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AVALIAÇÃO ESCOLAR E INSTITUCIONAL CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD Avaliação Escolar e Institucional – Profª. Ms. Maria Cecília Nogueira Garcia Pupin e Prof. Sebastião Donizeti da Silva Olá, meu nome é Maria Cecília Nogueira Garcia Pupin. Sou mestre em Educação pelo Centro Universitário Moura Lacerda de Ribeirão Preto-SP (2008), pelo qual tive a oportunidade de pesquisar sobre os "Objetivos Gerais da Educação Básica na perspectiva de professores, pais e alunos do Ensino Fundamental". Além disso, sou especialista em Educação Infantil e Alfabetização pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais-SP (2004), licenciada em Pedagogia também pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais (2002). Formei-me técnica em Administração de Empresas pela Escola Técnica Estadual Antônio de Pádua Cardoso (1999). Cursei Normal em Ensino Médio (1999). Fui professora em escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental públicas e privadas. Atuo como professora no Centro Universitário Claretiano de Batatais ministrando aulas para os cursos de Licenciatura em Pedagogia, História e Filosofia, bem como na Pós-graduação, ambas na modalidade à distância. E-mail: mariacecilia@claretiano.edu.br Olá! Meu nome é Sebastião Donizeti da Silva. Possuo Licenciatura Plena em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ituverava (1989), Graduação em Letras pela Universidade de Franca (1983) e Pós-graduação em Gestão Educacional pela Unicamp, em Campinas-SP. Atualmente (2010), sou mestrando em Educação pelo Centro Educacional Moura Lacerda de Ribeirão Preto-SP, com pesquisa na área de Tecnologias da Informação e Comunicação aplicadas no Ensino Básico e na Formação Continuada de Professores. Sou diretor efetivo da Escola Estadual Profª. Helena Cury de Tacca e possuo conhecimentos avançados em Informática (básica e softwares para área da Educação). Também tenho experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando, principalmente, nos seguintes temas: ecologia, escola pública, formação continuada e na graduação de professores, emprego. E-mail: tiaozinhoedu2009@hotmail.com AVALIAÇÃO ESCOLAR E INSTITUCIONAL Caderno de Referência de Conteúdo Maria Cecília Nogueira Garcia Pupin Sebastião Donizeti da Silva Batatais Claretiano 2013 Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação © Ação Educacional Claretiana, 2011 – Batatais (SP) Versão: dez./2013 371.26 P986a Pupin, Maria Cecília Nogueira Garcia Avaliação escolar e institucional / Maria Cecília Nogueira Garcia Pupin, Sebastião Donizeti da Silva – Batatais, SP : Claretiano – Rede de Educação, 2013. 160 p. ISBN: 978-85-67425-93-1 1. Abordagem crítica e conceituação de avaliação escolar e institucional. 2. Organização de mecanismos de avaliação da atividade didático-pedagógica. 3. Modalidades e características da avaliação da aprendizagem. 4. Funções e papel da avaliação escolar. 5. Avaliação de projetos de trabalho. 6. Organização dos processos de avaliação. 7. Características das modalidades de avaliação institucional. 8. Função e papel da avaliação institucional. I.Silva, Sebastião Donizeti da. II. Avaliação escolar e institucional. CDD 371.26 Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves Preparação Aline de Fátima Guedes Camila Maria Nardi Matos Carolina de Andrade Baviera Cátia Aparecida Ribeiro Dandara Louise Vieira Matavelli Elaine Aparecida de Lima Moraes Josiane Marchiori Martins Lidiane Maria Magalini Luciana A. Mani Adami Luciana dos Santos Sançana de Melo Luis Henrique de Souza Patrícia Alves Veronez Montera Rita Cristina Bartolomeu Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Simone Rodrigues de Oliveira Bibliotecária Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Revisão Cecília Beatriz Alves Teixeira Felipe Aleixo Filipi Andrade de Deus Silveira Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz Rodrigo Ferreira Daverni Sônia Galindo Melo Talita Cristina Bartolomeu Vanessa Vergani Machado Projeto gráfico, diagramação e capa Eduardo de Oliveira Azevedo Joice Cristina Micai Lúcia Maria de Sousa Ferrão Luis Antônio Guimarães Toloi Raphael Fantacini de Oliveira Tamires Botta Murakami de Souza Wagner Segato dos Santos Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana. Claretiano - Centro Universitário Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000 cead@claretiano.edu.br Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006 www.claretianobt.com.br SUMÁRIO CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7 2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO .......................................................................... 10 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 30 4 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 30 UNIDADE 1 – AVALIAÇÃO ESCOLAR E INSTITUCIONAL: UM POUCO DE HISTÓRIA 1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 31 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 31 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 32 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 33 5 AVALIAÇÃO: UM POUCO DA HISTÓRIA .......................................................... 34 6 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 44 7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 52 8 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 52 9 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 53 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 53 UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E INSTITUCIONAL CONCEITOS: O QUE É AVALIAR? 1 OBJETIVO .......................................................................................................... 55 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 55 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 56 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 57 5 CONCEITUANDO: O QUE É AVALIAR? O QUE É AVALIAÇÃO? ....................... 57 6 AVALIAÇÃO: UMA PROPOSTA REFLEXIVA E MEDIADORA ............................ 61 7 UM RECORTE SOBRE A AVALIAÇÃO NA ESCOLA ............................................ 64 8 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL............................................................................ 82 9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 89 10 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 90 11 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 91 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................91 UNIDADE 3 – O PROCESSO DE AVALIAÇÃO ESCOLAR E INSTITUCIONAL E SUAS ESPECIFICIDADES 1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 93 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 93 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 94 Claretiano - Centro Universitário 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .............................................................................. 94 5 CONCEITUANDO O OBJETO DE AVALIAÇÃO E A REALIDADE A SER AVALIADA ................................................................... 96 6 MEDIDA DO OBJETO DE AVALIAÇÃO E OS INDICADORES DOS RESULTADOS ........................................................... 98 7 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E SUAS DIMENSÕES DECISIONAL, RACIONALIZADORA E INTEGRADORA ........................................................... 104 8 ESTRUTURAÇÃO DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO ....................................... 107 9 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO INSTITUCIONAL ........................................... 112 10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 115 11 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 115 12 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 116 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 117 UNIDADE 4 – ORGANIZAÇÃO DOS RECURSOS AVALIATIVOS 1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 119 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 119 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 120 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 120 5 TÉCNICAS, INSTRUMENTOS E RECURSOS DE AVALIAÇÃO: REDEFININDO PRÁTICAS .................................................................................. 122 6 AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE ENSINO E DESEMPENHO .......................... 135 7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 140 8 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 140 9 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 141 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 141 UNIDADE 5 – INDICADORES DOS RESULTADOS E APRENDIZAGENS: QUESTÕES POLÍTICAS DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 143 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 143 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 144 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 145 5 PRODUÇÃO DE INDICADORES ......................................................................... 146 6 DIMENSÕES DECISIONAL E RACIONAL DA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E PROPOSTAS DE RESSIGNIFICAÇÃO ................................... 155 7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 157 8 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 157 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 158 10 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 159 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 160 CRC Caderno de Referência de Conteúdo Ementa ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Abordagem crítica e conceituação de avaliação escolar e institucional. Objeti- vos gerais e específicos. Organização de mecanismos de avaliação da atividade didático-pedagógica (técnicas e instrumentos). Modalidades e características da avaliação da aprendizagem. Funções e papel da avaliação escolar. Estudo dos pressupostos teórico-metodológicos e influência da avaliação na gestão escolar básica e de Ensino Superior. Orientação de atividades práticas (planejamento das técnicas e dos instrumentos de avaliação). Avaliação de projetos de trabalho. Organização de mecanismos de avaliação institucional (quais são os elementos que compõem o processo de avaliação, técnicas e instrumentos). Organização dos processos de avaliação. Orientação de atividades práticas para avaliação. Características das modalidades de avaliação institucional. Função e papel da avaliação institucional. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 1. INTRODUÇÃO Seja bem-vindo! Neste momento, você está iniciando seus estudos de Avaliação Escolar e Institucional, na qual serão apre- sentadas as modificações ocorridas na concepção de "avaliação" © Avaliação Escolar e Institucional8 ao longo dos tempos: seus conceitos, objetivos e finalidades, bem como os métodos e instrumentos utilizados para a constatação das aprendizagens. Aqui, você terá a oportunidade de refletir sobre a avaliação escolar numa perspectiva em que ela se consolida como preocupa- ção constante de todos os agentes escolares e ponto fundamental para a verificação dos resultados que servem de indicadores para a tomada de decisões sobre as mudanças e alterações no planeja- mento, no desenvolvimento e no processo de ensino e aprendiza- gem, bem como no aprimoramento e nas melhorias relacionadas à qualidade do ensino escolar, generalizadamente em todos os seus níveis: desde a Educação Infantil até o Ensino Superior. Serão abordadas questões relativas à avaliação institucional, analisando todos os âmbitos escolares na condição de lócus e parte de um sistema educacional; à perspectiva dos gestores da política e da educação, que utilizam a avaliação institucional como elemento para análise do desempenho escolar com base nos indicadores de eficácia e efetividade da política implantada e nível de desenvolvi- mento dos alunos; e às especificidades setoriais (gestão pedagógica, gestão de pessoas, gestão financeira, gestão de patrimônio e gestão administrativa) que compõem a hierarquia do sistema educacional. Para uma melhor compreensão do assunto, durante os seus estudos, é importante que você reflita sobre algumas questões, como, por exemplo: O que são a avaliação escolar e institucional e como elas são desenvolvidas? Durante a leitura das unidades, você obterá dados que possibilitarão a construção e apropriação de conceitos importantes para responder a essas questões, além de subsidiarem a afirmação de uma base teórica sólida, levando-o a refletir, de forma atualizada e em conformidade com o contexto sociocultural e econômico da escola, sobre os desafios da socieda- de da informação e o conhecimento. Ao pensar sobre qual a importância da avaliação para o de- senvolvimento e a continuidade de todo o processo de ensino e aprendizagem na escola, somos levados a refletir sobre as formas 9 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo de organização das instituições educacionais e as possibilidades de avaliação a serem realizadas com os alunos para que esta funcione efetivamente, como recurso a contribuir para a educação escolar e, consequentemente, o desenvolvimento pleno do educando. Outra questão é a seguinte: É possível ensinar sem se preocupar, constantemente, em avaliar o processo e a sua eficiência, eficácia e efe- tividade? Deantemão, podemos dizer que a avaliação é muito impor- tante porque nos fornece informações para a melhoria da escola. As avaliações escolares e institucionais são aplicadas com o objetivo de realizar verificações sobre os resultados do ensino e da aprendizagem para que se possa tomar decisões na hora de planejar ou replanejar o ensino escolar; definir os objetivos da aprendizagem; organizar os conteúdos curriculares; e escolher quais os recursos, procedimentos didáticos ou estratégias serão adotados no processo de construção da aprendizagem dos educandos e contribuirão com o seu desenvolvimento pleno. Logo, tais avaliações oferecerão da- dos que contribuirão para a redefinição das formas e dos recursos que serão utilizados para fazer do processo avaliativo, das aprendiza- gens construídas pelo aluno, um instrumento que venha a contribuir significativamente para que a educação oferecida pela escola tenha realmente a qualidade ideal proposta pelas políticas educacionais e para que, assim, o educando, fazendo uso dessas políticas, seja capaz de modificar a sua vida e o meio em que vive. Vale ressaltar que o avaliar se trata de uma tarefa difícil e complexa, a qual requer muito empenho e reflexões que levem a definir como ela será realizada, o que fazer com os resultados e como fazer para descrever e registrar os dados obtidos de forma clara, para que todos possam compreendê-los. No decorrer dos nossos estudos, você terá a possibilidade de realizar uma leitura criteriosa acerca dos fundamentos e das prá- ticas de avaliação escolar e institucional para que possamos com- preender sua importância ao ensino e à aprendizagem. Após esta breve introdução aos principais conceitos deste nosso Caderno de Referência de Conteúdo, apresentaremos, a se- © Avaliação Escolar e Institucional10 guir, no Tópico Orientações para estudo, algumas orientações, di- cas e estratégias que poderão facilitar o processo de construção de sua aprendizagem. 2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO Abordagem Geral Prof. Sebastião Donizeti da Silva Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será estu- dado neste Caderno de Referência de Conteúdo. Aqui, você entrará em contato com os assuntos principais deste conteúdo de forma breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar essas questões no estudo de cada unidade. Desse modo, essa Abordagem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessário a partir do qual você possa construir um referencial teórico com base sólida – científica e cultural – para que, no futuro exercício de sua profis- são, você a exerça com competência cognitiva, ética e responsabi- lidade social. Vamos começar nossa aventura pela apresentação das ideias e dos princípios básicos que fundamentam este Caderno de Referência de Conteúdo. As unidades de estudo conterão os assuntos referenciais bá- sicos do Caderno de Referência de Conteúdo Avaliação Escolar e Institucional, que são as atividades de avaliação praticadas pela escola e pelos gestores das políticas educacionais. Aqui, aborda- remos o processo de avaliação por meio de perspectivas que pos- sibilitem a você a compreensão teórica e prática do assunto. Me- diante apresentação de figuras em cada unidade de estudo, você terá a oportunidade de refletir e visualizar situações de avaliação do processo de ensino e aprendizagem. As reflexões que proporemos e as exemplificações de práti- cas de avaliação deverão levá-lo a discriminar os principais signi- ficados do termo avaliação, tendo como referencial alguns espe- cialistas que se encontram relacionados nos Tópicos Bibliografia Básica e Bibliografia Complementar. 11 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Veremos as funções da avaliação nas áreas escolar e insti- tucional com o intuito de identificar as principais modalidades de avaliação, examinando as relações existentes entre avaliação-me- dida-indicadores em diversas formas de uso. Também serão apre- sentadas técnicas, instrumentos e recursos de avaliação, e, por fim, discutiremos as diversas maneiras de fazer verificações para se produzir indicadores de resultados sobre as situações de ensino e aprendizagem. É importante avaliar o processo de ensino e aprendizagem esco- lar, bem como as práticas da política educacional, para que se conhe- ça as causas dos resultados negativos do ensino escolar e, assim, se possa melhorá-lo. Entretanto, para que tenhamos uma aprendizagem mais significativa, é preciso considerar as formas práticas que dão cer- to e planejar outras formas para se buscar a qualidade do ensino. Para discutir a necessidade da avaliação, você pode fazer um caminho em que algumas questões simples devem ser feitas: 1) Por que avaliar? Toda atividade humana é avaliada por- que produz resultados que carecem de ser analisados para que haja acompanhamento do desenvolvimento da ação realizada e, se necessário, alterações no percurso, a fim de que sejam alcançados os objetivos propostos para a efetivação do processo de ensino e aprendizagem. 2) O que avaliar? Na educação escolar, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, incluindo Mestrados e Doutorados e suas continuidades, todos os níveis são planejados, e sua eficiência, eficácia e efetividade devem ser avaliadas constantemente, num processo de verifica- ção e observação do comportamento e das atitudes dos alunos, dos professores e dos gestores. 3) A quem avaliar? Todos os sujeitos que atuam no pro- cesso de ensino e aprendizagem e mantêm relações didático-pedagógicas num dado ambiente, caracteriza- damente escolar, podem ser avaliados. Todos os com- portamentos cognitivos influem nos resultados do pro- cesso e, por isso, são envolvidos na avaliação, que deve caracterizar-se por uma ação que consiga atingir todos © Avaliação Escolar e Institucional12 os pontos vitais da administração da escola e do sistema educacional. 4) Como avaliar? Considerando a diversidade dos sujeitos que atuam no processo de ensino e aprendizagem, a avaliação acontece continuamente, num processo pla- nejado conforme suas características específicas e suas intenções particulares. A característica formativa da ava- liação deve prevalecer, e os instrumentos e recursos uti- lizados devem ser de acordo com os objetivos propostos pelo ensino-aprendizagem, a fim de que todos tenham competência para demonstrar os seus resultados com qualidade e em quantidade suficiente para satisfazer as necessidades de todos. 5) Quem deve avaliar? A realidade em que se realiza o en- sino e a aprendizagem é muito ampla; é constituída de sujeitos e coisas. Pessoas e recursos físicos entram em relação a partir do momento em que se propõe organi- zar um sistema educacional. Portanto, a tarefa de avaliar compete a todos esses elementos: gestores, professo- res, alunos (e suas famílias) e colaboradores das diversas áreas escolares. O processo avaliativo deve ser coletivo; por isso, nenhum sujeito pode ser desconsiderado. To- dos devem fazer parte do conjunto de maneira autoava- liativa e também contribuir com a avaliação externa. Vale ressaltar que todos os países que se preocupam com a situa- ção do ensino e aprendizagem escolar realizam avaliações institucionais para conhecer os resultados das políticas educacionais organizadas. A avaliação escolar e institucional é uma forma de descobrir por que algumas atividades escolares dão resultados positivos e outras não atingem o seu objetivo. Para organizar a instituição escolar, é preciso conhecer suas características. Os conceitos e as formas de avaliação que temos praticado evoluíram e podem ajudar a realizar essa tarefa. Somen- te testar e medir não são ações suficientes para demonstrar o sig- nificado do aprendizado que foi verificado. 13 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Todos os sujeitos envolvidos (gestores, professores e alunos) devem discutir os resultados e tomar decisões para que o ensino produza uma aprendizagem melhore de qualidade superior. Você deve compreender que a avaliação não é opcional, tal como a composição de um conteúdo currículo; ela pode constituir um sistema complexo que passa por todos os processos de ensino e aprendizagem. Logo, a opção por um conceito de avaliação so- mente define o caráter e a forma daquilo que se pretende analisar. É preciso avaliar o ensino e aprendizagem escolar e, também, a instituição escolar como um conjunto de interesses e necessida- des diversas, tendo um propósito definido. Veja, a seguir, a que a avaliação se propõe: • a determinar a presença ou ausência de competências e suas respectivas habilidades e/ou pré-requisitos; • a identificar as causas de repetidas dificuldades no ensino e na aprendizagem. Os propósitos podem se confundir com os objetivos, porém é fácil definir um e outro. O propósito representa a intenção explí- cita ou implícita, enquanto o objetivo é o que se pretende alcançar com a avaliação. Durante o desenvolvimento da avaliação, temos alguns ele- mentos que são básicos na formação desse processo: um deles é o objeto de medida – não podemos nos esquecer de que a primeira intenção de toda avaliação é mensurar (medir) determinados com- portamentos que demonstrem condições de estarem dentro ou fora dos objetivos definidos no plano de ensino. Na tentativa de iden- tificar os elementos que influenciaram os resultados alcançados, concluímos que o importante é a eficiência do ensino e da aprendi- zagem. Se os alunos estão aprendendo bem é porque as condições do ensino estão de acordo com a sua realidade, da mesma maneira que, se os alunos não estão aprendendo, é porque o ensino não dá oportunidades significativas para que eles atinjam os resultados esperados. Você deverá utilizar a avaliação com o propósito de cer- tificar-se de que o aluno alcançou os objetivos previstos. © Avaliação Escolar e Institucional14 Após o estudo conceitual, você entenderá que o processo avaliativo se refere à realidade avaliada, que, no nosso caso, é a escolar, com seu ensino e aprendizagem, e a institucional, com sua forma de organização e recursos disponíveis. O ambiente escolar é colocado aqui como o lugar onde se desenvolve o processo de ensino e aprendizagem: a sala de aula e a escola toda, junto com todos os sujeitos que se propõem a ensi- nar e a aprender. O ambiente institucional é representado pela so- ciedade, pela cultura e pelo lado profissional da escola, que é vista como o lugar onde as práticas políticas educacionais são realizadas de forma concreta. Nosso objetivo principal no estudo deste Caderno de Refe- rência de Conteúdo é refletir sobre os propósitos da avaliação es- colar e institucional, os quais estão relacionados à estrutura tanto da parte escolar quanto da parte institucional. Comparar os elementos – avaliação, medida e indicadores – é demonstrar que a estrutura da ação de avaliar consiste numa intenção que não pode deixar de lado nenhum elemento que a compõe. O conjunto da avaliação promove, então, uma visuali- zação de resultados que demonstram concretamente a ação de ensinar e de aprender, relembrando que o ensino é uma via de mão dupla na qual não há docência (quem ensina) nem discência (quem aprende). Propor uma ação avaliativa é de responsabilidade de todos os indivíduos que atuam na escola, na formação de uma rede edu- cacional. Isso se realiza somente se houver a definição de etapas de registros e a verificação das atitudes e comportamentos desses indivíduos. Todo trabalho educativo num ambiente escolar é instituído politicamente e desenvolve atividades de acordo com os objeti- vos definidos para o alcance das metas estabelecidas em um plano chamado "Projeto Político-pedagógico", tanto na avaliação esco- lar como na avaliação institucional, que é feita pelos gestores do 15 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo governo. Para a realização positiva desse projeto, é preciso que o processo de avaliação ocorra organizadamente. Nas nossas reflexões, vamos tratar, também, das técnicas, dos recursos e dos instrumentos utilizados na avaliação de um de- terminado conteúdo curricular estudado, um projeto pedagógico ou uma gestão institucional mais complexa. O diagnóstico, o con- trole, a autoavaliação e a avaliação externa são os grandes recur- sos para a determinação da análise dos resultados obtidos durante o ensino e a aprendizagem. Diagnosticar pode ser entendido como produzir um texto em que as características do processo de avaliação sejam demons- tradas com base na leitura dos dados obtidos. O controle é a ma- nutenção constante do sistema educacional, é o que nos dá uma visão próxima das situações que ocorrem durante a aplicação das atividades curriculares. A autoavaliação é uma reflexão que dever ser constantemen- te realizada pelos sujeitos envolvidos com o ensino da instituição educacional, para que suas atuações, como realizadores da ação de ensinar, bem como o uso que fazem dos recursos disponíveis, do tempo, contribuam com o desenvolvimento pleno do educan- do e com a sua formação continuada. A avaliação externa realizada pelos órgãos gestores com a finalidade de compreender e aprimorar os recursos alocados pela política educacional implementada é um recurso eficiente para a compreensão dos resultados da ação educacional escolar no país. Há de se considerar que as individualidades, isto é, as es- pecificidades, são consideradas em conformidade com o contexto em que se encontram e concorrem para que o processo adquira complexidade. Ao realizar as verificações dos resultados por meio dos vá- rios instrumentos a serem estudados, o avaliador deve querer produzir os indicadores dos resultados das situações desenvolvi- © Avaliação Escolar e Institucional16 das e procurar refletir sobre as questões que envolvem as polí- ticas educacionais implementadas pelos gestores do governo. Os indicadores são elementos importantíssimos na análise do objeto avaliado, pois demonstram a quantidade e a qualidade da situação educacional. Conforme Brasil (1998), um indicador possui propriedades que determinam sua relação com o objeto que é avaliado. Ele de- monstra a medida, afirma e define, o que e como, todos têm de fazer em relação ao processo de ensino e aprendizagem escolar. Os Indicadores podem ser divididos quanto a: 1) Eficácia: em que grau os resultados alcançados atendem aos padrões, objetivos e metas estabelecidos; 2) Eficiência: em que grau os resultados alcançados foram desenvolvidos a um tempo e custo minimizados; 3) Efetividade: em que grau os resultados alcançados são ade- quados às metas e produz o resultado/impacto desejado; 4) Qualidade: em que grau os resultados alcançados são adequados às necessidades dos sujeitos de que dele dependem. A avaliação institucional passa por fases, como, por exem- plo, o momento das tomadas de decisão para a implementação das políticas educacionais, da racionalização e da disponibilização dos recursos e formulação de propostas de dar outros significados para as forças e fraquezas demonstradas pela avaliação realizada na escola. Tais momentos são importantes para a conclusão do processo de avaliação do ensino e da aprendizagem escolar, por- tanto, devem sempre ocorrer de forma coletiva, com a participa- ção de todos os sujeitos envolvidos com a escola. Observamos que gestores, professores, alunos e pais de alunos se envolvem no ensino escolar quando participam de ma- neira atuante, formando, com isso, uma realidade que chamamos de "dimensão política" do ensino e da aprendizagem escolar, bem como da formação da institucional educacional. 17 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Certamente, você deve estar se perguntando: Como avaliar o processo de ensino e de aprendizagem escolar hoje, com a che- gada de novos elementos, como, por exemplo, as chamadas "no- vas tecnologias"? O professor sempre esteve e sempre deverá estar no centro doensino escolar, ou seja, na sala de aula. Entretanto, não pode- mos deixar de lado a ajuda que os recursos tecnológicos modernos nos disponibilizam. Eles entram na escola e promovem mudanças didáticas, trazendo novas formas de ensinar e aprender os conteú- dos curriculares que são definidos nos Projetos Político-pedagógi- cos das instituições escolares; por isso, novas formas de avaliação devem ser pensadas e organizadas para acompanhar essa evolu- ção técnica e cultural. A avaliação escolar e as novas tecnologias Algumas técnicas de avaliação surgem por causa das novas tecnologias: uma delas é o meio de verificar a originalidade da pro- dução intelectual realizada pelo aluno; outra é a confirmação da validade dos conhecimentos adquiridos por meio das Tecnologias da Informação e da Comunicação. As Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) de- vem ser consideradas no planejamento do ensino; portanto, é necessário que você compreenda suas funções e formas de uso, pois, além de recursos eficientes para o ensino, elas ainda servem como meios para se fazer a avaliação do ensino e da aprendizagem escolar. No caso da Educação a Distância (EaD), as TICs representam o elemento essencial para que essa educação se realize. Você, por exemplo, utiliza uma forma de comunicação que é um exemplo disso: o uso do computador para comunicar-se com o seu tutor. O ensino presencial em sala de aula e o ensino a distância misturam-se por causa do uso dessas tecnologias, porque apro- ximam os alunos e professores com a comunicação instantânea e © Avaliação Escolar e Institucional18 acabam fazendo que os territórios de um e de outro sejam modi- ficados e que a escola perca sua característica de quatro paredes. Então, a avaliação toma novas características e formas. Considerar a forma da originalidade do trabalho do aluno conforme as tarefas que lhe são solicitadas é uma preocupação constante das escolas e dos professores. Os gestores escolares buscam uma definição de novos meios que possam ter e demons- trar características de quantidades para traduzir a qualidade dos trabalhos intelectuais que são colocados nos sistemas de comuni- cação da Educação a Distância. Ao estudar, pedir informações e tirar dúvidas, a ferramenta que chamamos "Ambiente Virtual de Aprendizagem" (AVA) deu novo formato à sala de aula. A avaliação do ensino e da aprendiza- gem escolar por meio desse sistema será adequada na medida em que as formas definidas forem estabelecidas de maneira demo- crática e consciente por professores e alunos, depois de cada um cumprir o seu papel. Leituras e releituras Conforme mencionamos, todo o conteúdo deste Caderno de Referência de Conteúdo está referenciado numa bibliografia com- posta por indicações básicas e complementares. Logo, fazer as lei- turas propostas, leituras complementares e, ainda, novas pesquisas sobre o tema será importante para a apreensão dos conteúdos de cada unidade, sempre por meio do exercício de reflexões críticas. Entre as ponderações que fazemos, chamamos a atenção, por exemplo, para o ato de avaliar, para que ele não se configure como ferramenta para a manutenção do poder, perpetuada por elemen- tos tradicionalistas, em que a avaliação se dá de maneira reproduti- vista. Nesse sentido, o exercício de reflexão servirá para se conseguir definir que tipo de avaliação deverá ser empregado em conformida- de com os objetivos educacionais que são perseguidos. 19 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Podemos dizer que, refletindo sobre os conceitos tradicio- nais, encontraremos os subsídios necessários à significação dos novos conceitos e novos entendimentos, no que se refere às fun- ções da avaliação do ensino e da aprendizagem escolar, contextu- alizadamente numa era em que a informação está cada vez mais socializada, podendo ser obtida por diversos meios e de maneira técnica, rápida e exata. Ao avaliar, o professor e o gestor escolar buscam a confirma- ção sobre os indivíduos e conseguem identificar as características específicas de cada um para que o processo de ensino e aprendiza- gem escolar proporcione a criação de novos cenários pedagógicos. As necessidades sociais das pessoas geram novas exigências que requerem recursos didáticos adequados para a aplicação dos conteúdos curriculares. A avaliação formativa orientando a escola Enquanto falamos da estrutura do processo de avaliação es- colar e institucional, das formas, dos elementos constituintes, dos instrumentos e recursos utilizados, refletimos, também, sobre a questão da formatividade que a avaliação pode ter. A forma como a avaliação escolar pode orientar a escola ou as políticas educacio- nais é denominada de avaliação formativa. Conforme assevera Perrenoud (1999, p. 51-52 e 80) sobre o caráter da avaliação escolar: Não há orientação escolar sem avaliação. Como são criadas e ne- gociadas na organização escolar as avaliações que fundamentam a orientação? [...] A maioria dos sistemas escolares adotou um mo- delo intermediário entre a absoluta liberdade dos alunos ou das famílias e a seleção imposta pela escola [...] Nesse modelo interme- diário, a avaliação é onipresente. A definição da avaliação formativa aqui proposta se refere mais a suas intenções do que a seus efeitos atestados. Poder-se-ia fazer a escolha inversa. [...] Nem toda avaliação contínua pretende ser formativa. © Avaliação Escolar e Institucional20 A avaliação que se diz formativa tem a pretensão de contri- buir para que a forma de ensaio (tentativa) acerto/erro do pro- cesso de ensino e de aprendizagem escolar seja evidenciada na formação e na compreensão do conteúdo. A avaliação vem de ori- gens impositivas e classificatórias, ou seja, ela sempre foi realizada de maneira direta pelo professor, sem consultar e dialogar com o aluno sobre seus resultados. Na reflexão conjunta – professor e aluno – e na explicitação (declaração) dos mitos e tabus evidencia- dos nas relações pedagógicas, a intenção é que a avaliação tenha característica formativa para fazer que o ensino seja mais eficiente e a aprendizagem seja significativa para o aluno. A preocupação com a orientação da forma de conduzir e or- ganizar a educação escolar faz da avaliação um elemento essencial e único, por causa da sua condição de conseguir juntar a necessi- dade de alterar caminhos e as formas de caminhar conforme acon- tecem as situações adversas durante o processo do ensino e da aprendizagem escolar. Outra condição importante da avaliação é a sua capacidade de orientar o processo escolar por meio de decisões, conforme as regras envolvidas no jogo das relações entre as pessoas que de- monstram sua cultura e formas de ensinar e de aprender, uma vez que tudo acontece dentro da instituição escolar. A avaliação escolar e institucional é um sistema complexo O conjunto dos elementos que compõem o processo de ava- liação escolar e institucional demonstra a forma de um sistema. A entrada de informações, a análise dos dados e a produção de indicadores dos resultados provocam mudanças e transformações na escola. Se a avaliação escolar e institucional também é vista como um processo, a avaliação caminha junto com a atividade de ensinar e de aprender que compreende a forma pedagógica como um contrato que se faz entre o professor (ensina) e o aluno (aprende). Se a ava- 21 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo liação escolar é entendida como um sistema, a avaliação resulta em uma ação que dá uma nova significação para as atitudes e os com- portamentos que acontecem dentro das instituições escolares. Segundo Perrenoud (1999, p. 53), a avaliação é uma atitude para que se tenha uma ação definitiva; com isso, a avaliação assu- me uma dupla dimensão: de processo avaliativo e de sistema de avaliação. Avalia-se sempre para agir. Mesmo as pesquisas pedagógicas feitas independentemente da avaliação escolar corrente têm, o objetivo de orientar umainovação, fundamentar uma defesa pró ou contra tal reforma, aumentar a eficácia do ensino ou da seleção. A avalia- ção corrente praticada pelos professores pode igualmente ser utili- zada para fins de gestão do sistema em um duplo sentido: • de um lado, o ajuste periódico do currículo, das exigências, das normas de admissão, das estruturas; • de outro, o controle do ensino e do trabalho dos professores. De acordo com Luckesi (1999, p. 65), para que a avaliação possa contribuir com essa premissa: O acesso e a permanência na escola, assim como qualquer nível de terminalidade (em termos de anos de escolaridade), nada signifi- carão caso não estejam recheados pela qualidade do ensino e da aprendizagem, ou seja, pela apropriação significativa de conheci- mentos que elevem o patamar de compreensão dos alunos na sua relação com a realidade. Um ensino e uma aprendizagem de má qualidade são antidemocráticos uma vez que não possibilitarão aos educandos nenhum processo de emancipação. Reiteramos nossos anseios de que você tenha sucesso no estudo e aprendizado deste conteúdo e que, como futuro educador ou gestor escolar, possa fazer a diferença na vida dos alunos e de todos aqueles que convivem num ambiente escolar e dele também dependem. Glossário de Conceitos O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápi- da e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de co- nhecimento dos temas tratados no Caderno de Referência de Con- © Avaliação Escolar e Institucional22 teúdo Avaliação Escolar e Institucional. Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos deste Caderno de Referência de Conteúdo: 1) Avaliação: instrumento utilizado para verificar em que medida os objetivos educacionais foram atingidos tanto no que diz respeito à apropriação e construção de co- nhecimento pelo aluno quanto ao cumprimento das fun- ções sociais no que diz respeito à escola. 2) Avaliação diagnóstica: atividade avaliativa que envolve a descrição, a classificação e a determinação de valo- res e indicadores, estando ligada a uma metodologia de diagnóstico que conduz a uma definição dos comporta- mentos e resultados das ações realizadas durante o tra- jeto do ensino e das aprendizagens. 3) Avaliação escolar: atividade de observação, teste e me- dição dos resultados do ensino e da aprendizagem de uma escola. 4) Avaliação formativa: atividade avaliativa que resulta em indicadores das modificações dos alunos em relação aos objetivos do processo ensino-aprendizagem. Abre espa- ço para a realização de ajustes e remanejamentos duran- te o trajeto e leva o professor a observar mais metodi- camente o comportamento dos alunos e a compreender suas práticas. Está centrada na gestão do ensino e das aprendizagens. 5) Avaliação institucional: atividade de verificação do nível de ensino e aprendizagem do conjunto das escolas em todos os tipos de ensino – do Básico ao Superior. 6) Avaliação prognóstica: característica da atividade ava- liativa que faz que professores e alunos se conheçam e possam melhorar o entendimento da forma como se deve ensinar e da forma como cada indivíduo aprende. 7) Avaliação somativa (classificatória e tradicional): pro- cesso que se consolida pela aplicação de um exame (pro- va) com a finalidade de classificar os alunos ao final de uma unidade, bimestre, semestre ou ano letivo, sem se preocupar com a construção de aprendizagens pelo alu- no, limitando-se à reprodução de informações transmiti- das pelo professor. 23 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo 8) Cognição: qualquer ação relacionada à capacidade de aprender que o indivíduo desenvolve. 9) Competência: conjunto de ações mentais que executa- mos para realizar uma tarefa. Em outras palavras, são recursos mentais que possuímos e usamos nas diversas situações em que nos encontramos. 10) Conteúdo curricular: toda a matéria que estudamos, isto é, tudo aquilo que se pretende ensinar ao aluno. 11) Controle: ação organizada e planejada para um contínuo acompanhamento do ensino e da aprendizagem, bus- cando soluções para as necessidades que surgem duran- te sua execução. 12) Diagnóstico: resultado de um exame realizado para co- nhecer as causas de um problema ou situações difíceis e negativas que estejam acontecendo em qualquer rea- lidade. 13) Diversidade: coisas e comportamentos diferentes que convivem num mesmo ambiente, numa mesma realida- de. Indivíduos que possuem características diferentes. 14) Efetividade: corresponde à prática de ações que produ- zem resultado contínuo para a demanda da satisfação das necessidades apresentadas durante o processo de ensino-aprendizagem. 15) Eficácia: diz-se da qualidade de todo processo de ensi- no-aprendizagem que busca a realização de todos os ob- jetivos propostos no alcance de soluções definitivas para problemas detectados e descritos no plano de ensino. 16) Eficiência: implementação de práticas que tratam de situações-problema, dando-lhes soluções em tempo rá- pido, considerando os aspectos quantitativos e qualitati- vos do trabalho realizado. 17) Formatividade: característica da ação avaliativa que faz que os indivíduos possam ter uma nova consciência do trabalho realizado. Deve-se manter diálogo e discussão sobre os resultados da avaliação. 18) Gestores: todos os sujeitos envolvidos no ensino e na aprendizagem escolar que, de certa forma, trabalham para o desenvolvimento dos alunos e da própria escola. © Avaliação Escolar e Institucional24 Podem ser diretores de escola, coordenadores pedagó- gicos e o governo. 19) Habilidade: as maneiras que temos para executar uma determinada tarefa. 20) Implementação: ato de fazer uma atividade acontecer, quer seja um projeto, quer seja um processo de grandes propor- ções. Em outras palavras, colocar em prática uma ação de avaliação ou organizar a prática da política educacional. 21) Indicador: elemento quantitativo obtido no processo de avaliação. Pode ser um percentual, quantidades ou uma se- quência de números que representa a realidade avaliada. 22) Instrumento: recurso prático planejado para a análise do processo do ensino e da aprendizagem para a obten- ção de indicadores. 23) Medição: diferentemente do conceito geométrico, em avaliação, mede-se quantitativamente e qualitativamen- te o alcance realizado pelos instrumentos aplicados, mensurando resultados a partir de parâmetros previa- mente estabelecidos. 24) Meta: algo que se estabelece como alvo, mira, objetivo ou finalidade a ser alcançado. 25) Objeto de medida: elemento que se constitui como alvo do processo avaliatório, podendo ser qualquer conteúdo curricular ou mesmo uma ação planejada para a fixação do aprendizado. 26) Processo: ação organizada e realizada numa certa or- dem, pretendendo alcançar um objetivo por meio de trabalhos planejados. 27) Psicomotor: relativo aos movimentos corporais, deter- minados diretamente pela mente, ou atividade mental (neurológica), que controla e coordena os movimentos corporais. 28) Sistema: combinação de partes que, ordenadas, conver- gem para certo fim. Forma de organização administrati- va, biológica, econômica, política, social etc. 29) Testar: averiguação por meio de ensaio e erros/acertos; essa é a base dos testes aplicados para a avaliação da 25 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo aprendizagem e de toda instituição educacional. Signifi- ca verificar e registrar os resultados desse processo. Esquema dos Conceitos-chave Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais im- portantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um Es- quema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteú- do. O mais aconselhável é que você mesmo faça o seu esquema de conceitos-chave ou até mesmo o seu mapa mental. Esse exercício é uma forma de você construir o seu conhecimento, ressignifican- do as informações a partir desuas próprias percepções. É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações en- tre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você na ordenação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino. Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende- se que, por meio da organização das ideias e dos princípios em esquemas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu co- nhecimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pe- dagógicos significativos no seu processo de ensino e aprendiza- gem. Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es- colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, na ideia fundamental da Teoria Cognitiva de Ausubel, que estabe- lece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos concei- tos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem pontos de ancoragem. Tem-se de destacar que "aprendizagem" não significa, ape- nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci- © Avaliação Escolar e Institucional26 so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con- siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei- tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog- nitivas, outros serão também relembrados. Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você o principal agente da construção do próprio conhecimento, por meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tor- nar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhe- cimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabele- cendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapascon- ceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 12 set. 2011). 27 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo "Avaliação é a sistemática de dados por meio da qual se determinam as mudanças de comportamento do aluno e em medida estas ocorrem". (BLOOM, 1971) AVALIAÇÃO ESCOLAR INSTITUCIONAL Processo Processo Processo - determinar a presença ou ausência de habilidades e/ou pré-requisitos - identificar as causas de repetidas dificultadades na aprendizagem - no início de um semestre, ano lettivo ou curso - durante o ensino quando o aluno evidencia incapacidade em seu desempenho escolar - pré-teste - teste padronizado/ rendimento - ficha de observação - instrumento elaborado pelo professor comportamentos cognitivo, afetivo e psicomotor - informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem durante o desenvolvimento das atividades escolares - localizar deficiências na organização do ensino, de modo a possibilitar reformulações do mesmo e aplicação da técnicas de recuperação do aluno comportamentos cognitivo, afetivo e psicomotor instrumentos planejados de acordo com os objetivos propostos durante o processo, ano letivo ou etapa CONTROLE PROPÓSITO ÉPOCA OBJETO DE MEDIDA INTRUMENTOS RECURSOS DIAGNÓSTICO FORMALIDADE - reflexão coletiva sobre os resultados obtidos - compreensão dos resultados apresentados, conclusões e resoluções para a correção do processo de ensino e aprendizagem reconhecimento da demanda de necessidade de correção reconhecimento da sua eficácia, efetividade e eficiência durante o ensino, ano letivo ou etapa Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteúdo Avaliação Escolar e Institucional. Como pode observar, esse Esquema oferece a você, como dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais im- portantes deste estudo. Ao segui-lo, será possível transitar entre os principais conceitos e descobrir o caminho para construir o seu processo de ensino-aprendizagem. Por exemplo, os conceitos: diagnóstico, controle e forma- ção, influenciam na organização do processo de avaliação escolar e institucional; sem a compreensão dos conceitos desse processo demonstrado pelo Esquema pode-se ter uma compreensão errada © Avaliação Escolar e Institucional28 das modalidades de avaliação escolar e institucional, bem como dos instrumentos que podemos utilizar para a aplicação dos mesmos. O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambiente virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realizadas presen- cialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EaD, deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio conhecimento. Questões Autoavaliativas No final de cada unidade, você encontrará algumas questões autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertativas. Responder, discutir e comentar essas questões, bem como relacioná-las com a prática do ensino de Pedagogia pode ser uma forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a re- solução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará se preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além disso, essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhecimentos e adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional. As questões de múltipla escolha são as que têm como respos- ta apenas uma alternativa correta. Por sua vez, entendem-se por questões abertas objetivas as que se referem aos conteúdos matemáticos ou àqueles que exigem uma resposta determinada, inalterada. Já as questões abertas dissertativas obtêm por res- posta uma interpretação pessoal sobre o tema tratado; por isso, normalmente, não há nada relacionado a elas no item Gabarito. Você pode comentar suas respostas com o seu tutor ou com seus colegas de turma. Bibliografia Básica É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio- grafias complementares. 29 Claretiano - Centro Universitário © Caderno de Referência de Conteúdo Figuras (ilustrações, quadros...) Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte in- tegrante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilus- trativas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os conteúdos do Caderno de Referência de Conteúdo, pois relacionar aquilo que está no campo visual com o conceitual faz parte de uma boa formação intelectual. Dicas (motivacionais) O estudo deste Caderno de Referência de Conteúdo convida você a olhar, de forma mais apurada, a Educação como processo de emancipação do ser humano. É importante que você se atente às explicações teóricas, práticas e científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao compartilhar com outras pessoas aqui- lo que você observa, permite-se descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a notar o que não havia sido perce- bido antes. Observar é, portanto, uma capacidade que nos impele à maturidade. Você, como aluno dos Cursos de Graduação na modalidade EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente. Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri- mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades nas datas estipuladas. É importante,ainda, que você anote as suas reflexões em seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas poderão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produções científicas. Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discuta a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas. No final de cada unidade, você encontrará algumas questões autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os © Avaliação Escolar e Institucional30 conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure- cimento intelectual. Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores. Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a este Caderno de Referência de Conteúdo, entre em contato com seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você. 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BLOOM, B. S. et al. Taxonomia dos objetivos educacionais. Porto Alegre: Globo. 1971. BRASIL. Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. Agências executivas/ Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. 2 ed. Brasília: MARE, 1998. (Cadernos MARE da Reforma do Estado, c. 9). PERRENOUD, P. Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999. 4. E-REFERÊNCIAS CRUZ, C. C. A teoria cognitivista de Ausubel. Disponível em: <http://www.robertexto. com/archivo3/a_teoria_ausubel.htm>. Acesso em: 12 set. 2011. UFRGS. Utilização de mapas conceituais na educação. Disponível em: <http://penta2. ufrgs.br/edutools/mapasconceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 12 set. 2011. 1 EA D Avaliação Escolar e Institucional: um Pouco de História 1. OBJETIVOS • Evidenciar e identificar os significados do termo "avalia- ção" segundo autores como Bittencourt (2005), Hoffman (1994), outros que constam nas bibliografias Básica e Complementar. • Definir e caracterizar as funções da avaliação escolar e institucional. • Identificar e compreender as principais modalidades de avaliação. 2. CONTEÚDOS • Histórico da avaliação. • Avaliação educacional e institucional: conceitos. • Funções da avaliação educacional e institucional. • Modalidades da avaliação. © Avaliação Escolar e Institucional32 • Instrumentos e métodos de avaliação escolar. • Monitoramento e avaliação estratégica: metas e indicadores. 3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que você leia as orientações a seguir: 1) Tenha sempre a mão o significado dos termos explicita- dos no Glossário de Conceitos e suas ligações pelo Es- quema dos Conceitos-chave para o estudo de não ape- nas esta, mas todas as unidades deste CRC. Isso poderá facilitar sua aprendizagem e seu desempenho. 2) Lembre-se de que conceitos podem ser lidos sob diferen- tes prismas e contextos. Portanto, pesquise, nas biblio- grafias indicadas neste livro-texto ou na internet, sobre a importância da avaliação para o alcance dos objetivos planejados. Não se esqueça de que você é o protagonis- ta do seu processo educativo. 3) Ao ler documentos legais como os Parâmetros Curricula- res Nacionais (PCNs), a Lei de Diretrizes e Bases da Edu- cação Nacional, as resoluções locais de cada sistema de ensino nas diversas unidades federativas e municipais – o que não deve ser uma obrigação a você, mas deve ser uma maneira de estar por dentro do que acontece com a educação em nossas escolas –, procure descobrir quais são as propostas essenciais que esses documentos con- têm e os seus objetivos. Também, reflita sobre o perfil político-pedagógico que eles possuem. 4) No decorrer de nossos estudos, você verá que o nosso caminho para a execução dos diversos processos de ava- liação do ensino e da aprendizagem foi marcado pela variedade de pensamentos e práticas acerca das inten- cionalidades para se alcançar os resultados pretendidos em cada sistema educacional. Para obter sucesso no seu aprendizado, vale ressaltar que, além dos livros indica- dos nas bibliografias Básica e Complementar, é impor- 33 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Avaliação Escolar e Institucional: um Pouco de História tante que você busque outras fontes de estudo e faça fichamentos delas. 5) Dentre os referenciais básicos usados (Bittencourt (2005), Hoffman (1994), Libâneo (1991) e outros), citaremos ideias da pesquisadora Maria Eugênia Correia, professo- ra da Universidade de Aveiras, em Portugal. Deixamos claro, portanto, que, nas citações diretas, manteremos a língua materna da autora; assim, elas virão escritas no português lusitano. 4. INTRODUÇÃO À UNIDADE Nesta unidade, trataremos das possibilidades de conceitua- ção epistemológica das práticas de avaliação do processo de ensi- no e aprendizagem escolar e da avaliação institucional. Para tanto, será necessário fazer uma breve incursão no tempo sobre o signi- ficado da avaliação em determinados momentos históricos. Com isso, poderemos entender o papel da avaliação como um instru- mento político (porque está inserido em um espaço de discussões e decisões contínuas, uma vez que nossas ações estão sempre en- trecortadas por relações que supõem debates, sugestões, opiniões de natureza controvertida) e pedagógico (por provocar situações relativas ao campo educacional, tratando de questões restritas à prática docente, do ensino e da aprendizagem, ou seja, de todas as ações que apregoam o compromisso com a melhoria da qualidade do ensino social para todos). Para tanto, temos caminhos a seguir, que podem ser por meio do diálogo construtivo, ou, caso contrário, podemos optar por uma concepção de "avaliação" como ato autoritário e repres- sivo. Tanto uma como a outra opção estará acoplada à nossa con- cepção de educação e aos objetivos que desejamos alcançar. Antes de iniciarmos nossos estudos acerca dos fundamen- tos que orientam os processos de avaliação escolar e institucional, será necessário trilhar um pouco do caminho percorrido pela ava- liação ao longo do tempo. © Avaliação Escolar e Institucional34 A avaliação desenvolveu-se no Brasil com diferentes inten- ções. Já esteve muito ligada às teorias tradicionais que tinham como preocupação o ato de medir, e, até hoje, encontramos mui- tas escolas inspiradas nessa concepção. Faremos um estudo da avaliação institucional além da avalia- ção da aprendizagem, tentando mostrar que, embora sejam essas duas avaliações de naturezas diferentes, elas não podem ser sepa- radas, uma vez que a avaliação escolar diz respeito ao rendimento escolar do aluno e a avaliação institucional diz respeito à institui- ção em si. No entanto, é necessário que você compreenda que o rendimento do aluno depende, em grande parte, das condições institucionais, incluindo o Projeto Político-pedagógico da escola. Por isso, a avaliação é uma preocupação constante de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem: gestores das políticas educacionais (governo), gestores dos currículos (pedago- gos, estudiosos, diretores, coordenadores de escola), gestores da ação docente (professores), pais e familiares dos alunos e, tam- bém, a comunidade que participa do processo como parceira ou colaboradora. Vejamos, a seguir, um pouco da história da avaliação. 5. AVALIAÇÃO: UM POUCO DA HISTÓRIA De acordo com Depresbiteris (2000), o uso de práticas ava- liativas como instrumento que serve para medir o aprendizado vem de muito tempo atrás, pelos idos de 2.205 a.C. Contudo, por longos anos, essas práticas avaliativas estiveram diretamente liga- das a exames; o termo "avaliação" foi adotado recentemente para atender as necessidades do mundo contemporâneo. Segundo Caldeira (2000, p. 122): A avaliação escolar é um meio e não um fim em si mesmo;está delimitada por uma determinada teoria e por uma determinada prática pedagógica. Ela não ocorre num vazio conceitual, mas está 35 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Avaliação Escolar e Institucional: um Pouco de História dimensionada por um modelo teórico de sociedade, de homem, de educação e, conseqüentemente, de ensino e de aprendizagem, expresso na teoria e na prática pedagógica. Segundo Luckesi (2002), os primeiros relatos que se têm so- bre a aplicação de exames são da sua utilização pela sociedade chinesa, nos anos 1.200 a.C., tendo como finalidade estabelecer o controle e a manutenção social e, também, selecionar, entre a po- pulação masculina, o preenchimento de vagas no serviço público. O Grande Shun, imperador chinês, arguia seus oficiais com o objetivo de promovê-los ou demiti-los. Podemos dizer que, na época, os exames eram utilizados como instrumentos para sele- ção, e não como recursos de medida na educação, levando, auto- maticamente, o sujeito à inclusão ou à exclusão social. Somente em meados do século 17 é que surgiram duas cor- rentes filosóficas para subsidiar a institucionalização do exame. De acordo com Luckesi (2002, p. 24): Uma vem de Comenius que defende o exame como um espaço de aprendizagem e não de verificação da aprendizagem; se o aluno não aprendeu é necessário refletir sobre o método utilizado em função de promover a aprendizagem do mesmo. O exame para Comenius funciona como um aliado precioso em relação à prática docente. Em contraponto, La Salle defende o exame como supervisão per- manente – aspecto de vigilância continua – centra-se no aluno e no exame de aspectos que deveriam ser direcionados para a prática pedagógica, ou melhor, professor/aluno. Assim, percebemos que, desde o século 17, o tipo de ava- liação usado era determinado pelos objetivos e finalidades per- seguidos pelo sistema. Em Comenius, o processo avaliativo, além de apresentar dados referentes à aprendizagem, traz informações sobre os métodos utilizados e, por conseguinte, sobre as práticas colocadas em ação, com o objetivo de que as aprendizagens sejam construídas eficazmente. Trazendo para os nossos dias, as ideias de Comenius sus- tentariam concepções educacionais de cunho humanista, constru- © Avaliação Escolar e Institucional36 tivista e socioconstrutivista, em que a relação entre os sujeitos e os objetos acontece horizontalmente. Ao passo que, as proposi- ções de La Salle, em que a "vigilância contínua" sobre o aluno, bem como sobre o exame em si, convergiriam para a concepção liberal tradicional. Segundo Luckesi (2002), as ideias de Comenius e La Salle fo- ram apropriadas por muitas instituições-escolas até o século 18, quando maior evidência foi dada à pedagogia do exame, que era sustentada por alguns princípios: [...] qualidade da educação, eficiência e eficácia do sistema educati- vo, maior vinculação entre sistema escolar (entenda-se currículo) e necessidades sociais (entenda-se modernização e/ou reconversão industrial) (ESTEBAN apud LUCKESI, 2002, p. 23). Para o autor, a necessidade de conhecer os níveis de apren- dizagem alcançados em cada matéria surgiu quando o ensino es- colar, subsidiado pelo currículo, foi dividido, abalizando tal peda- gogia pelas práticas pedagógicas adotadas. Como assevera Luckesi (1998, p. 17, grifo do autor): A avaliação escolar surge do aparecimento das disciplinas curri- culares [...]. A necessidade de adotar uma medida do aprendizado torna-se uma prática constante que dá as características à avaliação e define suas necessidades. Ainda no século 18, o momento corroborou para a divisão do currículo em disciplinas, representando o auge das expectativas para a melhoria da educação, uma vez que, por meio da avaliação do processo de ensino e aprendizagem, se podia chegar à promo- ção e à certificação da aprendizagem. Você acha que isso ainda acontece em nossos dias? Reflita sobre esse questionamento e compare sua resposta com a seguin- te afirmação de Luckesi (2002, p. 24): O mais visível e explícito exemplo dessa pedagogia está na prática de ensino do terceiro ano do 2º Grau, em que todas as atividades docentes e discentes estão voltadas para um treinamento de "re- solver provas", tendo em vista a preparação para o vestibular, como porta (socialmente apertada) de entrada para a Universidade. Nes- 37 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Avaliação Escolar e Institucional: um Pouco de História sa série de escolaridade, o ensino centra-se no exercício de resolv- er provas a partir de determinados conteúdos que concernem à seleção no vestibular. Os cursinhos preparatórios ao vestibular são mais exacerbados ainda no processo de treinamento de resolução de provas. [...] é a nota que domina tudo; é em função dela que se vive na prática escolar. De acordo com Correia (2011), ainda no século 19, a maio- ria das atividades assinaladas como avaliação educacional estava intimamente ligada à Psicometria, que está ligada à teoria da inte- ligência como uma característica congênita do ser humano, a qual poderia ser medida por meio de instrumentos construídos para esse fim. Nesse contexto, Galton e Binet destacam-se por suas pesquisas. Galton, nascido na França, afirmava que "existe uma correla- ção entre as capacidades sensoriais, passíveis de serem medidas, e a inteligência". Ele construía e aplicava testes para avaliar os sujei- tos em suas aptidões mentais (CORREIA, 2011). Já Binet, de nacionalidade inglesa, realizava seus estudos con- siderando o sujeito globalmente. Ele construiu um teste especifica- mente para identificar alunos com alguma deficiência mental. A "escola de Binet" considera que a inteligência, a memória, a atenção, o sentido estético constituem-se como variáveis descri- toras dos indivíduos. Para esta "escola", a medição da inteligência permitiria determinar o nível mental de cada um de nós. A escala de Binet-Simon, criada em 1904 e sujeita a adaptações feitas por outros autores, acaba por influenciar a concepção e utilização de testes de medição do QI (coeficiente de inteligência) (CORREIA, 2011, p. 13). Provavelmente, você já deve ter ouvido falar sobre QI. Você sabia que testes para mensurar o QI, originalmente ligados à Psicologia, foram utilizados em escolas durante muitos anos como técnica para classificação e medida de progresso dos alunos? Tendo como objetivo melhorar a "fidelidade" dos testes re- alizados pelas escolas, foram inseridos testes com respostas fe- © Avaliação Escolar e Institucional38 chadas de múltipla escolha no sistema escolar (CORREIA, 2011). Contudo, ainda existiam as dificuldades na aplicação dos modelos de avaliação da aprendizagem, em virtude do fato de que o sujei- to não apenas está interagindo com o "medidor", mas também expressando interesses "em que a medida acuse um certo valor" (BALDINO, 2011). De acordo com Chevallard e Feldmann (apud BALDINO, 2011), devido a esse fato, em meados do século 20, foram feitos investimentos de tempo de estudo e recursos sobre avaliação, que culminaram na construção de um domínio científico denominado "Docimologia". De acordo com Baldino (2011), "a docimologia renovou a es- perança da medida precisa como fundamento para ações de pro- moção justas ou politicamente neutras". Entre as recomendações para a avaliação na perspectiva da Docimologia, podemos citar: • recurso a provas normalizadas-estandardizadas de conheci- mento; • uniformização de condições de realização das provas; • melhoria da fidelidade das provas; • redução do erro de medida (CORREIA, 2011, p. 13). Segundo o autor, os paradigmas da Docimologia subsidiam as avaliações realizadas por professores e programas que concebem a educação de maneira tradicionalista, vigente até nossos dias. O aluno é imaginado passivo, de modo que é preciso excitá-lo com perguntas no dia da prova para, que emita os sinais que vão ser comparados com os sinais de referência, com as quantidades pa- drão [sic] (BALDINO,2011). O autor observa que seria viável, inicialmente, aplicar a pro- va em seus colegas professores para testá-los, mas, assim como nos dias de hoje, isso nunca foi feito. "Aqui o paradigma da medida começa a revelar problemas" (BALDINO, 2011). Piéron (apud CORREIA, 2011) afirma que se evidenciam, for- temente, os enviesamentos dos exames, uma vez que ocorrem 39 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Avaliação Escolar e Institucional: um Pouco de História discrepâncias entre os resultados de exames aplicados e a classifi- cação escolar do aluno, bem como entre as mensurações feitas pe- los intraexaminadores e interexaminadores. Assim, a Docimologia é colocada em cheque, contribuindo para o surgimento da Edume- tria, que é a ciência da medida aplicada às ciências da educação. Os anos entre 1800 e 1999 foram considerados período de reforma nos sistemas educativos. Buscava-se conhecer o funcio- namento das instituições e programas na forma de avaliação, que, até então, apontava para conhecimentos transmitidos de maneira informal e impressionista. Segundo Luckesi (2002, p. 23), essa re- forma "[...] ganhou um espaço tão amplo nos processos de ensino que nossa prática educativa escolar passou a ser direcionada por uma pedagogia do exame". De acordo com Correia (2011), nesse período, alguns fatores subsidiavam a ideia que se tinha a respeito da medição científica (avaliação) com base em fenômenos e comportamentos apresen- tados pelos sujeitos. Entre eles, podemos citar: • as correntes filosóficas positivistas, por meio de suas pro- postas de objetividade e rigor científico nos estudos reali- zados sobre a ação humana; • o emprego de métodos estatísticos em estudos sobre as diferenças humanas; • a crescente gestão científica do trabalho, especificamente em indústrias, contribuindo com a elevação da importân- cia dos testes de rendimento, com a finalidade de medir, certificar e selecionar os "mais aptos". No entender de Hadji (2001, p. 27), "o ato de medir denota atribuir um número a um acontecimento ou a um objeto, de acor- do com uma regra logicamente aceitável". Segundo Chueri (2008, p. 56), para Hadji: A idéia de que a avaliação é uma medida dos desempenhos dos alunos encontra-se fortemente enraizada na mente dos professo- res e, freqüentemente, na mente dos alunos, e a dificuldade para a © Avaliação Escolar e Institucional40 superação dessa concepção reside na suposta "confiabilidade" das medidas em educação e nos parâmetros "objetivos" utilizados pe- los professores para atribuir notas às tarefas dos alunos. Com o surgimento do movimento educacional escolanovista ao final do século 19, que era sustentado pelo ideal de busca pela democratização do acesso ao ensino, com o objetivo de minimizar as injustiças sociais, a Pedagogia deixa de usar o termo "exame", substituindo-o pela expressão testes escolares. Os anos entre 1900 e 1930, início do século 20, marcaram a eficiência dos testes colocados em prática nas escolas. Por meio deles, que aconteciam em forma de inquérito, podia-se medir ob- jetivamente a eficácia dos programas, das escolas e dos professo- res. Vale ressaltar que, especialmente nos Estados Unidos, os alu- nos contribuíram significativamente para a propagação, em larga escala, dos testes de rendimento. Entre os anos 1930 e 1945, surgiu o Movimento de Edu- cação Progressivista, com base em uma filosofia programática e alguns instrumentos da Psicologia Comportamental subsidiados pelas ideias de John Dewey. Em conformidade com esse movimento educacional, Ralph Tyler dirigiu a organização de um plano de investigações em escolas americanas de Segundo Grau, com o objetivo de elaborar currícu- los voltados para o processo de ensino-aprendizagem, abrangendo um "esquema racional", também chamado de "esquema formal", e integrando currículo e planos de ensino (CORREIA, 2011). O esquema proposto por Tyler (1994) como arquétipo con- ceitual contemplava um processo a ser desenvolvido em quatro etapas, por meio da aplicação de um questionário e a obtenção de respostas. Segundo Machado e Gonçalves (apud CORREIA, 2011), as etapas são estas: • Que objetivos a escola deve atingir? • Que experiências educacionais poderão ser proporcionadas aos alunos para que os objectivos sejam atingidos? 41 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Avaliação Escolar e Institucional: um Pouco de História • Como organizar eficazmente essas experiências educacionais? • Como poderemos determinar se os objectivos foram alcançados? O enfoque do questionário está nos objetivos educacionais a serem perseguidos e que foram predefinidos na construção do currículo. Tyler (1994) pensava a educação como um meio de possi- bilitar aos alunos mudanças por meio do ensino. Assim, segundo Correia (2011), é imprescindível determinar com alto rigor se o processo de ensino está levando, efetivamente, às mudanças es- peradas. Partindo dessa premissa, Tyler (1994) propõe a substituição do termo "teste escolar" pelo termo avaliação, atribuindo-lhe três funções essenciais na educação: • aperfeiçoamento contínuo de um programa de educação; • determinação do grau de consecução dos objectivos educacionais; • determinação do nível das mudanças ocorridas no desempe- nho dos alunos (CORREIA, 2011, p. 19). Logo, toda a lógica no processo de construção do currículo ficaria subordinada às metas educacionais - em relação ao aluno, a sociedade e ao mundo das disciplinas - verificando-se sua coerên- cia por meio dos valores assumidos ou implícitos na ação educati- va, proporcionando compatibilidade entre nível etário e condições de aprendizagens. Para tanto, Tyler (1994): [...] propõe a adopção de "crivos de selecção", como sejam a filo- sofia da educação e social que a escola adoptou e a psicologia da aprendizagem. Na perspectiva de Tyler, a selecção permitirá obter uma lista de objectivos curriculares, em números significativos, realmente importantes e congruentes (MACHADO; GONÇALVES apud CORREIA, 2011, p. 19-20). Foi então que, em 1930, a partir da publicação do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, foram confirmadas as primeiras prá- ticas oficiais de avaliação, com o objetivo de selecionar, por meio © Avaliação Escolar e Institucional42 da aprovação, os alunos que estavam aptos a passarem de um ano de estudo para o próximo. Conforme Oliveira (2011), a evolução da avaliação no Brasil: [...] trilhou o caminho da produção norte-americana, calcada na te- oria das medidas, sendo utilizada como sinônimo de mensuração da aprendizagem, praticamente, até fins da década de 1970. Entre os anos 1946 e 1957, período Pós-guerra, conheci- do como idade da inocência, ou da ignorância, vivia-se tentando esquecer os traumas passados e superar as depressões. Assim, a necessidade de crescer e de ultrapassar as limitações que eram ur- gentes contribuiu para que as ideias de Tyler (1994), que visavam à subjetividade, fossem deixadas de lado, a fim de serem retomados e aperfeiçoados os aspectos técnicos da avaliação, que aconteciam por meio de testes, tornando-a cada vez mais extensa. A idade do realismo, ou da expansão, vivida entre os anos 1958 e 1972, foi marcada fortemente por inúmeras publicações relacionadas a programas de avaliação. Em 1958, a Associação In- ternacional de Avaliação promove a reunião de pesquisadores de diversos países para a realização de estudos comparativos sobre o sistema escolar, com o objetivo de promover reformas no currícu- lo para que fosse possível acompanhar as evoluções científicas e tecnológicas que acometiam as sociedades. De acordo com Correia (2011, p. 24, grifos do autor): [...] diversos autores, como Cronbach, Scriven, Stufflebeam e Stake, realçam a necessidade de os próprios objectivos pro- gramáticos serem objecto de avaliação; reconhecem a importân- cia de se olhar para as entradas do sistema (ihputs); proclamam a necessidade de se medirem os resultados não previstos, bem como os estabelecidos, e consideram
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