................................................... 66 Tabela 23 - Vazão eficaz mínima de ar exterior para ventilação ............................... 71 Tabela 24 – Cálculo de carga térmica completa ....................................................... 74 Tabela 25 – Cálculo de carga térmica completa com melhorias ............................... 83 Tabela 26 - Comparativo ........................................................................................... 84 SUMÁRIO 1. CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO ............................................................................ 11 1.1 Considerações Iniciais ..................................................................................... 11 1.2 Justificativa ...................................................................................................... 12 1.3 Objetivo Geral .................................................................................................. 12 1.4 Objetivo Específico .......................................................................................... 12 1.5 Metodologia ..................................................................................................... 12 1.6 Limitações do Trabalho .................................................................................... 13 2. CAPÍTULO II – REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................... 13 2.1 Refrigeração e Conforto Térmico ..................................................................... 13 2.2 Padrões Para Conforto .................................................................................... 14 2.3 Carga Térmica ................................................................................................. 16 2.4 Carta Psicrométrica ......................................................................................... 16 3. CAPÍTULO III - CÁLCULOS DO PROJETO ....................................................... 17 3.1 Características da Construção e Bases Consideradas Para Os Cálculos do Projeto. .................................................................................................................. 17 3.2 Carga Térmica Simplificada ............................................................................. 21 3.2.1 Carga térmica para janelas na sombra ......................................................... 22 3.2.2 Carga Térmica Devido à Condução pelas Paredes ...................................... 23 3.2.3 Carga térmica devido a condução pelo teto .................................................. 26 3.2.4 Carga térmica devido a condução pelo piso ................................................. 27 3.2.5 Carga térmica para janelas por ganhos devido ao sol .................................. 27 3.2.6 Carga térmica devido às pessoas ................................................................. 30 3.2.7 Carga térmica devido à iluminação e aparelhos elétricos ............................. 31 3.2.8 Carga térmica devido à ventilação ou infiltração........................................... 31 3.3 Sugestões e melhorias para o método simplificado ......................................... 35 3.4 Método Completo............................................................................................. 38 3.4.1 Carga Térmica devido a Insolação ............................................................... 39 3.4.2 Carga Térmica por condução e convecção .................................................. 45 3.4.3 Cálculo da carga térmica do telhado ............................................................. 46 3.4.4 Carga Térmica Devido à Condução pelas Paredes ...................................... 48 3.4.5 Carga Térmica devido às pessoas................................................................ 60 3.4.6 Carga Térmica devido a equipamentos de som e vídeo ............................... 63 3.4.7 Carga Térmica devido a Iluminação ............................................................. 64 3.4.8 Carga Térmica devido a Infiltração ............................................................... 65 3.4.9 Carga Térmica por Ventilação ...................................................................... 71 3.5 Sugestões de Melhorias Para O Cálculo Completo da Carga Térmica ........... 75 3.5.1 Melhorias Através da Instalação de Toldos .................................................. 76 3.5.2 Cortina de Ar ................................................................................................. 81 4. CAPÍTULO IV – COMPARATIVO DOS RESULTADOS ..................................... 84 4.1 Comparativos dos Resultados ......................................................................... 84 4.2 Adequação do Sistema Para Atender ao Conforto Térmico ............................ 85 5. CAPÍTULO V – CONCLUSÃO ............................................................................ 87 6. CAPÍTULO VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................... 88 11 1. CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO 1.1 Considerações Iniciais A intenção dos mecanismos básicos de transferência de calor em massa é capacitar o ser humano a intervir conscientemente em ambientes fechados, com o intuído de melhorar a qualidade do ar interno. (É importante que seja considerado as condições ideias, os cálculos de carga térmica e os fatores que influenciam nessas cargas). Este projeto tem por objetivo realizar um estudo comparativo de um sistema de climatização instalado em uma igreja localizada no município de Seropédica, com capacidade para 350 pessoas (incluindo pastor, equipe de louvor e membros), através de cálculos realizados de acordo com as normas que regem o conforto térmico. O alvo desse trabalho é montar um projeto para que ao final do mesmo, a igreja possa ter um sistema de climatização que irá atender a demanda necessária e estará de acordo com as normas regulamentadoras. O projeto beneficiará a igreja como um todo, e a nós, pois estaremos colocando em prática tudo aquilo que aprendemos em sala de aula, assim, tendo uma experiência real de umas das atividades de um engenheiro mecânico. O projeto pode ser feito de dois métodos diferentes, o primeiro de forma simplificada e a segundo de forma detalhada. Cada método conterá um passo a passo com os cálculos, contendo todos os dados necessários para a realização dos cálculos de carga térmica, juntamente com todos os dados obtidos do local de instalação do sistema de refrigeração. Para a obtenção dos resultados o mais próximo da realidade, faz-se necessário um estudo detalhado das bibliografias que regem os sistemas de ar condicionado e refrigeração. Após esse estudo, podemos começar a realizar os cálculos, dimensionando a carga térmica do ambiente. Após a realização dos cálculos, é possível obter valores de carga térmica bem próxima à realidade, assim, chegando a uma conclusão de qual será a diferença dos dois métodos propostos. 12 1.2 Justificativa Visando um ambiente agradável e confortável para quem o frequenta, ambientes como igrejas, lojas, casas buscam cada vez mais pela alternativa da instalação de sistemas de condicionamento de ar e com isso garantirem um conforto térmico para as pessoas. Levando-se em conta que este projeto está sendo feito para uma igreja no estado Rio de Janeiro onde as temperaturas são elevadas, este projeto vem de encontro com a necessidade acima citada. 1.3 Objetivo Geral Projetar um sistema básico de refrigeração pelo método simplificado e pelo método completo para uma igreja que já tem um sistema de ar instalado, visando melhorar o conforto térmico dos membros que ali frequentam. Ao final do projeto, será comparado os dois métodos com o sistema instalado na igreja, buscando sempre a melhor eficiência visando economizar e ao mesmo tempo oferecer um conforto térmico para as pessoas. 1.4 Objetivo Específico Como objetivos específicos deste trabalho têm-se: Obtenção dados do sistema instalado na igreja; Pesquisa e análise os dados físicos necessários para o projeto; Pesquisa e análise as normas que regem o conforto térmico; Estudo comparativo entre o sistema instalado e os cálculos realizados; Apresentar sugestões para que o sistema possa atingir o conforto térmico. 1.5 Metodologia Este trabalho é baseado em um projeto de climatização para uma igreja, e conterá um memorial descritivo, contendo todas informações necessárias para se calcular as cargas térmicas do ambiente de dois modos diferentes (simplificado e 13 completo). Será descrito todos os dados coletados, pois os mesmos serão utilizados nos cálculos ao longo do projeto. Com isso, dados sobre a construção (tipo de tijolo, reboco, pintura das paredes), tipo de atividade realizada pelas pessoas na igreja, quantidade máxima de pessoas na igreja durante os cultos (sentada ou em pé) e etc, será levado em conta. Com essas informações, fez-se os devidos cálculos, de acordo com as normas, justificando assim cada escolha realizada. O intuito é especificar um condicionador de ar com a finalidade do conforto térmico humano e que não gere gastos desnecessários, como por exemplo, usar equipamentos que realmente atendam às exigências sem gastar dinheiro e energia em excesso. Após as revisões e com todo o conhecimento adquirido, faz-se um cálculo simplificado e um detalhado, do dimensionamento da carga térmica na igreja. Para isso, nos baseamos nas normas NBR 16401, 6401 - que trata de instalações centrais de ar-condicionado para conforto, NBR 5410 – que fala sobre Instalações elétricas de baixa tensão, NBR 15220 – que fala sobre desempenho térmico de edificações-Parte 2, notas de aula da disciplina Refrigeração e climatização, livros e entre outras fontes de normatização e referência, nomeando assim de memorial descritivo do projeto de climatização do templo. 1.6 Limitações do Trabalho Este trabalho procurou abordar conceitos de ganhos e perdas de carga térmica por dois métodos diferentes, para se dimensionar o ar condicionado e compará-los com o que já está instalado na igreja. Não visando dimensionar dutos, apenas indicar quantidade de equipamentos e medidas para redução de entrada de carga térmica no recinto. 2. CAPÍTULO II – REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Refrigeração e Conforto Térmico De acordo com Creder (2004) “Refrigeração é o termo usado quando o sistema é mantido a uma temperatura mais baixa que a vizinhança. Como a 14 tendência do calor é penetrar no recinto, por diferença de temperatura, correspondente quantidade de calor deve ser retirada do sistema para manter a sua temperatura.” Ainda conforme Creder (2004), o equipamento de refrigeração adequado deverá retirar do local, o calor que entra no recinto, o calor gerado pelo recinto e mais o calor devido às perdas no processo. Conforme expressado por Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer (2001) “Arquitetura deve servir ao homem e ao seu conforto, o que abrange o seu conforto térmico. O homem tem melhores condições de vida e de saúde quando seu organismo pode funcionar sem ser submetido a fadiga ou estresse, inclusive térmico. A Arquitetura, como uma de suas funções, deve oferecer condições térmicas compatíveis ao conforto térmico humano no interior dos edifícios, sejam quais forem as condições climáticas externas.” Segundo Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer (2001), algumas variáveis climáticas influenciam no conforto térmico: temperatura, umidade e velocidade do ar e radiação solar incidente. Esses fatores tem uma estreita relação com regime de chuvas, vegetação, permeabilidade do solo, águas superficiais e subterrâneas, topografia, entre outras características locais que podem ser alteradas pela presença humana. 2.2 Padrões Para Conforto Segundo Creder (2004), os padrões de conforto podem variar de acordo com o tipo de atividade (repouso ou atividade moderada). As tabelas 1 e 2 mostram dados de temperatura e umidade relativa que são ideais para o conforto térmico durante o verão e o inverno. Na tabela 1 observa-se as condições internas para temperatura no verão. Tabela 1 – Condições internas para verão Finalidade Local Recomendável Máxima (A) TBS (°C) (B) UR (%) (A) TBS (°C) (B) UR (%) Conforto Residências Hotéis Escritórios Escolas 23 a 25 40 a 60 26,5 65 15 Lojas de curto tempo de ocupação Bancos Barbearias Cabeleireiros Lojas Magazines Supermercados 24 a 26 40 a 60 27 65 Ambientes com grandes cargas de calor latente e/ou sensível Teatros Auditórios Templos Cinemas Bares Lanchonetes Restaurantes Bibliotecas Estúdios de TV 24 a 26 40 a 65 27 65 Locais de reuniões com moviment o Boates Salões de baile 24 a 26 40 a 65 27 65 Ambientes de Arte Depósitos de livros, manuscritos, obras raras 21 a 23(c) 40 a 50(c) Museus e galerias de arte 21 a 23(c) 40 a 55(c) Acesso Halls de elevadores 28 70 (A) TBS = Temperatura de bilbo seco (°C). (B) UR = umidade relativa (%). (C)* = Condições constantes para o ano inteiro. Fonte: Adaptada de ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) da norma NBR 6401, Instalações centrais de ar-condicionado para conforto - Parâmetros básicos de projeto, 1980. A tabela 2 mostra as condições de temperaturas internas para o inverno Tabela 2 – Condições internas para inverno TBS (°C) UR (%) 20 - 22 35 - 67 Fonte: Adaptada de ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) da norma NBR 6401, Instalações centrais de ar-condicionado para conforto - Parâmetros básicos de projeto, 1980. 16 2.3 Carga Térmica Segundo Creder (2004), a carga térmica é definida pela quantidade de calor latente e sensível que deve ser retirado de um ambiente, para que ele atenda as condições de conforto pretendidas. Habitualmente, esta é dada em BTU/h, kcal/h ou TR. Ainda de acordo com Creder (2004), a carga térmica total de um ambiente, é dada pela soma de carga térmica por condução e/ou convecção, insolação, pessoas, dutos, equipamentos, iluminação, ventilação e infiltração. 2.4 Carta Psicrométrica De acordo com Stocker e Jones (1985), “psicrometria é o estudo das misturas de ar e vapor de água. Em ar condicionado o ar não é seco, mas sim uma mistura de ar e vapor de água, resultando daí a importância da psicrometria. Em alguns processos a água é removida do ar, enquanto em outros é adicionada.” Ainda segundo Stocker e Jones (1985), A carta psicrométrica é fundamental para esclarecimento dos pontos básicos das características da mistura ar e vapor d’água e o desenvolvimento da capacidade de obter as propriedades do ar úmido sob condições distintas daquelas para as quais a carta foi desenvolvida, como por exemplo, para uma condição diferente da pressão barométrica. Para o projeto, será utilizada uma carta psicométrica para pressão barométrica padrão de 101,325 kPa, estando ao nível do mar e em unidades do Sistema Internacional de Unidade (SI). Creder (2004) traz que a carta psicrométrica é composta das seguintes partes: Uma linha para parâmetros de bulbo seco (TBS) – esta linha é dada em °C, que é a temperatura do ar medida com um termômetro; Uma linha de umidade Absoluta (UA) – esta é dada em kg de umidade (vapor d’água) por kg de ar seco (massa de ar); Uma Linha de Temperatura de Bulbo úmido (TBU) – esta é dada em °C, que é a temperatura do ar medida com um termômetro comum envolto em um algodão úmido; 17 Uma Linha do volume específico – esta é dada em m3 de mistura por kg de ar seco; Linhas de escala de entalpia – esta é da em kJ/kg de ar seco; Linha de umidade relativa (UR) – esta é dada em porcentagem (%), sendo a razão entre a quantidade de umidade do ar e a quantidade máxima que ele pode conter na mesma temperatura. Figura 1 - Carta Psicométrica Fonte: Refrigeração e ar condicionado / W. F. Stocker e J. W. Jones 3. CAPÍTULO III - CÁLCULOS DO PROJETO 3.1 Características da Construção e Bases Consideradas Para Os Cálculos do Projeto. Atualmente a igreja possui cinco aparelhos de ar condicionado de 60.000 BTU/h e um de 22.000 BTU/h, totalizando 322.000 BTU/h. Pelo fato desse sistema 18 instalado, por muitas vezes deixar a desejar, dando a impressão de que o mesmo estaria dimensionado de forma incorreta., resolveu-se fazer os cálculos para fins de comparação. Normalmente, 350 pessoas frequentam a igreja em um dia de culto. A igreja é construída em tijolos de alvenaria deitado, com 20 cm de espessura e acabamento (emboço) com 2,0 cm, tanto na parte interna como na externa. Sua pintura externa e interna é de cor clara. A igreja também possui 6 janelas medindo 200 x 200 cm, sendo duas na orientação nordeste, uma na leste, uma na leste, duas na sudeste, uma na sul e uma na norte e 4 janelas menores, 3 na orientação nordeste, 2 medindo 43 x 191cm e uma medindo 44 x 300 cm respectivamente e uma na orientação sul medindo 44 x 185, além de 3 portas de vidro, sendo que duas portas ficam abertas o tempo todo, uma medindo 200 x 246 cm na face nordeste e outra medindo 246 x 211 na face noroeste e uma porta na orientação sudeste medindo 200 x 250 cm que fica fechada. A tabela 3 traz as os dados da construção da igreja. Tabela 3 – Dados da construção Item Dimensão (m) Material Esp. (cm) Acab. Ext. Esp. (cm) Acab. Int. Esp. (cm) cor Salão 213,35 m2 Alvenaria 20 Emboço 2 Emboço 2 média Parede Nordeste 40 m2 Alvenaria 20 Emboço 2 Emboço 2 média Janela Nordeste 10,96 m2 Vidro 0,6 N/A _ N/A _ N/A Porta de entrada (Nordeste) 4,92 m2 Vidro 0,6 N/A _ N/A _ média Parede Sudeste 96,6 m2 Alvenaria 20 Emboço 2 Emboço 2 média Janela Sudeste 16,81 m2 Vidro 0,6 N/A _ N/A _ N/A Porta de entrada (Sudeste) 5,0 m2 Vidro 0,6 N/A _ N/A _ média Parede Sudoeste 72,6 m2 Alvenaria 20 Emboço 2 Emboço 2 média Parede Noroeste 15,06 m2 Alvenaria 20 Emboço 2 Emboço 2 média 19 Janela Noroeste 9,84 m2 Vidro 0,6 N/A _ N/A _ N/A Porta de entrada (Noroeste) 5,19 m2 Vidro 0,6 N/A _ N/A _ média Na figura 2, é possível observar a planta baixa da igreja com suas respectivas medidas. 20 Figura 2 – Planta baixa da Igreja 21 Para os cálculos, foram utilizados o método simplificado e o método detalhado. No primeiro, como o nome já diz, faz um cálculo para estimar a carga térmica de conforto em instalações de condicionadores de ar, que não possuem condições específicas de temperatura e umidade, acarretando assim em um cálculo sem muita precisão e contraindicado para grandes ambientes. No segundo, foi considerado a carga térmica por condução e convecção, por insolação, devido as pessoas, devido aos equipamentos, devido a iluminação, devido a infiltração e devido a ventilação. 3.2 Carga Térmica Simplificada A tabela 4 traz as temperaturas de bulbo seco (BS) e bulbo úmido (BU), necessárias para fazer o cálculo simplificado. Tabela 4 – Informações gerais Temperatura de Bulbo seco (Exterior) 35 °C Temperatura de bulbo úmido (Exterior) 27 °C Fonte: Adaptada de CREDER, H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª edição. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2004 De acordo com Creder (2004), com base em publicações americanas, consegue-se fazer uma avaliação rápida de carga térmica. Os fatores multiplicativos foram obtidos por ensaios e permitem uma avaliação com precisão aceitável em instalações menos exigentes. Como os estudos realizados em laboratório são americanos, tem-se que converter m2 em pés quadrados. De acordo com Creder (2004), um metro quadrado equivale a 10.76 pés quadrados; 1 m = 3,28 ft. A tabela 5 mostra alguns fatores para calcular janelas na sobra, paredes, piso e teto. 22 Tabela 5 – Fatores A - Condução Temperatura BS externa 90°F (32°C) 95°F (35°C) Janelas na sombra 12 17 Paredes - alvenaria pesada 3 5 Paredes - alvenaria média 4 5 Paredes 2 3 Paredes - revestimento médio 4 5 Divisórias - revestimento simples 7 10 Divisórias - revestimento duplo 4 5 Divisória de vidro 14 17 Tijolo de vidro 5 8 Piso 3 4 Teto sob recinto não-ventilado 12 13 Teto sob recinto ventilado 9 11 Teto sob telhado 14 16 Teto sob piso ocupado 3 5 Obs.: Se o teto tiver isolamento de 1", multiplicar por 0,4; se de 2", multiplicar por 0,3; Se de 4", multiplicar por 0,2. Fonte: Adaptada de CREDER, H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª edição. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2004 3.2.1 Carga térmica para janelas na sombra Para calcular a carga térmica para janelas na sombra, deve-se: Determinar a área total das janelas na sombra em polegadas quadradas. Multiplicar a área pelo fator correspondente. Para determinar a área total da janela na sombra, utiliza-se a equação (1) abaixo: (1) 23 Para determinar a carga térmica da janela na sombra, utiliza-se a equação (2) abaixo: (2) 3.2.2 Carga Térmica Devido à Condução pelas Paredes Para calcular a condução devido as paredes é necessário: Determinar a área das paredes expostas externamente e internamente, multiplicando a largura pela altura (pé direito). As portas devem ser consideradas como parte da parede, e as janelas não. Multiplicar a área pelo fator correspondente. Área das paredes: Face (NE) Área total da Face NE através da equação => Área total das Janelas da Face NE através da equação => Para calcular a área somente da parede NE utiliza-se a equação (3): (3) 24 Face (SE) Área total da Face SE => Área total das Janelas da Face SE => Para calcular a área somente da parede SE utiliza-se a equação (4): (4) Face (SO) Área total da Face SO => Para calcular a área somente da parede SO utiliza-se a equação (5): (5) 25 Face (NO) Área total da Face NO => Área total das Janelas da Face NO => Para calcular a área somente da parede NO utiliza-se a equação (6): (6) Para calcular a área total das paredes, utiliza-se a seguinte equação (7): (7) Utilizando a equação (8), temos: 26 Utilizar a equação (9) para calcular a carga térmica total pelas paredes: (9) 3.2.3 Carga térmica devido a condução pelo teto Para calcular a carga térmica por condução pelo teto, deve-se: Determinar a área do teto. Selecionar o tipo de construção, que mais se aproxime do seu caso. Multiplicar a área pelo fator correspondente. Utilizando a equação (10), temos: (10) Utilizar a equação (11) para calcular a carga térmica total pelo teto: (11) 27 3.2.4 Carga térmica devido a condução pelo piso Para calcular a carga térmica por condução pelo teto, deve-se: Determinar a área do piso. Multiplicar esse valor pelo fator correspondente. Piso diretamente sobre o solo não deve ser considerado. Utilizando a equação (12), temos: (12) Utilizar a equação (13) para calcular a carga térmica total pelo piso: (13) 3.2.5 Carga térmica para janelas por ganhos devido ao sol A tabela 6 mostra alguns fatores para calcular a carga térmica devido a incidência solar. 28 Tabela 6 – Fatores B – Ganho devido ao sol Janela voltada para: SE E NE N NO O SO Vidro simples e duplo sem proteção 110 180 160 105 160 180 110 Veneziana com toldo 30 50 45 30 45 50 30 Cortina colorida ou veneziana interna 65 110 95 60 95 110 65 Tijolo de vidro sem proteção 44 72 64 42 64 72 44 Fonte: Adaptada de CREDER, H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª edição. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2004 Para calcular a carga térmica, deve-se: Determinar a área das janelas em cada orientação. Multiplicar a área pelo fator correspondente. Face (NE) Utilizando a equação (14), tem-se: (14) Utilizar a equação (15) para calcular a carga térmica total: (15) 29 Face (L) Utilizando a equação (16), tem-se: (16) Utilizar a equação (17) para calcular a carga térmica total: (17) Face (SE) Utilizando a equação (18), tem-se: (18) Utilizar a equação (19) para calcular a carga térmica total: (19) 30 3.2.6 Carga térmica devido às pessoas A tabela 7 mostra os fatores para calcular a carga térmica devido as pessoas. Tabela 7 – Fator C – Ganho devido às pessoas Pessoas sentadas 400 BTU/h Pessoas em movimento 660 BTU/h Fonte: Adaptada de CREDER, H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª edição. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2004 Para calcular a carga térmica, deve-se: Determinar o número de pessoas que normalmente ocupam o ambiente e separar as que ficam sentadas ou em movimentos lentos e das que estão trabalhando ou dançando. Multiplicar esse valor pelo fator correspondente. Utilizar a equação (20), para pessoas trabalhando ou dançando a pessoas sentadas ou em movimentos lentos, tem-se: (20) Utilizar a equação (21), a pessoas sentadas ou em movimentos lentos, tem- se: (21) 31 3.2.7 Carga térmica devido à iluminação e aparelhos elétricos A tabela 8 mostra o fator para calcular a carga térmica devido iluminação e aparelhos elétricos. Tabela 8 - Fator D - iluminação e aparelhos elétricos Luz e equipamentos elétricos 3,4 Fonte: Adaptada de CREDER, H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª edição. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2004 Para calcular a carga térmica, deve-se: Determinar o valor total da potência (watts) das lâmpadas e dos aparelhos elétricos em uso no ambiente. Multiplicar esse valor pelo fator correspondente. Utilizar a equação (22) para calcular a carga térmica total: (22) 3.2.8 Carga térmica devido à ventilação ou infiltração A tabela 9 mostra alguns fatores para calcular a carga térmica devido a ventilação ou infiltração. 32 Tabela 9 - Fatores F - ventilação ou infiltração Ventilação Nº de ocupantes x 7,5 CFM (sem fumo) Nº de ocupantes X 15 CFM (fumo leve) Nº de ocupantes X 40 CFM (fumo pesado) Infiltração Obs.: Dimensões em pés: I = 1 (uma parede externa) I = 1,5 ( duas paredes externas) I = 2 (três ou mais paredes externas) Fonte: Adaptada de CREDER, H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª edição. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2004 Para calcular a carga térmica, devem-se calcular as exigências de ventilação e infiltração e usar o maior CFM (Cubic Feet Minute): Para ventilação, deve-se: Multiplicar o número de pessoas pelo tipo de fumo (leve, médio ou pesado). Para infiltração, deve-se: Multiplicar o comprimento do salão, pela largura, pela sua altura (todos esses dados em ft (pés), pela constante de infiltração e dividir por 60 que é a constante de tempo em minutos. Utilizar a equação (23) para calcular a carga térmica total por ventilação: (23) 33 Utilizar a equação (24) para calcular a carga térmica total por infiltração: (24) Considerar o CFM por ventilação para os cálculos, pois foi o maior valor. As tabelas 10 e 11 trazem os fatores multiplicadores em ºF e ºC, para o cálculo da carga térmica total por ventilação ou infiltração. Tabela 10 - Fatores G - Multiplicador da infiltração ou ventilação para várias temperaturas de bulbo úmido Temp. BU em (ºF) 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 Fator 3 5 8 11 14 17 20 23 27 30 33 37 41 45 49 Fonte: Adaptada de CREDER, H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª edição. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2004 Tabela 11 - Fatores G - Multiplicador da infiltração ou ventilação para várias temperaturas de bulbo úmido Temp. BU em (ºC) 21,7 22,2 22,8 23,3 23,9 24,5 25 25,6 26,1 26,1 26,7 Fator 14 17 20 23 27 30 33 37 41 45 49 Fonte: Adaptado do slide dado em sala de aula. Aula refrigeração e climatização Sendo assim, tem-se a equação (25): (25) 34 A tabela 12 mostra o resultado obtido através do cálculo simplificado. Na primeira coluna, temos as fontes de ganho de calor; na segunda, a área em metros quadrados e em pés quadrados; na terceira coluna, os fatores de acordo e na quarta coluna, temos as cargas térmicas parciais em BTU/h. Tabela 12 - Estimativa rápida para carga térmica A. Ganho por condução ÁREA Fator A BTU/h m2 Pés Quadrados 1. Janelas na sombra 9,81 105,5556 17 1.794,4452 2. Paredes e Divisórias 231,47 2490,6172 5 1.2453,086 3. Piso 213,35 2295,646 4 9.182,584 4. Teto 213,35 2295,646 16 36.730,336 5. Total do Item A 60.160,4512 B. Ganho devido ao Sol Fator B 6. Janela Nordeste 10,96 117,9296 160 18.868,736 7. Janela Leste 8 86,08 180 15.494,4 8. Janela Sudeste 8,42 90,5992 110 9.965,912 9. Janela sul 4 43,04 0 0 10. Total do item B 44.329,048 C. Ganho devido às pessoas Nº de pessoas Fator C 11. Pessoas sentadas ou em movimento lento 10 400 4.000 12. Pessoas Trabalhando ou dançando 340 660 224.400 13. Total do item C 228.400 D. Ganho devido à luz e a aparelhos elétricos Fator D 14. Total de watts 9769,6 3,4 33.216,64 F. Ventilação ou infiltração Fator F 14. Total do item F 5250 49 257.250 Carga térmica total em BTU/h 623.356,139 Carga térmica total em tonelada de refrigeração (TR) 51,946 35 3.3 Sugestões e melhorias para o método simplificado Visando melhorias como redução de custos, mas sem perder a eficiência do conforto térmico no ambiente, algumas sugestões podem surgir ao decorrer do projeto. Para este, vamos supor que a igreja possui veneziana com toldo em todas as janelas com incidência de sol. Face (NE) Utilizando a equação (26) tem-se: (26) Utilizar a equação (27) para calcular a carga térmica total: (27) Face (L) Utilizando a equação (28) tem-se: (28) 36 Utilizar a equação (29) para calcular a carga térmica total: (29) Face (SE) Utilizando a equação (30) tem-se: (30) Utilizar a equação (31) para calcular a carga térmica total: (31) 37 A tabela 13 mostra os valores da carga térmica para a igreja se forem instalados venezianas com toldos em todas as janelas com incidência de sol. Tabela 13 - Estimativa rápida para carga térmica A. Ganho por condução ÁREA Fator A BTU/h m2 Pés Quadrados 1. Janelas na sombra 4 43,04 17 731,68 2. Paredes e Divisórias 231,47 2490,6172 5 12.453,086 3. Piso 213,35 2295,646 4 9.182,584 4. Teto 213,35 2295,646 16 36.730,336 5. Total do Item A 59.097,686 B. Ganho devido ao Sol Fator B 6. Janela Nordeste 10,96 117,9296 45 5.306,832 7. Janela Leste 8 86,08 50 4.304 8. Janela Sudeste 8,42 90,5992 30 2.717,976 9. Janela sul 4 43,04 0 0 10. Total do item B 12.328,808 C. Ganho devido às pessoas Nº de pessoas Fator C 11. Pessoas sentadas ou em movimento lento 10 400 4.000 12. Pessoas Trabalhando ou dançando 340 660 224.400 13. Total do item C 228.400 D. Ganho devido à luz e a aparelhos elétricos Fator D 14. Total de watts 9769,6 3,4 33.216,64 F. Ventilação ou infiltração Fator F 14. Total do item F 5250 49 257.250 Carga térmica total em BTU/h 591.355,899 Carga térmica total em tonelada de refrigeração (TR) 49,280 Comparativo do método simplificado com e sem melhorias para a redução do custo sem perder a eficiência no conforto térmico. 38 A tabela 14 mostra o comparativo do cálculo normal e com as melhorias. Tabela 14 - Comparativo Cálculo normal Visando melhorias Redução Porcentagem Carga térmica total em BTU/h 623.356,139 591.355,899 32.000,24 5,13% Carga térmica total em tonelada de refrigeração (TR) 51,946 49,280 2,666 5,13% De acordo com os cálculos, tem-se uma redução de 32.000,24 BTU/h que equivale a 2,666 TR, o que equivale a 5,13%. 3.4 Método Completo Na Tabela 15 são apresentados os parâmetros estipulados para a igreja e que são essenciais para o desenvolvimento dos cálculos do projeto pelo método completo. Na tabela 16 são apresentadas as informações referentes aos materiais encontrados igreja. Tabela 15 - Informações Gerais Local Seropédica/RJ Latitude 22° 44' Temperatura de Bulbo seco (Exterior) 42 °C Temperatura de bulbo úmido (Exterior) 29,4 °C Umidade Relativa (Exterior) 40 % Umidade Específica (Exterior) 0,0208 kg de vapor/kg de ar seco Velocidade Média do Vento (Exterior) 12 km/h Temperatura de Bulbo seco (Interior) 24 °C Temperatura de Bulbo úmido (Interior) 17,8 °C Umidade Relativa (Interior) 0,0102 kg de vapor/kg de ar seco Umidade Específica (Interior) 55% Velocidade Média do Vento (Exterior) 5 km/h Coeficiente de Película para ar a 5 km/h 7,96 kcal/h.m2.°C Coeficiente de Película para ar a 12 km/h 19,5 kcal/h.m2.°C 39 Tabela 16 - Características dos materiais Material Espessura (cm) Condutividade Térmica (kcal/h.m.°C) tijolo comum uma vez 20 cm 1,11 Emboço 2 cm 2,35 Vidro 0,6 cm 1 Forro de isopor (poliestireno expandido moldado) 2 0,04 Telha de Ferro fundido 0,2 55 Fonte: Adaptada de CREDER, H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª edição. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2004 ,Adaptada da NBR 15220 - Desempenho térmico de edificações Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações. 3.4.1 Carga Térmica devido a Insolação “A mais poderosa energia que a superfície da Terra recebe do universo é a energia solar, que já está sendo aproveitada pelo homem como fonte térmica. Essa energia é, quase sempre, a responsável pela maior parcela da carga térmica nos cálculos do ar condicionado, em geral como radiação e convecção.” (Creder 2004) Segundo (Creder 2004), fica claro que este percentual é também uma função da rugosidade da superfície. Assim, a temperatura dos tetos e paredes depende dos seguintes fatores: Coordenadas geográficas do local (latitude); Inclinação dos raios do Sol (depende da época do ano e da hora consideradas); Tipo da construção; Cor e rugosidade da superfície; Refletância da superfície. De acordo com Creder (2004), para calcular a carga térmica por insolação através de superfícies transparente, é utilizada a equação (32): , onde: 40 Q = carga térmica A = área da janela de vidro U = coeficiente de transmissão de calor solar através de vidro Na figura 4 são encontrados os valores os valores dos coeficientes de transmissão de calor através do vidro em kcal/h.m2 de vidro: 41 Figura 3 - Coeficientes de Transmissão de Calor Através de Vidros 42 Observa-se que nas faces Norte, Noroeste e Oeste não há incidência de sol, pois é uma área fechada, a parte Sudoeste não possui janelas, então únicas partes com incidência de insolação são as faces Nordeste, Leste, Sudeste e Sul. Carga Térmica de Insolação na face Noroeste (NE) O período em que há a maior incidência de insolação na face Noroeste é entre os dias 21 de maio e 23 de julho às 9 horas da manhã. Pela equação (33): , onde: Q = carga térmica A = área da janela de vidro U = coeficiente de transmissão de calor solar através de vidro Área da Face (NE), onde possui 3 janelas de vidro => Então pela equação (34): (34) Insolação na face Leste (L) O período em que há a maior incidência de insolação na face Leste é entre os dias 20 de fevereiro à 23 de outubro às 8 horas da manhã. 43 Pela equação (35): (35), onde: Q = carga térmica A = área da janela de vidro U = coeficiente de transmissão de calor solar através de vidro Área da Face (L), onde possui 2 janelas de vidro => Então pela equação (36): (36) Insolação na face Sudeste (SE) O período em que há a maior incidência de insolação na face Sudeste é entre os dias 22 de dezembro às 7 horas da manhã. Pela equação (37): , onde: Q = carga térmica A = área da janela de vidro U = coeficiente de transmissão de calor solar através de vidro 44 Área da Face (SE), onde possui 1 janela de vidro => Então pela equação (38): (38) Insolação na face Sul (S) O período em que há a maior incidência de insolação na face Sul é entre os dias 22 de dezembro às 17 horas da manhã. Pela equação (39): , onde: Q = carga térmica A = área da janela de vidro U = coeficiente de transmissão de calor solar através de vidro Área da Face (S), onde possui 1 janela de vidro e uma porta de vidro => Então pela equação (40): (40) 45 3.4.2 Carga Térmica por condução e convecção Para Creder (2004), as paredes, lajes e telhados transmitem a energia solar para o interior dos recintos por condução e convecção, segundo a equação (41): (41) Onde, Q = Fluxo de Calor em kcal/h; A = Área em m2; U = Coeficiente global de transmissão de calor em kcal/h.m2.ºC; te = Temperatura externa; ti = Temperatura interna; = Acréscimo ao diferencial de temperatura. A tabela 17 mostra o acréscimo ao diferencial de temperatura em °F e em °C. Tabela 17 - Acréscimo ao Diferencial de Temperatura Superfície Cor Escura Cor Média Cor Clara °F °C °F °C °F °C Telhado 45 25 30 16,6 15 8,3 Parede E ou O 30 16,6 20 11,1 10 5,5 Parede N 15 8,3 10 5,5 5 2,7 Pardede S 0 0 0 0 0 0 Fonte: Adaptada de CREDER, H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª edição. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2004. 46 Como as paredes da igreja estão voltadas para as faces Nordeste, Sudeste, Sudoeste e Noroeste, faz-se necessário calcular uma média, já que os valores são intermediários entre os pontos principais. Ex. Para achar o ponto NE, somam-se os valores dos pontos N e E depois divide por 2. A tabela 18 mostra o acréscimo ao diferencial de temperatura para as faces do projeto. Tabela 18 - Acréscimo ao Diferencial de Temperatura faces do projeto Superfície Cor Escura Cor Média Cor Clara °F °C °F °C °F °C Parede NE 22,5 20,75 15 8,3 7,5 4,1 Parede SE 15 8,3 10 5,55 5 2,75 Pardede SO 15 8,3 10 5,55 5 2,75 Pardede NO 22,5 8,3 15 8,3 7,5 4,1 3.4.3 Cálculo da carga térmica do telhado Foi observado que o teto da igreja foi construído com telha de ferro fundido e forro de isopor (poliestireno expandido moldado). A tabela 19 mostra a condutividade térmica dos materiais utilizados no telhado. Tabela 19 - Densidade de massa aparente, condutividade térmica e calor específico de materiais Material (kg/m3) (w/(m.k) (kJ/(kg.K) Isolantes Térmicos Lã de rocha 20-200 0,045 0,75 Lã de vidro 10-100 0,045 0,7 Poliestireno expandido moldado 15-35 0,04 1,42 Poliestireno estrudado 25-40 0,035 1,42 Espuma rígida de poliuretano 30-40 0,03 1,67 Metais Aço, Ferro fundido 7800 55 0,46 Alumínio 2700 230 0,88 Cobre 8900 380 0,38 Zinco 7100 112 0,38 47 Fonte: Adaptada da NBR 15220 - Desempenho térmico de edificações Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações. Pela equação (42): Onde, Q = Fluxo de Calor em Kcal/h; A = Área em m2; U = Coeficiente global de transmissão de calor em kcal/h.m2.ºC; te = Temperatura externa; ti = Temperatura interna; = Acrescimo ao diferencial de temperatura. Sabendo que a igreja possui uma área de 213,35 m2, esta mesma área será utilizada para fazer o cálculo do teto. Para achar o valor de U, usa-se a seguinte equação (43): (43) Onde, R = Resistência ao fluxo de calor; he = Coeficiente de Película externo; Ltelha = espessura da telha; Ktelha = coeficiente de condutividade térmica da telha; Lforo = espessura do foro; Kforo = Coeficiente de condutividade térmica do foro; hi = Coeficiente de Película interno. 48 Sabe-se que, , então: (44) Para o cálculo da carga térmica tem-se (42): (42) 3.4.4 Carga Térmica Devido à Condução pelas Paredes Condução pela parede Face Nordeste (NE) Para calcular a carga térmica por condução, utiliza-se a equação (45): (45) Onde, Q = Fluxo de Calor em kcal/h; A = Área em m2; U = Coeficiente global de transmissão de calor em kcal/h.m2.ºC; te = Temperatura externa; ti = Temperatura interna; 49 = Acréscimo ao diferencial de temperatura. Área total da Face NE => Área total das Janelas da Face NE => Área total das Portas da Face NE => Para achar o valor de U usa-se a seguinte equação (46): (46) Onde, R = Resistência ao fluxo de calor; he = Coeficiente de Película; Ltijolo = espessura do tijolo; Cemboço = coeficiente de condutância do reboco; Ktijolo = Coeficiente de condutividade térmica do tijolo; hi = Coeficiente de Película. 50 Sabe-se que, , então: (47) Para o cálculo da carga térmica tem-se (45): (45) Condução através vidro face Nordeste (NE) Para o cálculo da condução através do vidro consideraremos somente as janelas, pois a porta fica aberta durante o culto. Desta forma tem-se que (48): (48) Onde, Q = Fluxo de Calor em kcal/h; A = Área em m2; U = Coeficiente global de transmissão de calor em kcal/h.m2.ºC; = Diferença de temperatura; Para achar o valor de U usa-se a seguinte equação (50): (49) 51 Onde, R = Resistência ao fluxo de calor; he = Coeficiente de Película; Lvidro = espessura do tijolo; Kvidro = Coeficiente de condutividade térmica do vidro; hi = Coeficiente de Película. Sabe-se que, (50), então: (50) Para o cálculo da condução carga térmica pelo vidro tem-se (48): (48) Condução pela parede Face Sudeste (SE) Para calcular a carga térmica por condução, utiliza-se a equação (51): (51) Onde, 52 Q = Fluxo de Calor em kcal/h; A = Área em m2; U = Coeficiente global de transmissão de calor em kcal/h.m2.ºC; te = Temperatura externa; ti = Temperatura interna; = Acréscimo ao diferencial de temperatura. Área total da Face SE => Área total das Janelas da Face SE => Área total das Portas da Face SE => Para achar o valor de U usa-se a seguinte equação (52): (52) Onde, R = Resistência ao fluxo de calor; he = Coeficiente de Película; 53 Ltijolo = espessura do tijolo; Cemboço = coeficiente de condutância do reboco; Ktijolo = Coeficiente de condutividade térmica do tijolo; hi = Coeficiente de Película. Tem-se que, , então: (53) Para o cálculo da carga térmica tem-se: (51) Condução através vidro face Sudeste (SE) Para o cálculo da condução através do vidro consideraremos somente as janelas, pois a porta fica aberta durante o culto. Desta forma tem-se a equação (55): (54) 54 Onde, Q = Fluxo de Calor em kcal/h; A = Área em m2; U = Coeficiente global de transmissão de calor em kcal/h.m2.ºC; = Diferença de temperatura; Para achar o valor de U usa-se a seguinte equação (55): (55) Onde, R = Resistência ao fluxo de calor; he = Coeficiente de Película; Lvidro = espessura do tijolo; Kvidro = Coeficiente de condutividade térmica do vidro; hi = Coeficiente de Película. Tem-se que, , então: (56) Para o cálculo da condução carga térmica pelo vidro (54): 55 (54) Condução pela parede Face Sudoeste (SO) Para calcular a carga térmica por condução, utiliza-se a equação (57): (57) Onde, Q = Fluxo de Calor em kcal/h; A = Área em m2; U = Coeficiente global de transmissão de calor em kcal/h.m2.ºC; te = Temperatura externa; ti = Temperatura interna; = Acréscimo ao diferencial de temperatura. Área total da Face SO => Para achar o valor de U usa-se a seguinte equação (58): (58) 56 Onde, R = Resistência ao fluxo de calor; he = Coeficiente de Película; Ltijolo = espessura do tijolo; Cemboço = coeficiente de condutância do reboco; Ktijolo = Coeficiente de condutividade térmica do tijolo; hi = Coeficiente de Película. Tem-se que, , então: (59) Para o cálculo da carga térmica tem-se: (57) Condução pela parede Face Noroeste (NO) Para calcular a carga térmica por condução, utiliza-se a equação (60): (60) 57 Onde, Q = Fluxo de Calor em kcal/h; A = Área em m2; U = Coeficiente global de transmissão de calor em kcal/h.m2.ºC; te = Temperatura externa; ti = Temperatura interna; = Acréscimo ao diferencial de temperatura. Área total da Face NO => Área total das Janelas da Face NO => Área total das Portas da Face NO => Para achar o valor de U usa-se a seguinte equação (61): (61) Onde, R = Resistência ao fluxo de calor; 58 he = Coeficiente de Película; Ltijolo = espessura do tijolo; Cemboço = coeficiente de condutância do reboco; Ktijolo = Coeficiente de condutividade térmica do tijolo; hi = Coeficiente de Película. Temos que, , então: (62) Para o cálculo da carga térmica temos: (60) Condução através vidro face Noroeste (NO) Para o cálculo da condução através do vidro consideram-se somente as janelas, pois a porta fica aberta durante o culto. Desta forma temos a equação (64): (63) 59 Onde, Q = Fluxo de Calor em Kcal/h; A = Área em m2; U = Coeficiente global de transmissão de calor em Kcal/h.m2.ºC; = Diferença de temperatura; Para achar o valor de U usa-se a seguinte equação (64): (64) Onde, R = Resistência ao fluxo de calor; he = Coeficiente de Película; Lvidro = espessura do tijolo; Kvidro = Coeficiente de condutividade térmica do vidro; hi = Coeficiente de Película. Temos que, (66), então: (65) Para o cálculo da condução carga térmica pelo vidro temos: (63) 60 3.4.5 Carga Térmica devido às pessoas De acordo com Creder (2004), todo ser humano emite calor sensível e calor latente, que variam conforme o estado do indivíduo: em repouso ou em atividade. Observa-se que quanto maior é a temperatura externa, maior é a quantidade de calor latente emitida, e quanto menor esta temperatura, maior é o calor sensível. De acordo com a ABNT NBR 16401-1, para parâmetros de cálculo utilizar, nível de atividade – dançando moderadamente, para considerar o momento do louvor, que é o período de maior agitação das pessoas, pois todos ficam em pé batendo palma e alguns dançam, tem-se: A tabela 20 mostra as taxas típicas de calor liberado por pessoas. Tabela 20 - Taxas típicas de calor liberado por pessoa Nível de atividade Local Calor Total (W) Calor sensíve l (W) Calor latente (W) % Radiante do calor sensível Homem adulto Ajustad o M/F Baixa velocida de do ar Alta velocida de do ar Sentado no teatro Teatro matinê 115 95 65 30 Sentado no teatro, noite Teatro noite 115 105 70 35 60 27 Sentado trabalho leve Escritórios, hotéis, apartament os 130 115 70 45 Atividades moderada em trabalho de escritório Escritórios, hotéis, apartament os 140 130 75 55 Parado em pé, trabalho moderado, caminhando Loja de varejo ou de departamen tos 160 130 75 55 58 38 61 Caminhand o, parado em pé Farmácia, agência bancária 160 145 75 70 Trabalho sedentário Restaurante 145 160 80 80 Trabalho leve em bancada Fábrica 235 220 80 140 Dançando moderadam ente Salão de baile 265 250 90 160 49 35 Caminhand o 4,8 km/h; trabalhando leve em máquina operatriz Fábrica 295 295 110 185 Jogando boliche Boliche 440 425 170 255 Trabalho pesado Fábrica 440 425 170 255 54 19 Trabalho pesado em máquina operatriz; carregando carga Fábrica 470 470 185 285 Praticando esportes Ginásio, academia 585 525 210 315 Nota 1 - Valores baseados em temperatura de bulbo seco ambiente de 24 °C. Para uma Temperatura de bulbo seco ambiente de 27 °C, o calor total permanece o mesmo, porém o calor sensível deve ser reduzido em aproximadamente 20% e o calor latente aumentando correspondentemente. Para uma temperatura de bulbo seco ambiente de 21 °C, também o calor total permanece o mesmo, porém o calor sensível deve ser aumentado em aproximadamente 20%, e o calor latente reduzido correspondente. Nota 2 - Valores arredondados em 5 W. a O valor do calor ajustado é baseado numa porcentagem normal de homens, mulheres e crianças para cada uma das aplicações listadas, postulando-se que o calor liberado por uma mulher adulta é aproximadamente 85 % daquele liberado por um homem adulto, e o calor liberado por uma criança é de aproximadamente 75 % daquele liberado por um homem adulto. b O ganho de calor ajustado inclui 18 W para um prato de comida individual (9 W de calor sensível e 9 W latente). c Considerando uma pessoa por cancha realmente jogando boliche, todas as demais sentadas (117 W), paradas em pé ou caminhando lentamente (231 W). Fonte: Adaptada de ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) NBR 16401-1, Instalação de ar-condicionado, 2008. 62 Para calcular a carga térmica devido aos membros da igreja, utilizam-se as seguintes equações (66) e (67): (66) (67) Portanto: (66) (67) Para se transformar W em kcal/h, temos que multiplicar o valor total de W por 0,86, sendo assim temos (68) e (69): (68) (69) De acordo com a ABNT NBR 16401-1, para a equipe de louvor e o pastor, considerar como trabalho leve em bancada para a atividade que exercem no palco, temos as equações (70) e (71): (70) (71) Portanto: (70) 63 (71) Para transformar W em kcal/, temos que multiplicar o valor total de W por 0,86, sendo assim temos (72) e (73): (72) (73) 3.4.6 Carga Térmica devido a equipamentos de som e vídeo De acordo com Creder (2004), para obter a carga térmica em kcal/h, usa-se a relação 1 kW-h = 860 kcal/h, logo podemos fazer uma relação onde 1 W = 0,86 kcal/h. A tabela 21 mostra os equipamentos existentes na igreja. Tabela 21 - Equipamentos da igreja Equipamento Quantidade Valor unitário em (W) Valor Total em (W) Valor total em (kcal/h) Televisão 3 100 300 258 mesa de som 1 120 120 103,2 Caixa Amplificadora 6 500 3000 2580 Caixa de retorno 2 200 400 344 Caixa de som 1 100 100 86 Processador Digital DriveRack (DBX) 1 20 20 17,2 Equalizador Ultragraph 2 35 70 60,2 Régua alimentadora 1 3750 3750 3225 Total 6673,6 kcal/h 64 3.4.7 Carga Térmica devido a Iluminação Área do templo – 213,35 m2. Após a análise do local, verificou-se que há 86 Lâmpadas de Led de 36 W na igreja. Para achar a carga térmica devido à iluminação, fazem-se dois cálculos diferentes: um somente da potência das lâmpadas e outro se baseando na NBR 5410 que trata sobre instalações elétricas de baixa tensão. Para o cálculo da potência total das lâmpadas na igreja, utiliza-se o número total de lâmpadas e multiplica-se pelo número de Watts. Então utilizar a equação (74): (74) Transformando W em kcal/h, temos a equação (75): (75) (Cálculo segundo a potência). De acordo com a norma ABNT NBR 5410: “em cômodo ou dependências com área superior a 6 m², deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m² inteiros. ” Para transformar de “W” para “kcal/h”, temos a equação (76): (76) (calculo segundo a NBR 5410) 65 Para a base dos cálculos, o valor escolhido foi: , por ser o mais crítico entre os casos. 3.4.8 Carga Térmica devido a Infiltração De acordo com Creder (2004), “o movimento do ar exterior ao recinto possibilita a sua penetração através das frestas nas portas, janelas ou outras aberturas. Tal penetração adiciona carga térmica sensível e latente. Embora essa carga não possa ser calculada com precisão, há dois métodos que permitem a sua estimativa: o método da troca de ar e o método das frestas.” Pelo método das Fretas, segundo Creder (2005), a penetração do ar exterior no interior do recinto depende da velocidade do vento. A tabela 21 traz dados de estudos feitos em laboratório para infiltração de ar pelas frestas. Para achar a quantidade de calor que penetra no recinto, deve-se multiplicar o comprimento linear da fresta pelo dado correspondente da tabela. De acordo com a NBR 6401, uma porta mal ajustada tem vazão de 13 m3/h por metro de fresta e uma janela comum tem vazão de 3 m3/h por metro de fresta. A Tabela 22 mostra a infiltração de ar. 66 Tabela 22 - Infiltração de ar Pelas Janelas Tipo de abertura Observação m3/h por metro de fresta Janelas - comum 3,0 - basculante 3,0 - guilhotina com caixilho de madeira Mal ajustada 6,5 Bem ajustada 2,0 - guilhotina com caixilho metálico Sem Vedação 4,5 Com vedação 1,8 Portas Mal ajustada 13,0 Bem ajustada 6,5 Pelas Portas Local m3/h por pessoa Porta giratória (1,80m) Porta de vai-e-vem (0,90m) Bancos 11 14 Barbearias 7 9 Drogarias e Farmácias 10 12 Escritórios de corretagem 9 9 Escritórios privados - 4 Escritórios em geral - 7 Lojas em geral 12 14 Restaurantes 3 4 Lanchonetes 7 9 Pelas portas abertas Porta até 90 cm - 1350 m3/h Porta de 90 cm até 180 cm - 2000 m3/h Fonte: Adaptada de ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) NBR 6401 - Instalações centrais de ar-condicionado para conforto - Parâmetros básicos de projeto Conforme Creder (2004), a seguinte equação (77) é usada para calcular o calor sensível: 67 (77) Onde, qs = carga térmica de calor sensível; Q = vazão do ar; Te = temperatura externa em °C; Ti = temperatura interna em °C. Ainda de acordo com Creder (2004), para calcular o calor latente utiliza-se a seguinte equação (88): (78) Onde, qL = carga de calor latente por ventilação; L = calor liberado pela condensação do vapor d’água; UEext = umidade específica do ar exterior em kg/kg; UEint = umidade específica do ar interior em kg/kg; = peso específico do ar; Q = Vazão do ar. De acordo com os dados levantados, a igreja possui 2 portas mal ajustadas que ficam o tempo todo fechadas, uma medindo 1,85 m x 1,95 m e outra medindo 2,48 m x 2,82 m (esta, tendo infiltração somente em 5,3 m ), totalizando 12,9 m de fresta e 7 janelas com tipo de abertura comum medindo 2,00 m x 2,00 m, totalizando 56m de fresta. Sendo assim, são utilizadas as seguintes equações (79) e (80) para calcular a infiltração pelas frestas nas portas e janelas. 68 Cálculo do calor sensível por frestas pelas Portas (79): (79) Cálculo do calor latente por frestas pelas Portas (80): (80) Cálculo do calor sensível por frestas pelas janelas (81): (81) Cálculo do calor latente por frestas pelas janelas (82): (82) 69 Para calcular a infiltração em portas abertas, temos na NBR 6401, que para portas abertas de 90 cm até 180 cm tem-se uma infiltração de 2000 m3/h, lembrando que as portas padrão tem uma altura de 2,20 m. Como as portas da igreja têm medidas superiores aos estabelecidos na norma, será realizado o cálculo de infiltração a partir da proporcionalidade das áreas. - Para fins de cálculo a medida da porta sendo 1,80 m x 2,20 m, totalizando 3,96 m2. - Porta 1 medindo 2,00 m x 2,50 m, totalizando 5,0 m2: Para fazer a proporcionalidade da porta 1, utiliza-se uma regra de três simples por proporção simples e direta. Utilizar a equação (83) tem-se o calor sensível pelas portas abertas: (83) Utilizar a equação (84) tem-se o calor sensível pelas portas abertas: (84) 70 - Porta 2 medindo 2,46 m x 2,14 m, totalizando 5,26 m2: Para fazer a proporcionalidade da porta 1, utiliza-se uma regra de três simples por proporção simples e direta. Colocando na equação (85) tem-se o calor sensível pelas portas abertas: (85) Utilizar a equação (86) tem-se o calor sensível pelas portas abertas: (86) 71 3.4.9 Carga Térmica por Ventilação Segundo a NBR 16401-3:2008, é importante estipular a vazão mínima de ar exterior de qualidade aceitável a ser suprida pelo sistema para promover a renovação do ar interior e manter a concentração dos poluentes no ar em nível aceitável. As vazões estipuladas são dimensionadas considerando os poluentes biológicos, físicos e químicos esperados nas condições normais de utilização e de ocupação dos locais. Ainda de acordo com Creder (2004), além do ar que recompleta as perdas, há o ar necessário às pessoas. Além disso, Creder (2004) também diz que o ar exterior introduz calor sensível e latente ao ser misturado com o ar de retorno antes de passar pelo evaporador. A NBR 16401-3:2008 fala que para se ter a vazão eficaz de ar exterior Vef, temos que considerar a soma de duas partes, avaliadas separadamente: a vazão relacionada às pessoas (admitindo pessoas adaptadas ao recinto) e a vazão relacionada à área ocupada. A tabela 23 mostra a vazão eficaz mínima de ar exterior para ventilação. Tabela 23 - Vazão eficaz mínima de ar exterior para ventilação Local D pessoa s/100m 2 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Exaust ão mecâni ca L/s*m2 Fp L/s*pess. Fa L/s*m2 Fp L/s*pess. Fa L/s*m2 Fp L/s*pess. Fa L/s*m2 Comércio Varejista Aeroporto - saguão 15 3,8 0,3 5,3 0,4 5,7 0,5 - Aeroporto - sala de embarque 100 3,8 0,3 5,3 0,4 5,7 0,5 - Biblioteca 10 2,5 0,6 3,5 0,8 3,8 0,9 - Museu, galeria de arte 40 3,8 0,3 5,3 0,4 5,7 0,5 - 72 Local de culto 120 2,5 0,3 3,5 0,4 3,8 0,5 - Legislativ o - plenário 50 2,5 0,3 3,5 0,4 3,8 0,5 - Teatro, cinema, auditório - lobby 150 2,5 0,3 3,5 0,4 3,8 0,5 - Teatro, cinema, auditório e platéia 150 2,5 0,3 3,5 0,4 3,8 0,5 - Teatro, cinema, auditório - palco 70 5 0,3 6,3 0,4 7,5 0,5 - Tribunal - sala de audiência s 70 2,5 0,3 3,5 0,4 3,8 0,5 - Fonte: Adaptada de ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 16401-1, Instalação de ar-condicionado, 2008. Sendo assim, para calcular a vazão eficaz para o recinto, utiliza-se a equação (87): (87) Onde, Vef = vazão eficaz de ar exterior; Pz = número máximo de pessoas na zona de ventilação; Fp = vazão por pessoa; Az = área útil ocupada pelas pessoas; Fa = vazão por área útil ocupada. (87) 73 Para calcular o calor sensível utiliza-se a seguinte equação (88): (88) Onde, qs = carga de calor sensível por ventilação; Q = é a vazão em m3/h que neste caso será substituída pela vazão eficaz de ar exterior (vef); Te = temperatura externa em °C; Ti = Temperatura interna em °C. (88) Para calcular o calor latente utiliza-se a seguinte equação (89): (89) Onde, qL = carga de calor latente por ventilação; L = calor liberado pela condensação do vapor d’água; UEext = umidade específica do ar exterior em kg/kg; 74 UEint = umidade específica do ar interior em kg/kg; = peso específico do ar; Vef = Vazão eficaz de ar exterior. (89) A Tabela 24 mostra o resultado obtido através do cálculo Completo. Na primeira coluna, tem-se as fontes de ganho de calor; na segunda coluna, os ganhos através do calor sensível; na terceira coluna, os ganhos através do calor latente, na quarta coluna, as somas dos ganhos de calor sensível e latente em kcal/h, na quinta coluna, as somas dos ganhos de calor sensível e latente em BTU/h e sexta coluna, as somas dos ganhos de calor sensível e latente em TR. Por questões de segurança para atender eventuais perdas de calor no ambiente é acrescentado mais 10% nos cálculos. Tabela 24 – Cálculo da carga térmica completa Carga térmica devido: Q sensível (kcal/h) Q latente (kcal/h) S + L (kcal/h) S + L (BTU/h) S + L (TR) Insolação da face NE 5.141,46 5.141,46 20.401,31 1,700 Insolação da face L 3.904,00 3.904,00 15.491,07 1,291 Insolação da face SE 3.544,82 3.544,82 14.065,85 1,172 Insolação da face S 392,00 392,00 1.555,46 0,130 Condução no teto (telha galvanizada + foro isopor) 102.092,71 102.092,71 405.103,87 33,759 Condução na face NE (parede) 3.007,85 3.007,85 11.935,15 0,995 Condução na face NE (janelas e portas) 1.078,56 1.078,56 4.279,73 0,357 75 Condução na face SE (parede) 6.373,50 6.373,50 25.290,05 2,108 Condução na face SE (porta de vidro) 2.009,51 2.009,51 7.973,74 0,664 Condução na face SO (parede) 6.073,97 6.073,97 24.101,51 2,008 Condução na face NO (parede) 5.659,11 5.659,11 22.455,35 1,871 Condução na face NO (janelas e portas) 966,38 966,38 3.834,60 0,320 Pessoas 26.316,00 46.784,00 73.100,00 290.060,80 24,172 Pastor e equipe de louvor 688,00 1.204,00 1.892,00 7.507,46 0,626 Equipamentos de som e video 6.673,60 6.673,60 26.480,84 2,207 Iluminação 2.717,60 2.717,60 10.783,44 0,899 Somatório Parcial 224.627,07 891.320,21 74,277 Infiltração por frestas de portas/janelas 1.752,36 2.489,47 4.241,83 16.831,58 1,403 Infiltração portas abertas 27.049,05 38.427,06 65.476,11 259.809,20 21,651 Renovação 24.623,90 34.981,77 59.605,67 236.515,30 19,710 Total de carga térmica p/ coluna 129.323,61 513.156,08 42,763 Total de carga geral (BTU/h) 1.404.476,30 Acréscimo de 10% 1.544.923,93 Total de carga geral (TR) 128,74 3.5 Sugestões de Melhorias Para o Cálculo Completo da Carga Térmica Visando melhorias como redução de custos, mas sem perder a eficiência do conforto térmico no ambiente, algumas sugestões podem surgir ao decorrer do projeto, como a colocação de películas protetoras de vidros, diminuição da altura das paredes, cortinas, toldos, persianas e etc. Para este projeto, vamos supor que a igreja possui toldos instalados em suas janelas e portas com incidência de sol, além de cortinas de ar instaladas nas portas abertas. Procuramos não mexer na estrutura física da igreja, como rebaixamento de teto, pois isso muda a acústica do som dentro do templo e também não iremos propor o fechamento das duas portas que 76 ficam abertas, por isso faz-se necessário a instalação das cortinas de ar, pois foi um pedido do pastor. Para Creder (2004), existem valores do fator solar obtido por ensaios para esta parcela em kcal/h por m2 de área de vidro, ou W/m2, supondo-se a janela sem proteção; caso seja protegida por toldos ou persianas, deve-se multiplicar os valores obtidos, pelos seguintes coeficientes de redução: - toldos ou persianas externas: 0,15 - 0,20; - persianas internas e reflexoras: 0,50 - 0,66; - cortinas internas brancas (opacas): 0,25 - 0,61. Estes dados acima são para janelas com esquadrias de madeira; para esquadrias metálicas multiplicar por 1,15. 3.5.1 Melhorias Através da Instalação de Toldos Para calcular a insolação nas janelas de vidro com toldos para proteção das mesmas, utiliza-se a seguinte equação (90): (90) Onde, q = carga térmica com medidas para redução qins = carga térmica por insolação fptoldo= fator de proteção do toldo De acordo com Creder (2004) para esquadrias metálicas, deve-se multiplicar por 1,15, logo temos para toldos tem-se a equação (91): (91) 77 Face (NE) O período em que há a maior incidência de insolação na face Noroeste é entre os dias 21 de maio e 23 de julho às 9 horas da manhã. Pela equação (92): (92), onde: Q = carga térmica A = área da janela de vidro U = coeficiente de transmissão de calor solar através de vidro Área da Face (NE), onde possui 3 janelas de vidro => Pela equação (93): (93) Pela equação (94), tem-se a carga térmica com o fator de proteção: (94) 78 Face (L) O período em que há a maior incidência de insolação na face Leste é entre os dias 20 de fevereiro à 23 de outubro às 8 horas da manhã. Pela equação (95): (95), onde: Q = carga térmica A = área da janela de vidro U = coeficiente de transmissão de calor solar através de vidro Área da Face (L), onde possui 2 janelas de vidro => Pela equação (96): (96) Pela equação (97), tem-se a carga térmica com o fator de proteção: (98) 79 Face (SE) O período em que há a maior incidência de insolação na face Sudeste é entre os dias 22 de dezembro às 7 horas da manhã. Pela equação (99): (99), onde: Q = carga térmica A = área da janela de vidro U = coeficiente de transmissão de calor solar através de vidro Área da Face (SE), onde possui 1 janela de vidro => Pela equação (100): (100) Pela equação (101), tem-se a carga térmica com o fator de proteção: (101) 80 Face (S) O período em que há a maior incidência de insolação na face Sul é entre os dias 22 de dezembro às 17 horas da manhã. Pela equação (102): (102), Onde: Q = carga térmica A = área da janela de vidro U = coeficiente de transmissão de calor solar através de vidro Área da Face (S), onde possui 1 janela de vidro e uma porta de vidro => Pela equação (103): (103) Pela equação (104), tem-se a carga térmica com o fator de proteção: (104) 81 3.5.2 Cortina de Ar As cortinas de ar, são muito indicadas para manter ambientes confortáveis e climatizados mesmo com um intenso fluxo de pessoas, ou também quando não existe a possibilidade de isolá-los, como portas abertas. As vantagens da cortina de ar são: Prolongar a vida útil dos equipamentos de ar condicionado (quente ou frio); Funcionar como isolante térmico quando as portas estão abertas fazendo com que o ar frio não saia de dentro do ambiente climatizado e o ar quente não entre; Evitar que entre poeira, insetos, fumaça e odores no ambiente; Instalação fácil e rápida; É versátil e pode ser aplicada em diversos tipos de estabelecimentos e residências; Funcionamento silencioso (baixo ruído); Relação custo benefício excelente, com preços acessíveis. De acordo com a fabricante de cortinas de ar Elgin, ao ligar uma cortina de ar no ambiente, a economia de energia elétrica pode chegar a 46%. - Utilizaremos para fins de cálculo a medida da porta padrão sendo 1,80 m x 2,20 m, totalizando 3,96 m2. - Porta 1 medindo 2,00 m x 2,50 m, totalizando 5,0 m2: Iremos propor o fechamento desta porta em 10 cm, totalizando 4,8m2 e a instalação de duas cortinas de ar da marca Elgin, modelo CAD 3012-2, medindo 1,2 m cada um com vazão de 2134 m3/h. Para fazer a proporcionalidade da porta 1, utiliza-se uma regra de três simples por proporção simples e direta. 82 Como a vazão das cortinas de ar somados são de 4.268 m3/h e a vazão que temos pela porta 1 aberta é de 2.424,24 m3/h, não teremos perdas por infiltração nesta porta aberta. - Porta 2 medindo 2,46 m x 2,14 m, totalizando 5,26 m2: Iremos propor o fechamento desta porta em 6 cm, totalizando 5,14 m2 e a instalação de duas cortinas de ar da marca Elgin, modelo CAD 3012-2, medindo 1,2 m cada um com vazão de 2134 m3/h. Para fazer a proporcionalidade da porta 1, utiliza-se uma regra de três simples por proporção simples e direta. Assim como na porta 1, a porta 2 possui uma vazão menor do que as vazões das cortinas de ar somadas, 4268 m3/h contra 2.595,96 m3/h, logo, não teremos perdas por infiltração nesta porta aberta. A tabela 25 mostra os valores da carga térmica para a igreja se forem postos toldos em todas as janelas e portas com incidência de sol e cortinas de ar nas portas que ficam o tempo todo abertas. 83 Tabela 25 – Cálculo de carga térmica completa com melhorias Carga térmica devido: Q sensível (kcal/h) Q latente (kcal/h) S + L (kcal/h) S + L (BTU/h) S + L (TR) Insolação da face NE 1.182,30 1.182,30 4.691,37 0,391 Insolação da face L 897,92 897,92 3.562,95 0,297 Insolação da face SE 815,31 815,31 3.235,15 0,270 Insolação da face S 90,16 90,16 357,75 0,030 Condução no teto (telha galvanizada + foro isopor) 102.092,71 102.092,71 405.103,87 33,759 Condução na face NE (parede) 3.007,85 3.007,85 11.935,15 0,995 Condução na face NE (janelas e portas) 1.078,56 1.078,56 4.279,73 0,357 Condução na face SE (parede) 6.373,50 6.373,50 25.290,05 2,108 Condução na face SE (porta de vidro) 2.009,51 2.009,51 7.973,74 0,664 Condução na face SO (parede) 6.073,97 6.073,97 24.101,51 2,008 Condução na face NO (parede) 5.659,11 5.659,11 22.455,35 1,871 Condução na face NO (janelas e portas) 966,38 966,38 3.834,60 0,320 Pessoas 26.316,00 46.784,00 73.100,00 290.060,80 24,172 Pastor e equipe de louvor 688,00 1.204,00 1.892,00 7.507,46 0,626 Equipamentos de som e video 6.673,60 6.673,60 26.480,84 2,207 Iluminação 2.717,60 2.717,60 10.783,44 0,899 Somatório Parcial 214.630,48 851.653,74 70,971 Infiltração por
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