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Legislação Tributária Aula 1: Direito Tributário e Financeiro INTRODUÇÃO Quando se estuda a atividade financeira do Estado, busca-se compreender e entender os motivos que levam o Poder Público à execução de serviços e consecução do Bem Comum, tais como promover para a sociedade saúde, educação, alimentação, moradia, saneamento básico, segurança, transporte, energia elétrica etc. Os recursos financeiros para este fim deverão ser obtidos através de receitas originárias e receitas derivadas. Atualmente, a concentração das receitas do Estado provém das receitas derivadas. Falaremos mais sobre esse assunto, nesta aula. Bons estudos! OBJETIVOS Identificar o Direito Financeiro através da atividade financeira do Estado em relação as suas receitas, despesas e créditos públicos. Reconhecer as funções e os objetivos do orçamento público. Relacionar a Receita Pública com a Despesa Pública. Verificar o Sistema Tributário através do Ingresso Público. Diferença entre Direito Tributário e Direito Financeiro Inicialmente, é importante conhecermos a diferença entre Direito Tributário e Direito Financeiro. DIREITO TRIBUTÁRIO Regula a atividade financeira do Estado no que se refere à tributação. É o ramo do direito público que rege as relações entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no que se refere à obtenção de receitas (tributos). É obrigacional e possui normas que instituem, arrecadam e fiscalizam a tributação de natureza do Direito Tributário. É a relação jurídica entre um sujeito ativo (fisco) e um sujeito passivo (contribuinte ou responsável), envolvendo uma prestação (tributo). DIREITO FINANCEIRO Regula toda a atividade financeira do Estado, menos a que se refere à tributação e fiscalização. É o ramo do direito público que estuda o ordenamento jurídico das finanças do Estado e as relações jurídicas, decorrentes de sua atividade financeira, que se estabelecem entre o Estado e o particular. Abrange o estudo da despesa pública, da receita pública, do orçamento público e do crédito público. Ricardo Lobo Torres divide o Direito Financeiro em: • Receita Pública (Direito Tributário, Direito Patrimonial Público e Direito de Crédito Público); • Despesa Pública (Direito da Dívida Pública e Direito das Prestações Financeiras); e • Direito Orçamentário. O Direito Financeiro é o ramo das Ciências Jurídicas que trata das relações que dizem respeito às finanças públicas e é uma especialidade do Direito Público, sendo mais amplo que o Direito Tributário por abranger toda a atividade financeira do Estado. Esse contexto nos remete diretamente à questão do orçamento. Dessa forma: Como podemos definir orçamento? Orçamento é o ato complexo dos poderes executivo e legislativo que prevê e fixa despesas e receitas para um determinado período, instrumentalizando assim, o poder executivo de recursos monetários - a receita pública - para atendimento das necessidades públicas, satisfazendo-as através das despesas públicas. Por princípio constitucional, o orçamento é estabelecido anualmente. O orçamento anual é o instrumento de operacionalização de curto prazo da programação constante dos planos setoriais e regionais de médio prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos globais de longo prazo, em que estão definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos e as políticas básicas. Sendo assim, a principal matéria-prima utilizada para a elaboração da proposta de orçamento é buscada em elementos integrantes do sistema de planejamento. A Constituição Federal de 1988, estabelece, no Artigo 165, quais as leis orçamentárias que deverão ser propostas para regular as finanças do Estado. O Poder Executivo é o responsável pela elaboração da proposta orçamentária. O orçamento, sendo um só, deve atender também aos Poderes Legislativo e Judiciário. Considerando que os três Poderes são independentes e harmônicos, as propostas parciais das unidades orçamentárias do Legislativo e Judiciário são negociadas em um nível superior àquele que vigora para os setores do Executivo. Leitura , Clique aqui (galeria/aula1/docs/a01_t01.pdf) para ler o Artigo 165 da Constituição Federal de 1988, bem como o Artigo 166 que trata sobre os projetos relativos aos planos plurianuais. Veja o conteúdo que deverá estar na proposta orçamentária encaminhada pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo: PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA MENSAGEM COM EXPOSIÇÃO CIRCUNSTANCIADA DA SITUAÇÃO ECONÔMICO- FINANCEIRA A mesma deve estar documentada com: • demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; • exposição e justificação da política econômico-financeira do governo; • justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital. PROJETO DE LEI DO ORÇAMENTO O projeto deve apresentar: a) texto do projeto de lei; b) sumário geral da receita por fontes e, da despesa, por funções do governo; c) quadro demonstrativo da renda e despesa, segundo as categorias econômicas; d) quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação; e) quadro das dotações por órgãos do governo e da administração; f) quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais; g) quadros demonstrativos da despesa, na forma dos anexos 6 e 9 da Lei n.º 4320/64 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm) e normas posteriores; h) quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do governo, em termos de realização de obras e de prestação de serviços. TABELAS EXPLICATIVAS Na tabela deve constar o comportamento da receita e da despesa de diversos exercícios. ESPECIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS ESPECIAIS CUSTEADOS POR DOTAÇÕES GLOBAIS Em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa. DESCRIÇÃO SUCINTA DAS PRINCIPAIS FINALIDADES DE CADA UNIDADE ADMINISTRATIVA COM A RESPECTIVA LEGISLAÇÃO http://estacio.webaula.com.br/cursos/gra114/galeria/aula1/docs/a01_t01.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm O Artigo 163 e incisos da Constituição Federal atual, determina que a lei complementar deverá possuir um conteúdo normativo mínimo para abranger normas de orçamento, receitas, despesas públicas e crédito público. Outro conceito importante é o de crédito. Vejamos a seguir. Crédito O que significa? Crédito nada mais é que a captação de recursos pecuniários, na figura de empréstimos, para pagá-los no prazo e nas condições acordadas a curto, médio e longo prazo. O Estado documenta-o em papéis de crédito público de vários tipos, tais como Bônus do Tesouro, Letras do Tesouro, Apólices da Dívida Pública, Títulos da Dívida Agrária etc. Para compreender o Sistema Tributário Nacional, é necessário compreender o mecanismo a ser utilizado pelo Poder Público de utilizar de suas prerrogativas de Direito Público, através do cumprimento das normas, obrigando o particular a entregar valores aos cofres públicos, independentemente de sua vontade. Entretanto, também faz parte deste contexto um planejamento orçamentário, que deverá corresponder não só à obtenção de receitas, mas também à administração das despesas e créditos. Saiba mais , Para melhor entender a atividade financeira, a nossa Carta Magna dedica: • o Capítulo II do Título VI (Artigos 163 a 169) às finanças públicas; • os Artigos 21, 23 e 30, pertinentes à discriminação da despesa pública; • os Artigos 21, VII, 22, VI e 48, IV, relativos à emissão de moeda e prescrição de medidas necessárias a sua estabilidade; • Artigo 31, sobre a fiscalização dos Municípios; • Artigos 70 a 75, à respeito da fiscalização orçamentária; • Artigo. 99, sobre o orçamento do Poder Judiciário; • Artigo 100, concernente à dívida pública; e • Artigos 211 a 213, no que tange às prestações financeiras. Todo procedimento realizado pelo Poder Público em relação à atividade financeira está determinadoem lei. A partir do Século XX, observa-se um crescimento em relação às despesas públicas para manter um processo de evolução em relação à manutenção da vida como, por exemplo: Introdução de novas tecnologias Avanço industrial Surgimento de novos empreendimentos Relação internacional com outros Estados no campo da exportação e importação Ou seja, a busca do desenvolvimento econômico fez surgir investimentos, gastos, despesas e receitas. Para isso, o Estado através do mecanismo de uma atividade financeira pode inserir no contexto dessa evolução funções fiscais, tais como promover ajustes na alocação de recursos e na distribuição de renda, bem como manter a estabilidade econômica. Ainda no campo orçamentário, a seguir, vamos conhecer sobre receita e despesa. Receitas Como a principal finalidade do Estado é promover o bem comum, satisfazendo as necessidades públicas, exerce então funções para cujo custeio é preciso de recurso financeiro ou receita (glossário). Para obter os recursos necessários, o Estado utiliza do seu poder soberano, ou seja, o direito de tributar pelo qual pode fazer derivar para seus cofres uma parcela do patrimônio das pessoas sujeitas a sua administração, originando as receitas derivadas. Mas, não é só de receitas derivadas que sobrevive o Estado para suprir uma demanda em relação às despesas públicas, ele também utiliza receitas originárias, provenientes do patrimônio do Estado, através de aluguéis, vendas, leilões etc. E QUAL A CONCLUSÃO? A Receita Pública é composta pelos ingressos financeiros que, em tese, têm o objetivo de satisfazer as despesas públicas. Então, ela é a soma de ingressos, impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos arrecadados para atender às Despesas Públicas, cuja classificação econômica da receita orçamentária é estabelecida pela Lei n.º 4.320/64, para sustentar o conceito com base no ingresso de recursos financeiros e, não, pelo reconhecimento do direito. O Estado tem duas fontes nitidamente distintas para a atividade financeira correspondente à aquisição de receita. RECEITAS DERIVADAS As receitas derivadas originam-se do patrimônio do particular, cujo regime jurídico é de Direito Público, com características de um Estado que usa o seu poder e obriga o particular a contribuir em dinheiro através dos tributos, multas, penalidade etc. Envolve aquisição de receita mediante o exercício do poder de império do Estado, compelindo a comunidade a efetuar pagamentos compulsórios, sem mais aquela condição negocial de igualdade entre credor e devedor, evidenciada na receita originária. É representada pelos tributos e pelas penalidades pecuniárias. Aqui, o Estado mobiliza a sua característica de soberania e exige recursos financeiros, recolhendo compulsoriamente do patrimônio dos indivíduos. Embora subordinando-se a limitações e controles jurídicos precisamente definidos, os aparelhos fiscais das entidades tributantes fazem valer o predomínio estatal sobre a sociedade e exigem Imposto de Renda, IPI, ICMS ou taxa de iluminação pública de quem os deve, sem que para tanto celebrem acordo, lavrem-se instrumentos contratuais ou, pelo menos, seja esperada concordância mínima nos elementos postos na condição de devedores. RECEITAS ORIGINÁRIAS As receitas originárias são provenientes do patrimônio do Estado, cujo regime jurídico predominante é de Direito Privado, e tem como característica principal o Estado explorando seu próprio patrimônio. É representada pela forma de aumento patrimonial semelhante à utilizada por qualquer outra pessoa, física ou jurídica, envolvendo transações e negócios tipicamente privados, como doações, heranças, venda de produtos, prestação de serviços etc. O Estado tem acesso a esse tipo de receita por uma relação negocial, como se fosse uma empresa, uma pessoa jurídica de direito privado. A mais significativa receita originária é representada pelo Preço, englobando rendimento e remuneração de bens e serviços de empresas estatais, sob a regência de normas de Direito Privado. São exemplos, os resultados positivos de empresas como Petrobras, Embratel, Banco Do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bancos Estaduais e Companhias de Energia, Água e Esgotos, além de outras instituições tanto no plano Federal como no Estadual e Municipal. Saiba mais , O Ingresso Público significa todo dinheiro recolhido aos cofres públicos, mesmo sujeito à restituição e compreende as importâncias e valores realizados a qualquer título: • os tributos, que são impostos, taxas e contribuição de melhoria; e • as rendas da atividade econômica do estado (preços), que são ingressos ou entradas (não restituíveis) e as fianças, cauções, empréstimos públicos (restituíveis). Para aprofundar seu estudo, leia o texto: Outras formas de receitas (galeria/aula1/docs/a01_t02.pdf). Receita Pública A destinação da Receita Pública é o processo pelo qual os recursos públicos são vinculados a uma despesa específica ou a qualquer que seja a aplicação de recursos desde a previsão até o efetivo pagamento das despesas constantes dos programas e ações governamentais. A destinação de Receita Pública, para fins de aplicação, é dividida da seguinte forma: Destinação Vinculada Processo de vinculação de fonte na aplicação de recursos em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela legislação vigente. Destinação Ordinária Processo de alocação livre de fonte parcial ou totalmente não vinculada à aplicação de recursos para atender às finalidades gerais do ente. Agora que você entendeu o que é a receita pública, ou seja, como o dinheiro é inserido nos cofres públicos, como compreender sobre a despesa pública, ou seja, já que o Estado arrecada dinheiro para realização do cumprimento do Bem Comum, caracterizado como despesa para os cofres, para onde vai o dinheiro arrecadado? O que o Poder Público faz com o dinheiro do contribuinte? É o que veremos a seguir. O que é despesa pública? A despesa pública é a utilização de dinheiro do erário público para objetivos públicos. http://estacio.webaula.com.br/cursos/gra114/galeria/aula1/docs/a01_t02.pdf Tanto para obter receitas quanto para realizar despesas, o Poder Público deverá obedecer o princípio da legalidade, previsto no Artigo 37, da Constituição Federal, que constitui regra consagrada pela doutrina e textos constitucionais, estrangeiros e pátrios, consubstanciados nos direitos e garantias individuais. Conforme esse dispositivo constitucional: Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa a não ser em virtude de lei. Esse princípio visa combater o poder arbitrário e determina que só a lei pode criar obrigação para o indivíduo, significando um Estado Democrático de Direito. No âmbito da administração pública, a autoridade só poderá desempenhar as suas funções dentro do que determina a lei. O servidor público, no exercício de suas atribuições, somente poderá exigir das pessoas fazer ou deixar de fazer alguma coisa na hipótese da ocorrência de lei que as obrigue. Uma vez que a receita, antes de consignada no orçamento, é objeto de lei. De igual forma, há que se ter legislação que determine ou autorize a despesa pública. É com base na lei, por exemplo, que um tributo poderá ser aumentado, excluído ou até mesmo extinto. O Artigo 13 classifica as despesas, observada a classificação da categoria econômica, de acordo com a especificação ou elemento. Segundo a categoria econômica, Artigo 12, Lei n.º 4320/64, as despesas serão classificadas conforme abaixo. DESPESAS CORRENTES As despesas correntes são usadas para manter serviços anteriormente instituídos. Inclui: • Despesas de custeio, em que considera as dotações destinadas à manutenção de serviços já existentes, inclusive as que devam atender à conservação e adaptação de imóveis. Exemplo: despesas com pessoal, material de consumo, serviços de terceiros e outros encargos, não incluídas em despesas específicas. • Despesas ou transferências correntes, estão descritas nos parágrafos 1° ao 3° do mesmo artigo da mencionada lei.DESPESAS DE CAPITAL As despesas de capital são as despesas públicas de investimentos para execução de obras, inversões financeiras para aquisição de imóveis etc. Exemplo: Despesas de Capital, tais como Investimentos, Inversões Financeiras e Transferências de Capital. Deste grupo, os Investimentos são as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive destinadas à aquisição de imóveis considerados indispensáveis às mesmas obras, e ainda as despesas utilizadas na programação especial de trabalho, aquisição de instalações, equipamento e material permanente e também a constituição e aumento de capital de empresas não comerciais e/ou financeiras. As despesas de Capital estão descritas nos parágrafos 4° e seguintes do Artigo 12 da lei. O Poder Público controla a execução orçamentária, ou seja, controla as despesas através de: Artigo 75 a 80 da Lei n° 4320/64 O Poder Executivo deve avaliar a execução orçamentária dos diversos órgãos através de supervisão permanente, diligenciar que os administradores sejam capacitados, impedindo interferências ou pressões ilegítimas, acompanhando os custos globais dos programas do governo, a fim de alcançar uma prestação econômica de serviço. Artigo 81 e 82 da Lei n° 4320/64 Cabe ao Poder Legislativo o Controle Externo da execução orçamentária. O órgão do Poder Legislativo que o auxilia no Controle Externo do Orçamento do Estado é o Tribunal de Contas. A fiscalização é total e esta se biparte. Inicialmente, o controle é feito através da auditoria financeira e da auditoria orçamentária e, posteriormente, pelo julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por bens ou valores públicos. As contas do Poder Executivo são submetidas à apreciação do Poder Legislativo com parecer prévio do Tribunal de Contas. Com relação aos municípios, as contas serão apreciadas pelas Câmaras auxiliadas pelos Tribunais de Contas do Estado a que pertencem, quando não houver Tribunal de Contas Municipal. Fonte: https://siops.datasus.gov.br/Documentacao/ManualReceita.pdf ATIVIDADE Observe as características a seguir e diga se dizem respeito a Direito Tributário ou a Direito Financeiro: 1 - Regula a atividade financeira do Estado no que se refere à tributação. Direito tributário Direito financeiro Justificativa 2 - Regula toda a atividade financeira do Estado, menos a que se refere à tributação e fiscalização. Direito tributário Direito financeiro Justificativa 3 - Relação jurídica entre um sujeito ativo (fisco) e um sujeito passivo (contribuinte ou responsável), envolvendo uma prestação (tributo). Direito tributário Direito financeiro Justificativa 4 - Ramo do direito público que estuda o ordenamento jurídico das finanças do Estado e as relações jurídicas, decorrentes de sua atividade financeira, que se estabelecem entre o Estado e o particular. Direito tributário Direito financeiro Justificativa 5 - Abrange o estudo da despesa pública, da receita pública, do orçamento público e do crédito público. Direito tributário Direito financeiro Justificativa Glossário FINANÇAS PÚBLICAS Sobre as finanças públicas entende-se como impositividade da atividade financeira do Estado para com a sociedade, de forma coercitiva, ou seja, em alguns momentos o cidadão não tem a liberdade de escolher que não pagará, por exemplo, um imposto. O Estado utiliza de sua soberania para impor ao cidadão o dever e a obrigação de contribuir, pagar, colaborar com a inserção de dinheiro aos Cofres Públicos, tendo como finalidade principal a realização da atividade administrativa. ARTIGO 163 DAS FINANÇAS PÚBLICAS Seção I NORMAS GERAIS Art. 163. Lei complementar disporá sobre: I - finanças públicas; II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; III - concessão de garantias pelas entidades públicas; IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003) VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. RECEITA É a quantia recolhida aos cofres públicos não sujeita à restituição, ou a importância que integra o patrimônio do Estado em caráter definitivo. RECEITA PÚBLICA É a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo. (Aliomar Baleeiro)
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