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Introdução ao Estudo do Direito - 1

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Resumo de Introdução ao Estudo de Direito
⦁ Epistemologia= Estuda características próprias do objeto e o método de cada ciência
-O conhecimento é a intersecção da verdade com a crença
INTRODUÇÃO
⦁ Objetivos da disciplina
-Funciona como um mapa que mostra o território
-Proporciona uma visão geral do Direito , dando base à ciência jurídica
-Propicia a construção de uma consciência jurídica, a familiarização com a Ciência do Direito e a introdução das terminologias técnico-jurídicas
-Delimita as noções, conceitos e áreas essenciais, dentro da imensidão que é o Direito, para dar maior segurança e conhecimento
-É essencial para a formação não só de um acadêmico, mas também de um eficiente operador do Direito e jurista: Estimula a reflexão sobre as funções do Direito dentro da estrutura social
-A escola de Direito é uma escola sobre a vida, que exige maturidade e reflexão de conhecimentos, provocando um conhecimento ético e social, ensinando a viver e conviver melhor com a sociedade e com nós mesmos
-"O Direito – complexo como é, com múltiplas facetas que constituem uma das suas maiores dificuldades e exigem dos seus cultores, mais do que qualquer outro ramo de conhecimento, uma variedade enorme de qualidades, por vezes um tanto contraditórias – pode ser visto a muitas luzes, sob muitos ângulos, e nomeadamente pode ser objeto de indagação filosófica, que não é mais do que a Filosofia aplicada a este setor particular do mundo e da vida." (Inocêncio Galvão Telles) 
⦁ O Direito é dinâmico como a sociedade, onde existem princípios, normas e leis que são flexíveis de acordo com a necessidades sociais
-O Direito é essencialmente dialético (uma tese gera uma antítese que formam uma síntese, assim infinitamente) e está sempre atrás dos fatos
-O Direito é necessário, não é coisa abstrata; é fenômeno histórico; requer uma concepção de mundo; tem papel histórico e social de mudanças
⦁ Origem histórica da palavra
-Essa palavra tem sua origem num vocábulo do baixo latim: directum ou rectum, que significa “direito” ou “reto”
-Textos de Direito Romano, definem o direito como “a arte do bem e do justo” (ars boni et æqui), ou a jurisprudência como “o conhecimento das coisas divinas e humanas e a ciência do justo e do injusto”
*Jurisprudência= Somatória de todos os tribunais de um determinado ordenamento jurídico
-O Direito, como ciência, enfeixa o estudo e a compreensão das normas postas pelo Estado ou pela natureza do homem
-Díade---> O direito posto pelo Estado- ordenamento jurídico a configurar o positivismo
 ---> A norma que se sobreleva e obriga independentemente de qualquer lei imposta, o idealismo, cuja maior manifestação é o chamado direito natural
-O Direito está em constante desenvolvimento, onde de normas existentes projetam-se outras, a fim de regulamenta os múltiplos aspectos da vida social
-Durante séculos e séculos, de modo geral, até a implantação da forma constitucional no final do século XVII, o desenvolvimento do Direito veio da prática costumeira, por parte do povo. Outra fórmula, mais próxima à primeira, substituiu a criação das normas pelo povo: a formação jurisprudencial do direito
-IMAGEM DOS SLIDES 21 E 22
DIREITO OCIDENTAL
⦁ Elemento comum
-Concepção não secularizada, não religiosa do Direito, que surge como um conjunto de normas jurídicas, distintas das normas morais
-Sistemas básicos do Direito Ocidental= Direito Românico (civil law) e Direito Anglo-Saxão (commom law)
HISTÓRIA DO DIREITO
⦁ As democracias ocidentais não são as formas mais evoluídas de organização social e o direito contemporâneo não é mais evoluído que o direito egípcio de 4.000 anos atrás
⦁ Direito na Pré-história
-Teve relevante importância na criação das formas de se organizar a sociedade e de pensar o mundo jurídico levando em consideração a não existência da escrita
-As sociedades viviam em um sistema onde o que importava era o âmbito coletivo, tudo era em nome do bem comum e da sobrevivência, assim não existiam indivíduos mais importantes do que outros
-Aristoteles= Há certos homens que nasceram para mandar e outros que nasceram para obedecer, de tal forma que é natural a posição superior do homem frente à mulher e do senhor frente ao escravo
-Com a escrita, muitas instituições sociais (entre elas as jurídicas) já estão bastante consolidadas, como o casamento, a propriedade, a sucessão, vários contratos e o poder dos pais sobre os filhos
-Os membros de uma comunidade não eram propriamente indivíduos, pois cada pessoa entendia-se primordialmente como parte do grupo e não como um sujeito particular, com direitos e deveres individuais
-Não havia separação absoluta entre regras jurídicas, religiosas e morais
-É um direito consuetudinário= Formado por costumes
⦁ Direito na Mesopotâmia
-Não existiam ainda códigos de leis como os atuais, dentro dos quais se procura tratar de forma sistemática todo um grupo de relações jurídicas
-Código mais antigo= Ur-Nammu (2040 a.C.)
-Código mais conhecido= Hammurabi (1700 a.C.)
⦁ Direito no Egito
-Ocorreu alternância de modelos jurídicos
-Direito individualista (Século XXVIII a XXV)= Entendiam a pessoa como um indivíduo isolado ao poder e não primordialmente como membro de um clã, de uma nobreza ou qualquer hierarquia intermediária, e a célula familiar composta pelo pai, mãe e filho menores, e não pelos filhos maiores e descendentes. A base para esse direito era um poder político extremamente centralizado, a principal fonte de normas jurídicas eram as decisões do rei, ou seja, as leis, e não mais os costumes
⦁ Direito na Grécia
-A grande importância não está propriamente no direito, mas sim nos filosofia, devido às obras de Platão e Aristoteles
-Cada polis tinha uma organização própria e não existia instituição que submetia todas a uma mesma vontade
-Não houve um Código Civil para organizar mediante leis toda a vida civil das pessoas. As leis eram importantes, mas não havia a ideia de que todas as nossas relações precisam ser reguladas mediante leis
-Maior parte das regras sociais era religiosa, moral ou tradicional
-Já havia discussões sobre os limites do poder dos chefes políticos para impor sua decisões
-A legislação desempenhava um papel importante na organização social, principalmente em mudanças nas regras costumeiras
-A maior parte da vida social era regida por costumes e tradições, bem como por regras de moralidade e religiosas: Ainda não havia uma separação entre direito, religião e moral
⦁ Direito em Roma
-O direito romano passou por três principais fases= O antigo, o clássico e o do Baixo Império
-Direito romano antigo (Séculos VIII ao III a.C.)= Principal fonte de normas era o costume; O valor básico era a solidariedade entre componentes do grupo social; Como não haviam normas escritas, conhece-se pouco sobre o período
 -Direito romano clássico (Séculos II a.C. ao III d.C.)= Poder político centralizado no imperador, sendo a época da grande expansão de Roma; Engloba a decadência da República Romana e todo o Alto Império, Ponto culminante tanto do poder político quanto do desenvolvimento jurídico deu-se no Século II d.C.; Por envolver um território muito extenso e com povos diversos, o direito serviu como maneira de homogeneizar o império
-Jus Civile= Garantia-se à todo cidadão romano uma série de direitos em qualquer parte do império 
-Jus gentium= Garantia a todos os homens presentes no império um número menor de direitos. Era entendido como o conjunto das normas jurídicas inerentes a todos os seres humanos e, portanto, deveria ser reconhecido a qualquer pessoa
-Direito romano do Baixo Império (Século III d.C.)= Período de grande crise política e econômica marcado pela decadência intelectual, econômica e política; Houve a divisão do império em Império Romano do Ocidente (dissolvido no século V) e Império Romano do Oriente, baseado em Constantinopla (acabado no século XV); A figura do imperador passou a ser divinizada e com poderes absolutos, tornando a legislação por ele criada na principal fonte de direito;
⦁ Direito na Alta Idade Média
-Com a queda deRoma, a Europa ficou dividida em vários reinos menores controlados por povos germânicos, que conquistaram os territórios anteriormente romanos
-Com isso vigorou um pluralismo jurídico acentuado, no sentido que viviam no mesmo espaço diversos sistemas, onde os conquistadores não impuseram seu direito aos povos autóctones, permitindo que estes continuassem a serem regidos pelo direito romano, sendo criado um princípio de personalidade do direito: Cada pessoa deveria ser julgada pelas leis da sua própria terra
-No decorrer da Alta Idade Média, os francos expandiram-se gradativamente, onde, por volta do século VIII, Carlos Magno havia dominado quase todo o centro da Europa (Império Carolíngio), onde foi afastado o princípio da personalidade, tentando unificar o direito por via legislativa, declarando que suas leis seriam o direito válido no império
-A busca por estabelecer um direito comum levou a um gradual fortalecimento do direito romano
-Com o aumento do poder da Igreja Católica, houve uma confusão crescente entre o espiritual e o temporal, o que levou a Igreja a expandir a aplicação do direito canônicoa matérias antes reservadas ao direito temporal (matrimônio e problemas conexos, como legitimidade de filhos e anulação do casamento)
-O Império Carolíngio buscou unificar juridicamente o seu território, estabelecendo um direito comum, o qual deve ser fundado no direito romano
⦁ Feudalismo (Séculos X a XII)
-Com o fim do Império Carolíngio, o poder político começou a ser pulverizado, surgindo o Sacro Império Romano Germânico, localizado no centro da Europa
-O objetivo de ambos impérios era unificar juridicamente os seus territórios por meio do fortalecimento do direito romano
-A Igreja era a única instituição com influência na Europa, de forma que apenas o direito canônico, que continuava restrito às questões da Igreja e não abarcando no cotidiano das pessoas, era reconhecido em todo o território
-Durante esse período, o direito romano foi deixado de lado, dando lugar aos costumes locais (base da commom law), sendo o direito canônico o único escrito, pois a maioria da população era analfabeta, e alguns padres dominavam a escrita
⦁ Baixa Idade Média (Séculos XII e XIII)= Renascimento do direito romano
-Viu-se o fim dos feudos e o início gradual de um sistema político centralizado, capaz de garantir uma unidade política em cada reino
-No plano jurídico, surgiu a necessidade de construir um direito comum, buscando fundamento no direito romano
-Com a criação das primeiras universidades, os estudos receberam um especial reforço a partir da redescoberta no ocidente das complicações do direito romano, e ficou conhecido como Corpus Iuris Civilis, contendo passagens do direito romano clássico que passaram a servir como base para a construção do direito comum na Europa medieval, devendo sua fama aos juristas que o estudaram e aos juízes que passaram a aplicá-lo
-O direito romano passou a ser conhecido pelas classes mais altas por quase toda Europa, passando a ser visto como uma espécie de direito universal, sendo muito mais desenvolvido e racional que os direitos consuetudinários locais, o que não significou o seu fim, pois o direito medieval era pluralista e que conviviam no mesmo espaço várias ordens políticas, as quais o direito romano veio a ser acrescentado. Porém, os casos que envolviam o direito romano eram em maior parte de classes altas, sendo os casos da população mais pobres resolvidos por meio do direito tradicional
⦁ Transição para a Idade Moderna (Séculos XIV e XV)
-Houve um movimento de centralização do poder nas mãos dos reis, o que culminou alguns séculos depois com o surgimento dos Estados Absolutistas
-Surgiram os Estados nacionais autônomos, que desenvolveram um direito próprio. Os reis faziam uso da legislação para imporem sua vontades, mas as leis continuavam a ser esporádicas e não havia pretensão que regulassem toda a vida social dos cidadãos
-Os estudos do direito romano haviam se tornado altamente complexos e começaram a voltar-se para a adaptação dos textos clássicos à realidade da época, de tal forma que fosse possível resolver com base neles os litígios
⦁ Idade Moderna (Séculos XVI a VXVIII)
-Não houve rupturas com os modelos medievais ao fim da transição, mas uma continuidade do movimento de centralização iniciado por volta do século XIII
-Houve crescimento da relevância do direito legislado, especialmente nas questões de administração. As questões de direito civil e penal continuavam sendo resolvidas com base nos costumes e no direito romano, que foi incorporado ao direito oficial na maioria dos novos Estados
-Exemplo clássico= Ordenações Filipinas (leis de Portugal expedidas pelo Rei Felipe que também eram validadas para o Brasil e demais colônias)
-Primazia já era reconhecida às leis, já que os juízes deveriam aplicar, antes de tudo, o disposto nas orientações. Todavia, essas normas eram pouco abrangentes, cobrindo praticamente apenas a organização dos órgãos do poder oficial, organização processual e direito penal
-Início da promoção do monopólio estatal do direito= Crescente importância das leis com o fortalecimento do poder dos reis deu início ao projeto de reduzir todo o direito à lei aconteceu por volta do século XVIII, com o despotismo esclarecido
A partir das revoluções burguesas se afirmou a ideia de que apenas o poder legislativo poderia criar normas abstratas e genéricas, e com o sucesso desses movimentos, a ideia era de que se fazia necessário um governo de lei, e não de homens, passando o poder estatal, que antes era absoluto, para normas jurídicas consolidadas em forma de uma Constituição
-O processo de redução do pluralismo (redução do direito à lei) culminou na ascensão do positivismo jurídico ao status de teoria jurídica dominante. Nesse período, o Estado passou a defender o monismo jurídico, com a redução de todo o direito ao direito positivo
-De acordo com as novas ideologias, a legislação deve ser elaborada por representantes do povo - o Poder Legislativo - e inicia-se uma nova fase em que o Estado busca regular exaustivamente as relações sociais
-Surgimento do Código Civil Francês ou Código de Napoleão= Primeira tentativa moderna de um conjunto de normas que deveria reger a vida civil de todas as pessoas
-O exemplo francês foi seguido por vários Estados, inclusive o Brasil, e os códigos passaram a fazer parte integrante da legislação de diversos países
-Essa época representou, ao mesmo tempo, o ápice da confiança nas pretensões racionalistas ligadas ao direito natural e o início do declínio das ideias jusnaturalistas, nas medidas em que se considerava que o Direito Natural fora incorporado ao Direito Positivo
⦁ Atualidade
-As leis sempre foram um instrumento importante quando um rei buscava introduzir mudanças na sociedade. As ideias de que o Estado detém o monopólio do uso legítimo da força e de que as leis são a fonte do direito por excelência são as principais marcas do direito atual
-Na atualidade, as leis editadas pelo Estado compõem a grande maioria das regras aplicáveis pelos tribunais e que há uma série de momentos da nossa vida em que não podemos escapar à influência do direito estatal
-Assistimos a um momento de ampliação do âmbito judicial, visto que o nosso modelo jurídico considera a mediação do governo necessária à devida resolução dos conflitos sociais (porem, atualmente existe uma transição da mediação do Estado, onde prefere-se resolver os problemas por conciliação e mediação). Quase todos os problemas relativos à atividade estatal são questões de direito e, portanto, devem ser resolvidas por via legislativa e judiciária
-Nossa vida cotidiana continua sendo mais regida pelas normas morais e costumeiras do que pelo direito positivo. Embora o direito estatal venha adquirindo uma influência cada vez maior nas nossas vidas, o projeto de redução do pluralismo não chegou ao ponto de transformar a lei na única fonte de direito da sociedade atual
⦁ Direito Positivo e Direito Natural
-A diferença pode ser estabelecida a partir da origem decada um
-Há certos direitos definidos pelos homens para regular suas ações na vida em sociedade e cujo conjunto forma o Direito Positivo de uma época ou Estado. Outros existem que pertençam a todos os tempos, não são elaborados pelos homens e emanam de uma vontade superior porque pertencem à própria natureza humana (direito de reproduzir, direito de constituir família e o direito de viver)
-O direito positivo é o que está em vigor num povo determinado e compreende toda a disciplina da conduta, abrangendo as leis votadas pelo poder competente, os regulamentos, as disposições normativas de qualquer espécie
-Direito natural existiu a partir do momento que surgiu o homem. A manifestação jurídica é uma consequência da convivência humana. Emana: da natureza(Antiguidade Grega), de Deus (teocentrismo, Idade Média) e da razão (no sentido moral ,não prático, na Idade Moderna)
-Jusnaturalismo= Não nega a existência do Direito Positivo, mas acredita que um Direito Natural esteja acima
-Juspositivismo= Nega a existência do Direito Natural, visto que o direito não é mais do que o legislado, ou um emaranhado de normas elaboradas pelo Estado

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