Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS PRINCIPAIS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade Calor específico Coeficiente de expansão térmica. Condutividade térmica e elétrica. PROPRIEDADES MECÂNICAS Tensão de escoamento, Resistência mecânica, Ductilidade Dureza EXEMPLOS DE SELEÇÃO DE MATERIAIS Chave de fenda típica Haste e ponta de aço carbono Alto módulo de elasticidade Alta resistência plástica Dureza Alta tenacidade a fratura Cabo da chave de fenda de PMMA (acrílico) Alto coeficiente de atrito Facilidade de fabricação Aparência Baixa densidade Preço razoável COMO DETERMINAR AS PROPRIEDADES MECÂNICAS? Através de ENSAIOS MECÂNICOS. Utiliza-se CORPOS DE PROVA (amostra representativa do material). Geralmente, usa-se NORMAS TÉCNICAS para o procedimento das medidas e confecção do corpo de prova para garantir que os resultados sejam comparáveis. RESISTÊNCIA A TRAÇÃO ENSAIO DE TRAÇÃO É medida submetendo-se o material à uma carga ou força de tração, gradativamente crescente, que promove uma deformação progressiva de aumento de comprimento. NBR-6152 para metais Ensaio de tração – Corpo de prova ENSAIO DE TRAÇÃO Resistência à tração = Tensão (σ) x Deformação (ε) Como efeito da aplicação de uma tensão tem-se a deformação (variação dimensional). Tensão Deformação Força ou carga (kgf) Área inicial da seção transversal (mm2) Lo = Comprimento inicial Lf = Comprimento final ΔL = Lo - Lf ENSAIO DE TRAÇÃO COMPORTAMENTO DOS METAIS SUBMETIDOS À TRAÇÃO Para a maioria dos metais que são submetidos a uma tensão de tração, a tensão e a deformação são proporcionais entre si, de acordo com a relação σ = E ε, ou seja: TENSÃO = Módulo de Elasticidade x Deformação. Esta relação é conhecida por Lei de Hooke Resistência à tração Fratura ENSAIO DE TRAÇÃO MATERIAL DÚCTIL MATERIAL FRÁGIL DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA DEFORMAÇÃO ELÁSTICA Precede à deformação plástica É reversível Desaparece quando a tensão é removida É praticamente proporcional à tensão aplicada (obedece a lei de Hooke) DEFORMAÇÃO PLÁSTICA É provocada por tensões que ultrapassam o limite de elasticidade É irreversível porque é resultado do deslocamento permanente dos átomos e portanto não desaparece quando a tensão é removida MÓDULO DE ELASTICIDADE OU MÓDULO DE YOUNG (E) E = σ/ε = kgf/mm2 É o quociente entre a Tensão Aplicada e a Deformação Elástica resultante. Está relacionado com a rigidez do material ou à resistência à deformação elástica Está relacionado diretamente com as forças das ligações interatômicas. Módulo de elasticidade ou Módulo de Young (E) MÓDULO DE ELASTICIDADE DE ALGUNS MATERIAIS EXERCÍCIO Uma peça de cobre com comprimento original de 305 mm é tracionada com uma tensão de 276 MPa. Se a deformação é completamente elástica, calcule o alongamento resultante. Considere Ecobre = 110 Gpa. Lo = 305mm σ = 276MPa Ecobre = 110 Gpa Δl = ? EXERCÍCIO σ = ϵ . E σ = Temos então: = 0,76522 ou 0,77mm CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE MÓDULO DE ELASTICIDADE Como consequência do módulo de elasticidade esta diretamente relacionado com as forças interatômicas: Os materiais cerâmicos tem alto módulo de elasticidade, enquanto os materiais poliméricos tem baixo TENSÃO DE ESCOAMENTO σy = Tensão de Escoamento; corresponde a tensão máxima relacionada com o fenômeno de escoamento. De acordo com a curva (a), onde não observa-se nitidamente o fenômeno de escoamento Alguns aços e outros materiais exibem o comportamento da curva (b), ou seja, o limite de escoamento é bem definido (o material escoa deforma-se plasticamente sem praticamente aumento da tensão). TENSÃO DE ESCOAMENTO (a) (b) Quando não observa-se nitidamente o fenômeno de escoamento, a tensão de escoamento corresponde à tensão necessária para promover uma deformação permanente de 0,2% ou outro valor especificado OUTRAS INFORMAÇÕES QUE PODEM SER OBTIDAS DAS CURVAS TENSÃO X DEFORMAÇÃO RESISTÊNCIA À TRAÇÃO (Kgf/mm2) Corresponde à tensão máxima aplicada ao material antes da ruptura OUTRAS INFORMAÇÕES QUE PODEM SER OBTIDAS DAS CURVAS TENSÃO X DEFORMAÇÃO TENSÃO DE RUPTURA (Kgf/mm2) Corresponde à tensão que promove a ruptura do material. O limite de ruptura é geralmente inferior ao limite de resistência em virtude de que a área da seção para um material dúctil reduz-se antes da ruptura. Outras informações que podem ser obtidas das curvas tensão x deformação DUCTIBILIDADE - Corresponde ao alongamento total do material devido à deformação plástica OUTRAS INFORMAÇÕES QUE PODEM SER OBTIDAS DAS CURVAS TENSÃO X DEFORMAÇÃO RESILIÊNCIA - Capacidade de um material absorver energia quando ele é deformado elasticamente e depois com o descarregamento ter essa energia recuperada OUTRAS INFORMAÇÕES QUE PODEM SER OBTIDAS DAS CURVAS TENSÃO X DEFORMAÇÃO TENACIDADE - Capacidade que o material possui de absorver energia até atingir a sua fratura. É o oposto do material frágil, onde se tem a fratura com pequena absorção de energia. RESISTÊNCIA AO IMPACTO Resistência ao Impacto A capacidade de um material de absorver energia do impacto está ligada à sua tenacidade, que por sua vez está relacionada com a sua resistência e ductilidade O ensaio de resistência ao impacto dá informações da capacidade do material absorver e dissipar essa energia Como resultado obtém-se a energia absorvida pelo material até sua fratura, caracterizando assim o comportamento dúctil-frágil Resistência ao Impacto TÉCNICAS DE ENSAIO DE IMPACTO Técnica CHARPY e IZOD; Diferença principal, é a maneira que os corpos de prova estão sustentados na máquina e a aplicação da força; Ambos os corpos de prova são padronizados e providos de um entalhe para localizar a ruptura. Os corpos de prova são especificados pela norma americana E-23 da ASTM(17); PROCEDIMENTOS O pêndulo é elevado a uma certa altura de onde é solto, ao se chocar com o corpo de prova ele segue até uma altura final. O mostrador da máquina simplesmente registra a diferença entre a altura inicial e a altura final, após o rompimento do corpo de prova, Esta diferença de altura é convertida em unidades de energia Quanto menor for a altura final, mais energia foi absorvida pelo corpo de prova evidenciando seu caráter mais dúctil. Divisão dos corpos de prova com relação ao seu formato Curva resposta do ensaio de impacto O ensaio de impacto caracteriza os materiais quanto à transição do comportamento dúctil para frágil em função da temperatura FLUÊNCIA Fluência Quando um metal é solicitado por uma carga, sofre uma deformação elástica. Com a aplicação de uma carga constante, a deformação plástica progride lentamente com o tempo (fluência) até haver um estrangulamento e ruptura do material Velocidade de fluência aumenta com a temperatura Esta propriedade é importante especialmente na escolha de materiais para operar a altas temperaturas Fluência É definida como a deformação permanente, dependente do tempo e da temperatura, quando o material é submetido à uma carga constante Este fator muitas vezes limita o tempo de vida de um determinado componente ou estrutura Este fenômeno é observado em todos os materiais, e torna-se importante à altas temperaturas Fluência FATORES QUE AFETAM A FLUÊNCIA Temperatura Modulo de elasticidade Tamanho de grão EM GERAL: Quanto maior o ponto de fusão, maior o módulo de elasticidade e maior é a resistência à fluência. Quanto maior o tamanho de grão maior é a resistência. À fluência. Ensaio de fluência É executado pela aplicação de uma carga constante a um corpo de prova de mesma geometria dos utilizados no ensaio de tração, a uma temperatura elevada e constante O tempo de aplicação de carga é estabelecido em função da vida útil esperada do componente Mede-se as deformações ocorridas em função do tempo (ε x t) Curva ε x t DUREZA DEFINIÇÃO DE DUREZA É a medida da resistência de um material a uma deformação plástica localizada (por exemplo, uma pequena impressão ou um risco) Ou ainda, resistência à penetração de um material duro em outro. MÉTODOS x MATERIALDureza Materiais BRINELL Metais ROCKWELL Metais MEYER Metais VICKERS Metais, Cerâmicas KNOOP Metais, Cerâmicas SHORE Polímeros, Elastômeros, Borrachas BARCOL Alumínio, Borrachas, Couro, Resinas IRHD Borrachas MÉTODO BRINELL (HB) A dureza por penetração proposta por J.A. Brinell em 1900, denominada Dureza Brinell e simbolizada por HB, é o tipo de dureza mais usado até os dias de hoje na engenharia Ensaio consiste em comprimir uma esfera de aço duro (diâmetro D) contra a superfície plana e limpa de um metal com uma carga F, durante um tempo t, produzindo uma calota esférica de diâmetro d. Método Brinell (HB) O diâmetro do penetrador de aço endurecido (ou carbeto de tungstênio) é de 10,00mm; As cargas variam entre 500 e 3000Kg Durante o ensaio a carga é mantida constante por um tempo específico (entre 10 e 30s) Brinell padrão: Carga=3000Kg e D=10mm Método Brinell (HB) Dureza Brinell – Representada pelas letras HB (hardness Brinell). F = Carga aplicada D = diâmetro da esfera de aço d = diâmetro da calota esférica Método Brinell (HB) Assim, a dureza é expressa em unidades de Kgf/mm2 (1Kgf/mm210N/mm210MPa). Contudo, usa-se somente o número e HB. Ex.: 100HB. Os cálculos são dispensados no dia a dia, através do uso de uma tabela, onde estão dispostos os valores de d e da dureza HB. Método Brinell (HB) Método de ensaio: Aplica-se a carga por um tempo padrão de 30 segundos e o diâmetro da impressão é medido por um microscópio. Deve-se fazer duas leituras de (d) perpendiculares entre si e a superfície deve ser relativamente lisa e limpa. A carga deve ser tal que 0,25<d<0,5 do D. Impressão ideal se d=0,375D. Na prática, deve se usar o Fator de Carga = Método Brinell (HB) Método de ensaio: O fatores de carga para alguns materiais de engenharia estão apresentados na Tabela Método Brinell (HB) Vantagens do Método Brinell: Adequado para materiais compostos por mais de uma fase (valores de dureza discrepantes), como os ferros fundidos. Baixo custo de equipamento Possibilidade de se estimar a resistência à tração a partir da dureza aplicando a seguinte equação: Desvantagens do método Brinell: Só é possível medir a dureza de materiais de média dureza, isto é, até no máximo 500HB, caso contrário a esfera pode sofrer deformação plástica. Exige um acabamento superficial mínimo. Não se presta para materiais que sofreram algum tipo de tratamento de superfície. MÉTODO ROCKWELL (HR) 1922 Rockwell ensaio de dureza com pré-carga. Dureza Rockwell a mais utilizada no mundo, pelas seguintes razões: Possibilidade de avaliar a dureza de metais diversos, desde os mais macios até os mais duros. Rapidez Facilidade de execução Isenção de erros humanos Pequeno tamanho de impressão Penetrador utilizados esférico (aço com elevada dureza) ou cônico (com e de diamante com 120o de conicidade). Leitura do valor de dureza Rockwell diretamente em um registrador. Método Rockwell (HR) Método Rockwell (HR) Método Rockwell (HR) O valor indicado na escala do mostrador corresponde à profundidade alcançada pelo penetrador, desta forma: Uma impressão profunda corresponde a um valor baixo na escala Uma impressão rasa corresponde a um valor alto na escala. A dureza Rockwell é dependente da carga e do penetrador, assim é necessário especificar a combinação que é usada. Isto é feito com uma letra indicativa. A pré-carga é de 10Kgf e as cargas possíveis são de 60, 100 e 150Kgf. Diferentes escalas de dureza Rockwell Penetrador cônico leitura na escala externa (preta). Penetrador esférico leitura na escala interna (vermelha). DUREZA VICKERS Se baseia na resistência à penetração de uma pirâmide de base quadrada e ângulo entre faces de 136o sob uma determinada carga. Tempo de aplicação de carga de 30 segundos. HV Kgf/mm2 Assim, pode-se também estimar a resistência à tração do material, usando-se a mesma relação apresentada na dureza Brinell. Cargas podem ser de qualquer valor. Valor de dureza é independente da carga usada. Cargas de 1 a 120Kg são usadas, sendo que a carga ideal é função da dureza do material. Dureza Vickers Calculo da Dureza Vickers A dureza Vickers é o quociente da força de ensaio “Q” pela área “A” da diagonal "d“ produzida, conforme a expressão: Onde: HV = Dureza Vickers Q = Força de Ensaio (N) d = Média aritmética do comprimento Dureza Vickers Vantagens: Escala contínua de dureza Impressões de dureza extremamente pequenas Deformação nula do indentador Aplicação para qualquer espessura Relação com a resistência à tração Desvantagens Necessidade de preparação cuidadosa da superfície Processo lento Sujeito a erros do operador FIM ( ) 2 2 2 d D D D F HB - - = p 2 D F
Compartilhar