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trabalho_academico_portifolio_grupo 3º Semestre

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Eunápolis, BA 
2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIO JOÃO N. B. DE MACEDO 
MARIPAULA DOS SANTOS 
REGINALDO DA SILVA CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL 
 
Aterro Sanitário do Município de Eunápolis - BA 
 
Eunápolis, BA 
2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aterro Sanitário do Município de Eunápolis - BA 
 
Trabalho de Atividade Interdisciplinar - Grupo 
apresentado à Universidade Norte do Paraná - 
UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de 
média bimestral na disciplina de Elaboração e Análise de 
Projetos de Conservação e Projeto Ambiental, Técnicas 
de Geoprocessamento em Estudos Ambientais, 
Avaliação do Impacto Ambiental e Licenciamento, 
Legislação e Direito Ambiental. 
 
Orientadores: Rodrigo Trigueiro, Jossan Batistute, Jamile 
Bernardes, Thiago Domingos e Luciana Trigueiro. 
 
MARIO JOÃO N. B. DE MACEDO 
MARIPAULA DOS SANTOS 
REGINALDO DA SILVA CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 
2 PERFIL URBANO DA CIDADE DE EUNÁPOLIS-BA .......................................... 5 
3 REFERÊNCIAL TEÓRICO ................................................................................... 8 
4 PLANO DE TRABALHO ..................................................................................... 14 
4.1 DESCRIÇÃO DO MEIO AMBIENTE NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO 
PROJETO ................................................................................................................. 14 
4.1.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO SÍTIO .................................................. 15 
4.1.2 MEIO FÍSICO .............................................................................................. 17 
4.1.2.1 GEOLOGIA/GEOMORFOLOGIA/SOLOS .................................................... 17 
4.1.2.2 CLIMA ........................................................................................................... 17 
4.1.2.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGRÁFICA ........................................................ 18 
4.1.3 FLORA ........................................................................................................ 20 
4.1.4 FAUNA ....................................................................................................... 20 
4.2 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ................................................... 22 
4.2.1 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .............. 22 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 26 
6 CRONOGRAMA DO PROJETO ........................................................................ 28 
7 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lista de ilustrações 
 
Figura 01....................................................................................................................06 
Figura 02....................................................................................................................07 
Figura 03....................................................................................................................07 
Figura 04....................................................................................................................07 
Figura 05....................................................................................................................08 
Figura 06....................................................................................................................11 
Figura 07....................................................................................................................11 
Figura 08....................................................................................................................12 
Figura 09....................................................................................................................12 
Figura 10....................................................................................................................13 
Figura 11....................................................................................................................13 
Figura 12....................................................................................................................17 
Figura 13....................................................................................................................22 
 
 3 
1 INTRODUÇÃO 
Aparentemente, o homem seria o único agente gerador de resíduos, 
causados pelos padrões de consumo da sociedade atual. Ora, essa formulação é 
bastante simplista, mas serve como ponto de partida para uma pequena reflexão. Na 
verdade, o conceito de cadeia alimentar não é tão fechado nem tão perfeitamente 
sustentável assim; o que efetivamente acontece é que mesmo em espécies mais 
simples ocorrem perdas e geração de resíduos, e esses não seriam contabilizados 
e, portanto, o sistema não é tão perfeito quanto se imaginaria no início. Desse modo, 
o ser humano não é o único agente causador de desequilíbrio localizado. Contudo, o 
homem tem uma capacidade que o torna único dentro desse quadro, uma vez que é 
capaz de transformar em larga escala os materiais e tornar estáveis substâncias e 
produtos. Portanto, o homem coloca no meio produtos em formas que o meio natural 
não conhece e não tem capacidade de absorção nem mesmo a longo prazo 
(TENÓRIO; ESPINOSA, 2004). 
Lixo é todo e qualquer resíduo proviniente das atividades humana ou gerado 
pela natureza em aglomerações urbanas. Comumente, é definido como aquilo que 
ninguem quer. Os resíduos sólidos urbanos ou lixo urbano é proveniente de 
domicílios, comércio, edifícios e vias públicas e da indústria. Aliás, gerenciamento de 
limpeza urbana de uma cidade é o gerenciamento do problema do lixo. E, nesse 
caso, pode-se dizer que há uma importância sanitária e uma importância social 
(BORGES, 2009). 
Assim, o desafio da limpeza urbana não consiste apenas em manter limpas as 
ruas, as praças e as avenidas, mas, também, em coletar e dar destino adequado ao 
lixo urbano, cujo volume de produção cresce mais que a população. De qualquer 
forma, a limpeza urbana é de responsabilidade minicipal e a execução dos serviços 
pode ser feita com pessoal e equipamento próprio do órgão público ou terceirizado 
(BORGES, 2009). 
O presente trabalho de disposição final de resíduos sólidos será estabelecido 
no município de Eunápolis – Ba, onde se instala-rá um aterro sanitário do tipo 
convencional denominado Aterro Sanitário de Eunápolis (ASE) que é um método de 
disposição final do lixo sob o solo, sem que se crie, no meio ambiente, incômodos ou 
perigos à segurança e à saúde públicas, e confinando o lixo a menor área possível. 
O principal objetivo da remoção do lixo gerado e sua disposição final adequada é 
 4 
evitar a proliferação de vetores causadores de doenças. Quando o lixo não é 
recolhido e disposto de forma adequada, a cidade fica com mau aspecto e mau 
cheiro (BORGES, 2009). 
 
 
 5 
2 PERFIL URBANO DA CIDADE DE EUNÁPOLIS-BA 
O municipio de Eunápolis está localizado no extremo sul do estado da Bahia 
com área territorial 1.179,115 Km², distante até 671 km da capital, possue um total 
de 100.246 habitantes. A grande maioria de seus habitantes reside na área urbana, 
cerca de 93,2%; e 6,8% residem na zona rural (CENSO, 2010). As principais 
atividades econômicas são o comércio, algumas indústrias e distribuidoras, e 
pequenos produtores rurais com cultura de café, mamão e gado. O Índice de 
Desenvolvimento Humano deste município está em torno de 0,704 (CENSO, 2010). 
 
 
Figura 1: Vista áerea do centrode Eunápolis. Fonte: http://www.eunapolis.ba.gov.br/ 
 
Os resíduos sólidos da cidade são dispostos em lixão em uma área distante 
do centro urbano (aproximadamente de 7km), porém próximo de área habitada e de 
mananciais (aproximadamente de 0,5km). 
 
 6 
 
 Figura 2: Vista áerea de Eunápolis. Fonte: Google Earth 
 
 
 
 Figura 3: Vista áerea do lixão de Eunápolis. Fonte: Google Earth 
 
 
 
 
Figura 4: Lixão de Eunápolis-Ba Fonte: Arquivo Pessoal 
 
 
 
 
 7 
 
 Figura 5: Lixão de Eunápolis-Ba Fonte: Arquivo Pessoal 
 
 8 
3 REFERÊNCIAL TEÓRICO 
De acordo com a Constituição Federal de 1988, no art.30, cabe ao poder 
público local a competência pelos serviços de limpeza pública, incluindo-se a coleta 
e a destinação dos resíduos sólidos urbanos. Portanto, cumpre ao município legislar, 
gerenciar e definir o sistema de saneamento básico local, bem como a instituição e 
arrecadação dos tributos de sua competência. Além disso, segundo o art.182 da 
Constituição Federal, o município deve estabelecer as políticas de desenvolvimento 
urbano, ordenando o pleno desenvolvimento das funções sociais e garantindo o 
bem-estar de seus habitantes (TENÓRIO; ESPINOSA, 2004). 
A taxa de limpeza pública é o instrumento legal que estabelece o suporte 
financeiro para a execução dessas metas. A Constituição Federal, no art.145, inc. II, 
estabelece as taxas como forma de tributo possível para execução de seviços 
públicos prestados ou postos à disposição do contribuinte. Os recursos da taxa de 
limpeza pública normalmente estão de alguma forma vinculados ao imposto 
territorial, o qual tem como base de cálculo a área de edificação. Fica claro então, 
que a gestão de serviços de limpeza pública está, de maneira intransferível, a cargo 
de orgãos públicos, cabendo a estes a opção de executar os serviços diretamente 
ou terceirizá-los em contratos específicos (TENÓRIO; ESPINOSA, 2004). 
Segundo a ABNT, 
 
aterro industrial de resíduos sólidos urbanos consiste na técnica de disposição de 
resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos e riscos à saúde pública e à 
segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza 
princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível 
e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uam camada de terra 
na conclusão de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for 
necessário. (ABNT NBR 8419) 
 
O aterro sanitário ainda é um processo mais aplicado no mundo, por causa do 
seu baixo custo. Ele é bastante seguro e simples, além do fato de que os processos 
de tratamento de resíduos também geram resíduos, os quais devem ser destinados 
a aterros. A incineração pode ser competitiva em relação ao aterro, dependendo da 
dificuldade de se encontrar um local para implantação (TENÓRIO; ESPINOSA, 
2004). 
A construção de aterros sanitários é sujeita a uma série de regulamentações, 
entretanto existem distinção entre aterros para resíduos urbanos e industriais. Entre 
 9 
os aterros industriais também existem diferenças (TENÓRIO; ESPINOSA, 2004). 
 Os aterros industriais são construídos para receber um tipo específico de resíduo e, 
em razão disso, existem basicamente três tipos de aterros industriais, 
respectivamente para resíduos das classes I, II e III. As principais normas relativas a 
aterros sanitários são: 
 
• NBR 8418 – Apresentação de projetos de aterros industriais de 
resíduos industriais perigosos; 
• NBR 8419 - Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos 
sólidos urbanos; 
• NBR 10157 – Aterros de resíduos perigosos – critéios para projeto, 
construção e operação; 
• NBR 13.896 - Aterros de resíduos não perigosos - critéios para projeto, 
construção e operação. 
 
O licenciamento das instalações de tratamento e disposição final de resíduos 
sólidos no Brasil é realizado a partir da aplicação da Resolução CONAMA N° 
001/1986, que instituiu a obrigatoreidade do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para as atividades modificadoras do meio 
ambiente (TENÓRIO; ESPINOSA, 2004). 
A forma de construção do aterro depende significamente do tipo de solo, 
entretanto a metodologia de acondicionamento dos resíduos é essencialmente a 
mesma, ou seja, o resíduo é acondicionado em células sanitárias. Portanto, as 
células são em essência o espaço físico onde o resíduo é acondicionado todos os 
dias ou no período determinado. De forma simplificada, a sequência natural de 
operações de um aterro é: escavação, impermeabilização de fundo, construção dos 
sistemas de drenagens verticais e horizontais, construção das células sanitárias e, 
finalmente, fechamento (TENÓRIO; ESPINOSA, 2004). 
A partir do software Google Earth foram feitas algumas tentativas de localizar 
a área para disposição do aterro sanitário da cidade de Eunápolis-Ba. 
 
 10 
 
Figura 6: Vista áerea da zona rural de Eunápolis. Fonte: Google Earth 
 
Esta primeira imagem marcamos do ponto inicial as margens da BR 101 
adentrando 1,6km na estrada do Embauba contornando uma área com raio de 
0,5km. Para uma primeira analise podemos citar que ao norte do ponto principal 
encontra-se uma área de plantio de eucalipto e ao sul maior parte dispoem de área 
de pastagem. Um fator importante a ser citado nas próximas imagens é o fato que se 
verifica a existência e um manancial a menos de 1km ao norte do ponto principal e 
outro a aproximadamente 1km ao sul. 
 
 
 Figura 7: Vista áerea da zona rural de Eunápolis. Fonte: Google Earth 
 
 11 
 
Figura 8: Vista aérea da zona rural de Eunápolis. Fonte: Google Earth 
 
 
 
Figura 9: Vista aérea da zona rural de Eunápolis. Fonte: Google Earth 
 
 
Fazendo a mesma análise marcando um ponto direto de um ponto inicial no 
que seria o centro da cidade seguindo a nordeste a 7km encontramos outro ponto. 
Neste, tanto ao norte quanto ao sul, a maior parte é formado por área de pastagem. 
Verifica-se que do lado norte encontra-se um manancial na distância do raio de 
0,5km do ponto principal. 
 
 12 
 
 Figura 10: Possível Local de instalação do Aterro Sanitário do município de 
 Eunápolis - BA . Fonte: Arquivo Pessoal 
 
 
 
 Figura 11: Curso d’água próximo ao possível local de instalação do Aterro 
 Sanitário do município de Eunápolis - Ba . Fonte: Arquivo Pessoal 
 
De acordo com Martins e Gomes 2003, esta etapa de seleção da área está 
contida ainda nos estudos preliminares para a elaboração do projeto de um aterro 
sanitário. Uma vez que as decisões assumidas nesta etapa influenciarão diversas 
 13 
outras fases tanto do projeto quanto das etapas de implantação e operação, segue-
se discussão detalhada dos critérios que deverão ser considerados. Neste sentido, 
considerando as diversas fases do ciclo de vida de um aterro sanitário, o local 
escolhido deve reunir um conjunto de características ao encontro de vários objetivos, 
entre os quais se destacam: 
 
• Minimizar a possibilidade de existência de impactos ambientais 
negativos aos meios físico, biótico e antrópico. 
• Minimizar os custos envolvidos. Minimizar a complexidade técnica para 
viabilização do aterro. 
• Maximizar a aceitação pública ao encontro dos interesses da 
comunidade. 
 
A seleção de áreas para disposição final de resíduos sólidos pode empregar 
ferramentas modernas, como é o caso do geoprocessamento, onde se observa 
importante melhora na qualidade dos resultados e facilidades em toda a operação. A 
área de conhecimento denominada geoprocessamento, utiliza na manipulação de 
informação georreferenciada diferentestécnicas, instrumentos, hardware e software, 
de forma a coletar, armazenar e processar dados geocodificados. A ferramenta de 
maior destaque dentro do geoprocessamento é o Sistema de Informação Geográfica 
(SIG), e provavelmente por essa razão muitas vezes os termos são utilizados como 
sinônimos, sendo que na verdade o segundo está contido no primeiro. Na ausência 
das ferramentas de geoprocessamento, esta etapa pode ser realizada aplicando-se 
em uma análise manual os mesmos critérios. O uso do geoprocessamento implica 
apenas aceleração do processo, não sendo, contudo, exigência básica (MARTINS; 
GOMES, 2003). 
 14 
4 PLANO DE TRABALHO 
De acordo com o referencial teórico e metodológico, a avaliação de impacto 
ambiental deve determinar, prever, interpretar, atenuar e monitorar os efeitos 
ambientais de uma atividade proposta, seja ela uma política, um programa ou um 
projeto (RIBEIRO, 2004). 
A equipe multidisciplinar, ao realizar o estudo de impacto ambiental, deve, 
necessariamente, passar por algumas etapas que farão parte do conteúdo final do 
documento. 
4.1 DESCRIÇÃO DO MEIO AMBIENTE NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PROJETO 
Os processos de avaliação ambiental de impactos levam em conta as 
características da atividade que pretende ser implantada e as características sociais 
e ambientais da área onde pretende se implantar. As características e 
especificidades do empreendimento determinam os seus potenciais impactos 
positivos e negativos, portanto é importante considerar as tecnologias que estão 
sendo utilizadas, e as razões do empreendimento estar buscando determinado local 
para se implantar. No caso específico do Aterro Sanitário de Eunápolis (ASE), a sua 
razão de existir está diretamente relacionada a necessidade de atender as 
demandas de saneamento básico do recente crescimento da economia do município 
de Eunápolis, decorrente de um modelo de desenvolvimento com preocupações 
sociais mais nítidas (RIMA UTE, 2011). 
A cidade de Eunápolis é uma cidade de médio porte, com pouco mais de 100 
mil habitantes, onde 42,1 % das famílias tem renda média familiar inferior as 2 
salários mínimos, uma boa parte moram na zona urbana onde há dificuldade de 
coleta e transporte do lixo. Estes aspectos justificam a escolha do Município de 
Eunápolis como uma área apropriada para um empreendimento deste tipo, porém, 
existem aspectos ambientais que precisam ser considerados, para se ter certeza de 
que este empreendimento tem sustentabilidade ambiental e pode promover o 
desenvolvimento sustentável da região (RIMA UTE, 2011). 
De forma consonante com o modelo de desenvolvimento regional 
governamental, foram estudadas diversas alternativas locacionais do 
empreendimento, tendo sido definida a opção Eunápolis, conforme elementos 
 15 
apresentados nos capítulos anteriores deste trabalho. Foram analisados os aspectos 
urbanos ambientais da sede municipal de Eunápolis, em função da mesma estar 
localizadas na área de influência direta do empreendimento. Para fornecer uma 
leitura ambiental do território que poderá se afetado positiva o negativamente pelo 
empreendimento. Para se ter segurança que um empreendimento deste tipo pode 
contribuir para promover o crescimento econômico do município, desenvolver 
socialmente os seus habitantes e conservar os recursos naturais existentes no 
território municipal é preciso correlacionar as características do empreendimento 
com os aspectos físicos, bióticos e socioeconômicos das áreas de influência do 
empreendimento (RIMA UTE, 2011). 
 
4.1.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO SÍTIO 
A cidade de Eunápolis está implantada em tabuleiros costeiro sobre os 
sedimentos da Formação Barreiras, constituindo um sítio bastante apropriado para o 
desenvolvimento de uma grande cidade (RIMA UTE, 2011). 
As condições de relevo favoráveis, associado à interseção das rodovias 
Federais BR – 101 e BR – 367, esta última fazendo a ligação de Eunápolis com um 
destino turístico litorâneo internacional, criaram condições para a formação de uma 
cidade intimamente relacionada a uma economia de serviços, para pessoas que 
transitam nestes sistemas viários de alcance regional (RIMA UTE, 2011). 
Em geral a cidade se desenvolve sobre áreas planas, em sua maior parte, 
limitando-se por vales entalhados sobre os sedimentos da Formação Barreiras, que 
limitam fortemente a expansão urbana além destes vales (RIMA UTE, 2011). 
 
 16 
 
Figura 12: Morfologia do Sítio onde Eunápolis está Implantada. Fonte: RIMA UTE, 2011. 
 
Destacam-se com elementos de paisagem as áreas planas recortadas por 
vales retilíneos profundos, com vertentes muito inclinadas, susceptíveis a processos 
erosivos. Na proximidade dos seus limites sul, as condições planas de relevo se 
modificam em função da proximidade do vale do rio Buranhém, principal curso 
d´água na proximidade da cidade (RIMA UTE, 2011). 
 
 17 
4.1.2 MEIO FÍSICO 
4.1.2.1 GEOLOGIA/GEOMORFOLOGIA/SOLOS 
Sedimentos terciários do Grupo Barreiras aparecem, às margens do vale do 
rio Buranhém, entre Eunápolis e o Litoral, dando origem às feições tabulares 
observadas na área. Também são significativos os depósitos quaternários, mais 
desenvolvidos na planície costeira e no baixo curso do rio Buranhém. A diversidade 
das formas de relevo presentes na área em estudo levou a sua subdivisão em três 
unidades morfoestruturais denominados de Maciços cristalinos suavemente 
ondulados, Tabuleiros costeiros conservados e Planícies fluviais. A montante da vila 
Buranhém predomina o solo Podzólico vermelho-amarelo Eutrófico ou Distrófico. Os 
Latossolos vermelhos e amarelos Álicos na maioria Distróficos são predominantes 
entre as vilas Buranhém e Vale Verde (RIMA UTE, 2011). 
Os sedimentos do Grupo Barreira aflorantes no município de Eunápolis, em 
função de sua alta capacidade de fragmentação e erosivibilidade, são vulneráveis a 
processos erosivos de intensidades distintas, caracterizando-se como o principal 
impacto ambiental causado pelo meio físico, decorrente do processo de desmatamento 
e ocupação desordenada das encostas. A erosão por voçoroca é uma das principais 
conseqüências da degradação ambiental, principalmente física dos solos, sejam ele 
agricultáveis ou mesmo em áreas urbanas. Quando esta feição erosiva deflagra em 
áreas urbanas, as conseqüências dos processos dela decorrente são muito maiores tem 
em vista a dimensão das áreas que são bem menores que as rurais e a pressão 
populacional, principalmente no uso e ocupação do solo urbano (RIMA UTE, 2011). 
4.1.2.2 CLIMA 
A caracterização climatológica e consequente compreensão dos fenômenos 
climáticos reinantes na área em estudo assumem importância fundamental no que 
diz respeito aos estudos de disponibilidade hídrica da região. A área de estudo 
caracteriza-se por apresentar um tipo climático Úmido a Sub-Úmido, possuindo uma 
precipitação anual variante entre 896 a 1.845 mm, (Gráfico 6.1) apresentando, 
portanto, uma média pluviométrica anual de 1.267 mm com chuvas concentradas no 
verão e outono. As temperaturas na região oscilam, geralmente, entre 18ºC no mês 
 18 
de julho, mês mais frio do ano, e 27ºC, entre os meses de dezembro a fevereiro, 
enquanto a umidade relativa do ar é sempre elevada, geralmente ultrapassando os 
75% (RIMA UTE, 2011). 
 
4.1.2.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGRÁFICA 
A bacia hidrográfica do Rio Buranhém está situada na região Extremo Sul do 
estado. Esta bacia apresenta uma densa malha de drenagem e sua forma se 
assemelha a um leque. O Rio Buranhém nasce no município de Santo Antônio do 
Jacinto, em Minas Gerais, a uma altitude de aproximadamente 560 m. Inicialmente, 
este rio tem seu curso orientado no sentido nordeste até o povoado de Pinheiro, na 
Bahia, quando inflete para o sentido oeste-leste até sua foz na cidade de Porto 
Seguro. As declividades mais acentuadas ocorrem no trecho inicial com um desnível 
de 280m em 22,6 km de extensão. Os seus principaisafluentes são Córrego da 
Torre e Cara da Pedra (RIMA UTE, 2011). 
Serão realizadas análises físico-químicas e biológicas nos treze pontos de águas 
superficiais na área e no entorno da futura instalação da ASE, tendo como ênfase o Rio 
Buranhém. Serão avaliados a conformidade dos resultados encontrados em relação aos 
padrões para água doce, classe 2, segundo a Resolução CONAMA nº. 357/05, uma vez 
que para corpos d’água não enquadrados são adotados os limites estabelecidos para a 
classe 2. 
Os recursos hídricos subterrâneos apresenta a segunda maior distribuição 
areal na bacia do Buranhém e dos Mangues, com aproximadamente, 237 km2, o que 
corresponde a 10,5 % da área 85 total da bacia, ocupando a porção oriental da 
região, em duas faixas estreitas, que do litoral remontam ao continente, afastando-se 
da costa por mais de 70 quilômetros, até as proximidades da sede municipal de 
Eunápolis. A espessura desses sedimentos (Grupo Barreira) é bastante variável. Nas 
imediações de Eunápolis, constituem uma capa de cerca de 10 metros de espessura. A 
alimentação do sistema aquífero dos sedimentos do Grupo Barreiras, se dá diretamente 
a partir da parcela de infiltração das águas meteóricas que precipitam e escoam sobre 
as áreas de afloramento desses sedimentos. Os níveis pluviométricos, verificados a 
partir das curvas de precipitação média anual, são de aproximadamente 1.500 mm/ano 
(RIMA UTE, 2011). 
 19 
O devastamento da cobertura vegetal natural e a substituição desta por 
grandes áreas de pastagens está alterando o escoamento nos leitos dos rios. Esta 
substituição da cobertura vegetal faz o escoamento superficial aumentar reduzindo a 
alimentação dos mananciais subterrâneos e nas épocas de chuva intensa contribui 
para o aparecimento de descargas de pico maiores (RIMA UTE, 2011). 
No rio Buranhém há poucos resquícios de mata ciliar. Sua ausência favorece 
ainda mais a erosão das margens, o assoreamento do leito e a diminuição da 
descarga natural do rio. Este fato pôde ser comprovado com informações obtidas 
junto a antigos moradores da região que afirmaram que antigamente, em certos 
locais, só era possível atravessar o rio Buranhém a barco ou a canoa. Nestes locais 
atualmente a lâmina d’água está tão reduzida que se pode atravessar o Buranhém a 
pé (RIMA UTE, 2011). 
Os mananciais subterrâneos normalmente constituem reservas de água 
potável, de boa qualidade principalmente na zona rural, onde a contaminação dos 
aqüíferos por ação antrópica é bastante reduzida, salvo nos casos em que 
apresenta índices elevados de salinidade e elementos dissolvidos, condicionados 
por características próprias do aquífero (RIMA UTE, 2011). 
De acordo com o conhecimento que se tem da área da bacia, as possíveis 
fontes de poluição dos mananciais subterrâneos estariam relacionadas 
principalmente com a falta de sistema de captação e tratamento de esgotos dos 
núcleos urbanos, a disposição inadequada dos resíduos domiciliares e hospitalares 
através de lixões. A falta de sistema de esgotamento sanitário condiciona a 
construção de fossas sépticas e o lançamento de esgotos no terreno natural, lagoas, 
ou rios, proporcionando a infiltração de poluentes e organismos patogênicos que são 
incorporados às águas subterrâneas, da mesma forma, as pilhas de resíduos 
urbanos nos lixões, são lixiviadas pela água de chuva, que transporta para o solo 
substanciais potencialmente poluidoras Para a manutenção da qualidade atual dos 
aqüíferos em áreas isentas de contaminação e a recuperação de áreas localmente 
contaminadas, se faz necessário a eliminação das possíveis fontes de poluição, 
através da implantação de sistemas de esgotamento sanitário e de tratamento 
adequado dos resíduos urbanos, programas educativos sobre o manejo adequado 
do solo e da água nas áreas irrigadas, instalação de rede de monitoramento nas 
proximidades dos centros urbanos (RIMA UTE, 2011). 
 
 20 
4.1.3 FLORA 
Quanto à relação das pequenas propriedade rurais próximas do 
empreendimento, considera-se como amistosa, pois são apenas 4 proprietários de perfil 
empresarial. Na área da ASE a vegetação é exclusivamente de pasto com espécies 
ruderais, na sua maioria constituída de gramíneas forrageiras com espécies ruderais a 
exemplo de: Desmodium barbatum (barbadinho), Rhyncosphora nervosa (capim-estrela) 
e Solanum auriculatum (caiçara). As únicas árvores existentes são de um pequeno 
fragmento, bastante antropizado de floresta ombrófila densa, vegetação das calhas de 
drenagem e silvicultura de eucalipto. Cerca de 90% da área afetada e de influência 
direta (AID) da ASE pertence à tipologia de plantação, sobretudo de pastos. Como se 
trata de região sob o domínio de Floresta Ombrófila Densa não existe fitofisionomia 
expressiva de transição. As fitofisionomias existentes e tipologias estão mais 
relacionadas à antropização (RIMA UTE, 2011). 
Há muito tempo na região de Eunápolis vêm sendo explorada a madeira, a tal 
ponto que até a década de 80 foi considerado o maior povoado do mundo. Dessa forma, 
a maior parte da vegetação nativa existente é secundária e fragmentada. Ainda devido à 
formação de pastagens em alguns locais ocorreram problemas ambientais devido à falta 
de cobertura vegetal nativa provocando alteração no solo, desde pequenas erosões 
provocadas por insetos até grandes erosões provocadas pelas estradas e formação de 
voçorocas. Em alguns locais já houve queimadas e a retirada da vegetação provoca 
mortandade dos vegetais (RIMA UTE, 2011). 
 
4.1.4 FAUNA 
Através de entrevistas com a população rural residente ou que transita na área foi 
possível obter informações e listar as espécies ocorrentes e o trato das pessoas em 
relação a elas. Os répteis, especialmente as serpentes, as quais podem ser 
potencialmente perigosas, são evitadas ou eliminadas quando avistadas pela 
população. O tatu-verdadeiro (Dasypusnovemcinctus) é o animal mais capturado pelos 
caçadores. Foram observados dois principais usos da fauna silvestre: como recurso 
alimentar e como recurso medicinal (RIMA UTE, 2011). 
O jacaré-do-papo-amarelo, Caimanlatirostris sofre intensas pressões de caça, em 
função de sua carne e couro, e já é raro na área estudada. Da mesma forma, o Teiú, 
 21 
Tupinambismerianae, lagarto que atinge 1m de comprimento, tem a carne e couro 
bastante apreciados (RIMA UTE, 2011). 
Salienta-se, entretanto, que a caça de animais silvestres é uma atividade proibida 
em todo território brasileiro segundo a Lei de Proteção à Fauna n° 5.197/1967. Foi 
procedido um levantamento da macrofauna terrestre, identificou-se as espécies raras, 
ameaçadas, indicadoras de qualidade ambiental e de interesse econômico/científico, 
totalizando 93 na área de influência direta do empreendimento. Os pontos de 
amostragens foram os locais escolhidos de forma aleatória, priorizando a existência de 
árvores em época de frutificação ou floridas e margens de recursos hídricos. Foram 
identificados alguns indivíduos, através de observações e de suas respectivas 
localizações (RIMA UTE, 2011). 
 
 Figura 13: Algumas espécies que ocorrem na área de influência direta da ASE 
Fonte: RIMA UTE, 2011 
 
 
 22 
Um aspecto relevante da fauna é a Ictiofauna (Peixes) das áreas de influência da 
ASE. As estações de amostragem (Montante, Captação e Jusante) foram selecionadas 
no trecho do rio Buranhém de modo que abrangesse a Ictiofaunística (Peixes) da área 
de influência do empreendimento Aterro Sanitário e Rio Buranhém, referente ao período 
de maio de 2013. A comunidade ictiofaunística encontrada foi composta pela Ordem: 
Characiformes (peixes de escama, sem espinhos duros nas nadadeiras), 
Cyprinodontiformes (peixes com fecundação interna), Gymnotiformes (peixes elétricos, 
sem nadadeira dorsal), Perciformes (peixes de escama com espinhos duros nas 
nadadeiras dorsal e anal), Siluriformes (peixes de couro ou placas ósseas) e 
Symbranchiformes (peixes semescamas e nadadeiras), constituída por 25 táxons 
infragenéricos identificados (RIMA UTE, 2011). 
 
4.2 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
Neste item foram identificados, descritos, classificados e valorados os impactos 
ambientais potenciais decorrentes do planejamento/projeto, da implantação e operação 
do ASE, bem como propostas as medidas para minimizar os impactos negativos 
decorrentes deste empreendimento. 
 
4.2.1 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
A metodologia utilizada baseia-se no conteúdo de consistência técnica e legal 
conforme a RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Identificadas as 
atividades e tarefas potencializadoras geradoras de impacto ambiental relacionadas às 
fases de projeto, implantação e operação do Aterro Sanitário de Eunápolis, foram 
adotados critérios chamados de Preliminares e de Valoração. A ponderação desses 
critérios definiu a magnitude dos impactos ambientais (RIMA UTE, 2011). 
A metodologia escolhida para esse empreendimento foi o de Sobreposição de 
Cartas que constitui na elaboração de diferentes cartas temáticas sobre os fatores 
ambientais e sobre diferentes impactos ambientais para depois sobrepô-las, obtendo 
uma caracterização composta e complexa do ambiente regional. O Sistema de 
 23 
Informações Geográficas (SIG) baseia-se na mesma metodologia, mas o termo se 
refere a um sistema informatizado de armazenagem de dados que podem ser 
recuperados e apresentados de forma especializada, gerando cartas temáticas e cartas 
de integração (RIBEIRO, 2004). 
 
4.2.2 IMPACTOS DA FASE DE PROJETO E OPERAÇÕES 
 
Durante a concepção do projeto da ASE, foram considerados os aspectos 
ambientais relacionados às atividades de implantação e operação de um 
empreendimento desse porte. A escolha das alternativas locacionais para a implantação 
do empreendimento considerou não apenas as vantagens técnicas e custos do projeto, 
mas também pela necessidade de reduzir o alcance dos impactos ambientais a serem 
gerados. Dessa forma, desde o início do processo foram valorizados os recursos 
hídricos, localização e tipo da cobertura vegetal, a proximidade de comunidades que 
poderiam ser afetadas por alterações da qualidade do ar, bem como a presença de 
ecossistemas importantes e de elementos relevantes do patrimônio natural e cultural 
(RIMA UTE, 2011). 
A consciência social destaca suas repercussões positivas no plano econômico, 
onde se destaca a geração de empregos e os seus efeitos sobre a qualidade de vida da 
população municipal. Diante de um quadro socioeconômico caracterizado pelo 
desemprego, da retração das atividades agropecuárias e da consequente migração do 
campo para a cidade e pela falta de perspectivas de inserção e ascendência no 
mercado tanto a curto quanto a longo prazo, o empreendimento emerge como um marco 
para o estabelecimento de condições sociais e econômicas no município. Com efeito, o 
empreendimento é responsável pela geração de expectativas positivas na população. 
Estima-se que na fase de planejamento e projeto sejam gerados cerca de 100 empregos 
indiretos, em suporte, as atividades do empreendedor. Ainda que temporário esse 
processo de geração de empregos influenciará na economia, através do trabalho e 
inclusão ao mercado formal e os benefícios decorrentes destes, tais como, Seguro 
Desemprego, FGTS, PIS e INSS (RIMA UTE, 2011). 
A movimentação de terra e tráfegos de veículos pesados serão atividades com 
maior possibilidade de geração de emissões fugitivas de material particulado na 
atmosfera nos locais de a exposição do solo ao ar livre e manuseio de terra. Estas 
condições são propícias para ações dos ventos, bem como a pulverização e abrasão do 
solo por equipamentos resultando em emissões fugitivas. A emissão de gases será 
 24 
limitada e restrita a área de movimentação de veículos. Além disto, a disponibilidade de 
energia elétrica reduzirá a utilização de motores à explosão capazes de emitir gases 
poluentes (RIMA UTE, 2011). 
Durante as obras civis haverá aumento na frequência e na diversidade de ruídos 
com possibilidade de causar transtornos, mesmo que temporários, aos operários e às 
pessoas que estejam transitando no entorno da obra. São previstos ruídos normalmente 
intensos, incluindo ruídos constantes, ruídos intermitentes e vibrações provenientes de 
equipamentos, como os utilizados para limpeza do terreno, escavações, aberturas de 
valas em consequência de operações com máquinas e tratores. As emissões de ruído 
irão variar conforme as operações e o ritmo de desenvolvimento das obras. Ressalta-se 
que os ruídos e vibrações previsíveis são comparáveis aos ruídos urbanos cotidianos 
associados a obras civis e movimentação de veículos (RIMA UTE, 2011). 
Não haverá fragmentação florestal, pois implantação do ASE irá ocorrer em área 
antropizada correspondendo atualmente a pastos e os locais de cobertura vegetal 
arbustiva e arbórea são reduzidos. A supressão da vegetação, embora muito limitada, 
poderá causar modificação da paisagem natural, redução da flora, diminuição de área 
de abrigo e produção de alimentos á fauna local durante a obra. Deve-se ressaltar que a 
fauna remanescente circula livremente entre as propriedades do entorno, em áreas 
antropizadas pela formação de pasto para criação de gado. A limpeza do terreno com a 
retirada da vegetação, a geração de ruídos devido à movimentação de máquinas, 
equipamentos, veículos e de trabalhadores, a possibilidade de caça durante a abertura 
de acesso e valas da instalação do ASE irão contribuir para o afugentamento de 
indivíduos da fauna local. É nesse processo de fuga ou mesmo devido à dificuldade de 
locomoção característica de determinadas espécies que alguns animais podem ser 
atingidos por máquinas e veículos. Nessas condições os indivíduos ficam mais 
vulneráveis a caça (RIMA UTE, 2011). 
As atividades que envolvem o uso intensivo de máquinas, aberturas de valas, 
transporte de materiais, além da característica repetitiva das ações, podem levar ao 
desencadeamento de stress por parte dos trabalhadores, aumentando o risco de 
acidentes com os mesmos. Soma-se a essa situação, o risco de acidentes com animais 
peçonhentos durante a limpeza da área e assentamento dos tubos em valas. Sendo a 
população vizinha muito rarefeita apenas os transeuntes e eventuais trabalhadores 
rurais (vaqueiros por ex.) estarão submetidos a risco (RIMA UTE, 2011). 
O funcionamento da Usina irá gerar a emissão de poluentes para a atmosfera: 
Material Particulado, MP e dos Óxidos de Nitrogênio, NOX. No entanto, o estudo de 
 25 
dispersão atmosférica a partir das emissões desses poluentes utilizando cinco anos de 
dados meteorológicos horários da estação meteorológica do INPE, situada a 9km do 
centro de Eunápolis e o modelo matemático AERMOD, aponta que os resultados da 
modelagem mostraram que as máximas concentrações são de baixíssimas magnitudes 
sem possibilidade de violação dos respectivos padrões primários e secundários de 
qualidade do ar estabelecidos nas legislações vigentes. Ressalta-se que em relação à 
dispersão dos poluentes MP, NOX, SO2, sobre a área de influência do empreendimento, 
a região possui capacidade de suporte atmosférico compatível com as emissões da 
ASE. De tal modo, que as possíveis alterações que possam ocorrer na qualidade do ar 
da região, não ocasionarão impactos significativos sobre a população potencialmente 
receptora situada nos bairros de Eunápolis mais próximos a UTE. A flora, a fauna e os 
materiais também não serão afetados (RIMA UTE, 2011). 
Considerando os elevados índices pluviométricos registrados na área da Bacia 
do rio Buranhém e a contribuição dos aqüíferos na manutenção do escoamento hídrico 
dos cursos fluviais, não se espera alterações do regime hídrico atual. É importante 
salientar ainda, que o órgão gestor destas águas, a Agência Nacional das Águas – ANA 
manifestou-se favoravelmente (RIMAUTE, 2011). 
A implantação e operação do empreendimento trarão impactos positivos e 
também negativos. Os impactos na sua grande maioria são de média e pequena 
significância não acarretando em grandes alterações no meio-físico, biológico e sócio-
econômico. Vale ressaltar que os aspectos positivos em termos de absorção de mão-de-
obra local e melhoria na qualidade de vida, ocorrerão majoritariamente com a 
implantação do empreendimento e, portanto a não viabilização do mesmo seria uma 
perda para a região (RIMA UTE, 2011). 
A partir da implementação das medidas mitigadoras espera-se que os impactos 
negativos tenham sua significância eliminada ou reduzida para pequena significância 
assegurando assim a manutenção da qualidade ambiental da área de influência do 
empreendimento. Os Programas Ambientais previstos para serem implementados nas 
etapas de implantação e operação estão relacionados com a eliminação e controle 
daqueles impactos de maior significância (RIMA UTE, 2011). 
 26 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As diretrizes das estratégias de gestão e gerenciamento de resíduos sólidos 
urbanos buscam atender aos objetivos do conceito de prevenção da poluição, evitando-
se ou reduzindo a geração de resíduos e poluentes prejudiciais ao meio ambiente e à 
saúde pública. Desse modo busca-se priorizar, em ordem decrescente de aplicação: a 
redução na fonte, o reaproveitamento, o tratamento e a disposição final. No entanto 
cabe mencionar que a hierarquização dessas estratégias é função das condições legais, 
sociais, econômicas, culturais e tecnológicas existentes no município, bem como das 
especificidades de cada tipo de resíduo (ZANTA; FERREIRA, 2003). 
A redução na fonte pode ocorrer por meio de mudanças no produto, pelo uso de 
boas práticas operacionais e/ou p elas mudanças tecnológicas e/ou de insumos do 
processo. A estratégia de reaproveitamento engloba as ações de reutilização, a 
reciclagem e a recuperação. Observa-se que no reuso o resíduo está pronto para ser 
reutilizado, enquanto a reciclagem exige um processo transformador com emprego de 
recursos naturais e possibilidade de geração de resíduos, embora possa estar sendo 
produzido um bem de maior valor agregado. Por último, têm-se as ações de tratamento 
e disposição final, que buscam assegurar características mais adequadas ao 
lançamento dos resíduos no ambiente. As ações de gerenciamento podem ser 
promovidas por meio de instrumentos presentes em políticas de gestão. Os 
instrumentos econômicos compreendem os tributos, subsídios ou incentivos fiscais; os 
instrumentos voluntários, as iniciativas individuais; e os instrumentos de comando e 
controle, as leis, normas e punições (ZANTA; FERREIRA, 2003). 
As instituições responsáveis pelo sistema de gerenciamento integrado de RSU 
(Resíduos Sólidos Urbanos) devem contar com a existência de uma estrutura 
organizacional que forneça o suporte necessário ao desenvolvimento das atividades do 
sistema de gerenciamento. A concepção desse sistema abrange vários subsistemas 
com funções diversas, como de planejamento estratégico, técnico, operacional, 
gerencial, recursos humanos, entre outros (ZANTA; FERREIRA, 2003). 
Alguns aspectos do arranjo institucional, como normas municipais para a limpeza 
urbana, a capacitação técnica continuada dos profissionais e sua motivação para o 
melhor desempenho de suas atribuições e a existência de um canal de comunicação a 
fim de possibilitar a participação social nos processos decisórios, ouvir e atender 
demandas, divulgar os serviços prestados, bem como permitir a formação de 
consciência coletiva sobre a importância da limpeza pública por meio da educação 
 27 
ambiental, quando implementados, favorecem a melhoria dos serviços prestados 
(ZANTA; FERREIRA, 2003). 
 28 
6 CRONOGRAMA DO PROJETO 
PERÍODO DISCRIMINAÇÃO 
30/01/12 à 24/02/12 1. Determinação das características e volume dos resíduos 
 1.1. Estudos e levantamentos de campo 
30/01/12 à 23/03/12 2. Recompilação das informações existentes 
 2.1. Estudos Topográficos 
 2.2. Elaboração de Mapas 
 2.3. Estudos Hidrogeológicos 
 2.4. Estudos Climatológicos 
26/03/12 à 15/06/12 3. Projeto do Complexo do Aterro Sanitário 
 3.1. Memoriais Descritivos 
 3.2. Memoriais Técnicos 
 3.3. Cronogramas Físico-Financeiros 
 3.4. Orçamentos Discriminados 
 3.5. Plantas Gerais e de Detalhamento 
 3.6. Plano de Manejo Ambiental 
 3.7. Resumo e Apresentação Áudio-Visual 
 3.8. Editoração 
 3.9 Treinamentos da Mão de obra 
30/01/12 à 15/06/12 4. Despesas Legais e Administrativas 
 4.1. Licenciamento dos Projetos 
 4.2. Despesas Legais 
 4.3. Construção do Aterro 
 4.4 Despesas com Treinamento de Mão de Obra 
27/08/12 à 30/08/13 5. Construção do Aterro Sanitário 
 5.1 Terraplanagem 
 5.2 Construções das Células 
 
 29 
7 REFERÊNCIAS 
 
IBGE, Censo Demográfico. Relatórios Dinâmicos indicadores Municipais, 2010 
<http://www.portalodm.com.br/> Acessado: 22/05/2013 
 
TENÓRIO, J. A. S.; ESPINOSA, D.C.R. Controle Ambiental de Resíduos. In: 
BRUNA, G.C.; ROMÉRO, M.A.; PHILIPPI Jr., A. (Editores) Curso de Gestão 
Ambiental. Barueri: Manole, 2004. 
 
SERRA, G.G. Questão urbana e participação no processo de decisão. In: 
BRUNA, G.C.; ROMÉRO, M.A.; PHILIPPI Jr., A. (Editores) Curso de Gestão 
Ambiental. Barueri: Manole, 2004. 
 
BORGES, M.E. Gerenciamento de Limpeza Urbana – CPT/Viçosa-MG, 2009. 
 
RIBEIRO H. Estudo de Impacto Ambiental como Instrumento de Planejamento 
In: BRUNA, G.C.; ROMÉRO, M.A.; PHILIPPI Jr., A. (Editores) Curso de Gestão 
Ambiental. Barueri: Manole, 2004. 
 
GOMES, L.P.; MARTINS, F.B. Projeto, Implantação e Operação de Aterros 
Sustentáveis de Resíduos Sólidos Urbanos para Municípios de Pequeno Porte. 
In: In: CASTILHOS Jr., A.B. (Coordenador) Resíduos Sólidos Urbanos: aterro 
sustentável para município de pequeno porte / Projeto PROSAB – Rio de Janeiro: 
ABES, RIMA, 2003. 
 
ZANTA, V.N.; FERREIRA, C.F.A. Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos 
Urbanos. In: CASTILHOS Jr., A.B. (Coordenador) Resíduos sólidos urbanos: aterro 
sustentável para municípios de pequeno porte / Projeto PROSAB – Rio de Janeiro: 
ABES, RIMA, 2003. 
 
RIMA – Relatório de Impacto Ambiental da Usina Termoelétrica UTE Sulbahia , 
2011. Disponível em: http://www.inema.ba.gov.br/estudos-ambientais/eia-rima 
Acesso em 15 de Maio de 2013.

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