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Especialização Gestão em Administração Pública Plano Plurianual e Orçamento Público Prof. Dr. José Luiz Alcantara Filho Rodolfo Vieira Nunes Atividade Disciplinar – AD 1 1) Pesquise e responda: que razões explicam o crescimento da participação do Estado na economia nos últimos duzentos anos? Nem sempre a presença do Estado como regulador da economia foi defendida. Em um pensamento clássico da economia constituída com as obras de Adam Smith, havia uma certa crítica ao mercantilismo e ao monopólio do comércio pelos Estados, os quais detinham um forte controle sobre as transações econômicas. Defendia-se a ideia de que seria necessário o desenvolvimento do livre comércio, condição sine qua non para o crescimento do capitalismo. Acreditava-se que o equilíbrio do mercado (oferta e demanda) seria garantido pela “mão invisível” do mercado, a qual por si faria com que o equilíbrio econômico existisse. Mas nos primeiros anos do século XXI, foi que o mercado sem intervenções pôde levar a sociedade ao caos econômico, às situações de crise. Logo, a fragilidade do discurso da “mão invisível”, reforçou-se a ideia de uma maior regulamentação econômica do Estado ainda que em tempos como hoje, quando prevalecem economias de cunho neoliberal. Desse modo, usa-se a expressão “falha de mercado” para se referir a uma situação em que o mercado por si só não consegue investir, dirigir ou direcionar recursos eficientemente. O que deve ficar claro é que para muitos economistas a “mão invisível” é incapaz de garantir a equidade na prosperidade econômica. Obviamente, devemos aqui ressaltar que a autonomia do mercado é de fato fundamental para a roda da economia, mas a desregulamentação econômica com a diminuição do Estado de forma exacerbada, como defendiam os primeiros ideólogos do liberalismo econômico, parece ser algo perigoso, quando não inviável. 2) “O orçamento público é mero instrumento de registros contábeis de receitas e despesas”. Você concorda? Justifique sua resposta? Não vejo sentido nessa conceituação simplista e que atualmente já não é suficiente para definir o conceito de orçamento público. Existem várias visões sobre o orçamento público, a parte política, social e econômica. Assim, segundo DE CAMPOS (2005) “o orçamento público, este pode, politicamente, ser entendido como a adoção de decisões de grande transcendência no andamento do Estado.”. Já na questão econômica, é o “plano da atividade financeira e da ordenação das necessidades públicas segundo suas prioridades” (DE CAMPOS, 2005). Porém, no entendimento de SANTOS (2011), é um “Instrumento de execução de planos de governo, onde o orçamento é visto como meio de transformar planos em obras e prestação de serviços”. Ou seja, é visto como um método de mensuração do plano de atividades realizado pelo governo para seu próprio funcionamento. 3) Leia os artigos 165 a 167 da Constituição Federal de 1988 e identifique três dispositivos que conferem ao PPA o papel de referência para a programação orçamentária. Nessa leitura, você deve perceber que o PPA é a referência básica com a qual todas as demais leis e créditos orçamentários devem estar de acordo.? Os três dispositivos que são responsáveis por validar e conferir ao PPA um proeminente papel na programação orçamentária são os seguintes: · Artigo 165, §1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. · Artigo 165, § 9º, I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; · Artigo 166, § 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 4) Consulte o PPA do seu Estado ou município, escolha um programa e identifique o objetivo, o órgão responsável e as ações do programa, bem como seus indicadores físicos e financeiros. Ampliação do Acesso e Qualificação do Cuidado e Gestão em Saúde. Classificação: Projeto Estratégico e Transformador. Objetivo: Promover o cuidado integral à saúde na Atenção Primária à Saúde de forma humanizada, oportuna, resolutiva, segura e de qualidade, fortalecendo a Estratégia de Saúde da Família e assegurando a cobertura adequada. Escopo: Redesenho e melhoria da qualidade no atendimento ao cidadão nas unidades básicas de saúde. Aumento da cobertura do serviço Saúde da família. Ampliação da capacidade de atendimento a usuários de álcool e outras drogas. Programa/Ações/Subações: · Melhoria do Atendimento em Urgência e Emergência; · Gestão do SUS BH; · Manutenção e modernização dos sistemas de informação em saúde na PBH; · Atenção Primária à Saúde (APS); · Saúde da Família; · Equipes de Saúde da Família; · Rede de Cuidados Especializados Complementares à Saúde. A Constituição Federal de 1988, Art. 196: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. As demandas sociais transformam-se em sistema orçamentário que é a primeira etapa de um PPA. Assim sendo, o orçamento público é o elo de ligação entre o atendimento das demandas sociais, por meio da elaboração de políticas públicas com este foco e o lado financeiro do Governo, arrecadar e gastar para atender a tais demandas. Referências DE CAMPOS, Dejalma. Direito financeiro e orçamentário. São Paulo: Atlas, 2005. SANTOS, Aristeu Jorge dos. Orçamento público e os municípios: alguns conceitos de orçamento e suas repercussões na administração pública municipal. REAd: revista eletrônica de administração. Porto Alegre. Edição 22, vol. 7, n. 4 (jul/ago 2001), documento eletrônico, 2001. SANTOS, Rita de Cássia Leal Fonseca dos. Plano plurianual e orçamento público. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2014. Especialização Gestão em Administração Pública Plano Plurianual e Orçamento Público Prof. Dr. J osé L uiz A lcantara F ilho Rodolfo Vieira Nunes Atividade Disciplina r – AD 1 1) Pesquise e responda: que razões explicam o crescimento da participação do Estado na economia nos últimos duzentos anos? N em sempre a presença do Estado como regulador da economia foi defendida. E m um pensamento clássico da economia constituída com as obra s de Adam Smith , havia uma certa crítica ao mercantilismo e ao monopólio do comércio pelos Estados, os quais detinham um forte controle sobre as transações econômicas. Defendia - se a ideia de que seria necessário o desenvolvimento do livre comércio , condição sine qua non para o crescimento do capitalismo. Acreditava - se que o equilíbrio do mercado ( oferta e demanda) seria garantido pela “mão invisível” d o mercado , a qual por si faria com que o equilí brio econômic o existisse . M a s nos primeiros anos do século XXI, foi que o mercado sem intervenções p ô de levar a sociedade ao caos econômico, às situações de crise. Logo, a fragilidade do discurso da “mão invisíve l”, reforçou - se a ideia de uma maior regulamentação econômica do Estado ainda que em tempos como hoje, quando prevalecem economias de cunho neoliberal. Dess e modo , usa - se a expressão “ falha de mercado ” para se referir a uma situação em que o me rcado por si só não consegue investir, dirigir ou direcionar recursos eficientemente . O que deve ficar claro é que para muitos economistas a “mão invisível” é incapaz de garantir a equidade na prosperidade econômica. Obviamente, devemos aqui ressaltar que a autonomia do me rcado é de fato fundamental para a rodada economia, mas a desregulamentação econômica com a diminuição do Estado de forma exacerbada, como defendiam os primeiros ideólogos do liberalismo econômico, parece ser algo perigoso, quando não inviável. 2) “O orç amento público é mero instrumento de registros contábeis de receitas e despesas”. Você concorda? Justifique sua resposta ? Não vejo sentido nessa conceituação simplista e que atualmente já não é suficiente para defini r o conceito de orçamento público. Existem várias visões sobre o orçamento público, a parte política, social e econômica. Assim, seg undo D E C AMPOS ( 2005 ) “ o orçamento público, este pode, politicamente, ser entendido como a adoção de decisões de grande transcen dência no andamento do Estado . ” . Já na questão econômica, é o “plano da atividade financeira e da ordenação das necessidades públicas segundo suas prioridades” ( D E C AMPOS , 2005 ) . Porém , no entendimento de S ANTOS ( 20 11 ), é um “ Instrumento de execução de planos de governo, on de o orçamento é visto como meio de transformar planos em obras e prestação de serviços ” . Ou seja, é visto como um método de mensuração do plano de atividades realizado pelo governo para seu próprio funcionamento . Especialização Gestão em Administração Pública Plano Plurianual e Orçamento Público Prof. Dr. José Luiz Alcantara Filho Rodolfo Vieira Nunes Atividade Disciplinar – AD 1 1) Pesquise e responda: que razões explicam o crescimento da participação do Estado na economia nos últimos duzentos anos? Nem sempre a presença do Estado como regulador da economia foi defendida. Em um pensamento clássico da economia constituída com as obras de Adam Smith, havia uma certa crítica ao mercantilismo e ao monopólio do comércio pelos Estados, os quais detinham um forte controle sobre as transações econômicas. Defendia-se a ideia de que seria necessário o desenvolvimento do livre comércio, condição sine qua non para o crescimento do capitalismo. Acreditava-se que o equilíbrio do mercado (oferta e demanda) seria garantido pela “mão invisível” do mercado, a qual por si faria com que o equilíbrio econômico existisse. Mas nos primeiros anos do século XXI, foi que o mercado sem intervenções pôde levar a sociedade ao caos econômico, às situações de crise. Logo, a fragilidade do discurso da “mão invisível”, reforçou-se a ideia de uma maior regulamentação econômica do Estado ainda que em tempos como hoje, quando prevalecem economias de cunho neoliberal. Desse modo, usa-se a expressão “falha de mercado” para se referir a uma situação em que o mercado por si só não consegue investir, dirigir ou direcionar recursos eficientemente. O que deve ficar claro é que para muitos economistas a “mão invisível” é incapaz de garantir a equidade na prosperidade econômica. Obviamente, devemos aqui ressaltar que a autonomia do mercado é de fato fundamental para a roda da economia, mas a desregulamentação econômica com a diminuição do Estado de forma exacerbada, como defendiam os primeiros ideólogos do liberalismo econômico, parece ser algo perigoso, quando não inviável. 2) “O orçamento público é mero instrumento de registros contábeis de receitas e despesas”. Você concorda? Justifique sua resposta? Não vejo sentido nessa conceituação simplista e que atualmente já não é suficiente para definir o conceito de orçamento público. Existem várias visões sobre o orçamento público, a parte política, social e econômica. Assim, segundo DE CAMPOS (2005) “o orçamento público, este pode, politicamente, ser entendido como a adoção de decisões de grande transcendência no andamento do Estado.”. Já na questão econômica, é o “plano da atividade financeira e da ordenação das necessidades públicas segundo suas prioridades” (DE CAMPOS, 2005). Porém, no entendimento de SANTOS (2011), é um “Instrumento de execução de planos de governo, onde o orçamento é visto como meio de transformar planos em obras e prestação de serviços”. Ou seja, é visto como um método de mensuração do plano de atividades realizado pelo governo para seu próprio funcionamento.
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