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construção de novo loteamento

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
tecnologia em gestão ambiental
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Cristiane
 mesquita
Franciene ferreira de carvalho
Juney miranda
leonardo
 rodrigues
wellen cristiane teixeira
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loteamento morada do sol iii
:
A p
oluição causada por sua construção 
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Lavras
2013
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cristiane
 Mesquita
Franciene ferreira de carvalho
juney miranda
leonardo
 rodrigues
wellen cristiane teixeira
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loteamento morada do sol iii
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A p
oluição causada por sua construção
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Relatório técnico apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação de Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental apresentado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR.
Orientador: Prof. Dalmo Barros
)
 (
Lavras
2013
)
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo conhecer a poluição causada pela construção do loteamento Morada do Sol III, localizado na Zona Norte da cidade de Lavras, Minas Gerais. A pesquisa baseou-se em levantamentos bibliográficos e visitas na área de estudo. 
A implantação de loteamentos é uma atividade modificadora do meio ambiente, cujo potencial de causar impactos ambientais é relevante, seja no meio natural, construído ou urbano.
Pudemos constatar a insatisfação os moradores com o empreendimento, pois o mesmo está gerando muita poeira, problemas respiratórios em idosos e crianças, ruídos alto do maquinário e das explosões e rachaduras nas construções próximas.
Palavras-chave: Loteamento. Impactos Ambientais. Insatisfação.
Abstract
This study aims to understand the pollution by building allotment Sunhome III, located in the northern city of Lavras, Minas Gerais. The research was based on literature surveys and visits in the study area.
The deployment of allotments is a modifying activity of the environment, whose potential to cause environmental impacts is relevant, whether in the wild, whether in urban or built environment.
We observed the dissatisfaction with the locals venture, because it is generating a lot of dust, respiratory problems in children and the elderly, the high noise machinery and explosions and cracks in nearby buildings.
Keywords: Allotment. Environmental Impacts. Dissatisfaction.
LISTA DE FOTOS
FOTO 1	VISTA ÁEREA DO LOCAL.....................................................................6
FOTO 2	MORADORA DO BAIRRO JARDIM CAMPESTRE II.............................7
FOTO 3	CRIANÇA COM PROBLEMA RESPIRATÓRIO.....................................7
FOTO 4	MÁQUINAS QUE TRABALHAM NA OBRA............................................8
FOTO 5	EXPLOSÃO DAS PEDRAS....................................................................9
FOTO 6	PEDRAS QUE SÃO DESMONTADAS..................................................9
FOTO 7	RACHADURAS NA PAREDE...............................................................10
FOTO 8	RACHADURAS NOS PISOS................................................................10
FOTO 9	DELIMITAÇÃO APP............................................................................11
FOTO 10	RESÍDUOS ABANDONADOS..............................................................11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	6
2 O EMPREENDIMENTO	7
3 OUTROS POSSÍVEIS PROBLEMAS	11
4 PONTO DE VISTA DOS FUTUROS GESTORES	12
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	14
REFERÊNCIAS	15
 
1. INTRODUÇÃO
Empreendimentos como loteamentos são comuns em todas as cidades. Pegamos como ponto de partida para esse trabalho um novo loteamento que está sendo construído na cidade de Lavras – MG, o mesmo está em fase de obras e terá o nome de Morada do Sol III e após sua ocupação será mais um bairro de nossa cidade.
A construção de um loteamento parece uma coisa normal, levando em conta o crescimento populacional, que leva ao desenvolvimento do município, mas e o impacto ambiental que está por trás do empreendimento?
Essa atividade modifica o meio ambiente e afeta a saúde, segurança e bem-estar da população dos bairros circunvizinhos.
Em pesquisa “in loco” avaliamos que o loteamento está causando diversos impactos ambientais, entre eles, a poluição – visual, sonora, física e biológica.
O local escolhido para a construção do loteamento é conhecido como “Pedreira”, devido ao grande volume de pedras de calcário. Por esse motivo acontecem explosões com grande freqüência para a remoção das pedras.
2. O EMPREENDIMENTO
A população de uma cidade está sempre crescendo, com isso a necessidade se construir mais moradias.
O loteamento Morada do Sol III encontra-se ligado aos bairros Jardim Campestre II, Morada do Sol II e próximo aos bairros Jardim Glória e Morada do Sol I, fica a aproximadamente 5 km do centro da cidade e esta em fase de implantação.
O local é conhecido como “Pedreira”, devido à grande quantidade de pedras de calcário presentes na região.
Segundo Siva (2004), a construção civil é ainda responsável por grande parte do impacto ambiental causado no mundo, seja pelo consumo de produtos naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos.
FOTO 1 - Vista área do local (Google Earth)
A sua construção esta ocasionando alguns danos aos bairros circunvizinhos, dentre os quais poeira, ruídos e rachaduras nas casas próximas. 
· POEIRA (poluição do ar): como houve supressão da vegetação, o solo ficou exposto às intempéries, tornando-se muito fragmentado, com a movimentação das maquinas e um período sem chuva, formou-se uma poeira fina – material particulado, que se dissemina com muita facilidade. Como o ponto de localização é mais alto, a poeira se espalha com muita facilidade, atingindo os bairros circunvizinhos.
A poeira está deixando os morados dos bairros próximos como problemas respiratórios, principalmente as crianças e os idosos, além de sujar a casa com a poeira avermelhada, difícil de ser removida.
A elevação dos níveis de poluição do ar leva mais crianças em crise aos hospitais por problemas respiratórios e aumenta os casos de morbidade e mortalidade nos idosos, tanto por problemas respiratórios quanto cardiovasculares (Martins ET AL, 2002).
As partículas inaláveis são aquelas que possuem diâmetro aerodinâmico menor ou igual a 10 µm, capazes de penetrar no sistema respiratório humano, representando um risco para o desenvolvimento de doenças respiratórias (asma, bronquite, sinusite e renite) e cardiovasculares (Souza ET AL, 2010).
FOTO 2 - Moradora do bairro Jardim Campestre II
FOTO 3 - Criança com problema respiratório
· RUÍDOS (poluição sonora): no momento há dois problemas relacionados ao ruído, as máquinas que estão trabalhando na obra e as explosões feitas em pedras que existem no local.
Os ruídos provocados pelas máquinas podem ser ouvidos nos 2 bairros mais próximos – Morada do Sol II e Jardim Campestre II, incomodando o moradores desde as 7hs até as 16hs. 
Logo após o trabalho das máquinas, acontecem as explosões das pedras, para abrir acesso para as atividades no dia seguinte, as mesmas ocorrem após as 16:30hs.
As explosões lançam particulados de pedra no ar, que associada a poeira aumenta ainda mais a poluição.
Ambas as atividades geram ruídos, ocasionando irritabilidade dos moradores, pois permanecem por um longo período de tempo, e como é ouvido a uma distância considerável, subtende-se que o ruído seja maior que o permitido por lei – o limite aceito depende da localização, nas áreas residenciais, o máximo permitido é de 50 decibéis (dB) no período diurno.
Para Zannin (2002), o nível equivalente de ruído de 65 dB é considerado o limiar de conforto acústico para a medicina preventiva. A exposição contínua à valores acima desse limite pode causar distúrbios psico-fisiológicos diversos, independente da idade, tais como distúrbios no sono, diminuição da performance laboral, hipertensão, agravamento de doenças cardiovasculares.
FOTO 4 - Máquinas que trabalham na obra
FOTO 5 - Explosão de pedras
FOTO 6 - Pedras que são desmontadas
· RACHADURAS: os moradores das residências próximas ao loteamento estão sofrendo, quando há explosões os imóveis tremem e alguns já apresentam rachaduras nas paredese no chão.
Diversos moradores entraram com ações na justiça contra a construtora para que seja feita reparação dos danos causados as residências.
 Rachaduras representam perigo aos moradores do imóvel, podendo este vir a ruir.
FOTO 7 - Rachaduras na parede
FOTO 8 - Rachaduras nos pisos
3. OUTROS POSSÍVEIS PROBLEMAS
Além dos transtornos já citados podemos ainda mencionar que o empreendimento está localizado entre duas áreas de proteção permanente (APP), com muitas árvores e pequenos arbustos. A poeira deposita nas folhas das plantas e entra principalmente através dos seus poros ou estômatos, atrapalhando no processo de fotossíntese, prejudicando seu desenvolvimento.
FOTO 9 - Delimitação da APP
A	 manutenção das APP em meio urbano possibilita a valorização da paisagem e do patrimônio natural e construído - de valor ecológico, histórico, cultural, paisagístico e turístico (Ministério do Meio Ambiente).
Ainda podemos apontar a questão de poluição do solo por óleo das máquinas que operam na construção e resíduos abandonados em locais impróprios como pneus, restos de vegetação removida e entulhos.
FOTO 10 - Resíduos abandonados
4. PONTO DE VISTA DOS FUTUROS GESTORES
Presume-se que todo loteamento antes de ser construído, já deva estar com o projeto aprovado de acordo com exigências legais estabelecidas pelos órgãos ambientais. 
O mais importante, agora que a construção já foi iniciada é investigar quais maneiras existem para minimizar os danos causados pela mesma, evitando assim problemas futuros de calamidade pública. Uma vez que, um projeto mal executado pode prejudicar a natureza, espécies animais e vegetais que tiveram seu habitat alterado negativamente e moradores vizinhos com poluição sonora, do ar e ainda trazer problemas de saúde as populações vizinhas. 
De acordo com MACIEL (2003), as atividades da construção civil precisam de uma mudança de estilo, a fim de propiciar uma melhora na organização do espaço urbano, do ponto de vista das práticas de gestão e desenvolvimento da qualidade ambiental urbana. Parte-se da hipótese que a adoção de práticas de gestão ambiental na construção civil contribui para um melhor gerenciamento dos aspectos ambientais e minimização dos impactos [...]
Uma idéia pouco explorada pela construção civil, mas que pode ser utilizada nos mercados, é a venda de um produto verde, a criação de um residencial que tenha atrativos ecológicos e diferenciados, tais como, árvores nativas, reuso da água potável, tratamento de efluentes equilibrado, uso de materiais de construção com certificação verde e treinamento ou palestras para funcionários e futuros moradores. Esta proposta pode estar fora dos princípios do mercado econômico atual, mas há pessoas interessadas em morar com qualidade ambiental.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os empreendimentos da construção civil provocam, em geral, impactos ambientais, tais como: a poluição do ar, do solo, água, além da degradação da paisagem e desmatamento, levando ao desequilíbrio ambiental. A construção civil interage com o meio ambiente, muitas vezes, provocando impactos ambientais, gerados desde o consumo de materiais e geração de resíduos. Contudo, após a construção, as diversas formas de moradia continuam gerando impactos, por intermédio do consumo de energia, água e materiais.
Será esse um mal necessário? Pode-se dizer que sim, pois com o crescimento populacional da cidade, surge a demanda de moradias, daí a necessidade de novos loteamentos.
No caso abordado, a construção está trazendo diversos transtornos aos moradores dos bairros vizinhos como já relatado. Talvez a solução seja a implementação de medidas mitigadoras para diminuir os impactos. 
No caso dos ruídos gerados pelas máquinas e as detonação são mais difíceis de mitigar, mas a poeira pode ser reduzida com umidificação do solo, o vazamento de óleo das maquinas pode ser evitado com a manutenção preventiva e os resíduos gerados como pneus e entulhos, ter sua destinação ou aproveitamento adequado.
REFERÊNCIAS
SILVA, A. L. A. Aplicação de Resíduos Sólidos da Construção Civil em Bases e Sub-bases de Pavimentos. Trabalho de Conclusão de Curso. Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás – CEFET-GO. 2004. Disponível em http://www.conhecer.org.br/enciclop/2010b/utilizacao.pdf. Acesso em 23 out. 2013.
MACIEL, J. S. C. Alternativas Sustentáveis de Gestão Ambiental na Construção Civil em Manaus. Dissertação de Mestrado em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia. Universidade Federal da Amazônia – UFAM, 2003. Disponível em http://www.cprm.gov.br/publique/media/diss_jussaramaciel.pdf. Acesso em 23 out. 2013.
DE SOUZA PA, DE MELLO WZ, MARIANI RL & SELLA SM. 2010. Caracterização do material particulado fino e grosso e composição da fração inorgânica solúvel em água em São José dos Campos (SP). Quím. Nova, 33(6): 1247-1253. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-261X2011000100005&script=sci_arttext.
Acesso em 25 out. 2013.
Martins L C, Latorre M do R, Cardoso M R, Gonçalves F L, Saldiva P H, Braga A L (2002). A poluição do ar e atendimentos de emergência, devido à pneumonia e gripe em São Paulo, Brasil. Rev. Saúde Pública. 36:88-94. Disponível em http://bvssp.icict.fiocruz.br/lildbi/docsonline/get.php?id=3291. Acesso em 25 out. 2013.
Zannin P.H.T, Diniz F.B. Poluição sonora na cidade de Curitiba, Brasil. 2002; 63:351. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/asoc/v8n2/28606.pdf. Acesso em 28 out. 2013.
Ministerio do Meio Ambiente – área de preservação permanente. Disponível em
http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/areas-verdes-urbanas/%C3%A1reas-de-prote%C3%A7%C3%A3o-permanente. Acesso em 28 out. 2013

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