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2017 - 03 Estudo sobre Henry Fayol

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A TEORIA ADMINISTRATIVA, SEGUNDO HENRY FAYOL
Henry Fayol, ao lado de Taylor, foi um dos mais proeminentes estudiosos da administração. A maioria de suas propostas é utilizada ainda hoje, por isso ele é considerado o pai da administração moderna.
Maximiano (2009) relata que: “Fayol chegou a diretor-geral de uma empresa de mineração em 1888. A empresa estava à beira da falência, mas quando Fayol se aposentou, em 1918, sua situação financeira era sólida” (MAXIMIANO, 2009, p.38).
Fayol (in Maximiano, 2009, p.38) atribuiu o resultado de suas intervenções a seu sistema de administração; uma ideia dividida em três partes principais:
a) a administração é uma função distinta das demais funções, como finanças, produção e distribuição;
b) a administração é um processo de planejamento, organização, comando, coordenação e controle [...]; 
c) o sistema da administração pode ser ensinado e aprendido.
Fayol foi o primeiro a dividir a teoria administrativa em elementos, ou seja, para ele, toda organização possui seis funções fundamentais apresentadas por Silva (2008, p.134):
a) Atividades técnicas: relacionadas com a transformação e a produção de bens (produtos e serviços);
b) Atividades comerciais: relacionadas com as transações de compra, venda e permuta;
c) Atividades financeiras: relacionadas com a captação e o bom uso do capital;
d) Atividades contábeis: relacionadas com os controles e os registros das despesas organizacionais (como inventários, balanços, custos e estatísticas);
e) Atividades de segurança: relacionadas com a preservação e a proteção das pessoas e dos bens;
f) Atividades administrativas: relacionadas com a integração de todas as operações da organização; as atividades administrativas coordenam e sincronizam as atividades anteriores, tendo, portanto, interferência/influência sobre elas.
Para Fayol, a função administrativa é a mais importante e deve ser dividida em: previsão, organização, comando, coordenação e controle, detalhadas por Silva (2008, p.135):
.Previsão: tentativa de avaliar o futuro por meio de um plano e fazer provisões para realizar esse plano (essa função deu origem à função de planejamento). A previsão comporta três aspectos: projeção (o futuro é uma continuação do passado); predição (o futuro não é continuação do passado, por fatores fora do controle da empresa); e planejamento (o futuro não é continuação do passado, mas por fatores sob controle da empresa).
.Organização: mobilização dos recursos humanos e materiais para transformar o plano em ação.
.Comando: estabelecimento de orientações para os empregados e obtenção das coisas feitas.
.Coordenação: obtenção da unificação e harmonia de todas as atividades e esforços.
.Controle: verificação de que as coisas aconteçam em conformidade com as regras estabelecidas e expressas pelo comando.
Essa função evoluiu e atualmente é conhecida como PODC (Planejamento, Organização, Direção e Controle), sendo um dos conceitos teóricos mais importantes da administração.
A teoria da administração, para Fayol, também conta com 14 princípios gerais que, embora criados em 1916, segundo Silva (2008), “são ainda considerados, por grande parte dos administradores, úteis na prática administrativa contemporânea” (SILVA, 2008, p.136):
1) Divisão de trabalho: Fayol propôs a especialização do trabalho como a melhor maneira de usar os recursos humanos da organização. 
2) Autoridade e responsabilidade: a autoridade é “o direito de dar ordens e o poder para a exata obediência”. A responsabilidade envolve ser confiável e, desse modo, está naturalmente associada à autoridade. 
3) Disciplina: significa a necessidade de esforço comum dos trabalhadores, de maneira ordenada; punições, entretanto, deveriam se aplicadas criteriosamente. 
4) Unidade de comando: os trabalhadores deveriam receber ordens de um “gerente” somente. 
5) Unidade de direção: a organização deve se mover em uma direção e um objetivo comum. 
6) Subordinação do interesse individual ao interesse geral: os interesses de uma pessoa (ou grupo) não deveriam prevalecer sobre os interesses da organização. 
7) Remuneração de pessoal: o pagamento deveria ser justo - não explorativo - e recompensar o bom desempenho. 
8) Centralização: os graus de centralização/descentralização adotados dependem de cada organização específica na qual o “gerente” está trabalhando. 
9) Cadeia escalar: respeito a autoridade correspondente à posição hierárquica. 
10) Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar. 
11) Equidade: todos os empregados deveriam ser tratados o mais “igualmente” possível. 
12) Estabilidade do pessoal no cargo: a retenção dos trabalhadores mais produtivos deveria ser alta prioridade da administração. 
13) Iniciativa: os administradores deveriam encorajar a iniciativa do trabalhador. 
14) Espírito de equipe: os administradores deveriam enfatizar a harmonia e a boa vontade geral entre os empregados. 
Silva (2008) faz um alerta, aproveitando palavras de Fayol, de que “não existe nada rígido ou absoluto quando se trata de problemas de administração; é tudo uma questão de proporção” (SILVA, 2008, p.137).

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