Buscar

Fundamentos de Gestão Financeira

Prévia do material em texto

Fundamentos de Gestão Financeira
	Gestão Financeira é quando o indivíduo administra recursos, buscando a otimização deles através da maximização das receitas e minimização dos gastos. Quando não conseguimos realizar uma gestão eficaz de gastos, a vida pode ficar mais confusa e sonhos cada vez mais distantes de serem realizados. A relação entre as pessoas e o dinheiro não pode ser conflituosa, e sim virtuosa, ou seja, agregar valor à vida das pessoas e não destruir seus sonhos e desafios. Então, devemos pensar sobre nossas escolhas para o equilíbrio financeiro.
Vencendo as etapas da Consciência Financeira
O que eu desejo?
	Escolhas devem levar em consideração o quanto há disponível. Não adianta criar metas que não sejam alcançáveis, que não correspondam à sua situação atual de vida. Não significa que você não possa ter sonhos grandes, porém precisa pensar nas etapas a cumprir até chegar à meta, identificando se elas poderão ser realizadas.
Eu posso?
	Por mais que a aquisição de um certo item faça a diferença na sua vida, reflita se você realmente pode, nesse momento, adquiri-lo e, caso seja indispensável realizar uma compra, avalie se algum outro gasto menos prioritário pode ser reduzido.
Eu devo?
	Ao realizar suas escolhas financeiras, pense se realmente necessita de tal produto e o quanto ele pode afetar sua rotina ou seu estilo de vida. Será que você realmente deve realizar uma determinada compra? Você sofrerá algum impacto negativo ao escolher realizar essa compra? Se sim, será possível conviver com esse impacto?
Eu preciso?
	Ao realizar a compra, é bom refletir se realmente precisa desse produto. Qual será a diferença para a minha vida e no meu dia a dia? Será que esse consumo é uma necessidade? Trará alguma vantagem ou melhora no seu estilo de vida?
	Ter um equilíbrio no orçamento é fundamental para realizar o seu sonho, mas para avaliar e direcionar medidas certas para esse equilíbrio, é importante conhecer esses conceitos:
· Receitas: todas as entradas de recursos financeiros que você recebe, podem ser provenientes de uma prestação de um serviço, de vendas de uma mercadoria ou rendimento de um aluguel ou aplicação financeira. As receitas podem ser brutas e líquidas.
· Receita Bruta: entradas de dinheiro sem quaisquer descontos. O valor total do salário, por exemplo, antes da dedução de impostos, contribuições e coparticipações.
· Receita Líquida: entradas de valores financeiros após os descontos de imposto e coparticipações como INSS, imposto de renda etc.
· Gastos: despesas que você possui, fixas ou não, ou seja, os desembolsos de dinheiro realizados. Quando um gasto é realizado com objetivo de gerar algum tipo de receita futura, ele passa a ser conhecido como custo. Para fabricar um produto, será necessário comprar matéria-prima, equipamentos etc.
	
	Pessoa Física
	Pessoa Jurídica
	Receita
	Salários, aluguéis a receber, serviços prestados, entre outros
	Faturamento, ou seja, valores de venda e serviços prestados pela empresa.
	Despesa
	Gastos de caráter geral (pagar de conta de água, luz, telefone etc)
	Conhecido como opex, é todo o gasto relacionado à administração e às vendas, como jutos, multas, pagamentos de funcionários, despesas de escritório etc.
	Investimento
	Recursos que possibilitam retornos, como poupança, fundos de renda fixa etc.
	Conhecido como capex, é aquisição de elementos que ajudarão a ampliar o lucro da empresa, como compra de ativos aluguel e terceirizações.
	Financiamento
	Recursos obtidos em instituições financeiras (bancos, por exemplo) com destino definido, como compra de imóvel, etc
	Obtidos em instituições financeiras, recursos podem ser solicitados para aquisição de crédito a fornecedores, aquisição de bens de consumo duráveis etc., mas é necessário comprovar a aplicação do dinheiro.
	Empréstimo
	Dinheiro concedido por instituições financeiras sem direcionamento, pode utilizar o dinheiro para qualquer fim, seja pessoal, por penhor etc.
	Não está vinculado a um investimento específico e possui modalidades como empréstimo consignado, antecipação de recebíveis etc.
Agentes Econômicos
Quando a nossa situação financeira está equilibrada, a entrada de recurso (receita) é capaz de gerir os custos (gastos) diários, permitindo, através de um gerenciamento financeiro consciente, o investimento do saldo positivo gerado. Por exemplo, manter o valor a título de aprovisionamento para despesas inesperadas, não previstas, ou a aquisição de algum bem. Quando temos uma situação desequilibrada, na qual os custos estão em elevação, embora a receita esteja inalterada, precisamos rever nossos gastos e começar a se planejar para que não ocorra um endividamento negativo.
Planejamento Financeiro Pessoal
Fazer planejamento financeiro é se preparar para o futuro, com a previsão de receitas e gastos. É manter controle sobre o seu destino financeiro. Com a saúde financeira saudável, terá condições de realizar investimentos, captar recursos e alcançar objetivos e metas. Os objetivos podem ser profissional, pessoal e patrimonial.
· Profissional: onde deseja trabalhar e quando esperar ocupar essa posição (tempo), qual sua intenção de receita (renda).
· Pessoal: o que deseja sobre seus relacionamentos, grau de instrução, lazer.
· Patrimonial: o que deseja adquirir: carro, moradia, aplicar um investimento etc.
Agora chegou a hora de organizar o orçamento, mas precisamos analisar como anda o seu fluxo de entrada (receitas que pode provir do salário, aluguéis, prestação de serviço, etc.) e saída de recursos (valores que saem da sua receita.).
Organizando o orçamento
Com o controle orçamentário, temos como perceber quais gastos consomem a maior parte da receita, ou seja, diminuindo a sobra de recursos financeiros. Quando temos um controle efetivo de tudo que ganhamos, recebemos e gastamos, conseguimos comparar se, em nossa renda, há um saldo positivo, com uma receita maior dos gastos que incorrem, ou se estamos em um processo negativo, com um custo financeiro muito elevado de gastos. A partir do momento que temos uma visibilidade orçamentaria, é possível cortar alguns gastos supérfluos e nos prepararmos para a concepção dos objetivos futuros, pessoais, patrimoniais e profissionais.
	Todo planejamento orçamentário pessoal deve possuir a origem de recursos financeiros, as características do tipo de despesas e a descrição de valores de custo dos recursos utilizados no dia a dia. Esses dados auxiliarão no controle, determinando o limite de gasto com base na receita.
Planejamento Estratégico 5W2H
É um conceito de planejamento que pode ser utilizado em qualquer atividade. Através dessa forma, é possível ter uma visão macro do processo para o alcance do objetivo. Além disso, o 5W2H permite um alinhamento das expectativas, minimizando dúvidas e garantindo um gerenciamento eficiente para a concretização da meta.
· What: objetivo que deseja realizar
· Why: motivo do objetivo, justificativas para realizá-lo
· When: previsão de quanto tempo levará para realizar o objetivo
· Who: se o alcance do objetivo depende só de você ou haverá mais pessoas
· Where: local onde ocorrerá o objetivo ou onde será feito
· How: o que precisa fazer para alcançar o objetivo
· How Much: valor monetário para desembolsar e cumprir a meta.
Endividamento
	Recurso que uma instituição financeira concede para gastar do jeito que quiser. Seu custo é mais elevado do que o de um financiamento, pois não exige vínculo, uma garantia tão formal e direta do bem adquirido com relação a operação que está realizando.
· Empréstimo: recurso que uma instituição financeira concede para gastar do jeito que quiser, sendo que o custo é mais elevado do que a de um financiamento, pois não exige vínculo, uma garantia formal e direta do bem adquirido com relação a operação que está realizando.
· Financiamento: valor concedido pela instituição fiduciária é diretamente vinculado a operação, ou seja, só pode ser utilizado no destino determinado e autorizado pelo banco. Como essa operação tem menos riscos que o empréstimo,o custo financeiro e a taxa de juros também são menores.
O empréstimo e o financiamento comprometem parte da renda e causa endividamento. Por isso, devemos ter atenção e cuidado ao realizar essas operações. Solicitar financiamentos e empréstimos para adquirir bens e alcançar as suas metas não é um problema. O problema está em como esse valor será aplicado e quais são as suas condições de utilização. Por isso, é preciso de:
1. Ir ao site do banco de sua escolha e pesquisar sobre os juros, taxas e condições detalhadamente.
2. Verificar se o site possui um simulador financeiro e realize diferentes combinações (pagar em prazos diferentes, utilizar diferentes valores de entrada etc.).
3. Comparar as taxas praticadas em cada modalidade com outros bancos e fiduciárias.
4. Procurar sempre instituições confiáveis e cadastradas no Banco Central do Brasil.
Investimento
	Quando o endividamento é consciente, controlado e traz perspectivas futuras de retorno, ele pode apresentar um caráter positivo, mesmo comprometendo uma parte do saldo por um longo tempo. Neste caso, o endividamento para um financiamento estudantil, por exemplo, apresenta futuras perspectivas de aumento de receita, já que o diploma pode garantir uma melhor recolocação profissional e, consequentemente, um salário superior a um profissional que possui apenas o Ensino Médio como escolarização. Além disso, nem todo processo de endividamento é eterno. Quando contraímos uma dívida positiva e nos planejamos, chegará um momento em que os custos financeiros (gastos) estarão em queda, e a receita ficará inalterada ou até maior. No caso do endividamento, educacional, por exemplo, ao termino do pagamento das mensalidades ou do financiamento estudantil, haverá uma sobra de recursos e a perspectiva do aumento de salário que a nova profissão proporcionará. Nesses casos, é hora de estabelecer planos para essa nova receita, utilizando o saldo financeiro para aplicações. Investir é a melhor forma de aumentar suas reservas financeiras.
	O investidor é a pessoa que disponibiliza recursos financeiros para que os bancos façam movimentações. Em troca, o banco repassa ao investidor uma parte dos juros realizados nessas transações através do spread. O banco é responsável por captar os recursos financeiros com outros investidores, emprestar a tomadores e, até mesmo, investir grandes volumes de dinheiro na busca de maior receita. Por isso, é extremamente importante identificar o perfil do investidor para, posteriormente, conhecer os principais tipos de investimentos presentes no mercado.
Tipos de Investidor
	Investidor é aquele cuja renda maior que seu consumo/gastos, sobrando recursos para serem aplicados. Mas nem todos são assim. O perfil de investidor é classificado conforme suas características predominantes, podendo ser:
· Agressivo: não tem medo de perda expressiva de capital. Acompanha constantemente o mercado financeiro e busca o maior retorno de seus investimentos.
· Moderado: deseja segurança em seus investimentos, mas está disposto a correr mais riscos. Analisa, dentre as opções de médio risco, aquelas que podem trazer mais rentabilidade.
· Conservador: realiza seus investimentos de forma segura e não gosta de correr riscos. Prefere investimentos com garantia de retorno, mesmo que o percentual seja baixo.
Tipos de Investimentos
Os investimentos financeiros podem ser de renda fixa ou variável. Os de renda fixa são aqueles que há uma previsibilidade de retorno, ou seja, são mais seguros, pois possuem baixo risco de perda e taxas fixas de juros para as aplicações. De renda variável são aqueles que não possuem uma previsibilidade de retorno, podendo trazer rendimentos maiores do que a renda variável fixa, mas também podem causar prejuízos quando não bem acompanhados. Tipos de investimentos mais comuns:
· Poupança: investimento fixo mais popular, possui menor taxa de juros, o banco investe o dinheiro em aplicações do governo federal com o intuito de arrecadação de recursos. A poupança possui uma rentabilidade de até 0,5% ao mês e é protegida pelo Fundo Garantidor de Crédito.
· Tesouro Direto: título permitido pelo Tesouro Nacional, que atua como um empréstimo ao Governo Federal. Com rendimento superior à poupança, e tem como objetivo impulsionar a economia e controlar a inflação do país, e é considerado um investimento fixo, pois possui valor de juros definidos previamente.
· Certificado de Depósito Bancário: títulos são emitidos pelos bancos com o intuito de captar dinheiro nessa modalidade de investimento, ou seja, é emprestado o dinheiro ao banco que te devolve esse dinheiro com juros pelo valor que foi investido. A taxa de juros geralmente é acordada no momento da aplicação, já tendo, assim, o valor de juros definidos, mas há casos em que o CDB pode variar com de acordo com a inflação.
· Fundo imobiliário: também conhecido como FII, esse fundo variável consiste em investir em imóveis de fim comercial. Ao aplicar seu dinheiro no FII, passa a ser uma espécie de dono do empreendimento, recebendo parte dos aluguéis.
· Fundo de ações: ocorre a compra de ações e passa a ser um sócio da empresa. Assim, o lucro vem através dos dividendos, ou seja, uma parte dos lucros são repassados aos acionistas proprietários das ações.
· Fundo Garantidor de Crédito: administra os mecanismos de proteção ao crédito. Ele não é uma instituição financeira, ou seja, não atua na concessão ou intermediação de empréstimos ou financiamentos. Contudo, é sua responsabilidade garantir o funcionamento e a proteção dos investidores. O FGC tem como missão proteger depositantes e investidores no âmbito do Sistema Financeiro Nacional até os limites estabelecidos pela regulamentação, contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para a prevenção de uma crise bancária sistêmica.
Investimento Sustentável
	Busca um retorno financeiro positivo nas movimentações. A diferença é que as empresas envolvidas atuam em um negócio sustentável, ou seja, se preocupam para que a forma como operam no mercado não cause danos ao meio ambiente e tenha responsabilidade social. As empresas sustentáveis entendem que, ao adotar práticas de preservação do meio ambiente, apresentam ao seu consumidor final um modelo de negócio consciente e transparente e, ao mesmo tempo, concebem melhores resultados com suas ações em prol dos impactos ambientais e sociais.
· Bom Retorno Financeiro: uma empresa responsável socialmente é uma organização que cuida do meio ambiente e, dessa maneira, se destaca nas relações de mercado. Ser ambientalmente correto gera lucros e rendimentos. Atualmente, os consumidores procuram por empresas com ética e responsabilidade socioambiental para comprar seus produtos, ou seja, procuram por organizações que apresentem uma preocupação com a qualidade de vida da população e a sustentabilidade. Além disso, esse tipo de empresa consegue diminuir consideravelmente seus valores de opex, já que adotam práticas autossustentáveis e econômicas, como a troca de copos descartáveis por reutilizáveis, aquisição de placas solares etc. 
· Auxílio na Preservação do Planeta e no seu Futuro da sua Família: segundo a ONU, o mundo pode viver uma “catástrofe ambiental” em 2050. Devido às grandes taxas de poluição emitidas na atmosfera, as mudanças climáticas e as pressões sobre o ecossistema têm aumentado consideravelmente. Consequentemente, estamos sofrendo o esgotamento das nossas fontes naturais de água potável e corriqueiros desastres naturais que causam perdas econômicas e humanas. Quando investimos em empresas que se preocupam com as emissões de gases à atmosfera e com o desenvolvimento de tecnologias limpas, estamos investindo também no nosso bem estar, na nossa comunidade e no nosso planeta.
Sustentabilidade
	Discussões dos novos negócios tratam de sua ética, sua relação com o meio ambiente, é absolutamente condenável alguém pensar em um negócio, uma empresa ou no desenvolvimento financeiro pessoal sem perceber o mundo em volta e sua relação com ele. Pensando numa sustentabilidadehumana, não é mais aceitável a condição egoísta do enriquecimento às custas da fragilização do meio em que nós vivemos. Refletindo sobre essas perspectivas, alguns estudiosos consideram que a sustentabilidade é composta, atualmente, por três dimensões conhecidas como Triple Bottom Line, que se relaciona da seguinte forma:
· Dimensão econômica: inclui a economia formal e as atividades informais que provêm serviços para os indivíduos e grupos, aumentando, assim, a renda monetária e o padrão de vida dos indivíduos.
· Dimensão Ambiental: conhecida também como ecológica, estimula as empresas a considerarem o impacto de suas atividades sobre o meio ambiente, a forma de utilização dos recursos naturais e contribui para a integração da administração ambiental na rotina de trabalho.
· Dimensão Social: aspecto social relacionado às qualidades dos seres humanos, como suas habilidades, dedicação e experiências, abrangendo os ambientes interno e externo da empresa.
Falar de sustentabilidade deixou de ser uma questão politica e passou a fazer parte da composição social cotidiana das pessoas, se manifestando nas escolhas e valorizações individuais de cada um. Não basta buscar o equilíbrio e o sucesso financeiro, mas entender que nossas práticas só fazem sentido quando fomentam o bem-estar e o equilíbrio nas sociedades através de práticas de responsabilidade social.
Responsabilidade Social
	São ações, posturas e práticas que visam o bem-estar de toda uma sociedade. Pessoas físicas e jurídicas adotam uma postura responsável e transparente, não visando seus interesses exclusivos, mas o engajamento em projetos de ações sociais, culturais e ambientais. Uma responsabilidade social atuante e contínua promove a melhoria constante e exerce a cooperação e a ética social. Por isso, a preocupação ambiental mundial tem sido marcada por conferências e encontros, visando demonstrar os cuidados com os recursos naturais e com a sustentabilidade, bem como estabelecer a responsabilidade social dos empreendimentos industriais. 
Responsabilidade Social no Brasil
· 1950: o conceito de responsabilidade social é antigo, mas teve uma arrancada significativa na década de 50, com Howard Bowen e sua perspectiva de que as empresas e seus negócios são centros vitais de poder e decisão. As empresas precisam compreender suas responsabilidades e os impactos oriundos de suas ações, ou seja, incluir a responsabilidade social na gestão de seus negócios.
· 1960-70: é reforçado um novo entendimento em que o compromisso das organizações vai além da lucratividade. A influência de várias correntes de pensamento e propostas alternativas pela competitividade capitalista fizeram com que as organizações percebessem a importância de seu papel na sociedade.
· 1990: o conceito de sustentabilidade começa a ser inserido no Brasil, impulsionando pela crise social do Estado. A crise teve como consequência a convocação das empresas a assumir suas responsabilidades com a sociedade e com o meio ambiente. Além da crise, outros fatores impulsionaram o movimento da responsabilidade social, como o avanço democrático, maiores exigências da sociedade, demandas do comércio internacional etc.
· 2005-2010: ocorre a criação da ISO 26000 pelo Working Group on Social Responsability após cinco anos de debate entre especialistas oriundos de quase uma centena de países e de seis segmentos sociais, com o intuito de reconhecer a importância da responsabilidade social, o entrosamento das partes interessadas e os temas essenciais. A participação dos trabalhadores ocorreu por meio de especialistas vinculados às centrais sindicais de vários países, liderados pela Confederação Sindical Internacional (CSI).
ISO26000
	O nosso país participou de forma ativa na elaboração da norma ISO26000, a começar pela composição da presidência do grupo de trabalho, dividindo entre os representantes da ABNT e do Instituto de Normalização da Suécia (SIS). Dessa forma, houve o reconhecimento da autoridade de governos e organismos intergovernamentais para a fixação dos requisitos de responsabilidade social para as organizações e as contribuições de especialistas brasileiros em todas as etapas do processo permitiram incorporar, ao conteúdo da norma, inúmeras sugestões e propostas vindas do Brasil. A ISO26000 tem o intuito de fornecer orientações sobre os princípios e práticas de responsabilidade social dirigidas a organizações de qualquer natureza, não apenas para empresas. Ela toma por base as normas, tratados, convenções e outros documentos intergovernamentais, inclusive as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a definição das suas recomendações de conteúdo. Desse modo, procurou respeitar as normas obrigatórias adotadas por amplo consenso entre nações e representantes da sociedade internacional.

Continue navegando