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Apostila de Ensaios Mecânicos 1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 4 CAPÍTULO I Ensaio de Dureza Brinell....................................................................................................... 11 CAPÍTULO II Ensaio de Dureza Rockwell................................................................................................... 56 CAPÍTULO III Ensaio de Dureza Vickers..................................................................................................... 87 CAPÍTULO IV Ensaio de Dureza Koop........................................................................................................ 97 CAPÍTULO V Ensaio de Dureza Shore...................................................................................................... 100 CAPÍTULO VI Ensaio de Tração .................................................................................................................. 111 CAPÍTULO VII Ensaio de Impacto ................................................................................................................ 132 CAPÍTULO VIII Ensaio de dobramento .......................................................................................................... 147 REFERÊNCIAS................................................................................................................... 157 Apostila de Ensaios Mecânicos 2 Todo projeto de um componente mecânico, ou, mais amplamente, qualquer projeto de engenharia, requer, para sua viabilização, um vasto conhecimento das características, propriedades e comportamento dos materiais disponíveis. Os critérios de especificação ou escolha de materiais impõem, para a realização dos ensaios, métodos normalizados que objetivam levantar as propriedades mecânicas e seu comportamento sob determinadas condições de esforços. Essa normalização é fundamental para que se estabeleça uma linguagem comum entre fornecedores e usuários dos materiais encomendados, a partir de uma amostragem estatística representativa do volume recebido. PROPRIEDADES MECÂNICAS Os ensaios mecânicos permitem a determinação de propriedades mecânicas que se referem ao comportamento do material quando sob a ação de esforços e que são expressas em função de tensões e ou deformações. Tensões representam a resposta interna aos esforços externos que atuam sobre uma determinada área em um corpo. Entre as principais propriedades dos materiais obtidas por ensaio, podem-se citar: - Resistência: Representada por tensões, definidas em condições particulares; - Elasticidade: Propriedade do material segundo a qual a deformação que ocorre em função da aplicação de tensão desaparece quando a tensão é retirada; - Plasticidade: Capacidade de o material sofrer deformação permanente sem se romper; - Resiliência: Capacidade de absorção de deformação no regime elástico; - Tenacidade; Reflete a energia total necessária para provocar a fratura do material. FINALIDADE DOS ENSAIOS DOS MATERIAIS As duas finalidades mais importantes da execução dos ensaios são: - Permitir a obtenção de informações rotineiras do produto – ensaios de controle: no recebimento de materiais de fornecedores e no controle final do produto acabado; Introdução Apostila de Ensaios Mecânicos 3 - Desenvolver novas informações sobre os materiais, de novos processos de fabricação e de novos tratamentos. Vantagens da Normalização dos Materiais e Métodos d e ensaios A normalização tem por objetivo fixar os conceitos e procedimentos gerais que se aplicam aos diferentes métodos de ensaios. Suas principais vantagens são: - Tornar a qualidade do produto mais uniforme; - Reduzir os tipos similares de materiais; - Orientar o projetista na escolha do material adequado; - Permitir a comparação de resultados obtidos em diferentes laboratórios; - Reduzir desentendimentos entre produtor e consumidor CLASSIFICAÇÃO DOS ENSAIOS DOS MATERIAIS 1- Quanto à integridade geométrica e dimensional da peça: - Destrutivos: provocam inutilização parcial ou total da peça; ex. tração, dureza, fadiga, fluência, etc. - Não-destrutivos: não comprometem a integridade da peça; ex. raios X, raios γ , ultra-som , partículas magnéticas, etc. 2 – Quanto à velocidade de aplicação da carga: - Estáticos: carga aplicada de maneira suficientemente lenta, induzindo a uma sucessão de estados de equilíbrio. (processo quase-estático); ex. tração, compressão, flexão, dureza e torção. - Dinâmicos: carga aplicada rapidamente ou ciclicamente; ex. fadiga, e impacto. - Carga constante: carga aplicada durante um longo período; ex. fluência. Ensaios de Fabricação: não avaliam propriedades mecânicas, fornecendo apenas indicações do comportamento do material quando submetido a um processo de fabricação: estampabilidade, dobramento, etc. MÉTODOS DE ENSAIOS Determinam que os ensaios devam ser realizados em função da geometria da peça, do processo de fabricação e de acordo com as normas técnicas vigentes, podendo ser; - Ensaios da própria peça; - Ensaios de modelos; - Ensaios em amostras; Apostila de Ensaios Mecânicos 4 - Ensaios em corpos-de-prova retirados de parte da estrutura. ENSAIO DE DUREZA A dureza é uma propriedade mecânica cujo conceito se segue á resistência que um material, quando pressionado por outro material ou por penetradores padronizados, apresenta riscos ou á formação de uma marca permanente. A dureza de um material depende diretamente das forças de ligação entre átomos, íons ou moléculas, assim como da resistência mecânica. Nos sólidos moleculares, como os plásticos, as forças atuantes entre as moléculas (forças de Van der Waals) são baixas, e eles são relativamente macios. Os sólidos metálicos e iônico devido á natureza mais intensa das forças de ligação são mais duros, enquanto os sólidos de ligação covalente são os materiais conhecidos de maior dureza. A dureza dos metais pode também ser aumentada por tratamentos especiais, como adição de soluto, trabalho a frio, endurecimento por precipitação ou tratamentos térmicos específicos. Há uma ligação bastante próxima entre o limite de escoamento dos metais e a sua dureza. Definições de dureza Dureza é geralmente definida como a resistência à deformação permanente. A dureza não é uma propriedade fundamental dos materiais e, como tal, as grandezas e as unidades de dureza são derivadas(secundárias) de outras unidades. Sendo assim, por que o teste de dureza é tão aplicado universalmente? A resposta pode residir em dois aspectos do teste de dureza: • A primeira é que os procedimentos dos ensaios para determinação da dureza são relativamente fáceis de se executar e relativamente não destrutivos; • A segunda é que esses testes de dureza se correlacionam bem, com outras propriedades físicas fundamentais dos materiais. Assim sendo, o teste de dureza sendo um método simples e não destrutivo é amplamente utilizado para determinar a adequação de um material para o uso a que se destina. Alguns dos fatores que se relacionam à dureza são: ■ Capacidade de resistir à deformação: para prever, a capacidade de pistas de rolamento, de engrenagens de alta rotação e esforços, ou outros mecanismos similares, sujeito às forças e tensões que podem ocasionar deformações ou mesmo quebras em serviço. Apostila de Ensaios Mecânicos 5 Os componentes desses mecanismos têm no ensaio de dureza o método mais adequado para levantar as propriedades mecânicas e seu comportamento sob determinadas condições de esforços. Uma aplicação muito comum é prever a capacidade das pistas dos mancais de rolamento de resistir ao chamado “Brinelling”(ondulação nas pistas dos rolamentos de esferas, sob impacto), pelo método Brinell. ■ Resistência à Abrasão: os números de dureza Mohs, de 0 a 10, sendo o que o mais duro (diamante) classificado com índice 10 na escala Mohs correspondem, aproximadamente, a valores logarítmicos de dureza. Essa capacidade das peças resistirem ao desgaste por abrasão mostra uma relação entre o aumento da dureza na superfície da calota esférica impressa, e um corresponde a aumento da resistência ao risco e à abrasão. ■ Resistência à Tração: A correlação entre dureza e resistência à tração é muito significativa. Em testes de dureza, os engenheiros não estão verificando a dureza por si só, mas sua correlação com a resistência à tração, compressão etc. .■ Maleabilidade e Ductilidade: Essas características são muito importantes em materiais que necessitam sofrer grandes deformações plásticas e que são usados na fabricação de peças estampadas ou repuxadas. Nestes processos de fabricação o controle da dureza da matéria prima é fundamental, pois a baixa dureza pode desqualificá-la quanto a resistência do produto e a alta dureza pelo surgimento trincas e quebras. ■ quando um corpo de aço (martelo), com ponta de diamante, com massa e dimensão padronizados é arremessado de uma posição mais elevada, da superfície da peça que está sendo ensaiada, a altura do rebote esta relacionada diretamente com a medida de dureza procurada. Embora seja um processo simples, este método é muito eficaz e podendo ser a solução mais adequada para as peças de grande porte. A dureza pode ser conceituada como: - Dureza é a medida da resistência à deformação de um material quando se aplica uma força externa - Dureza é a resistência à deformação plástica permanente; Apostila de Ensaios Mecânicos 6 - Dureza é a resistência à risco ou a capacidade de riscar ; e - Dureza de um metal é a resistência que ele oferece à penetração de um corpo duro. A figura abaixo apresenta os materiais classificados conforme a escala de Dureza Mohs. O método de determinação dureza por penetração é o mais empregado no ramo da Metalurgia e da Mecânica e normalmente citado em especificações técnicas. Para aços-carbono e aços-liga de médio teor de liga, a dureza é proporcional ao limite de resistência à tração. Na soldagem, a dureza é influenciada pela composição química do metal de base, pela composição química do metal de adição, pelos efeitos metalúrgicos do processo de soldagem, pelo grau de encruamento do metal de base e pelo tratamento térmico. Algumas normas e especificações fixam os limites de dureza para o metal de base, zona afetada termicamente e zona fundida de certos aços, pois, se apresentassem dureza excessiva, sofreriam perda da ductilidade e, portanto, comprometeria sua aplicabilidade. Com o desenvolvimento da tecnologia cada vez mais os materiais estão sendo solicitados no aproveitamento máximo de suas propriedades neste intuito foram desenvolvidos métodos precisos para medir, avaliar e comparar as propriedades de diversos materiais. Como a dureza é considerada uma propriedade muito importante nos materiais foi desenvolvido diversos métodos de medição. O conceito de dureza vem da resistência que o material apresenta Apostila de Ensaios Mecânicos 7 em deformar plasticamente quando aplicado uma força, geralmente imposta por um penetrador e força conhecido. A dureza é uma propriedade mecânica freqüentemente utilizada nas especificações de engenharia onde são comparados os valores em escalas pré determinados e verificam-se as características dos materiais. Devido a uma intima relação da dureza com a resistência à tração, existem tabelas de conversão de uma propriedade para a outra, porém existem fatores que impedem a precisão dos resultados tais como diferenças de cargas, penetradores, área de contato, forma de impressões e material. Para os materiais metálicos os ensaios de dureza mais usuais são: ■ Dureza Brinell (J. Brinell, 1900) ■ Dureza Vickers (R. Smith/G. Sandland, 1925) ■ Dureza Rockwell (S. Rockwell, 1919) ■ Dureza Superficial Rockwell (S. Rockwell, 1921) ■ Dureza Shore (A. Shore, 1907) ■ Dureza Knoop (F. Knoop, 1939Brinell As escalas de dureza padronizadas internacionalmente são: dureza Brinell, Vickers, Rockwell (incluindo Superficial), das quais provavelmente Rockwell é a mais popular de todas. A Escala Rockwell C- (HRC), em particular, é a mais utilizada, pois a grande maioria dos materiais utilizados pela indústria metalúrgica, estão dentro desta faixa de dureza. O DESENVOLVIMENTO DOS ENSAIOS DE DUREZA No início dos do século XX, os ensaios por meio de escleroscópio e de dureza Brinell, tornaram-se muito conhecidos e seus usos relativamente importantes. Com o advento da primeira guerra mundial, então esses dois métodos de ensaio foram destacadamente os mais utilizados, porém algumas deficiências em ambos, os métodos tornaram-se o obstáculo que impediram uma total aplicação na indústria metalúrgica. O ensaio Brinell, era plenamente aceito para uso interno nos laboratórios, era considerado incompatível com a produção, pois alem de danificar a superfície das peças, principalmente as acabadas, tinha velocidade inadequada, não podia ser aplicado em peças temperadas, a preparação do corpo de prova tão necessária para se obter uma impressão nítida, para posterior medição era custosa. Apostila de Ensaios Mecânicos 8 Outro fator preponderante na obtenção de um resultado confiável era a habilidade do operador. Esses motivos impediam que as necessidades de inspeção requeridas na produção em largas escalas fossem cobertas. O escleroscópio tinha boa rapidez nos ensaios, podia ser usado em materiais temperados, não dependia tanto da preparação do corpo de prova, por isso era o mais usado na produção. O problema mais sério que impediam sua plena utilização era a não repetição dos resultados, influenciados por dois fatores, sendo um deles a massa do corpo de prova e a grande capacitação necessária ao operador. Nesta época Stanley P. Rockwell, um metalurgista, criou em 1919 um durômetro que por suas qualidades, versatilidade e confiabilidade tornou-se mundialmente famoso. “Tinha um penetrador esfera de aço de diâmetro de 1/16”, uma pré-carga fixa e uma carga principal. Um ano após, Charles H. Wilson, fabricante de instrumentos aperfeiçoou o durômetro Rockwell, transformando-o em um instrumento de medição de precisão implementando modificações bastante importantes, aprimorando os vários tipos de escalas, e suas resoluções às especificidades dos materiais. As medições de dureza dos materiais podem ser definidas como macro , micro ou nano dureza onde a força e as escalas são escolhidas de acordo com o tipo de dureza que se necessita medir. Medições de macro dureza são simples com grande aplicação para teste no controle de qualidade no processamento e tratamento térmico de materiais metálicos. As medições de micro dureza são indicados para materiais que apresentam variações de dureza em relação diferentes fases presentes ou proveniente de algum tratamento superficial, conseguindo com este método, a caracterização da dureza de cada fase presente. Apostila de Ensaios Mecânicos 9 Este ensaio foi inicialmente proposto por J. A. Brinell em 1900, e foi o primeiro ensaio de penetração padronizado e reconhecido industrialmente. O ensaio consiste em comprimir lentamente, por meio de uma carga P, uma esfera de aço, de diâmetro D, sobre uma superfície plana, polida ou pelo menos preparada com esmeril fino ou com lima tipo murça, de um corpo de prova ou peça, durante certo intervalo de tempo. A dureza Brinell é o quociente da carga aplicada pela área da calota esférica, dada por: CÁLCULODA DUREZA BRINELL: Onde: F: Força em Kgf, D: Diâmetro do penetrador em mm, d: Diâmetro da impressão em mm. HB: Valor de dureza Brinell (Kgf/mm²) Exemplo: Calcule a dureza de um material submetido a um ensaio de Dureza Brinell esfera 10,0 mm, carga 500 kgf e a medida dos diâmetros de impressão de 1,0mm. EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 1) Uma amostra de aço carbono foi submetida a um ensaio de dureza qual se usou uma esfera com Ø2,5mm (aço temperado) e uma carga de 187,5 kgf. O diâmetro médio “d” da calota esférica é de 1,0 mm, medido no projetor de perfil ou com lupa graduada; 1. Ensaio de Dureza Brinell Apostila de Ensaios Mecânicos 10 Calcular HB e apresentar corretamente o resultado,classificar o material ensaiado conforme normas de materiais, sabendo que o tempo do ensaio foi de 20 segundos. Dados: Carga Q =187,5 kgf Diâmetro da esfera do penetrador D=2,5 mm Diâmetro da calota impressa d=1 mm Tempo de ensaio 20s. Fator de conversão (dureza para tensão) α= 0,34. a) cálculo de HB b) Apresentação do resultado do EHB. 228,8 HBs 2,5/ 187,5/20 c) Cálculo de σr e classificação do material do C.P. σ = 0,34 x HB. σ = 0,34 x 228,8 = 77,8 kgf/mm² 2) Uma amostra de Bronze Alumínio submetida a um ensaio de dureza HB, no qual se usou uma esfera de 5 mm e uma carga de 250 kgf. O diâmetro “d” da calota esférica de 1,25 mm. Calcular a HB ,apresentar corretamente o resultado, sabendo que o o tempo de ensaio foi de 30 segundos. Classificar o material ensaiado. Dados: Carga Q =250 kgf Diâmetro da esfera do penetrador D = 5 mm Diâmetro da calota impressa d = 1,250 mm a) Cálculo de HB Apostila de Ensaios Mecânicos 11 b) Apresentação do resultado do ensaio de dureza HB. 200,6 HBs 5/250/30 c) Cálculo de σ e a classificação do material. σ = 0,52 x HB:. σ= 0,52 x200,6 = 104,3 kgf/mm². 3) Para fins de pesquisa do processo de medição de dureza, uma amostra de (GTS-70) ferro fundido maleável, segundo DIN 1692, foi ensaiada em durômetro de HB, com parâmetros de ensaio tipo padrão. O diâmetro “d” da calota esférica de 3,69 mm. Calcular a HB ,apresentar corretamente o resultado, sabendo que o o tempo de ensaio foi de 20 segundos. Dados: Carga Q =3000 kgf Diâmetro da esfera do penetrador D = 10 mm Diâmetro da calota impressa d = 3,69mm Tempo 20s Apresentação do resultado do ensaio de dureza HB. 271HBs 10/3000/20 4) Uma amostra vergalhão de aço de St 70-2, para construção civil , segundo DIN 17100 e os parâmetros do ensaio foram os seguintes:“d” médio da calota esférica de 1,945mm, Esfera Ø 5 mm. Calcular a HB ,apresentar corretamente o resultado, sabendo que o tempo de ensaio foi de 20 segundos. Dados: Carga Q =750 kgf Diâmetro da esfera do penetrador D = 5 mm Diâmetro da calota impressa d = 1,945mm Tempo 20s Apostila de Ensaios Mecânicos 12 Apresentação do resultado do ensaio de dureza HB. 242HBs 5/750/20 5) Uma amostra de aço (cromo-niquel-molibdênio), DIN 17200, para confeccionar peças temperadas e revenidas, foi submetida a um ensaio HB, antes do tratamento térmico. A esfera de Ø2, 5 mm, de Carboneto de Tungstênio, e uma carga de 187,5 kgf. O tempo de ensaio foi d e12s. Calcular a HB. Esfera Ø2, 5 mm. Calcular a HB, apresentar corretamente o resultado, sabendo que o tempo de ensaio foi de 20 segundos. Dados: Carga Q =187,5 kgf Diâmetro da esfera do penetrador D = 2,5 mm Diâmetro da calota impressa d = 0,625mm Tempo 12s Apresentação do resultado do ensaio de dureza HB. 601HBw 2,5/187,5 6) Uma amostra de uma liga de chumbo (GD-Pb59), DIN 17641, para confeccionar peças para aparelhos de medição, foi submetida a um ensaio HB. A esfera de Ø2, mm, de aço temperado, e uma carga de 20 kgf. O diâmetro médio da impressão foi 1,120 mm e o tempo de ensaio foi de 45s. Calcular a HB. .Dados: Carga Q =20kgf Diâmetro da esfera do penetrador D = 2mm Diâmetro da calota impressa d = 1,120 mm Tempo 45s Apresentação do resultado do ensaio de dureza HB. 18,6 HBw 2 /20/45 Apostila de Ensaios Mecânicos 13 CONCEITUAÇÃO DO ENSAIO BRINELL De acordo com a equação acima, a dureza corresponde a uma tensão, o que permite estabelecer as relações entre dureza e outras propriedades mecânicas dos materiais, conforme será apresentado. Introduzindo-se a superfície da calota esférica na equação acima, tem-se: A compressão da esfera produz uma impressão permanente em forma de calota esférica de diâmetro d, que é medida por meio de um microscópio ou de uma lupa graduada com resolução maior ou igual a 0,1 mm. A medida de d, é a média de duas leituras do diâmetro da calota esférica tomadas a 90º uma da outra. Figura 1 – Determinação da dureza Brinell Apostila de Ensaios Mecânicos 14 A dureza Brinell, representada por HB, é definida em Kgf/mm2 como o quociente entre a carga estática aplicada e a superfície da calota esférica. ( impressão ou mossa ). A unidade Kgf/mm2 pode ser omitida tendo em vista que a dureza Brinell, não é um conceito físico não plenamente satisfatório, pois a força aplicada no material tem valores diferentes em cada ponto de aplicação também por constituir a manifestação combinada de várias outras propriedades inerentes ao material. Inicialmente J. A. Brinell propôs uma carga, F, igual a 3000 kgf e uma esfera de aço com 10 mm de diâmetro e as tabelas que fornecem diretamente a dureza Brinell, este ensaio é comumente chamado de ensaio padrão. Para evitar uma impressão muito grande ou profunda, nos metais mais moles, diminui-se a carga proporcionalmente valor do diâmetro da esfera. O mesmo tratamento deve ser dispensado para peças de porte pequeno, devido a proximidade entre a impressão e as bordas, ocasionando a deformação da impressão. Em chapas consideradas finas, deve ser observada a relação entre a profundidade do penetrador(p), e a espessura. As alterações da carga e do diâmetro da esfera devem ser feitas de acordo com as classes dos materiais, o que será visto mais a diante.. A norma ( ASTM E 10-93 ) recomenda utilizar as notações HBs, no caso de utilizar esfera de aço, e HBw, no caso de carboneto de tungstênio; a escolha depende da faixa de dureza do material a ser submetido ao ensaio. aplicação da carga é. Tanto a carga quanto o diâmetro da esfera depende do material, devendo tais parâmetros serem adequados ao tamanho, à espessura e à estrutura interna do corpo-de-prova. Na prática, o diâmetro da esfera é definido de acordo com o tipo de aplicação, sendo de 1mm a 10 mm que a variação possível desses diâmetros. Utilizam-se com maior freqüência esferas com diâmetro de 10 mm. O tempo, t, é geralmente de 30 segundos, conforme as normas, mas pode ser aumentado para até 60 segundos, como no caso de metais de baixo ponto de fusão, como por exemplo o chumbo e Apostila de Ensaios Mecânicos 15 suas ligas (HB <60), onde pode ocorrer o fenômeno da fluência (creep) durante a aplicação da carga e onde um tempo curto poderia não ser suficiente para dar uma calota esférica que realmente forneça uma indicação correta da verdadeira deformação plástica do metal. As normas inglesas da British Standards,entretanto, que exigem um tempo de 10 ou 15 segundos, para metais duros (HB>300) em vez dos 30 segundos normais. No procedimento deste ensaio, a utilização dos cálculos da HB poderá ser desnecessária, pois existem tabelas que fornecem o valor da dureza Brinell, a partir dos diâmetros da impressão formada. Para utilizar o ensaio HB de modo mais abrangente no universo dos materiais da industria metalmecânica, ultrapassando as aplicações do ensaio padrão proposto por Brinell , parte-se do princípio que nos materiais homogêneos duas impressões feitas com cargas e esferas diferentes, são semelhantes entre si, A impressão com diâmetro d1 e ângulo Ø, obtida com a carga F1 é semelhantes a impressão com diâmetro d2 e ângulo Ø . Cargas e esferas diferentes podem obter diâmetros de impressão semelhantes e um mesmo angulo Ø. Para materiais homogêneos o uso de esferas de diâme tros diferentes e com cargas variáveis permite obter o mesmo valor da dur eza, desde que a relação F/ D ² seja constante . Verificou-se após estudos que os valores de dureza Brinell obtidos com diferentes cargas variavam muito pouco, desde que o diâmetro, da impressão ficasse no intervalo entre 0,25D a 0,5D, sendo considerada ideal se o valor de d ficar na média entre esses dois valores), isto é, Apostila de Ensaios Mecânicos 16 para qualquer diâmetro de esfera utilizado, o diâmetro, d, correspondente deve cair sempre nesse intervalo. A Tabela mostra as pequenas variações obtidas na determinação da dureza Brinell, usando-se cargas e diâmetros diversos.Com objetivo de padronização, para se obter impressões de tamanho mensurável e sem distorções apreciáveis, foram fixados valores para a relação F/D ² para cada tipo de material. Tabela 7 Dureza Brinell para esferas de diferentes diâmetros [3] POSSÍVEIS CAUSAS DOS ERROS DE LEITURA : Os erros de leitura frequentemente ocorrem por: • Carga em excesso ou inadequada; • oxidação superficial (Carepa); • diâmetro da esfera (D) excessivo para material; • deficiência no apoio de contato; • preparação inadequada da superfície; Material Diâmetro da Diâmetro da Carga Dureza esfera (mm) impressão (mm) (kgf) Brinell Aço A 10 6,3 3000 85 7 4,4 1470 85 5 3,13 750 87 1,19 0,748 42,5 86 Aço B 10 4,75 3000 159 7 3,33 1470 158 5 2,35 750 163 1,19 0,567 42,5 158 Aço C 10 3,48 3000 306 7 2,43 1470 308 5 1,75 750 302 1,19 0,411 42,5 311 Apostila de Ensaios Mecânicos 17 • relação desfavorável F/D2 ; • tempo inadequado do ensaio; • falta de espessura ou área de impressão. Quando é aplicada a carga estática, F, na superfície de um corpo de prova, ocorre uma deformação plástica. Ao cessar a ação da carga de ensaio imediatamente tem-se a ocorrência de uma recuperação elástica do material. Após essa recuperação, temos uma impressão final, que é resultado da alteração dimensional da calota impressa, cujo diâmetro de impressão se altera e do raio de curvatura da impressão aumenta, cessada a ação da carga de ensaio. Essa recuperação será tanto maior quanto mais duro for o metal, porque os metais muito duros possuem zona plástica reduzida, e consequentemente pouca deformação plástica,constituindo-se a recuperação elástica uma fonte importante de erros na medição da dureza dos materiais. Para os metais recozidos que tenha grande capacidade de encruamento, pode acontecer que o diâmetro da impressão real seja diferente do diâmetro medido, devido a um “amassamento do metal pela esfera do penetrador, o que pode mascarar a calota esférica obtida”. No caso inverso, em metais trabalhados a frio com pequena capacidade de encruamento, pode ocorrer uma “aderência “ das bordas do metal na esfera, de modo que o diâmetro medido fica maior que o diâmetro real. Em se tratando de metais muito moles, para diminuir a distorção da impressão diminui-se a carga para obter uma impressão a mais circular possível, o que não é facilmente obtido. Portanto a media dos valores d pode não indicar com precisão a verdadeira dureza do metal. È aceitável uma variação dos dois diâmetros, d, medidos a 90° um do outro, de até 0,06mm. Para metais muito duros, pode ocorrer alguma deformação da esfera de aço, que aproximadamente, deve ter uma dureza mais que 2,5 vezes a dureza do corpo de prova, a fim de evitar essa deformação causadora de erros. Acima de certa faixa de dureza, utiliza-se esfera de carboneto de tungstênio sintetizado. Foi mencionado na introdução desse trabalho que o ensaio de dureza é um ensaio não – destrutivo; entretanto, no caso da dureza Brinell, muitas vezes o tamanho da impressão, sendo relativamente grande, pode inutilizar a peça, sendo essa uma limitação por vezes séria a esse tipo de ensaio de dureza. Apostila de Ensaios Mecânicos 18 Portanto é aconselhável sempre estar atento a estas variáveis. CRITÉRIO VISUAL DE ACEITAÇÃO DA IMPRESSÃO: impressão ideal impressão irregular ADICIONAIS SOBRE O ENSAIO DE DUREZA BRINELL - A norma brasileira para a realização do ensaio é a NBR 6394 (ABNT ), e a norma internacional de maior utilização no país é a ASTM E 10 – 93. - Deve-se observar, entre os centros de duas impressões vizinhas, um afastamento de, no mínimo, 4 d ( 4 vezes o diâmetro da calota esférica ) para ferrosos e 6d ( 6 vezes o diâmetro da calota esférica ) no caso de outros materiais; - A distância da impressão para a borda do corpo-de-prova deve ser de no mínimo 2,5 d no caso de ligas ferrosas e cobre e suas ligas e de 3 d nos outros metais e ligas; Espessura mínima de de corpo de prova segundo normas ASTM E 10 – 93. NBR 6394 10x(profundidade do penetração) 17x (profundidade do penetração) Após o ensaio deve ser feito uma análise cuidadosa no verso do corpo de prova. A observância desses critérios visa garantir que a penetração do penetrador, não venha a compactar o material, e conseqüentemente mudando a característica do material. Assim não deve aparecer marca superficial no outro lado da amostra, conforme esquematizado abaixo : , Apostila de Ensaios Mecânicos 19 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 7) Uma empresa comprou um lote de chapas aço carbono com a seguinte especificação: espessura 4,0 mm e a dureza prevista é 180 HB. Sabendo-se que o durômetro por fornecimento do fabricante somente possue esferas de carboneto de tungstênio. O tempo de ensaio utilizado é o tempo padrão para o material. Estudar os parâmetros do ensaio HB. Dados o Dureza BRINELL 180 HB o Espessura da chapa 4,0 mm o Diâmetro da esfera 10 mm o Material da esfera carboneto de tungstênio o Material Aço (fator de carga) 30 o Carga F= 3000 kgf Fórmulas a) Cálculo penetração da esfera no corpo de prova. p = 3 000 = 30.. = 0,53 mm πx10x180 πx18 b) Cálculo da espessura mínima o ensaio HB e = 17x 0,53 mm = 9,02mm. Apostila de Ensaios Mecânicos 20 A espessura (9,02mm) ultrapassa a espessura do corpo de prova.para este ensaio é maior que 4mm. c) Conclusão As chapas não podem ser ensaiadas com os atuais parâmetros. 8) Para poder realizar este ensaio é necessário que se escolham outros parâmetros de ensaio Dados o Diâmetro da esfera 2,5 mm o Carga de ensaio 187,5 kgf a) Cálculo penetração da esfera no corpo de prova. b) Cálculo da espessura mínima para o C.P. e = 17x0,13 mm = 2,25 mm c) Conclusão A espessura (2,25 mm) para este ensaio é menor que 4 mm, que é a espessura mínima. As chapas podem ser ensaiadas. d)Apresentação do resultado: 180 HB 2,5/187,59) Indique se o texto é verdadeiro ou falso. A correlação entre a dureza e o limite de resistência á tração é aproximada em virtude das diferentes composições químicas e processos de fabricação dos aços, podendo haver divergências entre os valores dos limites de resistência à tração. a) ( ) verdadeiro b) ( ) falso 10) Uma amostra de aço (55nNiCrMoV6),para confeccionar peças para moldes de forjaria e prensa, foi submetida a um ensaio HB, antes do tratamento térmico. A esfera de Ø2, 0 mm, de Carboneto de Tungstênio, e uma carga de 120kgf. O tempo de ensaio foi de12s. Calcular a HB, apresentar corretamente o resultado, sabendo que o tempo de ensaio foi de 15 segundos. Apostila de Ensaios Mecânicos 21 Calcular a espessura mínima do corpo de prova Dados: Carga Q =120kgf Diâmetro da esfera do penetrador D = 2,0 mm Diâmetro da calota impressa d = 0,524 mm Tempo 15s NBR 6394 ASTM E 10-93 a) Apresentação do resultado da HB 547HB 2/120 b) Espessura mínima NBR 6394 ASTM E 10-93 Esp(min)=1,047mm Esp(min)=0, 40mm 11) O valor da dureza é influenciado pelo encruamento. a) ( )verdadeiro b) ( )falso REPRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS Como já foi visto anteriormente, o número de dureza Brinell, deve ser seguido pelo símbolo HB e sem qualquer sufixo a seguir, estas condições de representação ocorrem quando o ensaio for executado da seguinte forma: � Valor da dureza � símbolo � Diâmetro da esfera � Carga � Duração de aplicação da carga Apostila de Ensaios Mecânicos 22 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 12) Num ensaio de dureza HB com esfera de aço temperado de 2,5mm e aplicação de uma carga de 62,5 kgf por 30s a dureza HB de 69. Representação: 69 HBs 2,5/62,5/30 13) Interpretar a apresentação do resultado do ensaio, 220 HBw 5/750/20. o Valor da dureza Brinell HB o Diâmetro da esfera mm o Material da esfera = carboneto de Tungstênio o Carga kgf o Tempo do ensaio s 14) Interpretar a apresentação do resultado do ensaio: o 495 HBw 10/3000 O tempo gasto no ensaio é o tempo padrão. o Valor da dureza Brinell o Diâmetro da esfera mm o Carga kgf o Tempo do ensaio s Representação: 495HB 10 /3000 15) Num ensaio de dureza HB com esfera de 2,5mm e aplicação de uma carga de 62,5 kgf por 30s a dureza HB de 69. Represente a seguir este resultado, a seguir. Representação: 69HB 2,5/62,5/30 16) Interpretar a apresentação do resultado do ensaio ,120 HB, D= 5, F=250/30. a) Valor da dureza Brinell HB = 120 HB b) Diâmetro da esfera D = 5 mm c) Carga F = 250 kgf d) Tempo do ensaio T = 30 s Apostila de Ensaios Mecânicos 23 CARGAS DE ENSAIO Teoricamente poder-se-ia usar qualquer carga ou quaisquer esferas para um mesmo material e obter-se-ia o mesmo resultado, porém verificou-se que existem certas restrições. Assim damos abaixo as normas a serem observadas no uso do método Brinell: O diâmetro da impressão deve estar conforme ( ASTM E 10 ) entre: 0,24 D < d < 0,6 D Para manter esta relação deve-se determinar a carga alterando o diâmetro da esfera ou o valor da constante obtido na tabela de diâmetro x carga em relação do fator de carga utilizado. A carga usada e o diâmetro da esfera dependem da dureza do material a ser ensaiado. Assim, obtém-se o mesmo resultado para um mesmo material quando, além de se observar a relação acima, valor ( P/ D2 ) for constante. Temos então : P/ D2 = constante P/D2 = 30 ; P/ D2 =10 ; P/ D2 =5 ; P/ D2 =2,5 ; P/ D2 =1,25 Para determinar a carga : P = D2 x constante Onde: P = carga utilizado no ensaio D = diâmetro da esfera, Constante = conforme o tipo do material a ser ensaiado Normalmente, as cargas utilizadas para o ensaio de dureza Brinell, são : 3000 Kgf ou 500 Kgf, com esfera de 10 mm. De modo geral são utilizados para os grupos de materiais os graus de cargas indicados na tabela abaixo: Em relação ao fator de carga é escolhido em função ao tipo de material a ser ensaiado é escolhido a carga conforme tabela abaixo: Fator de carga 30 10 5 2,5 1,25 Grupos de materiais para os quais devem ser preferencialmen te empregados os graus de carga indicados Ligas ferrosas e ligas de alta resistência Metais e ligas não ferrosas Ferro Ligas de alumínio Alumínio Ligas de chumbo Ligas de chumbo Aço Ligas de cobre Magnésio estanho, Ligas de estanho Aço fundido Ligas de magnésio Cobre antimônio Metal patente Ferro fundido Ligas de zinco Zinco Metal patente Ligas de titânio Latões Latão Cobre Níquel Apostila de Ensaios Mecânicos 24 Exemplo: Ensaiar Ferro Fundido (fator de carga 30) poderá ser utilizado: DIÂMETRO DA ESFERA (mm) Fator de carga 30 Fator de carga 10 Fator de carga 5 Fator de carga 2,5 10 3.000 1000 500 250 5 750 250 125 62.5 2,5 187.5 62.5 31.25 15.625 2 120 40 20 10 1 30 10 5 2,5 Cálculo da carga em relação ao fator de carga e diâmetro da esfera: a) Material aço : P/ D2 = 30 utilizando esfera Ǿ 10 mm aço : P = 30 x 102 = 3000Kgf b) Material latão: P/ D2 = 30 utilizando esfera Ǿ 5 mm aço : P = 30 x 52 = 750Kgf c) Material duralumínio: P/ D2 = 30 utilizando esfera Ǿ 2,5mm aço : P = 30x 2,52 =187,5Kgf DIÂMETRO DA ESFERA (mm) Fator de carga 30 Fator de carga 10 Fator de carga 5 Fator de carga 2,5 10 3.000 1000 500 250 5 750 250 125 62.5 2,5 187.5 62.5 31.25 15.625 2 120 40 20 10 1 30 10 5 2,5 Apostila de Ensaios Mecânicos 25 Para determinar a espessura mínima exigida para o método de dureza Brinell, utilizar a tabela abaixo : Espessura mínima do corpo de prova Dureza mínima para que o ensaio Brinell possa ser realizado com segurança mm 3000 Kgf 1500 Kgf 500 Kgf 1,6 602 301 100 3,2 301 150 50 4,8 201 100 33 6,4 150 75 25 8,0 120 60 20 9,6 100 50 17 Faixas recomendadas de dureza Brinell para utilização conforme tabela abaixo: Diâmetro da esfera ( mm ) Força Faixa de dureza recomendada 10 3000 Kgf 96 a 600 10 1500Kgf 48 a 300 10 500 Kgf 16 a 100 Relação entre carga aplicada e diâmetro da esfera para ser utilizada no ensaio Brinell ( adaptado de ASTM E 10-93 ) Símbolo Diâmetro da esfera ( mm ) Constante Const. = P / D2 Força P valor nominal HBs ( HBw ) 10 / 3000 10 30 29,42 KN 3000 Kgf HBs ( HBw ) 10 / 1500 10 15 14,71 KN 1500 Kgf HBs ( HBw ) 10 / 1000 10 10 9,807 KN 1000 Kgf HBs ( HBw ) 10 / 500 10 5 4,903 KN 500 kgf HBs ( HBw ) 10 / 250 10 2,5 2,452 KN 250 kgf HBs ( HBw ) 10 / 125 10 1,25 1,226 KN 125 kgf HBs ( HBw ) 10 / 100 10 1 980,7 N 100 kgf HBs ( HBw ) 5 / 750 5 30 7,355 KN 750 kgf HBs ( HBw ) 5 / 250 5 10 2,452 KN 250 kgf Apostila de Ensaios Mecânicos 26 HBs ( HBw ) 5 / 125 5 5 1,226 KN 125 kgf HBs ( HBw ) 5 / 62,5 5 2,5 612,9 N 62,5 kgf HBs ( HBw ) 5 / 31,25 5 1,25 306,5 N 31,25 kgf HBs ( HBw ) 5 / 25 5 1 245,2 N 25 kgf HBs ( HBw ) 2,5 / 187,5 2,5 30 1,839 KN 187,5 kgf HBs ( HBw ) 2,5 / 62,5 2,5 10 612,9 N 62,5 kgf HBs ( HBw ) 2,5 / 31,25 2,5 5 306,5 N 31,25 kgf HBs ( HBw ) 2,5 / 15,62 2,5 2,5 153,2 N 15,62 kgf HBs ( HBw ) 2,5 / 7,82 2,51,25 76,61 N 7,82 kgf HBs ( HBw ) 2,5 / 6,25 2,5 1 61,29 N 6,25 kgf HBs ( HBw ) 2 / 120 2 30 1,177 KN 120 kgf HBs ( HBw ) 2 / 40 2 10 392,3 N 40 kgf HBs ( HBw ) 2 / 20 2 5 196,1 N 20 kgf HBs ( HBw ) 2 / 10 2 2,5 98,07 N 10 kgf HBs ( HBw ) 2 / 5 2 1,25 49,03 N 5 kgf HBs ( HBw ) 2 / 4 2 1 39,23 N 4 kgf HBs ( HBw ) 1 / 30 1 30 294,2 N 30 kgf HBs ( HBw ) 1 / 10 1 10 98,07 N 10 kgf HBs ( HBw ) 1 / 5 1 5 49,03 N 5 kgf HBs ( HBw ) 1 / 2,5 1 2,5 24,52 N 2,5 kgf HBs ( HBw ) 1 / 1,25 1 1,25 12,26 N 1,25 kgf HBs ( HBw ) 1 / 1 1 1 9,807 N 1 kgf EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 15) Uma amostra retirada, de um lote de chapas alumínio, tratado termicamente para ser endurecido, precisa ser avaliado através de ensaio em durômetro Brinell cujo fornecimento padrão, somente possue esferas de carboneto de tungstênio. De acordo com fornecedor do material a espessura de 4,0 mm e dureza brinell esperada é de 53 HB. De acordo com o procedimento, o tempo de ensaio é de 35 s. Estudar os parâmetros do ensaio HB. Dados o Dureza Brinell (esperada) 53HB o Espessura da chapa 1,0 mm o Diâmetro da esfera 5 mm o Material da esfera carboneto de tungstênio o Material Alumínio(fator de carga) 10. Apostila de Ensaios Mecânicos 27 Definição de outros parâmetros de ensaio a) Cálculo da carga do ensaio. b) Cálculo da penetração da esfera c) Cálculo da espessura mínima da chapa para o ensaio. A espessura mínima para esta carga e esfera, o ultrapassa a espessura do corpo de prova. As chapas não podem ser ensaiadas com os atuais parâmetros, tendo como conseqüências como a compactação do material e um resultado inverídico. 16) Recalculo de outra carga de ensaio a) Cálculo da carga, mudando para esfera de diâmetro 2,5 mm. b) Cálculo penetração da esfera no corpo de prova. c) Cálculo da espessura mínima para o C.P. ? d) Conclusão A espessura mínima para este ensaio é( 2,50 mm), é menor que a espessura do material (4,0 mm).A amostra pode ser ensaiadas, com estes novos parâmetros. VALOR DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO EM RELAÇÃO A DUREZA BRINELL A relação de dureza Brinell para resistência à tração é dada pela fórmula: Limite de resistência à tração ( σ ) = α.HB Para cada material considerar valor α na tabela abaixo: Apostila de Ensaios Mecânicos 28 Exemplo resistência à tração de um aço-carbono tratado termicamente com dureza de 350HB σ =0 ,34 .HB σ = 0,34 . 350 = 119 kgf/mm²= 1177 Mpa Comparação com valores encontrados em manuais ASM* = American Society for Metals EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 17) Determinar o limite de resistência tração do bronze-alumínio (DIN17665), e classificar o material cujo resultado do ensaio de dureza é 210HB. a) cálculo do σ σ= 0,40 x HB σ= 0,40 x 210 = 84 kgf / mm² (valor calculado). b)Característica do material σ = 84 kgf / mm² (valor calculador ensaiado). c)Classificação dos materiais, conforme norma DIN: Cu Al 11Ni Apostila de Ensaios Mecânicos 29 18) Determinar o limite de resistência à tração dos aços ao carbono com aplicação geral, conforme DIN 17100:aço carbono soldável,cementável e aço carbono temperável e revenível. Dados σ= α x HB α (aço-carbono)= 0,34 α (aço-carbono tratado termicamente)= 0,33 19) Para de classificar um lote de material na recepção, o inspetor dispõem da nota fiscal com vários dados do fabricante. Entre eles está a faixa de dureza Brinell l. Com este dado como identificar se o material é aceitável ou não? Dados do material Aço para base estampos de corte segundo DIN 17210 Valor tabelado do σ= 717,9 Mpa Faixa aceitável de HB 200 A 230 Denominação: 17CrNiMo6 α (aço cemetados)= 0,34 a) cálculo dos limites máximo e mínimo(σ). σmin =0,34 x 200= 68,0 kgf/mm² σmáx=0,34 x 230= 78,2 kgf/mm² Denominação Propriedades Norma USA NORMA DIN HB σ Kgf/mm² Mpa Norma astm Norma DIN HB σ kgf/mm² σ Mpa a) SAE 1015 St 33.2 97,0 33 323.63 b) SAE 1018 St 33.2 100,0 34 333,44 c) SAE 1050 St 50.2 151,5 50 490,35 d) SAE 1060 St 60.2 181,8 60 588,42 Apostila de Ensaios Mecânicos 30 b) conversão de unidades σmin =68,0 (kgf/mm²) x9,807=666,9 Mpa σmáx=0,34 x 230= 78,2(kgf/mm²) x9,807=766,9 Mpa c) parecer técnico O valor esperado do limite de resistência à tração do material encontra-se da faixa de valores especificado pelo fabricante. 20) Indique se o texto é verdadeiro ou falso. A correlação entre a dureza e o limite de resistência á tração é aproximada em virtude das diferentes composições químicas e processos de fabricação dos aços, podendo haver divergências entre os valores dos limites de resistência à tração. a) ( ) verdadeiro b) ( ) falso 21) De acordo com dados do fabricante a chapa de alumínio semi-duro (AlMg524) será conformada por embutimento.O ensaio tem por objetivo verificar se a dureza esta dentro da especificação para este processo de fabricação Calcular parâmetros do ensaio, e verificar as condições do material. Dados: o Material classe; fator de carga10. o Tensão limite de resistência à tração σ =24 kgf/mm² a 28 kgf/mm² o O durômetro somente dispõe de esfera de diâmetro 2,5mm de carboneto de tungstênio e carga máxima de 187,5 kgf. o A dureza ideal é 53 HB, com tolerância ± 2HB o Primeira medição da impressão d1= 1,295 mm.; Segunda impressão d2=1,095 mm ,(medida posicionado a lupa graduada à 90º sobre d1). a) Cálculo da carga do ensaio Apostila de Ensaios Mecânicos 31 b) Cálculo da diagonal média o Primeira medição d1= 1,295 mm. o Segunda impressão d2= 1,095 mm d = d1+d2 2 d =1,295 +1,095 = 1,195 mm. 2 d) Cálculo da dureza f) Cálculo das tolerância máximas e mínimas admissíveis de acordo com a DIN 50150 (± 2) HBmax = 55,0 HBmin = 51,0 O valor esperado encontra-se dentro da faixa de val ores admissíveis. g) Cálculo do limite de resistência à tração σ =24 kgf/mm² σ =28 kgf/mm² σ =052 x 52,366 kgf/mm²= 27kgf/mm² O valor esperado encontra-se dentro da faixa de valores admissíveis Apostila de Ensaios Mecânicos 32 DUREZA DOS MICRO-CONSTITUINTES DO AÇO Relação entre microconstituintes e dureza Brinell para aços-carbono Microconstituintes Dureza Brinell HB Ferrita 80 Perlita grosseira 240 Perlita fina 380 Martensita 595 Seria muito importante aprofundar este assunto DUREZA ESTIMADA BRINELL PARA AÇO EM RELAÇÃO A MICRO ESTRUTURA Estime a dureza Brinell e o limite de resistência à tração de uma peça de aço ABNT 1020 resfriada em forno, a partir da região austenítica. Sendo : Microconstituintes : ferrita e perlita grosseira Aplicando-se a regra da alavanca para a composição 0.2 % C no diagrama de equilíbrio Fe-C , ou através da análise metalografica, tem-se : 75 % de ferrita (α ) 25 % de perlita ( P ) Consultando o valor da dureza de cada micro constituinte e multiplicando pela porcentagem de cada fase: HB aço = % α . HB + % P . HB P HB aço = 0,75 . 80 + 0,25 . 240 HB aço = 120 σ = α.HB σ = 3,6.120 σ = 463MPA Dureza Brinell em função do diâmetro da impressão para várias cargas Apostila de Ensaios Mecânicos 33 TABELAS PARA DETERMINAÇÃO DA DUREZA BRINELL PARA ME DIÇÕES EM SUPERFÍCIES PLANAS. TABELA 5.1 A ÇOS LIGA NIQUEL e TITÂNIO Apostila de Ensaios Mecânicos 34 TABELA 5.2 AÇOS CARBONO e FERROS FUN DIDO Apostila de Ensaios Mecânicos 35 TABELA 5.3 LIGA DE Cu (BRONZE, LATÃO, BR ONZE-AL ) Apostila de EnsaiosMecânicos 36 TABELA 5.4 ALUMÍNIO e LIGAS Apostila de Ensaios Mecânicos 37 TABELA 3.5 CHUMBO e LIGAS Apostila de Ensaios Mecânicos 38 Diâmet ro impres são mm Nº de Dureza Brinell Diâm e tro impre ssão mm Nº de Dureza Brinell Nº de Durez a Brinell Nº de Dureza Brinell Diâme tro impres são mm Nº de Dureza Brinell 500 kgf 150 0 kgf 3000 kgf 500 kgf 1500 kgf 3000 kgf 500 kgf 1500 kgf 3000 kgf 500 kgf 1500 kgf 3000 kgf 2,00 158 473 945 2,35 114 341 682 2,70 85,7 257 514 3,05 66,8 200 401 2,01 156 468 936 2,36 113 338 676 2,71 85,1 255 510 3,06 66,4 199 398 2,02 154 463 926 2,37 112 335 670 2,72 84,4 253 507 3,07 65,9 198 395 2,03 153 459 917 2,38 111 332 665 2,73 83,8 251 503 3,08 65,5 196 393 2,04 151 454 908 2,29 110 330 659 2,74 83,2 250 499 3,09 65,0 195 390 2,05 150 450 899 2,40 109 327 653 2,75 82,6 248 495 3,10 64,6 194 388 2,06 148 445 890 2,41 108 324 648 2,76 81,9 246 492 3,11 64,2 193 385 2,07 147 441 882 2,42 107 322 643 2,77 81,3 244 488 3,12 63,8 191 383 2,08 146 437 873 2,43 106 319 637 2,78 80,8 242 485 3,13 63,3 190 380 2,09 144 432 865 2,44 105 316 632 2,79 80,2 240 481 3,14 62,9 189 378 2,10 143 428 856 2,45 104 313 627 2,80 79,6 239 477 3,15 62,5 188 375 2,11 141 424 848 2,46 104 311 621 2,81 79,0 237 474 3,16 62,1 186 373 2,12 140 420 840 2,47 103 308 616 2,82 78,4 235 471 3,17 61,7 185 370 2,13 139 416 832 2,48 102 306 611 2,83 77,9 234 467 3,18 61,3 184 368 2,14 137 412 824 2,49 101 303 606 2,84 77,3 232 464 3,19 60,9 183 366 2,15 136 408 817 2,50 100 301 601 2,85 76,8 230 461 3,20 60,5 182 363 2,16 135 404 809 2,51 99,4 298 597 2,86 76,2 229 457 3,21 60,1 180 361 2,17 134 401 802 2,52 98,6 296 592 2,87 75,7 227 454 3,22 59,8 179 359 2,18 132 397 794 2,53 97,8 294 587 2,88 75,1 225 451 3,23 59,4 178 356 2,19 131 393 787 2,54 97,1 291 582 2,89 74,6 224 448 3,24 59,0 177 354 2,20 130 390 780 2,55 96,3 289 578 2,90 74,1 222 444 3,25 58,6 176 352 2,21 129 386 772 2,56 95,5 287 573 2,91 73,6 221 441 3,26 58,3 175 350 2,22 128 383 765 2,57 94,8 284 569 2,92 73,0 219 438 3,27 57,9 174 347 2,23 126 379 758 2,58 94,0 282 564 2,93 72,5 218 435 3,28 57,5 173 345 2,24 125 376 752 2,59 93,3 280 560 2,94 72,0 216 432 3,29 57,2 172 343 2,25 124 372 745 2,60 92,6 276 555 2,95 71,5 215 429 3,30 56,8 170 341 2,26 123 369 738 2,61 91,8 276 551 2,96 71,0 213 426 3,31 56,5 169 339 2,27 122 366 732 2,62 91,1 273 547 2,97 70,5 212 423 3,32 56,1 168 337 2,28 121 363 725 2,63 90,4 271 543 2,98 70,1 210 420 3,33 55,8 167 335 2,29 120 359 719 2,64 89,7 269 538 2,99 69,6 209 417 3,34 55,4 166 333 2,30 119 356 712 2,65 89,0 267 534 3,00 69,1 207 415 3,35 55,1 165 331 2,31 118 353 706 2,66 88,4 265 530 3,01 68,6 206 412 3,36 54,8 164 329 2,32 117 350 700 2,67 87,7 263 526 3,02 68,2 205 409 3,37 54,4 163 326 2,33 116 347 694 2,68 87,0 261 522 3,03 67,7 203 406 3,38 54,1 162 325 2,34 115 344 688 2,69 86,4 259 518 3,04 67,3 202 404 3,39 53,8 161 321 Continuação Apostila de Ensaios Mecânicos 39 Diâmet ro impres são mm Nº de Dureza Brinell Diâmetr o impress ão mm Nº de Dureza Brinell Nº de Durez a Brinell Nº de Dureza Brinell Diâme tro impres são mm Nº de Dureza Brinell 500 Kgf 150 0 Kgf 300 0 Kgf 500 Kgf 1500 Kgf 3000 Kgf 500 Kgf 1500 Kgf 3000 Kgf 500 Kgf 1500 Kgf 3000 Kgf 3,40 53,4 160 321 3,75 43,6 131 262 4,10 36,2 109 217 4,45 30,5 91,4 183 3,41 53,1 159 319 3,76 43,4 130 260 4,11 36,0 108 216 4,46 30,3 91,0 182 3,42 52,8 158 317 3,77 43,1 129 259 4,12 35,8 108 215 4,47 30,2 90,5 181 3,43 52,5 157 315 3,78 42,9 129 257 4,13 35,7 107 214 4,48 30,0 90,1 180 3,44 52,2 156 313 3,79 42,7 128 256 4,14 35,5 106 213 4,49 29,9 89,7 179 3,45 51,8 156 311 3,80 42,4 127 255 4,15 35,3 106 212 4,50 29,8 89,3 179 3,46 51,5 155 309 3,81 42,2 127 253 4,16 35,1 105 211 4,51 29,6 88,8 178 3,47 51,2 154 307 3,82 42,0 126 252 4,17 34,9 105 210 4,52 29,5 88,4 177 3,48 50,9 153 306 3,83 41,7 125 250 4,18 34,8 104 209 4,53 29,3 88,0 176 3,49 50,6 152 304 3,84 41,5 125 249 4,19 34,6 104 208 4,54 29,2 87,6 175 3,50 50,3 151 302 3,85 41,3 124 248 4,20 34,4 103 207 4,55 29,1 87,2 174 3,51 50,0 150 300 3,86 41,1 123 248 4,21 34,2 103 205 4,56 28,9 86,8 174 3,52 49,7 149 298 3,87 40,9 123 245 4,22 34,1 102 204 4,57 28,8 86,4 173 3,53 49,4 148 297 3,88 40,6 122 244 4,23 33,9 102 203 4,58 28,7 86,0 172 3,54 49,2 147 295 3,89 40,4 121 242 4,24 33,7 101 202 4,59 28,5 85,6 171 3,55 48,9 147 293 3,90 40,2 121 241 4,25 33,6 101 201 4,60 28,4 85,4 170 3,56 48,6 146 292 3,91 40,0 120 240 4,26 33,4 100 200 4,61 28,3 84,6 170 3,57 48,3 145 290 3,92 39,8 119 239 4,27 33,2 99,7 199 4,62 28,1 84,4 169 3,58 48,0 144 288 3,93 39,6 119 237 4,28 33,1 99,2 198 4,63 28,0 84,0 168 3,59 47,7 143 286 3,94 39,4 118 236 4,29 32,9 98,8 198 4,64 27,9 83,6 167 3,60 47,5 142 285 3,95 39,1 117 235 4,30 32,8 98,3 197 4,65 27,8 83,3 167 3,61 47,2 142 283 3,96 38,9 117 234 4,31 32,6 97,8 196 4,66 27,6 82,9 166 3,62 46,9 141 282 3,97 38,7 116 232 4,32 32,4 97,3 195 4,67 27,5 82,5 165 3,63 46,7 140 280 3,98 38,5 116 231 4,33 32,3 96,8 194 4,68 27,4 82,1 164 3,64 46,4 139 278 3,99 38,3 115 230 4,34 32,1 96,4 193 4,69 27,3 81,8 164 3,65 46,1 138 277 4,00 38,1 114 229 4,35 32,0 95,9 192 4,70 27,1 81,4 163 3,66 45,9 138 275 4,01 37,9 114 228 4,36 31,8 95,5 191 4,71 27,0 81,0 162 3,67 45,6 137 274 4,02 37,7 113 226 4,37 31,7 95,0 190 4,72 26,9 80,7 161 3,68 45,4 136 272 4,03 37,5 113 225 4,38 31,5 94,5 189 4,73 26,8 80,3 161 3,69 45,1 135 271 4,04 37,3 112 224 4,39 31,4 94,1 188 4,74 26,6 79,9 160 3,70 44,9 135 269 4,05 37,1 111 223 4,40 31,2 93,6 187 4,75 26,5 79,6 159 3,71 44,6 134 268 4,06 37,0 111 222 4,41 31,1 93,2 186 4,76 26,4 79,2 158 3,72 44,4 133 266 4,07 36,8 110 221 4,42 30,9 92,7 185 4,77 26,3 78,9 158 3,73 44,1 132 265 4,08 36,6 110 219 4,43 30,8 92,3 185 4,78 26,2 78,5 157 3,74 43,9 132 263 4,09 36,4 109 218 4,44 30,6 91,8 184 4,79 26,1 78,2 156 Apostila de Ensaios Mecânicos 40 Continuação Diâmet ro impres são mm Nº de Dureza Brinell Diâmetro impressã o mm Nº de Dureza Brinell Nº de Dure za Brinell Nº de Dureza Brinell Diâmetro impressão mm Nº de Dureza Brinell 500 Kgf 150 0 Kgf 3000 Kgf 500 Kgf 150 0 Kgf 300 0 Kgf 500 Kgf 1500 Kgf 3000 Kgf 500 Kgf 1500 Kgf 300 0 Kgf 4,80 25,9 77,8 156 5,14 22,4 67,1 134 5,48 19,5 58,4 117 5,82 17,0 51,1 102 4,81 25,8 77,5 155 5,15 22,3 66,9 134 5,49 19,4 58,2 116 5,83 17,0 50,9 102 4,82 25,7 77,1 154 5,16 22,2 66,6 133 5,50 19,3 57,9 116 5,84 16,9 50,7 101 4,83 25,6 76,8 154 5,17 22,1 66,3 133 5,51 19,2 57,7 115 5,85 16,8 50,5 101 4,84 25,5 76,4 153 5,18 22,0 66,0 132 5,52 19,2 57,5 115 5,86 16,8 50,3 101 4,85 25,4 76,1 152 5,19 21,9 65,8 132 5,53 19,1 57,2 114 5,87 16,7 50,2 100 4,86 25,3 75,8 152 5,20 21,8 65,6 131 5,54 19,0 57,0 114 5,88 16,7 50,0 99,9 4,87 25,1 75,4 151 5,21 21,7 65,2 130 5,55 18,9 56,8 114 5,89 16,6 49,8 99,5 4,88 25,0 75,1 150 5,22 21,6 64,9 130 5,56 18,9 56,6 113 5,90 16,5 49,6 99,2 4,89 24,9 74,8 150 5,23 21,6 64,7 129 5,57 18,8 56,3 113 5,91 16,5 49,4 98,8 4,90 24,8 74,4 149 5,24 21,5 64,4 129 5,58 18,7 56,1 112 5,92 16,4 49,2 98,4 4,91 24,7 74,1 148 5,25 21,4 94,1 128 5,59 18,6 55,9 112 5,93 16,3 49,0 98,0 4,92 24,6 73,8 148 5,26 21,3 63,9 128 5,60 18,6 55,7 111 5,94 16,3 48,8 97,7 4,93 24,5 73,5 147 5,27 21,2 63,6 127 5,61 18,5 55,5 111 5,95 16,2 48,7 97,3 4,94 24,4 73,2 146 5,28 21,1 63,3 127 5,62 18,4 55,2 110 5,96 16,2 48,5 96,9 4,95 24,3 72,8 146 5,29 21,0 63,1 126 5,63 18,3 55,0 110 5,97 16,1 48,3 96,6 4,96 24,2 72,5 145 5,30 20,9 62,8 126 5,64 18,3 54,8 110 5,98 16,0 48,1 96,2 4,97 24,1 72,2 144 5,31 20,9 62,6 125 5,65 18,2 54,6 109 5,99 16,0 47,9 95,9 4,98 24,0 71,9 144 5,32 20,862,3 125 5,66 18,1 54,4 109 6,00 15,9 47,7 95,5 4,99 23,9 71,6 143 5,33 20,7 62,1 124 5,67 18,1 54,2 108 6,01 15,9 47,6 95,1 5,00 23,8 71,3 143 5,34 20,6 61,8 124 5,68 18,0 54,0 108 6,02 15,8 47,4 94,8 5,01 23,7 71,0 142 5,35 20,5 61,5 123 5,69 17,9 53,7 107 6,03 15,7 47,2 94,4 5,02 23,6 70,7 141 5,36 20,4 61,3 123 5,70 17,8 53,5 107 6,04 15,7 47,0 94,1 5,03 23,5 70,4 141 5,37 20,3 61,0 122 5,71 17,8 53,3 107 6,05 15,6 46,8 93,7 5,04 23,4 70,1 140 5,38 20,3 60,8 122 5,72 17,7 53,1 106 6,06 15,6 46,7 93,4 5,05 23,3 69,8 140 5,39 20,2 60,6 121 5,73 17,6 52,9 106 6,07 15,5 46,5 93,0 5,06 23,2 69,5 139 5,40 20,1 60,3 121 5,74 17,6 52,7 105 6,08 15,4 46,3 92,7 5,07 23,1 69,2 138 5,41 20,0 60,1 120 5,75 17,5 52,5 105 6,09 15,4 46,2 92,3 5,08 23,0 68,9 138 5,42 19,9 59,8 120 5,76 17,4 52,3 105 6,10 15,3 46,0 92,0 5,09 22,9 68,6 137 5,43 19,9 59,6 119 5,77 17,4 52,1 104 6,11 15,3 45,8 91,7 5,10 22,8 68,3 137 5,44 19,8 59,3 119 5,78 17,3 51,9 104 6,12 15,2 45,7 91,3 5,11 22,7 68,0 136 5,45 19,7 59,1 118 5,79 17,2 51,7 103 6,13 15,2 45,5 91,0 5,12 22,6 67,7 135 5,46 19,6 58,9 118 5,80 17,2 51,5 103 6,14 15,1 45,3 90,6 5,13 22,5 67,4 135 5,47 19,5 58,6 117 5,81 17,1 51,3 103 6,15 15,1 45,2 90,3 Apostila de Ensaios Mecânicos 41 APLICAÇÃO O método Brinell é usado especialmente para metais não ferrosos, ferro fundido, aço, produtos siderúrgicos em geral e peças não temperadas. É largamente empregado pela facilidade de aplicação, pois pode ser efetuado em qualquer máquina de ensaio de compressão e mesmo por aparelhos portáteis de baixo custo. Sua escala é contínua e sempre usada como referência de dureza. Mesmo durezas de certas peças temperadas são expressas pela escala Brinell. COMO ESCOLHER A ESFERA ADEQUADA CONFORME O TIPO DE MATERIAL A SER ENSAIADO Esfera Material a ser testado Aço alto carbono Dureza de até 500 HB Carboneto de tungstênio Dureza de até 700 HB Aço temperado de alto carbono Dureza entre 500 e 600 HB Pelo exposto acima vemos que certas ligas podem ser ensaiadas usando-se diferentes valores de P / D2. os resultados obtidos pelo método Brinell devem ser expressos sempre acompanhados das condições do ensaio, salvo quando se usa esfera de 10mm e carga de 3000 Kg. O uso do método Brinell é limitado pela dureza da esfera empregada. Assim , usando-se esfera de aço temperado, só é possível medir dureza até 450 Kgf /mm2 e para dureza acima deste valor até 650 Kgf /mm2 , deve-se utilizar as esferas de carboneto de tungstênio. Devido ao tamanho da impressão formada , o ensaio pode ser considerado destrutivo; O penetrador deve ser polido e isento de defeitos na superfície, e o corpo-de-prova ( ou superfície ) deve estar liso e isento de substâncias como óxidos, carepas, sujeiras e óleos ; mais importante , a superfície deve ser plana, normal ( perpendicular ) ao eixo de aplicação da carga e bem apoiada sobre o suporte, evitando deslocamento durante o ensaio; Como a impressão formada abrange uma área maior do que a formada pelos outros ensaios de dureza, o ensaio de dureza Brinell é o único indicado para materiais com estrutura interna não- uniforme, como por exemplo o ferro fundido cinzento. Por outro lado, o grande tamanho da impressão pode impedir o uso desse teste em peças pequenas; O ensaio de dureza Brinell não é adequado para caracterizar peças que tenham sofrido tratamentos superficiais, como por exemplo cementação, pois a penetração pode ultrapassar a camada cementada e gerar erros nos valores obtidos; Para metais de grande capacidade de encruamento, podem ocorrer um amassamento das bordas da impressão e a leitura de um diâmetro menor do que o real ; Apostila de Ensaios Mecânicos 42 Ao contrário, em metais que tenham sido trabalhados a frio a ponto de apresentarem pequena capacidade de encruamento, pode ocorrer uma aderência do metal à esfera de ensaio,com as bordas da calota esférica formada projetando-se ligeiramente para fora da superfície do corpo-de- prova, provocando uma leitura de um diâmetro maior que o real. EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO Foram escolhidas da linha de produtos cinco peças para serem ensaiadas, com finalidade de definir os parâmetros de ensaio Brinell, mais adequados à geometria e o material de cada uma peças.O durômetro é capaz de fazer o ensaio padrão e todos os demais,de acordo com as cargas e diâmetros de esferas.Definir os parâmetros das peças nº1,n°2,nº3,nº4 e nº5. 22) Peça nº1 Material ensaiado: aços par a ferramentas (E-W9Co10) PEÇA N° 01 punção de ferramenta de corte e dobra (não temperado) – trabalho à frio. Fator de carga: 30 Dureza Brinell: 632 HB Limite de resistência à tração σ=208.56kgf/mm² = 2045,34MPA Tempo de ensaio: 15 s Penetrador de carboneto de tungstênio Ø da esfera 10 mm 5 mm 2,5 mm 2,0mm 1,0 mm Carga ensaio 3000 kgf 29421N 750 kgf 7355N 187,5kgf 1838N 120kgf 1177N 30kgf 294N Diâmetros da impressão 2,44mm 1,22 mm 0,61mm 0,488mm 0,244mm Esp. mínima 2,569mm 1,284 mm 0,644mm 0,514mm 0,257 mm DESIGNAÇÃO: 632 HBw 10/3000 23) Peça nº2 Material ensaiado: aço SAE 1070 PEÇA N° 02 Aço para ferramentas de cortar e talha r (manual) Fator de carga: 15 Dureza Brinell: 224 HB Limite de resistência à tração σ=76,16 kgf/mm² = 746,90 MPA Carga de ensaio:375 kgf Diâmetro da esfera:5 mm Tempo de ensaio: 20 s Apostila de Ensaios Mecânicos 43 Penetrador de aço temperado Diâmetros da esfera 10 mm 5 mm 2,5 mm 2,0mm 1,0 mm Carga de ensaio 1500 kgf 14710N 375 kgf 3677N 95kgf 932N 60kgf 588N 15 kgf 147 N Ø da esfera 2,89mm 1,445mm 0,7225mm 0,578 mm 0,289 mm Esp. mínima 3,624 1,812mm 0,906mm 0,725 mm 0,362 mm DESIGNAÇÃO: 224 HBs 5 /375 / 20 24) Peça nº3 Material ensaiado: aço SAE 1020 PEÇA N° 06 eixo torneado para rodízio de baixa r otação Fator de carga: 10 Dureza Brinell: 92,8HB Limite de resistência à tração: σ=31,55 kgf/mm² = 309,4MPA Carga de ensaio:62,5 kgf Diâmetro da esfera:2,5 mm Tempo de ensaio: 25 s Penetrador de aço temperado Ø da esfera 10 mm 5 mm 2,5 mm 2,0mm 1,0 mm Carga de ensaio 1000 kgf 9807 N 250 kgf 2451,75 N 62,5 kgf 612,94 N 40 kgf 392,28 N 10 kgf 98,07 N Ø impressão 3,64 1,820 mm 0,9100 mm 0,728 mm 0,364 mm Esp. mínima 5,831 mm 2,916 mm 1,469 mm 1,186 mm 0,583 mm DESIGNAÇÃO: 92,8HBs 2,5 / 62,5 / 25 25) Peça nº4 Material ensaia do: latão fundido(G -Cu 55 Zn Al 4) DIN 1709 PEÇA N° 04 Componente de corpo de bomba dosadora pressão de descarga 10 bar Fator de carga: 5 Dureza Brinell: 36,4HB Limite de resistência à tração: σ=31,55 kgf/mm² = 309,4MPA Carga de ensaio:20 kgf Diâmetro da esfera:2,0 mm Tempo de ensaio: 30s Penetrador de aço temperado Ø esfera 10 mm 5 mm 2,5 mm 2,0mm 1,0 mm Carga de 500 kgf 125kgf 31 kgf 20kgf 5 kgf Apostila de Ensaios Mecânicos 44 ensaio 4903,5 N 1225,87N 304,02 N 196,14N 49,03 N Ø impressão 4,09 mm 2,045 mm 1,0225 mm 0,818 mm 0,409 mm Esp. mínima 7,433mm 3,717 mm 1,843 mm 1,487mm 0,743 mm DESIGNAÇÃO: 36,4HBs 2,0 / 20 /30 26) Peça nº5 Material ensaiado: alumínio (G-Cu 55 Zn Al 4) DIN 1709 PEÇA N° 05 Componente de corpo de bomba dosadora pressão de descarga 10 bar Fator de carga: 2,5 Dureza Brinell: 15,10HB Limite de resistência à tração: σ=31,55 kgf/mm² = 309,4MPA Carga de ensaio: 2,5 kgf Diâmetro da esfera:1,0 mm Penetrador de aço temperado Tempo de ensaio:45s Ø da esfera 10 mm 5 mm 2,5 mm 2,0mm 1,0 mm Carga de ensaio 250 kgf 9807 N63 kgf 2451,75 N 16 kgf 612,94 N 10kgf 392,28 N 2,5kgf 98,07 N Ø impressão 4,47 mm 2,235 mm 1,1175 mm 0,894 mm 0,447 mm Esp. minima 8,959mm 4,5151 mm 2,294 mm 1,792 mm 0,896 mm DESIGNAÇÃO: 15,1 HBs 2,5/ 16/ 45 27) Peça nº6 Material ensaiado: chumbo DIN 1709 PEÇA N° 06 Componente de corpo de bomba dosadora pressão de descarga 10 bar Fator de carga: 1 Dureza Brinell: 4,75HB Limite de resistência à tração: σ=31,55 kgf/mm² = 309,4MPA Carga de ensaio: 2,5 kgf Diâmetro da esfera:1,0 mm Penetrador de aço temperado Ø da esfera 10 mm 5 mm 2,5 mm 2,0mm 1,0 mm Carga de ensaio 100kgf 9807 N 25 kgf 2451,75 N 6kgf 612,94 N 4kgf 392,28 N 1,0kgf 98,07 N Ø impressão 5,00 mm 2,500 mm 1,2500 mm 1,000 mm 0,500 mm Esp.a mínima 11,39mm 5,696mm 2,724m 2,278 1,139 DESIGNAÇÃO: 4,75 HBs 10/ 100 / 60 Apostila de Ensaios Mecânicos 45 VERIFICAÇÃO DA CALIBRAÇÃO DAS MÁQUINAS Existem dois métodos de calibração, que são : Método Direto e Método Indireto - Método Direto: Verificação individual da aplicação da carga, do penetrador e da medição do diâmetro da impressão; - Método Indireto: Verificação através do método de blocos padronizados. Devido à disponibilidade e à rapidez de uma medição, a verificação da calibração das máquinas com blocos padronizados é a mais utilizada pelo usuário do equipamento. Uma máquina de ensaio de dureza Brinell usada para ensaios de rotina deve ser examinada, periodicamente, fazendo-se uma série de impressões no bloco padrão. PADRÃO DE DUREZA a) Fabricação Devem atender aos seguintes requisitos de fabricação : - A espessura do bloco deve variar em função do diâmetro da esfera, na forma como se segue: Espessura > 16 mm para esfera com 10 mm de diâmetro Espessura > 12 mm para esfera com 5 mm de diâmetro - Desmagnetização , se o bloco for de aço. - De acabamento superficial, onde a superfície de teste deve ser livre de risco e com tolerâncias de rugosidade. - Homogeneidade e estabilidade de sua estrutura cristalina através de tratamento térmico. - De identificação da superfície de teste. PADRONIZAÇÃO A dureza dos blocos padronizados deve ser medida numa máquina de ensaio de dureza Brinell que tenha sido aferida segundo o método ASTM E 4. IDENTIFICAÇÃO Cada bloco deve ter estampado no seu corpo as seguintes identificações: - Média aritmética dos valores de dureza encontrados na calibração, e o tipo de esfera utilizada; - Nome ou marca do fornecedor.; - Número de série do bloco, e o ano de calibração; - A espessura do bloco ou uma marca padronizada na superfície de teste. Apostila de Ensaios Mecânicos 46 NORMALIZAÇÃO DO MÉTODO Os métodos de ensaios para determinação da dureza Brinell, de verificação das máquinas e de calibração dos blocos padrões, estão normalizados pelo método do ASTM E 10. ERRO DE MEDIÇÃO Diâmetro da impressão “ d “ ( mm ) Erro de medição < 0,2 ± 0,001 mm > 0,2 ± 0,5 % do diâmetro da impressão Para manter reduzido o erro de medição do diâmetro da impressão , a ampliação “V” total deve preencher a seguinte condição : 50 < V. d >150 A tabela abaixo apresenta os valores de ampliação total em função das faixas de diâmetro da impressão Diâmetro da impressão ( mm Ampliação total ( x ) 5,0 a 7,0 10 2,0 a 6,0 25 1,0 a 3,0 50 0,5 a 1,5 100 0,25 a 0,75 200 0,125 a 0,375 400 MEDIDORES PORTÁTEIS PARA ENSAIO DE DUREZA BRINELL Os medidores portáteis de dureza Brinell tipo “POLDI”, operam pela comparação das impressões, provocadas simultaneamente no material testado e numa barra padrão de dureza conhecida por uma esfera de aço de 10 mm de diâmetro, pelo impacto de um martelo sobre um dispositivo de impacto ou haste do medidor. De forma idêntica ao método convencional, são feitas duas leituras de cada impressão por meio de uma lupa graduada, e com os diâmetros médios da barra padrão e da peça determina-se, por tabelas ou cálculo, a dureza da peça. Apostila de Ensaios Mecânicos 47 Se a dureza for determinada por cálculo, a relação abaixo é utilizada, HB1 = Dureza da barra padrão HB2 = Dureza do material testado d 1 =Diâmetro da impressão na barra padrão d 2 = Diâmetro da impressão no material testado Os fabricantes destes medidores recomendam que a barra padrão seja de dureza maior em relação ao material testado , bem como recomendam que o diâmetro da impressão não ultrapasse 4 mm . O método não possui a precisão do ensaio convencional, porém é satisfatório, entre outras aplicações, na verificação de dureza de soldas após o tratamento térmico destas. Dependendo do fabricante esses medidores podem se apresentar conforme os modelos mostrados na tabela abaixo: ENSAIO DE DUREZA POR IMPACTO POLDI-DUREZA BRINELL Tabela para aço Diâmetro da impressão na barra padrão em milímetros ( mm ) 1,8 1,9 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8 2,9 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 3,7 3,8 3,9 4,0 4,1 D iâ m et ro d a im pr es sã o na a m os tr a em 1, 6 258 292 327 36 5 40 6 44 7 49 2 53 8 1, 7 225 255 286 31 9 35 4 39 1 43 0 47 1 51 3 55 8 1, 8 197 223 251 28 0 31 1 34 4 37 9 41 5 45 2 49 2 53 3 1, 9 156 197 222 24 8 27 6 30 5 33 6 36 6 40 1 43 7 47 3 51 1 55 1 2, 0 140 167 197 22 1 24 5 27 2 29 9 32 8 25 8 39 0 42 2 45 7 49 2 52 9 2, 1 119 142 169 19 7 22 0 24 3 26 8 29 4 32 1 34 9 37 9 41 0 44 1 47 6 50 9 54 5 2, 2 101 122 145 17 0 19 7 21 9 24 1 26 4 28 9 31 4 34 1 36 9 39 8 42 8 46 0 49 2 52 5 56 0 2, 3 105 125 14 7 17 1 19 7 21 9 23 9 26 1 28 5 30 9 33 5 36 1 38 8 41 6 44 6 47 6 50 8 54 0 Apostila de Ensaios Mecânicos 48 2, 4 108 12 7 14 9 17 2 19 7 21 7 23 7 25 9 28 1 30 4 32 9 35 3 37 9 40 5 43 3 46 2 49 2 52 3 55 4 2, 5 11 1 13 0 15 0 17 3 19 7 21 6 23 6 25 6 27 7 29 9 32 2 34 6 37 0 39 6 42 2 45 0 47 8 50 6 53 6 2, 6 97 11 4 13 2 15 2 17 4 19 7 21 5 23 4 25 4 27 4 29 5 31 7 33 9 36 3 38 7 41 2 43 8 46 5 49 2 52 0 54 9 2, 7 10 0 11 7 13 4 15 4 17 5 19 7 21 5 23 3 25 2 27 1 29 2 31 2 33 4 35 6 37 9 40 2 42 7 45 2 47 9 50 5 2, 8 10 3 11 9 13 6 15 5 17 6 19 7 21 4 23 2 25 0 26 8 29 7 30 8 32 8 35 0 37 1 39 4 41 8 44 1 46 7 2, 9 10 6 12 1 13 8 15 6 17 7 19 7 21 4 23 1 24 8 26 6 28 5 30 3 32 3 34 3 36 5 38 6 40 9 43 2 3, 0 10 8 12 3 14 0 15 8 17 7 19 7 21 3 22 9 24 6 26 3 28 1 29 9 31 8 33 8 35 8 37 9 40 0 3, 1 97 11 0 12 5 14 2 15 9 17 8 19 7 21 2 22 8 24 4 26 1 27 8 29 6 31 4 33 3 35 2 37 2 3, 2 99 11 3 12 8 14 4 15 0 17 8 19 7 21 2 22 7 24 3 25 9 27 5 29 2 31 0 32 8 34 7 3, 3 10 1 11 5 12 9 14 5 16 1 17 9 19 7 21 2 22 6 24 1 25 7 27 3 28 9 30 6 32 3 3, 4 10 4 11 7 13 1 14 6 16 3 18 0 19 7 21 1 22 5 24 0 25 5 27 0 29 6 30 3 3,5 10 6 11 5 13 3 14 7 16 3 18 0 19 7 21 1 22 5 23 9 25 3 25 8 28 3 3, 6 96 10 8 12 1 13 5 14 9 16 5 18 1 19 7 21 0 22 4 23 8 25 2 26 5 3, 7 97 11 0 12 3 13 6 15 0 16 5 18 1 19 7 21 0 22 3 23 6 25 0 3, 8 10 1 11 2 12 4 13 7 15 1 16 5 18 2 19 7 21 0 22 3 23 6 3, 9 10 2 11 4 12 6 13 9 15 2 16 7 18 2 19 7 20 9 22 1 4, 0 Exemplo: Ø impressão na barra padrão 2mm Ø impressão na amostra 2,3 mm Valor encontrado na tabela 125 Valor de correção da barra padrão 1,035 Dureza Brinell corrigida = 125 x 1,035 = 129,37 Resposta = 129HB 10 5 11 5 12 7 14 0 15 4 15 8 18 2 19 7 20 9 4, 1 96 10 6 11 7 12 9 14 1 15 4 15 8 18 2 19 7 4, 2 98 10 8 11 9 13 1 14 3 15 5 15 9 18 3 4, 3 10 0 11 0 12 1 13 2 14 4 15 5 16 9 4, 4 10 1 11 1 12 2 13 3 14 5 15 7 4, 5 10 3 11 3 12 3 13 4 14 6 Apostila de Ensaios Mecânicos 49 4, 6 96 10 5 11 5 12 5 13 6 4, 7 99 10 7 11 5 12 6 4, 8 10 0 10 6 11 7 4, 9 10 1 11 0 5, 0 Nota : Observar o valor de correção impresso na barra padrão, este valor varia conforme a barra padrão 10 2 5, 1 95 5, 2 5, 3 5, 4 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO DE DUREZA BRINELL 28) Como regra geral, os durômetros portáteis medem um único tipo de dureza? a) ( )verdadeiro b) ( ) falso 29) O Poldi é um durômetro que mede a dureza Vickers. ( )verdadeiro ( )falso 30)Na dureza Brinell o penetrador é um cone e diamante com ponta cônica arredondada com raio de 0,2 mm com inclinação de 120° ( )verdadeiro ( )falso 31)Quais os tipos de informações que devem ser gravadas numa barra padrão para o durômetro Poldi, para determinação de dureza Brinell? 32)Os métodos de dureza que se baseiam na medição de profundidade de impressão são: a) ( ) Apenas o método Brinell b) ( ) Apenas o método Vickers c) ( )Os métodos vickers e Rockwell d) ( ) Os métodos vickers e Brinelll e) ( )NRA Apostila de Ensaios Mecânicos 50 33) Assinale: (B) Brinell, (R) Rockwell, (V) Vickers, (K) Knoop conforme a aplicação nos respectivos métodos de dureza. a) ( )Penetrador cônico de diamante, cônico, com 136° e escala de dureza 15T. b)( ) Penetrador esférico,de carboneto de tungstênio, com 10 mm de diâmetro e carga 3000 kgf. c)( ) Penetrador com esfera de aço temperado deØ1/16” e carga de 60 kgf. d)( ) Penetrador de aço esférico temperado de Ø2,5 mm e carga de 187 kgf. e) ( )Penetrador cônico de diamante de base piramidal quadrada,com 136° entre faces e carga de 60 kgf. f) ( )Penetrador cônico de aço temperado, com 90° de conicidade, e carga de 3000 kgf. g) ( )Penetrador cônico de diamante com faces com inclinação diferenciadas de 173°30’ e 130’.. h) ( )Utiliza como penetrador é uma barra(martelo) com uma ponta arredondada de diamante, que cai de cerca de 100 mm de altura. EQUIPAMENTOS o PORTÁTEIS Apostila de Ensaios Mecânicos 51 DE BANCADA PROCEDIMENTOS DE ENSAIO 1- Identificar o tipo de material e o processo de fabricação do CP; 2- Avaliar o acabamento superficial do CP; 3- Dimensionar CP ( cilindricidade e/ou paralelismo); 4- Testar parte de fixação CP e acessórios; 5- Fixar CP na máquina; 6- Escolher o diâmetro da esfera 7- Calcular a espessura mínima; 8- Determinar a constante em função do tipo de material a ensaiar; Apostila de Ensaios Mecânicos 52 9- Determinar a carga; 10- Realizar o ensaio, observar velocidade de acionamento e tempo de aplicação da carga; 11- Término do ensaio; 12- Retirar o CP; 13- Medir o diâmetro da impressão; 14- Calcular o valor da dureza ou consultar tabela; 15- Para fazer outro ensaio deve ser observado as distâncias entre as impressões; EXECUÇÃO DO ENSAIO - O ensaio de dureza Brinell deve ser executado em temperatura ambiente entre 18º C e 28º C; - È recomendável que se empregue a maior esfera permitida pelo corpo de prova; - O corpo de prova deve repousar de forma rígida sobre o suporte, afim de evitar deslocamentos no decorrer do ensaio; - Escolhidas a força e a esfera de ensaio, o corpo de prova é movimentado através do parafuso em direção ao penetrador, até ser alcançada a posição de ensaio que é geralmente indicada no manual de utilização do aparelho e que se caracteriza por um suave contato entre a superfície de ensaio e a esfera, sem provocar no primeiro deformação perceptível; - Em seguida é aplicada a força de ensaio de modo uniforme, isenta de choques e cuja totalização deve se dar num intervalo de tempo mínimo de 5 segundos; - Esperar o tempo para realizar a deformação conforme condições de ensaio; - Obedecer as distâncias entre calotas e distâncias entre bordas da peça e calotas ; - Retirar o corpo de prova e medir os diâmetros das impressões. RESULTADOS No relatório de ensaio deve constar: - Número da Norma utilizada; - Identificação do corpo de prova; - Dureza brinell obtida, sendo que valores abaixo de 25 HB devem ser arredondados para 0,1 unidades e valores acima para 1 unidade; - Designação abreviada das condições de ensaio conforme designação ex. 120Hb 5/250/30; - Posição do local de ensaio, caso seja especificado; - Temperatura de ensaio,caso seja divergente da estabelecida nesta norma. Apostila de Ensaios Mecânicos 53 SÍNTESE DO ENSAIO DE DUREZA NORMAS REFERENTES AO ENSAIO DE DUREZA BRINELL Número Assunto NBR NM 187-1 Calibração de máquinas de medir dureza brinell NBR NM 187-2 NBR NM 187-3 Calibração de blocos-padrão a serem usados na calibração de máquinas de medir dureza brinell. ASTM E 140 Stadard Hardness Conversion for Metalls. ASTM E 110 Stadard Method of indentation for Hardness of Metallic Materials by Portable Hardness Testers ASME 10-93 NBR - 6394 Distanicas normalizadas entre impressões ISO 6506-81 JIS Z 2243 Métodos de ensaio ISO 726-82 JIS B 7736 Padrão de dureza ISO 156-82 JIS B 7724 durômetros Apostila de Ensaios Mecânicos 54 CARACTERÍSTICAS DO MÉTODO E TÉCNICAS DO ENSAIO O segundo tipo de dureza por penetração foi introduzido por Rockwell. Oferece vantagens significativas em termos praticidade, versatilidades e repetitividade, que fazem desse tipo de método de medição de dureza ser de grande uso internacional. Na dureza Rockwell, o resultado é lido diretamente na máquina de ensaio, eliminando o tempo necessário para a medição da impressão sendo, portanto, um ensaio mais rápido e menos sujeito de erros operacionais. Utilizando penetradores relativamente menores, tornando impressão menos prejudicial à peça ensaiada, entre suas aplicações está a de parar avaliar pequenas diferenças de dureza numa mesma região de uma peça. A rapidez do ensaio torna-o mais apropriado para usos em linhas de produção, para verificação de tratamentos térmicos ou superficiais e para laboratório. A dureza Rockwell pode ser realizada em dois tipos de máquinas, que só se diferenciam pela precisão de seus componentes, tendo ambas a mesma técnica de operação;
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