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Aula 4 - Noções gerais de fonte e integração do Direito

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27/09/2018 Disciplina Portal
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Fundamentos de Direito
Aula 4 - Noções gerais de fonte e integração do
Direito
INTRODUÇÃO
Nesta aula, estudaremos as fontes do Direito, em especial a lei, fonte formal mais importante do nosso ordenamento
jurídico, na medida em que somos parte de um grande sistema denominado Civil Law (lei civil), da qual fazem parte
também países como a França, Portugal, Itália e Espanha, entre outros, que prioriza o direito codi�cado, ou seja,
estruturado em códigos.
Conheceremos as outras fontes do direito, além da lei, e perceberemos que há ocasiões em que inexiste uma lei ou
norma especí�ca para resolver um determinado con�ito de interesses. Por isso, o aplicador do direito necessita se
valer dos elementos de integração do direito. Quais são? Para que servem? As respostas a essas perguntas você terá
acesso ao longo desta aula.
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Bons estudos!
OBJETIVOS
Identi�car a noção de fontes e sua relevância para o Direito;
Classi�car as diversas fontes formas e materiais de Direito;
Reconhecer os elementos de integração do Direito.
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FONTES DO DIREITO
A expressão fonte vem do latim fons, fontis, nascente, signi�cando tudo aquilo que origina, que produz algo. Assim, a
expressão fontes do Direito indica, desde logo, as formas pelas quais o Direito se manifesta.
Apresentam, basicamente, três espécies:
FONTES MATERIAIS
São os fatos sociais, as próprias forças sociais criadoras do Direito. Constituem a matéria-prima da elaboração deste,
pois são os valores sociais que informam o conteúdo das normas jurídicas.
As fontes materiais não são ainda o Direito pronto, perfeito, mas servem para a formação deste concorrem sob a forma
de:
FATOS ECONÔMICOS
Como exemplo de fato econômico inspirador do Direito, podemos citar a quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, que acarretou
uma depressão econômica profunda, com efeitos jurídicos sensíveis.
FATOS POLÍTICOS
Fatos sociais de natureza política encontraremos no papel inegável das ideologias políticas, ao originarem movimentos políticos
de fato, como as revoluções e as quarteladas.
FATOS RELIGIOSOS
Na religião encontra-se uma fonte destacada do Direito, haja vista a Antiguidade Oriental e a Clássica, nas quais encontramos
Direito e religião confundidos.
A própria pena imposta ao faltoso tinha caráter de expiação, pois o crime, antes de ser um ilícito, era um pecado, razão pela qual,
no antigo Egito, aquele que atentava contra a lei do faraó cometia não apenas crime, mas também sacrilégio.
Veja-se, nos dias atuais, a grande luta travada pela Igreja, nos países católicos, contra o divórcio e o aborto, in�uenciando, com
sua autoridade, durante muito tempo, a decisão dos parlamentares a respeito.
FATOS MORAIS
Já como exemplo de fatores morais na elaboração do Direito temos as virtudes morais como o decoro, a decência, a �delidade, o
respeito ao próximo. E como fatores naturais temos o clima, o solo, a raça, a geogra�a, a população, a constituição anatômica dos
povos.
Os fenícios foram os maiores navegadores comerciantes da Antiguidade, principalmente porque a aridez do solo em que viviam a
isto os impeliu.
SUBDIVISÃO
Subdividem-se em:
Fontes materiais diretas ou imediatas
São aquelas fontes que criam diretamente as normas jurídicas, representadas pelos órgãos que fazem as leis:
Poder Legislativo - quando elabora e faz entrar em vigor as leis;
Poder Executivo – quando excepcionalmente elabora leis;
Poder Judiciário – quando elabora jurisprudência ou quando excepcionalmente legisla;
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Doutrinadores – quando desenvolve trabalhos, elaboram doutrinas utilizadas pelo aplicador da lei;
Própria sociedade – quando consagra determinados costumes.
Fontes materiais indiretas ou mediatas
São fatos ou fenômenos sociais que ocorrem em determinada sociedade trazendo como consequência o nascimento
de novos valores que serão protegidos pela norma jurídica.
FONTES HISTÓRICAS
São os documentos jurídicos e coleções coletivas do passado que, graças a sua sabedoria, continuam a in�uir nas
legislações do presente. 
Exemplos pelo mundo:
A Lei das Doze Tábuas, em Roma.
O célebre Código de Hamurabi, com sua pena de talião, na Babilônia.
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A famosa compilação de Justiniano etc.
FONTES FORMAIS
 Seriam a lei, os costumes, a jurisprudência e a doutrina.
 O Estado cria a lei e dá, ao costume e à jurisprudência, a força desta.
 O positivismo jurídico defende a ideia de que fora do Estado não há Direito, sendo aquele a única fonte deste.
 As forças sociais, os fatos sociais seriam tão somente causa material do Direito, a matéria-prima de sua
elaboração, �cando esta sempre a cargo do próprio Estado, como causa e�ciente.
 A lei seria causa formal do Direito, a forma de manifestação deste.
 As fontes formais vêm a ser as artérias por onde correm e se manifestam as fontes materiais.
A LEI
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A Lei é a fonte formal imediata de Direito, pois é a forma pela qual nos transmite seu conhecimento.
CONCEITOS:
Lei em sentido amplo ou em sentido lato
Indica o jus scriptum. Referência genérica que inclui a lei propriamente dita (ordinária ou complementar), a medida
provisória e o decreto.
Lei em sentido estrito
É preceito comum e obrigatório, emanado do Poder Legislativo, no âmbito se sua competência.
PROCESSO LEGISLATIVO
O processo de elaboração de uma lei consiste em uma sucessão de fases e de atos que vão desde a apresentação de
seu projeto até a sua efetiva concretização, tornando-se obrigatória.
Assim, temos: iniciativa, discussão-votação-aprovação, sanção-veto, promulgação, publicação e entrada em vigor.
Decretos legislativos 
 
São atos destinados a regular
matérias de competência exclusiva
do Congresso Nacional (art. 49 CF)
que tenham efeitos externos a ele e
independem de sanção e veto.
 Resoluções legislativas 
 
São atos destinados a regular
matérias de competência do
Congresso Nacional e de suas Casas,
mas com efeitos internos. Assim, os
regimentos internos são aprovados
por resoluções. Exceção: arts. 68, §
2º, 52, IV e X e 155, V.
 Atos do Processo Legislativo 
 
O processo legislativo é o conjunto de
atos preordenados visando à criação
de normas de Direito.
Estes atos são todos previstos na Constituição Federal de 1988:
INICIATIVA LEGISLATIVA
É a faculdade que se atribui a alguém ou a um órgão para apresentar projetos de lei ao Legislativo (art. 60, 61, § 2º).
Ã
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VOTAÇÃO
Constitui ato coletivo das Casas do Congresso. Geralmente é precedida de estudos e pareceres de comissões técnicas
(permanentes ou especiais) e de debates em plenário.
É ato de decisão (art. 65 e 66), que se toma por maioria de votos:
Maioria simples (art. 47) para aprovação de lei ordinária;
Maioria absoluta dos membros das Câmaras, para aprovação de lei complementar (art. 69);
Maioria de três quintos dos membros das Casas do Congresso, para aprovação de emendas Constitucionais (art.60, § 2º).
SANÇÃO E VETO
São atos de competência exclusiva do Presidente da República. Sançãoe veto somente recaem sobre projetos de lei. Só são
cabíveis em projetos que disponham sobre as matérias elencadas no art. 48 da CF.
Sanção é a adesão do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei aprovado pelo Legislativo; pode ser expressa (art. 66, caput) ou
tácita (art. 66, § 3º).
Veto é o modo pelo qual o Chefe do Poder Executivo exprime sua discordância com o projeto aprovado, por entendê-lo
inconstitucional ou contrário ao interesse público (art. 66, § 1º).
O veto pode ser total, recaindo sobre todo o projeto, ou parcial, quando atingir somente parte dele. O veto é relativo, não trancando
de modo absoluto o andamento do projeto (art. 66, § 1º e 4º da CF).
Caso o veto seja rejeitado por votação da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto, o projeto se
transforma em lei, sem sanção, que deverá ser promulgada. Não se alcançando a maioria mencionada, o veto �cará mantido,
arquivando-se o projeto.
PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO
Promulga-se e publica-se a lei, que já existe desde a sanção ou veto rejeitado. É errado falar em promulgação de projeto de lei.
Promulgação é a declaração da existência da lei. É meio de se constatar a existência da lei.
A lei é perfeita antes de ser promulgada. A promulgação não faz lei, mas os efeitos da lei só se produzirão depois dela.
A publicação da lei constitui instrumento pelo qual se transmite a promulgação aos destinatários da lei. É condição para que a lei
entre em vigor, tornando-se e�caz (ou efetiva).
Sancionado o projeto expressamente ou pelo silêncio do Presidente da República (15 dias), ou não mantido o veto, deve o mesmo
ser promulgado dentro de 48 horas pelo Presidente da República. Se não o �zer, o Presidente do Senado Federal o promulgará em
igual prazo. Não o fazendo, caberá o Vice-presidente do Senado fazê-lo (CF, arts. 66, §§ 5º e 7º).
A promulgação é, pois, o ato proclamatório através do qual o que antes era projeto passa a ser lei e, consequentemente, a integrar
o Direito positivo brasileiro.
A lei passa a existir como tal desde a sua promulgação, mas começa a obrigar da data sua publicação, produzindo efeitos com a
sua entrada em vigor.
COSTUME
O termo costume deriva do latim consuetudine, de consuetumine, hábito, uso.
É a prática social reiterada e considerada obrigatória.
O costume demonstra o princípio ou a regra não escrita que se introduziu pelo uso, com o consentimento tácito de
todas as pessoas que admitiram a sua força como norma a seguir na prática de determinados atos.
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Embora alguns autores não façam distinção entre costume e uso, outros advertem que o costume se distingue dos
usos sociais em geral porque a comunidade o considera obrigatório para todos, de tal sorte que a sua violação acarreta
uma responsabilidade jurídica e não apenas uma reprovação social.
COMO SE PROVA A EXISTÊNCIA DOS COSTUMES?
Fonte da Imagem: Freer / Shutterstock
A prova se fará dos mais diversos modos: documentos, testemunhas, vistorias etc.
Em matéria comercial, porém, devem ser provados por meio de certidões fornecidas pela juntas comerciais que
possuem �chários organizados para este �m.
Art. 337 do CPC: 
“A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim
determinar o juiz”.
DIREITO CONSUETUDINÁRIO OU COSTUMEIRO
Ao conjunto das normas costumeiras em vigor em um Estado convencionou-se chamar direito costumeiro, também
denominado direito não escrito. Porém, essa expressão não tem caráter absoluto, visto que, às vezes, normas
costumeiras são consolidadas, como, por exemplo, a publicação intitulada “Assentamentos de Usos e Costumes da
Praça de São Paulo”, elaborada pela Junta Comercial e publicada no Diário O�cial do Estado.
Decorre da observação e respeito às normas jurídicas não escritas, isto é, normas resultantes de práticas sociais
reiteradas, constantes e tidas como obrigatórias.
Admitem três espécies:
1. Contra legem (de acordo com a lei) -
por opor-se à lei não tem
admissibilidade em nosso direito;
 2. Secundum legem (além da lei) - por
estar de acordo com a lei, serve de
interpretação. É o costume que
esclarece a lei por estar em perfeita
sintonia com ela;
 3. Praeter legem (contra a lei) - é
utilizável quando a lei for omissa
para preencher a lacuna existente. É
o costume considerado como
subsidiários do direito.
DOUTRINA
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A doutrina é uma das fontes subsidiárias do Direito. É uma forma expositiva e esclarecedora do Direito feita pelo jurista
a quem cabe o estudo aprofundado da ciência.
São os estudos e teorias desenvolvidos pelos juristas, com o objetivo de sistematizar e interpretar as normas vigentes
e de conceber novos institutos jurídicos reclamados pelo momento histórico.
Na realidade, a doutrina é o direito resultante de estudos voltados à sistematização. Esclarecimento, adequação e
inovação.
Também alcança diversas posições:
Apresentação detalhada do direito em tese;
Classi�cação e sistematização do direito exposto;
Elucidação e interpretação dos textos legais e do direito cienti�camente estudado;
Concepção e formulação de novos institutos jurídicos.
FUNÇÕES DA DOUTRINA
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JURISPRUDÊNCIA
Em sentido amplo é a coletânea de decisões proferidas pelos juízes ou tribunais sobre uma determinada matéria
jurídica. Inclui jurisprudência uniforme (decisões convergentes) e jurisprudência contraditória (decisões divergentes).
Em sentido estrito é o conjunto de decisões uniformes prolatadas pelos órgãos do Poder Judiciário sobre uma
determinada questão jurídica.
CASE LAW
Na prática, tem a�nidade com o Case Law e o que se deseja da jurisprudência é estabelecer a uniformidade e a
constância das decisões para os casos idênticos. Em outras palavras, é a criação da �gura do precedente (glossário)
judicial.
O Case Law tem força obrigatória.
Se classi�cam em:
ATIVIDADE
Responda: A jurisprudência cria direito?
Resposta Correta
Os que admitem
Os que admitem alegam que as transformações sociais exigem um pronunciamento judicial sobre assuntos que
eventualmente não se encontram na lei. O juiz, impossibilitado de alegar a lacuna da lei para furtar-se à decisão,
constrói através de uma interpretação ora extensiva, ora restritiva, regras para os casos concretos que lhe são
propostos.
Em inúmeros casos, os tribunais acabaram criando um Direito novo, embora aparentemente tenham se limitado a
aplicar as leis existentes.
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ATIVIDADE
Agora, responda: A jurisprudência vincula?
Resposta Correta
DIREITO COMPARADO
EQUIDADE
ELEMENTOS DE INTEGRAÇÃO DO DIREITO
Analogia
Quando usa a analogia, o trabalho do aplicador do Direito é o de localizar, no sistema jurídico vigente, a norma prevista
pelo legislador e que apresenta semelhança fundamental, não apenas acidental, com o caso não previsto.
Essa norma prevista pelo legislador é denominada paradigma.
Para alguns autores há duas espécies de analogia:
Analogia legis é aquela extraída da própria lei, quando a norma é colhida de outra disposição legislativa ou de um
complexo de disposições legislativas;
Analogia juris é extraída �loso�camente dos princípios gerais que disciplinam determinado instituto jurídico.
Analogia X Interpretação extensiva
Na interpretação extensiva, o caso é diretamente previsto pela lei, mas com insu�ciência verbal ou impropriedade de
linguagem, já que a interpretação da lei revela um alcance maior da mesma. Propriamente não há aquilacuna da lei,
apenas insu�ciência verbal.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO (PDG)
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São considerados a essencialidade do Direito, porque são dos PGD que são retirados postulados que servirão de
suporte à regulamentação da sociedade sob o aspecto jurídico, �xando os padrões e orientando os preceitos que serão
traduzidos pela legislação.
Princípios processuais
Entre os princípios que se designam processuais estão o da:
Oralidade;
Publicidade;
Certeza;
O�cialidade (de o�ciosidade e de autoridade);
Indisponibilidade;
Iniciativa das partes e os dos limites da lide.
Princípios constitucionais
Já entre os princípios constitucionais encontram-se o da(o):
Legalidade;
Contraditório (ampla defesa, cienti�cação e produção de provas);
Princípio do juízo natural (e o superlativo aqui se evidencia pela ênfase que a ele tem dado, por exemplo, a Declaração
Universal do Direito do Homem, o Pacto de Costa Rica e outros tratados e convenções internacionais).
ATIVIDADES
1. Leia o caso concreto a seguir:
Aconteceu nas férias 
Finalmente de férias. Ana Maria colocou o biquíni de bolinha amarelinha e seguiu Marcelo direto para a praia. E qual
não foi sua surpresa ao descobrir que no �nal da praia, em um canto aprazível, cercado de palmeiras e jangadas que
saiam e chegavam cheinhas de peixes, havia uma praia de naturismo. Isso mesmo. Tudo mundo nu em pelo. Ana Maria
desviou o olhar, meio sem graça, mas não pode evitar o constrangimento quando Marcelo gritou para que tirasse o
biquíni e o acompanhasse até o local onde todos se divertiam a valer completamente pelados, pois era costume. 
Imediatamente, Ana Maria lembrou-se do disposto no art. 233 do Código Penal: praticar ato obsceno em lugar público,
ou aberto ou exposto ao público, tem pena de detenção de três meses a um ano ou multa. 
E agora, o que fazer? Ana Maria está diante de uma grande dúvida. 
Várias questões surgiram em sua mente. 
São elas: 
a) A prática de naturismo pode ser entendida como costume jurídico? 
b) Em que espécie de costume se enquadra o naturismo? 
c) O artigo 233 do Código Penal foi revogado pelo costume? E por alguma decisão do STJ? 
d) Pode o costume revogar a lei?
27/09/2018 Disciplina Portal
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Resposta Correta
2. A respeito do processo legislativo na Constituição Federal de 1988, analise as sentenças a seguir:
I- O Presidente vetará o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, se considerá-lo, no todo ou em parte,
inconstitucional ou contrário ao interesse público. O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de
parágrafo, de inciso ou de alínea. 
II- Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei. As
medidas provisórias vigoram imediatamente, mas perderão sua e�cácia desde sua edição, se não forem convertidas
em lei pelo Congresso Nacional, no prazo previsto na Constituição. 
III- O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias,
leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções.
Assinale a opção com as sentenças corretas:
I e II
Apenas a I
Apenas a III
I e III
Todas
Justi�cativa
3. Analise as proposições a seguir:
I- No plano jurídico, fontes do Direito expressam a origem das normas jurídicas, podendo-se classi�car as fontes em
dois grandes blocos, designados de fontes materiais e fontes formais. 
II- As fontes materiais enfocam o momento pré-jurídico, constituindo-se nos fatores que conduzem à emergência e
construção da regra de Direito. 
III- As fontes formais enfocam o momento tipicamente jurídico, considerando a regra já plenamente construída, os
mecanismos exteriores e estilizados pelos quais essas regras se revelam para o mundo exterior, ou seja, os meios
pelos quais se estabelece a norma jurídica. 
IV- Os costumes são fontes do Direito.
Assinale a opção que aponta quantas proposições estão corretas:
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Todas as proposições estão corretas.
Apenas quatro proposições estão corretas.
Apenas três proposições estão corretas
Apenas duas proposições estão corretas.
Apensas uma proposição está correta.
Justi�cativa
Glossário
JURISPRUDÊNCIA X PRECEDENTES
Reserva-se o termo jurisprudência para as decisões dos tribunais e precedentes para as decisões de juízes de primeiro grau.

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