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Fisiologia Sistema Endócrino (Hipófise)

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Camila Zanetti 
Turma 8 
FISIOLOGIA: HIPÓFISE 
• Adeno-hipófise (anterior): 
1- GH (somatotropina): estimula o crescimento do corpo. 
2- ACTH (adrenocorticotropina): estimula produção de glicocorticoides e androgênios 
pelo córtex da adrenal. 
3- TSH (tireotropina): estimula a produção de hormônios tireoideanos. 
4- Prolactina: estimula a produção de leite. 
5- FSH (folículo-estimulante): estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos; 
regula espermatogênese nos testículos; 
6- LH (luteinizante): origem a ovulação e formação do corpo lúteo; estimula a produção 
de estrogênio e progesterona pelos ovários; estimula produção de testosterona pelos 
testículos; 
• Neuro-hipófise (posterior): 
1- ADH (antidiurético): controla taxa de excreção de água na urina. 
2- Ocitocina: ejeção do leite, auxílio no parto e no final da gestação. 
• Os hormônios da hipófise posterior são sintetizados por corpos celulares no hipotálamo 
dos neurônios magnocelulares (localizados nos núcleos supra-ópticos e 
paraventriculares do hipotálamo). Os hormônios são então transportados no axoplasma 
das fibras nervosas dos neurônios e seguem para a hipófise posterior. 
• A secreção da região anterior da hipófise é controlada por hormônios hipotalâmicos 
liberadores ou inibidores, secretados dentro do próprio hipotálamo e que são levados 
para a hipófise por vasos sanguíneos, os vasos portais hipotalâmicos-hipofisários. 
• Hipotálamo: 
1- TRH (hormônio liberador de tireotropina): liberação do TSH. 
2- CRH (hormônio liberador de corticotropina): liberação de adrenocorticotropina. 
3- GHRH (hormônio liberador do hormônio de crescimento): liberação do GH e do GHIH 
(hormônio inibidor do hormônio de crescimento/somatostatina), que inibe a 
liberação do GH. 
4- GnRH (hormônio liberador de gonadotropina): liberação dos gonadotrópicos LH e 
FSH. 
5- PIH (hormônio inibidor de prolactina): inibição da secreção de prolactina. 
• Os hormônios hipotalâmicos são secretados nas terminações nervosas da eminência 
mediana → hipófise anterior. 
• O hormônio de crescimento (GH) não atua sobre uma glândula-alvo, ao contrário dos 
outros hormônios, ele exerce seus efeitos diretamente sobre a maioria dos tecidos do 
organismo. 
• Efeitos metabólicos do GH: 
1- Aumento da taxa de síntese de proteínas na maioria das células do corpo. 
2- Aumento da mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo, aumento do nível de 
ácidos graxos no sangue e aumento da utilização de ácidos graxos como fonte de 
energia. 
3- Redução da taxa de utilização da glicose pelo organismo. 
• O GH aumenta a deposição de proteínas nos tecidos: 
1- Aumento do transporte de aminoácidos através das MP (aumenta a concentração de 
aa. nas células). 
2- Aumento da tradução do RNA, fazendo com que a síntese de proteínas pelos 
ribossomos aumente. 
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3- Aumento da transcrição nuclear do DNA para formar RNA (promove maior síntese 
proteica). 
4- Redução do catabolismo de proteínas e aminoácidos (poupa aa. através da 
mobilização de ácidos graxos livres do tecido adiposo para fornecerem energia). 
• O GH aumenta a utilização de gorduras como fonte de energia: libera ácidos graxos do 
tecido adiposo e, nos tecidos do organismo, aumenta a conversão de ácidos graxos em 
acetilcoenzima A e sua utilização como fonte de energia (utilizada preferencialmente ao 
uso de carboidratos e proteínas). Sob efeitos excessivos do GH, grandes quantidades de 
ácido acetoacético são formadas, originando um quadro de cetose e também pode 
provocar deposição de gordura no fígado. 
• O GH reduz a utilização de carboidratos: 
1- Diminuição da captação de glicose nos tecidos como músculos esqueléticos e tecido 
adiposo. 
2- Aumento da produção de glicose pelo fígado. 
3- Aumento da secreção de insulina. 
• Essas alterações são resultantes da resistência insulínica induzida pelo GH. 
• Os efeitos do GH são chamados de diabetogênicos e seu excesso produz alterações 
metabólicas semelhantes às do diabetes tipo II. 
• A eficácia do GH necessita de uma disponibilidade adequada de carboidratos e insulina. 
• O GH estimula o crescimento das cartilagens e dos ossos: 
1- Aumento da deposição de proteínas pelas células osteogênicas e condrocíticas que 
causam crescimento ósseo. 
2- Aumento da taxa de reprodução destas células. 
3- Efeito específico de conversão de condrócitos em células osteogênicas, causando 
deposição de osso novo. 
• O GH age como estimulador dos osteoblastos (depositam osso novo). 
• O GH exerce grande parte de seus efeitos através de substâncias intermediárias, as 
somatomedinas (somatomedina C, também chamada de IGF-I – fator de crescimento 
semelhante a insulina). A somatomedina C possui uma ação mais prolongada do que o 
GH, por apresentar uma ligação mais forte com a proteína transportadora no sangue). 
• Regulação da secreção do GH: diversos fatores relacionados ao stress e ao estado 
nutricional de uma pessoa estimulam a secreção. 
1- Jejum (especialmente com deficiência de proteínas graves). 
2- Hipoglicemia ou baixa concentração de ácidos graxos no sangue. 
3- Exercício. 
4- Excitação. 
5- Trauma. 
• A secreção do GH é controlada por 2 fatores secretados no hipotálamo e transportados 
para a hipófise anterior através dos vasos portais hipotalâmicos-hipofisários: 
1- Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH – realiza a maior parte do 
controle). 
2- Hormônio inibidor do hormônio de crescimento (somatostatina). 
• A região do hipotálamo onde origina a secreção do GHRH é o núcleo ventromedial 
(mesma área sensível a concentração de glicose no sangue). 
• Quando o GH é administrado diretamente no sangue durante horas, a taxa de secreção 
endógena diminui (feedback negativo). 
• O maior controlador da secreção do GH é o próprio estado de nutrição tecidual a longo 
prazo (especialmente o nível de nutrição proteica) → o GH promove a síntese de novas 
proteínas ao mesmo tempo que conserva as já existentes nas células. 
Camila Zanetti 
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• Anormalidades da secreção de GH: 
1- Pan-hipopituarismo (secreção reduzida de todos hormônios da hipófise anterior). 
2- Nanismo (taxa de desenvolvimento reduzida por deficiência generalizada de 
hormônios/GH/incapacidade de produzir somatomedina C). 
3- Gigantismo (produção de grandes quantidades de GH. Pessoa será gigante, com 
hiperglicemia que pode desenvolver um diabetes melito fraco). 
4- Acromegalia. 
• Hipófise posterior e sua relação com o hipotálamo: a neuro-hipófise é composta por 
células chamadas pituícitos (não secretam hormônios, agem apenas como um suporte 
para as fibras nervosas terminais dos tratos nervosos que se originam nos núcleos 
supra-óptico e paraventricular no hipotálamo). Esses tratos passam para a neuro-
hipófise através do pedúnculo hipofisário. 
• As terminações nervosas contêm diversos grânulos secretores e se localizam na 
superfície dos capilares, onde secretam: 
1- ADH (antidiurético): (formado primariamente nos núcleos supraópticos). 
2- Ocitocina: (formada primariamente nos núcleos paraventriculares). 
• Quando os impulsos nervosos são transmitidos para baixo, o hormônio é imediatamente 
liberado dos grânulos secretores nas terminações nervosas por meio da exocitose e 
captado pelos capilares adjacentes. 
• Funções fisiológicas do ADH: aumenta a permeabilidade dos ductos coletores 
(aquaporinas). 
• Regulação da produção do ADH: 
1- Regulação osmótica: osmorreceptores são capazes de detectar a concentração de 
eletrólitos dos líquidos extracelulares (líquidos concentrados estimulam os núcleos 
supra-ópticos e os diluídos inibem). 
• Concentrações elevadas de ADH têm efeito vasoconstritor e, consequentemente, 
aumentam a pressão arterial (vasopressina). 
• Baixa volemia estimula a secreção de ADH. 
• Funções fisiológicas da ocitocina: 
1- Provoca a contração do útero grávido (final da gestação). 
2- Auxilia na ejeção do leite pelas glândulas mamárias(sucção sobre o mamilo provoca 
a transmissão de sinais ao hipotálamo e, estes sinais levam a liberação do hormônio 
pela hipófise posterior).

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