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GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da 2ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Estado de Goiás. Processo n° 1002180-84.2017.4.01.3500 Autor(es): Maria das Mercês Brilhante Silva Réu(s): Caixa Econômica Federal, Fundo de Arrendamento Residencial, Direcional Engenharia S/A, Agência Goiana de Habitação S/A e Município de Goiânia. GIOVANY DA LUZ, engenheiro civil, Perito Judicial, nomeado por V.Ex.ª. na ação movida pelo Autora contra os Réus no processo em epígrafe, tendo feito as diligências necessárias vem a presença de V.Exa. apresentar seu Laudo Pericial. 1. PRELIMINARES OBJETIVO – Realizar diligências acerca dos danos materiais reclamados pelo Autora . Constitui-se em objetivo, também, responder quesitos formulados pelas partes para trazer a lume os instrumentos que possam formar a convicção do Juízo no âmbito da prova técnica ora produzida. LOCAL – Rua VC-52, quadra 93, lote 03, casa B, Conjunto Vera Cruz II, Goiânia – Goiás, CEP 74.495-290, com a seguintes coordenadas geográficas latitude: 16° 40’ 46,39”, longitude : 49° 22’ 46,77”. HISTÓRICO – Tratam-se os autos de ação de reparação de danos materiais cumulada com reparação de danos morais proposta por Maria das Mercês Brilhante Silva em face do Fundo de Arrendamento Residencial – FAR (representado pela Caixa Econômica Federal), da Direcional Engenharia S/A, da Agência Goiana de Habitação S/A – AGEHAB e do Município de Goiânia. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 No caso do empreendimento objeto desta ação o “ Residencial Nelson Mandela” foi fruto da conjugação de forças entre : Agência Goiana de Habitação S/A – AGEHAB; Município de Goiânia e Governo Federal, através da Caixa e do FAR. O mencionado empreendimento é constituído de 20 condomínios de prédios, formados por blocos de 4 pavimentos com 16 apartamentos, totalizando 1.616 (mil seiscentas e dezesseis) unidades habitacionais. A produção do empreendimento será realizada pela Direcional Engenharia S/A. Os imóveis do empreendimento antes mencionado integrarão o patrimônio do Fundo de Arrendamento Residencial – FAR, regido pela Lei n° 10.188 e serão objetos de alienação à população alvo definida no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida, regido pela Lei n° 11.977, de 07.07.2009. A Autora alega que a Construção do Empreendimento trouxe inúmeros dissabores aos vizinhos, havendo prejuízos desproporcionais ao particular – em especial na residência da Autora. Em 29/05/2019, fomos nomeado perito ( folha 1050) para realizar os trabalhos de perícia. 2. VISTORIA 2.1 DA REGIÃO “Aprovado pelo decreto de número 140 em 15 de março de 1979, o Conjunto Vera Cruz foi planejado em uma área de 5.179.800 m² (cinco milhões cento e setenta e nove mil e oitocentos metros quadrados), o projeto que foi executado pela antiga Cohab (Companhia de Habitação de Goiás) previa a construção de casas populares, as quais beneficiaram pessoas de baixa renda, só a primeira etapa contemplou mais de mil e trezentas famílias. Nessa etapa as casas eram muito bem planejadas, existiam plantas de um, dois e três quartos. Com a mudança de governo em 1983, passando de Ary Valadão para Iris Rezende Machado, o projeto original do conjunto habitacional se modificou a partir da segunda etapa. O objetivo era contemplar mais famílias, para isso foi preciso alterar as plantas das casas que a partir daí passaram a ser germinadas e bem menores que as da primeira etapa.” A região possui : Rede de água tratada; Rede de esgoto; Iluminação pública; Escolas; Captação de Águas Pluviais – com deficiência; Transporte Público; Urbanização; Correios e Saúde. Principal Avenida de acesso é a Avenida Gercina Borges Teixeira. O Relevo apresenta topografia ondulada com declive iniciando na Avenida Noel Rosa indo até a Avenida Vinícios de Morais. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 2.2 DO IMÓVEL Localizada na Rua VC-52, quadra 09, lote 03 – Casa B – Conjunto Vera Cruz II – Goiânia – Goiás. Vias de acesso são : Avenida Gercina Borges Teixeira, e rua Frei Confalone. O terreno é de formato irregular medindo 198,70 metros quadrados, com área construída de aproximadamente de 80,00 m² (oitenta metros quadrados). Características do solo : Argila pouco siltosa, vermelha ( rija a mole) 2.2.1 – Mapa de Localização GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 2.2.2 - Da data da Perícia e dos Presentes A Perícia foi realizada no dia 05 de julho de 2019, sexta-feira, às 14 horas 10 minutos – ( Anexo I). Estiveram presentes: 1) Sidmar Luiz Teixeira, Engenheiro Civil, assistente técnico da Caixa Econômica Federal; 2) Wallace Rezende Costa, Engenheiro Civil, assistente técnico da Direcional Engenharia S/A; 3) Maria das Mercês Brilhante Silva, Requerente; 4) Márcio Siqueira Ferreira, Advogado da Requerente. 2.2.3 - Da entrega da Documentação Solicitada A Caixa Econômica Federal atendeu prontamente as documentações pertinentes a sua gestão que foram: a) Projetos; b) ART´s, c) Alvarás e c) Certidão de Conclusão de Obra (habite-se). A Direcional Engenharia S/A, entregou parte da documentação solicitada via correio eletrônico, após a realização da Perícia. Documentos solicitados e não entregues : a) Laudo de Vistoria Cautelar de Vizinhança; b) LTCAT (Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho) do empreendimento; 3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES PERICIAIS As atividades exercidas pelo perito para cumprimento de seu trabalho objetivam fundamentar este laudo para alcançar conclusões técnicas sobre a situação delineada na demanda. De acordo com o estabelecido no art. 464 do NCPC, a prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação. Também, outras provas com as documentais e testemunhais. Desta sorte, o perito utilizou para desincumbir-se de seu encargo o seguinte ferramental: a) Prova pericial, realizada in loco com a inspeção e da área a fim de apurar questões voltadas às reclamações vinculadas à ação judicial; b) Prova documental, com a verificação dos documentos constantes dos autos e outros buscados tais como projetos, memoriais de cálculos, certidão de matrícula etc. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua Joãode Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Considerando o exposto e havendo disso concluídas as tarefas descritas neste item 03, passamos aos tópicos subsequentes do laudo que tratam dos esclarecimentos solicitados pelas partes. 04) QUESITOS REQUERENTE: 4.1) Qual o porte da obra? É uma obra de grande porte. 4.2) O empreendimento possui licença ambiental? Se afirmativo, avaliar o cumprimento das condicionantes. Sim, o empreendimento possui licença ambiental – Processo 42638348. Para análise conclusiva do processo de licenciamento ainda se encontra pendente a apresentação do Relatório de Gerenciamento de Resíduos, contendo dados quantitativos e qualitativos dos resíduos gerados, juntamente com os comprovantes de destinação final e as Licenças Ambientais das empresas envolvidas no Gerenciamento – (ANEXO II) 4.3) Descrever as atividades e intervenções realizadas na área referida ( p. ex. construção, reforma, ampliação, instalação ou funcionamento de estabelecimento, obra ou serviço, supressão de vegetação, lançamento/despejo esgotos, produtos químicos, lixo etc.) esclarecendo se são potencialmente impactantes à vizinhança. Relacionar todos os impactos diretos e indiretos causados ao meio físico (solo, subsolo, águas superficiais, águas subterrâneas, ar atmosférico, características geomorfológicas, hidrogeológicas e ambientais) em decorrência dos fatos descritos na petição inicial. As atividades e intervenções realizadas na referida área são : supressão de vegetação, construção de 20(vinte) blocos de apartamento totalizando 1.616 (mil seiscentos e dezesseis) unidades habitacionais e lançamento do esgoto em rede existente. Aglomerando o conhecimento necessário para a compreensão de impactos ambientais, Resolução CONAMA nº001 (23 de janeiro de 1986) define: Art. 1. [...] considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causadas por qualquer forma de matéria ou de energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetam: I – A saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - As atividades sociais e econômicas; III - A biota; IV - As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - A qualidade dos recursos ambientais. As diretrizes que um estudo de impactos ambientais deve seguir são definidas pelo CONAMA e cabem a qualquer obra causadora de possível impacto ambiental. Parágrafo Único - Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental o órgão estadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber, o Município, fixará as diretrizes adicionais que, pelas peculiaridades do projeto e características ambientais da área, forem julgadas necessárias, inclusive os prazos para conclusão e análise dos estudos. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Artigo 6º - O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as seguintes atividades técnicas: I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando: a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima [...]; b) o meio biológico e os ecossistemas naturais [...]; c) o meio socioeconômico[...]; II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais. III - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas. lV - Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento (os impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem considerados. Considera-se, portanto, os impactos ambientais como sendo as consequências dos aspectos ambientais decorrentes das atividades desenvolvidas pelas empresas. As atividades de construção civil geram aspectos ambientais, que por sua vez provocam impactos ambientais, que atingem o meio ambiente (meios físico, biótico e antrópico) alterando suas propriedades naturais. (figura 1) Figura 1 : Representação esquemática do Estudo dos Aspectos Ambientais. Grandes áreas urbanizadas, especialmente cidades de grande porte, com cenário de crescimento descontrolado e serviços públicos saturados e deficitários levam a predisposição às ocorrências de acidentes que podem atingir proporções de difícil controle, resultando em grandes impactos ambientais. Alguns Impactos Ambientais causados por estas cidades em crescimento costumam fugir do controle de seus administradores e transformam-se em problemas de difícil reversão, como por exemplo: 1. Desmatamento das áreas ocupadas; 2. Contaminação dos corpos d'água por esgotos sanitários e industriais; 3. Contaminação do ar por emissão veicular e por emissões industriais; 4. Contaminação do solo por aterro de resíduos sólidos mal dispostos; 5. Alterações na temperatura ambiente motivadas pelo acúmulo de calor absorvido por estruturas prediais e áreas pavimentadas, formando as "Ilhas de Calor"; 6. Poluição sonora A contaminação de solos em áreas urbanizadas tem sido motivo de diversos acidentes dos quais resultaram perdas de vida e grandes prejuízos materiais. Tragédia desse tipo ocorreu em Niterói, RJ, em 2010, quando todo um bairro, construído sobre um lixão abandonado numa área de encosta na periferia da cidade, deslizou morro abaixo, causando centenas de mortes. Como o lixo doméstico de populações de baixa renda costuma conter grande parte de matéria orgânica, a formação de gás é mais intensa em lixões de periferia, resultando maior risco de incêndio e explosões. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Outro tipo de acidente ambiental que tem acontecido em números crescentes são as inundações em grandes centros urbanos. Além da eventual influência das mudanças climáticas, as inundações podem ter grande participação do homem, que dificulta o escoamento das águas devido a tamanha impermeabilização do solo urbano. As pavimentações e eliminação de áreas verdes impedem a absorção das águas pluviais diretamente pelo solo, aumentando assim o volume a ser escoado pela superfície. Outros fatores que contribuem para o acúmulo da água nos solos são as alterações nos cursos d'água e obstrução das redes de águas pluviais pelo lixo mal disposto. Como consequência desses fatos temos as conhecidas enchentes, que propagam doenças, os desabamentos de imóveis e diversas perdas de patrimônios. Os acidentes urbanos, devido à extensão dos impactos que podem causar, requerem uma análise cuidadosa de suas causas para que sejam desenvolvidas soluções que incorporem a prontidão da populaçãoe o treinamento de todas as entidades participantes. A articulação de todos os organismos e setores da sociedade responsáveis pela conscientização da população para os riscos de acidentes, incluindo-se a mídia, escolas, centros comunitários, corpo de bombeiros, polícia civil e todos capazes de fazer frente a uma ocorrência acidental, é de extrema importância para prevenção de acidentes urbanos. A educação ambiental da população é outra solução preventiva para os acidentes, já que esta seria capaz de identificar e notificar situações de risco, incluindo-se conhecimentos sobre materiais perigosos e práticas inadequadas, como fumar em áreas perigosas, entre outros. A fase de construção, no ciclo de vida de um edifício, responde por uma parcela significativa dos impactos causados pela construção civil no ambiente, principalmente os consequentes às perdas de materiais e à geração de resíduos e os referentes às interferências e poluição na vizinhança da obra e nos meios físico, biótico e antrópico do local onde a construção é edificada. As perdas de materiais, incorporadas ao edifício ou que aparecem sob a forma de resíduos ou entulhos de obra, significam consumos desnecessários de recursos extraídos da natureza. No que se refere à cadeia de produção de materiais de construção, três são as principais fontes de emissões de GEE( Gases de Efeito Estufa): o uso de combustível fóssil na fase de produção e transporte dos materiais, a decomposição do calcário e outros carbonetos durante a calcinação (materiais cerâmicos, cimento, aço, vidro, alumínio e outros), e a extração de madeira nativa. Além disso, as obras causam outros impactos ambientais significativos, como exposição a riscos e incômodos sonoros e visuais tanto para os que nela trabalham e também para a vizinhança, que está constantemente exposta aos ruídos da obra, além da poluição do solo, da água e do ar, impactos aos ecossistemas no local da obra, acarretamento de erosões, assoreamentos, dentre muitos outros. Movimentação de terra e escavações são atividades que devem ser minimizadas o máximo possível para reduzir o incômodo da população no entorno e também os impactos no meio ambiente. Quanto à perda de materiais no canteiro de obra, no caso da execução, são várias as fontes de perdas possíveis: no transporte inadequado, no recebimento e no processo de estocagem, por exemplo, blocos estocados inadequadamente estão sujeitos a serem quebrados mais facilmente, gerando desperdício de materiais. Além disso, pode haver perda por excesso de materiais, muitas vezes devido ao sobreconsumo em dosagem e misturas geradas no próprio canteiro de obras. No quadro 1, apresentamos os impactos ambientais mais encontrados, gerados por canteiros de obras na fase de construção: GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Quadro 1 -Impactos ambientais na fase de construção (fonte : Cardoso, 2006). 4.4) Houve estudo e relatório de impacto ambiental – EIA/RIMA? Não, não houve estudo e relatório de impacto ambiental. 4.5) Antes do início das obras, houve laudos preliminares de avaliação em visita às moradias da vizinhança? Não. Não houve laudos preliminares de avaliação em visita às moradias da vizinhança. 4.6) Qual a dimensão, localização e características da área do empreendimento objeto da perícia? A execução do empreendimento habitacional de interesse social Residencial Nelson Mandela, conjunto Vera Cruz ,com 20 (vinte) condomínios, sendo 101 blocos de apartamentos , cômodos de lixo, playgrounds, quadras poliesportivas e outras obras acessórias perfazem um total de 78.374,10 m². Área de terreno total de 99.342,85 m². O empreendimento está localizado no Conjunto Vera Cruz, conforme quadro de áreas e endereços, abaixo: GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 CONDOMIÍNIO BLOCOS ENDEREÇO ÁREA DO TERRENO (m²) QUANITDADE DE BLOCOS UNIDADES HABITACIONAIS ÁREA CONSTRUÍDA (m²) DISTÂNCIA DO CONDOMÍNO AO IMÓVEL DA AUTORA (m) 17 155- 156 Rua Alice de Santana Coutinho e Rua C- 72C, Qd. A01 - Cj. Vera Cruz 2.069,66 2,00 32,00 1.551,69 1.443,92 10 157- 160 Rua Alice de Santana Coutinho e Rua C- 72C, Qd. A01 - Cj. Vera Cruz 4.139,32 4,00 64,00 3.096,32 1.373,17 6 161- 166 Rua VC 72 e Rua VC 72-A. Qd. A03 -Cj. Vera Cruz 6.208,98 6,00 96,00 4.710,97 1.302,11 1 167- 180 Rua VC 68-C e Rua Inhanha do Couto, Qd. A04 -Cj. Vera Cruz 14.487,62 16,00 256,00 12.331,38 1.052,04 11 181- 184 Rua Inhanha do Couto e Rua 68B Qd. A05 -Cj. Vera Cruz 4.139,32 4,00 64,00 3.096,28 982,92 12 185- 188 Rua VC 68-B e Rua VC 68-A, Qd. A06 -Cj. Vera Cruz 4.139,32 4,00 64,00 3.096,28 905,41 13 189- 192 Rua VC 68-A e Rua Rita Sergio Lacerda, Qd. A07 -Cj. Vera Cruz 4.139,32 4,00 64,00 3.096,28 839,43 7 213- 218 Rua VC 110 e Rua Alice de Santana Coutinho, Qd. A07, Cj. Vera Cruz 6.208,98 6,00 96,00 4.711,03 1.107,19 19 219 Rua VC 110, Qd. 219, Cj. Vera Cruz 1.034,00 1,00 16,00 783,61 1.119,88 20 220 Rua VC 111, Qd. A10, Cj. Vera Cruz 1.034,83 1,00 16,00 783,61 1.170,19 14 221- 224 Rua VC 111 e Rua Ataulfo Alves, Qd. A11, Cj. Vera Cruz 4.139,32 4,00 64,00 3.096,28 1.123,34 3 225- 232 Rua VC 76 e Rua VC 77, Qd. A12, Cj. Vera Cruz 8.278,64 9,00 144,00 6.889,70 776,45 9 233- 236 Rua VC 76-B e Rua VC 77, Qd. A13, Cj. Vera Cruz 4.139,32 4,00 64,00 3.185,52 763,46 18 237- 238 Rua Dalva de Oliveira, Qd. A14, Cj. Vera Cruz 2.069,66 2,00 32,00 1.551,68 497,10 15 239- 242 Rua Dalva de Oliveira e Rua 57-A, Qd. A15, Cj. Vera Cruz 4.139,32 4,00 64,00 3.096,28 422,90 16 243- 246 Rua VC-58A e Rua VC 57-A, Qd. A16 4.139,32 4,00 64,00 3.096,28 354,54 4 247- 249 Rua Francisco Alves, Qd. A41, Cj. Vera Cruz 3.104,49 3,00 48,00 2.336,98 90,37 8 250- 255 Rua VC-100-A e Rua VC 54-A, Qd. A17 - Cj. Vera Cruz 6.208,98 6,00 96,00 4.710,97 68,26 5 256- 258 Rua VC-100, Qd. A18 - Cj. Vera Cruz 3.104,49 3,00 48,00 2.336,98 181,94 GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 2 259- 270 Rua VC-100 e Rua Maria Henriqueta Peclat, Qd. A19 - Cj. Vera Cruz 12.417,96 14,00 224,00 10.815,98 203,11 TOTAL....................... 99.342,85 101,00 1.616,00 78.374,10 Quadro 2 – Quadro de áreas e Endereços -Residencial Nelson Mandela. Figura 2 – Localização do Conjunto Vera Cruz. O relevo da região apresenta-se com declividade em direção à Avenida Vinícius de Morais, ou seja, da Avenida Noel Rosa, descendo pela Avenida Leopoldo de Bulhões tanto do lado direito e lado esquerdo o relevo está em declive. As águas pluviais percorrem esses trechos inclusive pelas ruas perpendiculares a Avenida Noel Rosa, chegando a um volume considerável na rua Francisco Alves e Rua Frei Confalone e suas ruas perpendiculares. Figura 2. GIOVANYDA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Figura 3 – Ruas da área do empreendimento. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 4.7) Existem vizinhos ao empreendimento? Caracterizar o entorno. Sim, existem vizinhos ao empreendimento. 4.7.1) Caracterização do entorno: Toda interferência na ocupação e utilização de um determinado local produz impactos, tanto positivos quanto negativos, sobre o seu entorno, podendo interferir diretamente na vida e na dinâmica urbana da população do entorno e quanto maior o empreendimento, maior os impactos que ele produzirá sobre a vizinhança. O Estudo de Impacto de Vizinhança é um instrumento de política urbana instituída pelo Estatuto da Cidade (Lei Federal N°10.257 de 2001) e deve contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento. Devem ser apresentados neste estudo quais são esses impactos e as medidas que iremos utilizar para contornar impactos negativos que eventualmente aconteçam, para que a população que reside na área e nas proximidades do local do empreendimento não seja afetada. O objetivo do Estudo de Impacto de Vizinhança é a análise dos impactos gerados pela implantação do empreendimento em relação ao adensamento populacional, os equipamentos urbanos e comunitários, o uso e ocupação do solo, a valorização imobiliária, a geração de tráfego, a demanda por transporte público, a paisagem urbana e o patrimônio natural e cultural tanto da área diretamente afetada pela instalação do empreendimento quanto do seu entorno. A análise dos impactos gerados com a implantação do empreendimento gira em torno do adensamento populacional, equipamentos urbanos e comunitários, o uso e ocupação do solo, valorização imobiliária, geração de tráfico, demanda de transporte público, paisagem urbana, patrimônio natural e cultural, tanto na área diretamente afetada pelo empreendimento quanto seu entorno. A Lei Federal N°10.257/2001 (Brasil, 2001) contempla o município quanto à legislação ambiental, para a gestão do seu território, instituindo o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). O Artigo 36 do Estatuto da Cidade determina que uma Lei Municipal defina os empreendimentos e atividades públicas e privadas que necessitem de elaboração de Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal. Para poder detectar alterações ou mesmo interferências causadas pelo empreendimento o EIV propõe medidas mitigadoras, de forma a garantir a sua integração à vizinhança, garantindo um ambiente equilibrado. Já o RIV (Relatório de Impacto de Vizinhança) é um documento prévio que apresenta o conjunto dos estudos e informações técnicas relativas à identificação, avaliação, prevenção, mitigação e compensação dos impactos na vizinhança do empreendimento. De forma a apresentar as diferenças existentes e as mudanças que existirão depois que o empreendimento for implantado. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 4.7.1.1 - - RESPONSÁVEL PELO EMPREENDIMENTO: Direcional Engenharia S/A. 4.7.1.2 - INFORMAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Residencial Nelson Mandela, Conjunto Vera Cruz , sendo 101 blocos de apartamentos , cômodos de lixo, playgrounds, quadras poliesportivas e outras obras acessórias perfazem um total de 78.374,10 m². Área de terreno total de 99.342,85 m². 4.7.1.3 - CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O empreendimento será implantado em terreno de 99.342,85 m² no Município de Goiânia, Estado de Goiás, em diversas ruas do Bairro Conjunto Vera Cruz 4.7.1.4 - CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO ONDE O PROJETO TERÁ REPERCUSSÃO O Bairro Conjunto Vera Cruz é um bairro localizado no município de Goiânia, capital de Goiás, na Região Oeste da cidade, às margens do Km 5 da GO-060. O bairro, localizado na saída para a cidade de Trindade é dividido em duas partes, I e II. Na região também há o Terminal Vera Cruz, onde passam ônibus que vão para vários bairros de Goiânia e da região metropolitana. Segundo dados do censo do IBGE em 2010, é o nono bairro mais populoso do município, contando uma aglomeração de cerca de dezoito mil pessoas. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Mapa de localização do Conjunto Vera Cruz. A vizinhança imediata é composta por casas residenciais e por poucos terrenos vazios. Também compõe a vizinhança mediata, escolas : a) Colégio Genius ( Rua VC69, quadra 139, lotes 1/3/5); b) Escola Municipal Professora Antônia Maranhão; c) Colégio Estadual Sólon Amaral. Possui, ainda, o Centro de Saúde Conjunto Vera Cruz II, localizado na Avenida Leopoldo de Bulhões, quadra 100. 4.7.1.5 - INFRAESTRUTURA URBANA O entorno está ligado à rede de telefones que serve o município. Podendo utilizar o sistema existente, além de existir sinal de operadoras de celular, diminuindo a necessidade da utilização dos serviços da rede de telefone fixa. Sistema de energia: O entorno é servido pela rede de energia fornecida pela ENEL. Sistema de iluminação pública: Existe na via do terreno e nas proximidades. Sistema de saneamento: O entorno é servido pela rede pública de esgotos da SANEAGO e a rede de captação de águas pluviais é subdimensionada. Rede de água Tratada: O entorno é servido pela rede de água tratada da SANEAGO. Os empreendimentos possuem reservatórios de água tratada tipo torre. 4.7.1.6 - SEGURANÇA PÚBLICA E PROTEÇÃO A segurança pública e proteção do município é mantida pela base da polícia militar (PM), delegacia civil e guarda municipal. O empreendimento contará com a instalação de alambrados em todas as divisas para não sobrecarregar a segurança pública. 4.7.1.7 - ADENSAMENTO POPULACIONAL Levando em conta que o empreendimento irá oferecer 1.616 unidades habitacionais, inicialmente, e a média utilizada aqui , de 3 pessoas/unidade habitacional, teremos um aumento de 4.848 pessoas no entorno investigado. Assim sendo a densidade populacional passa a ser considerada média a alta, levando em conta que estimamos uma população de 900 pessoas no entorno investigado (raio de 200,00 m.), temos assim uma média/alta densidade populacional, já que predomina no entorno alguns terrenos vazios. 4.7.1.8 - GERAÇÃO DE TRÁFEGO E DEMANDA POR TRANSPORTE PÚBLICO O empreendimento demanda 1.616 vagas para os apartamentos além de vagas portadores de necessidades especiais e ,sendo considerado polo gerador de tráfico, na região em que será implantado, existe uma via que comportam esse aumento no tráfego, que é a Avenida Gercina Borges Teixeira, principal acesso ao bairro onde o empreendimento está localizado. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Em relação ao transporte público, observamos que em média 60% da população utilizam com frequência o transporte público (ônibus), assim sendo, observamos que com a implantação do condomínio, teríamos cerca de mais 970 pessoas utilizando esse transporte, o que pode traduzir em problemas. O Empreendimento não irá utilizar as vias públicas do entorno para estacionamento, pois a demanda de vagas será amplamente atendida. Tomando como base o HCM (Highway Capacity Manual, TRB – 2000), estes níveis variam conforme tabela abaixo: Nível de Serviço Densidade ( Veículo km) A 0 a 7 B 7 a 11 C 11 a 16 D 16 a 22 E 22 a 28 OVER Acima de 28 Tabela Nível de Serviço. Os Níveis de Serviço possuem as seguintes características: Nível A – Caracterizada pela FFS (velocidade de tráfego livre). Incidentes ou quebras do ritmo da corrente de tráfego são facilmente absorvidos. Nível B – Mantém-se a condição de FFS (velocidade de tráfego livre). Incidentes ou quebras do ritmo da corrente de tráfego, ainda são facilmente absorvidos, causando somente um pouco de desconforto ao transeunte. Nível C – Velocidades iguais ou próximas a FFS (velocidade de tráfego livre). Incidentes ou quebras do ritmo da corrente de tráfego, podem gerar pequenas filas. Nível D – A velocidade começa a cair, não há mais a característica de FFS (velocidade de tráfego livre). Pequenos incidentes ou quebras do ritmo da corrente de tráfego geram filas. Nível E – Fluxo altamente instável, com poucas opções para escolha de velocidade. Pequenos incidentes podem gerar congestionamentos significativos. Nível Over – Colapso do fluxo demanda acima da capacidade da via. Conforme Análise da Funcionalidade dos Apartamentos do Empreendimento, obtivemos uma média de 3 moradores por apartamento, para termos uma estimativa do número de moradores no empreendimento, tomando essa média e multiplicando pelo número de 1.616 unidades habitacionais, temos uma estimativa de aproximadamente 4.848 moradores. Considerando a média estadual é de 1 veículo para 2,42 habitantes, temos uma previsão de 11.635,20 veículos de moradores do condomínio. “Um estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) concluiu que Goiânia, apesar de ter a 11ª maior população do país, já é a cidade com a 6ª maior frota de carros do Brasil, com 605,3 mil veículos circulando. Já em relação às motos são 291,6 mil, ocupando o 4ª lugar no ranking. Enquanto a média nacional é de 1 carro para 3,89 habitantes, na capital goiana a proporção é de 1 para 2,42 habitantes.” Considerando a velocidade média da Avenida Gercina Borges Teixeira, 60Km/h, com variação de + ou – 10Km/h. Consideramos ainda que todos os tipos de veículos tabelados, que temos no sentido Av. Gercina Borges Teixeira, circulação média 100 veículos acrescido da referida rua, assim sendo, o número total de 11.735,20 resultantes. Podemos concluir que o nível de serviço da via é over , acima de 28 veículos Km. Constatamos que a via pode não a vir suportar o tráfego. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 4.7.1.9 – ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO A ventilação e iluminação será feita por meio natural, todos os cômodos do empreendimento atendem a tabela para cálculo de iluminação e ventilação, apresentada no projeto. Visando menor impacto ambiental. 4.7.1.10 - GERAÇÃO DE RESÍDUOS Os possíveis resíduos gerados, considerando o conjunto habitacional ocupado, serão principalmente de resíduos orgânicos, resíduos recicláveis e são basicamente os mesmos gerados pela ocupação residencial do entorno. Os efluentes líquidos que o empreendimento irá gerar é: esgoto doméstico e água pluvial, todo esgoto doméstico gerado será encaminhado à rede coletora de esgoto, seguindo normas e exigências da SANEAGO. 4.7.1.11 - VEGETAÇÃO E ARBORIZAÇÃO URBANA Foi desenvolvido um tratamento paisagístico nas áreas de jardim do empreendimento. 4.7.1.12 - NÍVEL DE RUÍDOS Na fase de implantação do empreendimento em relação aos ruídos gerados pelas obras, os empreendedores poderão adotar procedimentos de confinamento de maquinário como forma de minimizar os incômodos e manter o nível de ruído dentro das referências estipuladas pela NBR-10151. Quanto aos níveis de ruídos na utilização e funcionamento do empreendimento, respeitando a NBR-10151 que estabelece para ambientes com áreas de utilização Multi Familiar (residencial) com vocação recreacional o valor de 65 dB (A) para o período diurno e de 55 dB (A) para o período noturno, sendo que o período noturno não deve começar depois das 22 horas e não deve terminar antes das 7 horas do dia seguinte. Como a utilização do empreendimento se dará no período integral (24 horas), estabelece o limite 55 dB (A), o qual deverá ser observado e mantido de forma a não caracterizar em impacto negativo. 4.7.1.13. MEDIDAS MITIGADORAS Para mitigar os impactos na topografia do terreno deverão ser feitos serviços topográficos iniciados pelo levantamento planialtimétrico das áreas a serem edificadas. Durante a execução da obra, as equipes de topografia e os equipamentos a sua disposição serão dimensionados e reavaliados periodicamente de modo a atender as necessidades impostas pelo ritmo da obra, bem como garantir a fiel implantação de acordo com o projeto. Movimento de terra: O volume resultante do movimento de terra para o nivelamento do terreno será usado no próprio empreendimento como aterro. Geração de resíduos: Como forma de mitigar os resíduos gerados na construção do empreendimento, a reciclagem será a medida usada, começando na limpeza do terreno, com a retirada de eventuais resíduos existentes, e depois na fase da fundação e construção, a principal medita a ser tomada será a triagem e segregação dos resíduos, logo após sua geração. Uma vez segregados, os resíduos serão adequadamente acondicionados, para que possam ser reaproveitados numa futura utilização no canteiro de obras, acondicionados em caçambas, bags e tambores devidamente sinalizados informando o tipo de resíduo que cada um acondiciona. A reciclagem dos resíduos poderá ser realizada a critério do empreendedor, desde que sejam atendidas as normas regulamentadoras específicas. Dentro da obra, os resíduos poderão ser reutilizados como agregados após a trituração em equipamento específico. Os materiais que não forem reaproveitados na obra serão encaminhados para setores de reciclagem autorizados, e serão destinados conforme sua classificação “A”, “B”, “C” e “D”. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Os resíduos não recicláveis serão coletados e destinadospelo serviço público de coleta de lixo comum. Vale ressaltar que os resíduos sólidos gerados durante a fase de operação do empreendimento serão destinados conforme legislação vigente. 4.8) Qual a distância da moradia em análise com relação ao empreendimento? A distância é de 68, 26 m (sessenta e oito metros e vinte e seis centímetros) do condomínio 8. 4.9) Foi observado o alto volume pluviométrico, na rua da moradia objeto da análise, em época de chuva? Sim. O alto Volume foi observado. 4.10) O volume pluviométrico observado na rua da moradia objeto da análise é provocado por fatores naturais ou antrópicos? Ações antrópicas são ações realizadas pelo homem. Atualmente, essa expressão ganhou destaque em diversas discussões sobre o meio ambiente, visto que as ações humanas têm provocado grandes alterações no meio ambiente e têm desencadeado um cenário de extrema preocupação entre os estudiosos e defensores do meio ambiente. Sabe-se que o espaço geográfico é o local onde se estabelece a relação entre homem e meio. Assim, ele sofre constantes alterações, sejam positivas ou negativas. Ao falarmos sobre impactos, geralmente é feita uma associação negativa ao termo. Contudo, é preciso ressaltar que “impacto” se refere às alterações produzidas no meio ambiente, que podem ser negativas ou positivas. Impactos negativos, exemplos : a) Destruição da camada de ozônio; b) Chuva ácida; c) Desmatamento. Impactos positivos , exemplos : Coleta seletiva; Reflorestamento de áreas que foram desmatadas; Reciclagem do lixo; Uso de fontes renováveis de energia; Preservação da biodiversidade; Estabelecimento de leis de conservação do meio ambiente; Não poluição de rios, lagos e mares; Incentivo de políticas ambientais; Recuperação de matas ciliares; Uso de filtro que diminuam a emissão de gases tóxicos pelas indústrias; Uso consciente dos recursos hídricos e de energia. Podemos afirmar que o aumento/volume pluviométrico observado foi provocado por ações antrópicas. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 4.11) O volume pluviométrico que passa pela rua da moradia objeto de análise poderia ser canalizado em outras ruas com infraestrutura apropriada? Seria possível canalizar o volume descrito? Sim. O volume de águas pluviais, não só na rua da autora, bem como nas demais ruas poderiam ser drenados por uma rede de captação de águas pluviais dimensionadas para atender esse volume. 4.12) Quais medidas poderiam ser tomadas pelo poder público e/ou consórcio Construtora / AGEHAB para reduzir o volume de água que desce pela rua da moradia objeto de análise ? O poder público poderia estabelecer o PLANO DE DRENAGEM URBANA. O principal objetivo do Plano Diretor de Drenagem Urbana é criar os mecanismos de gestão da infraestrutura urbana, relacionados com o escoamento das águas pluviais, em áreas urbanas. Este planejamento visa evitar perdas econômicas, melhorar as condições de saneamento e qualidade do meio ambiente da cidade, dentro de princípios econômicos, sociais e ambientais definidos pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental. O Plano Diretor de Drenagem Urbana teria como principais produtos: • Regulamentação dos novos empreendimentos; • Planos de controle estrutural e não-estrutural para os impactos existentes nas bacias urbanas da cidade; • Manual de drenagem urbana. A Regulamentação consiste em um decreto municipal que estabeleça os critérios básicos para o desenvolvimento da drenagem urbana para novos empreendimentos na cidade. Esta regulamentação tem o objetivo de evitar que os impactos indesejáveis, devidos à implantação da edificação e parcelamento do solo com drenagem inadequada, sejam gerados nas cidades. O Plano de controle estabelece as alternativas de controle de cada bacia da cidade, reduzindo o risco de ocorrência de inundação na mesma. O Manual de Drenagem representa o documento que orienta a implementação dos projetos de drenagem na cidade. Os objetivos principais deste manual são as definições dos seguintes critérios: • Variáveis hidrológicas dos projetos de drenagem urbana; • Alguns elementos hidráulicos; • Aspectos de ocupação urbana relacionados com a drenagem urbana; • Legislação e regulamentação associada; • Critérios de avaliação e controle do impacto da qualidade da água. A construtora poderia tomar as seguintes medidas: • Criação de poços de infiltração; . Barreiras de contenção em todo o perímetro da área; . Direcionamento das águas pluviais para uma região pré-definida para conter o carreamento de terra. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 4.13) Durante a execução do empreendimento a enxurrada chegava a entrar dentro da moradia objeto de análise. Atualmente, após a construção do empreendimento, considerando as chuvas recentes, verificou a ocorrência do transbordo referido? Segundo depoimento da Sra. Maria das Merces Brilhante Silva, não houve ocorrência do transbordo. 4.14) Descreva o modelo construtivo aplicado na execução do Residencial Nelson Mandela. Descrição do sistema O sistema construtivo é composto por paredes estruturais maciças de concreto comum moldadas no local, com espessura de 10 cm, armadas com telas metálicas eletro soldadas (malha de 10 cm x 10 cm e diâmetro de 4,2 mm) posicionadas no centro das paredes. As lajes são maciças, de concreto armado, também moldadas no local, com 10 cm de espessura. A fundação é definida considerando cada local de implantação das unidades habitacionais. A cobertura é formada por estrutura de madeira, com telhado em telhas cerâmicas. O sistema construtivo é destinado à construção de edifícios habitacionais de até cinco pavimentos, em atmosferas rurais e urbanas. Características técnicas O sistema consiste na moldagem de paredes e lajes maciças de concreto armado com telas metálicas centralizadas. A estrutura é dimensionada para cada projeto específico de arquitetura do edifício. O processo de produção do sistema construtivo permite o controle geométrico das peças e a obtenção de superfícies aptas a receberem o acabamento. A espessura das paredes e das lajes é de 10 cm. Ambas são armadas com telas de aço eletro soldadas de malha quadrada de 100 mm e fios com diâmetro de 4,2 mm. A resistência característica à compressão do concreto, aos 28 dias, é de 25 MPa e a resistência mínima do concreto na desenforma, a 15 horas, é de 1,8 MPa. A consistência especificada para o concreto é de 22 ± 2 cm (slump test). Materiais e componentes do sistema Fôrmas As fôrmas são constituídas por chapas em alumínio (faces da fôrma), reforçadas ou estruturadas com perfis de aço fixados por meio de parafusos passantes nos fusos que definem o distanciamento entre as faces das fôrmas. Revestimentos São aplicadas placas cerâmicas nas paredes internas de áreas molháveis aplicadas com argamassa colante sobre o concreto. Nas paredes e tetos de áreas secas é aplicada camada de revestimento massa PVA ou de gesso e pintura. O revestimento de piso é em placas cerâmicas nas áreas molháveis, sendo que nas áreas secas são aplicadas placas cerâmicas ou acabamento em cimentadoliso. As paredes externas são revestidas com textura de cores claras. Etapas de produção A empresa faz o acompanhamento diário da produção, em razão da importância do planejamento executivo para o sistema construtivo. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Produtividade da mão de obra As produtividades são coletadas e avaliadas por apartamento. Quanto melhor as informações sobre produtividade, melhor será a qualidade da programação e da gestão da mão de obra. A coleta desses indicadores faz parte do controle. Tais indicadores alimentam futuras programações e realimentam a própria obra, auxiliando na reprogramação, como apresentado na tabela 1. Execução Fundação, baldrames e primeira laje A execução é feita de acordo com o projeto estrutural, deixando o perímetro da laje 8 cm maior do que especificado em projeto para colocação da face externa das fôrmas. Laje do térreo e marcação do posicionamento das fôrmas A partir do eixo central da parede, são considerados 13 cm para cada lado, totalizando a distância de 26 cm, correspondendo aos 10 cm de espessura da parede e mais 8 cm de cada lado para a colocação das faces das fôrmas (interna e externa). Alinhamento dos arranques É feito a cada 50 cm, utilizando aço CA-60, ø 5 mm, e colocação da tela considerando a altura da parede e da laje conforme projeto estrutural. Corte da tela metálica Nos locais de vãos de portas e janelas, é feito o corte da tela metálica e colocação de reforços de tela nas janelas e portas conforme projeto estrutural. Aplicação de desmoldante Aplicação de desmoldante, à base de óleo mineral, nas faces internas das fôrmas (faces do molde). GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Travamento, instalações elétricas e hidráulicas A execução do travamento interno das peças, a colocação dos eletrodutos, das caixas elétricas, das tubulações hidrosssanitárias e o posicionamento das mangueiras para passagem de parafusos de travamento são feitas de acordo com o projeto. As tubulações acima de 40 mm de diâmetro são colocadas, posteriormente, em shafts executados em alvenaria, com a inserção de tela metálica nos encontros entre os shafts e as paredes de concreto. Colocação dos espaçadores plásticos nas telas Os espaçadores são colocados a cada 50 cm, tanto na horizontal quanto na vertical, de forma a possibilitar o cobrimento de concreto definido em projeto. Colocação dos gabaritos nas fôrmas Antes do fechamento das fôrmas, são colocados os gabaritos de portas e janelas, para garantir o vão previsto em projeto. Concretagem A concretagem das paredes é feita com o auxílio de caçambas transportadas por gruas. O concreto especificado não necessita de adensamento mecânico, exceto em locais bem específicos, e é dosado e misturado na obra, em betoneiras. Desenforma das paredes A desenforma é realizada no mínimo após 15 horas da concretagem, depois de ser verificado o resultado da resistência à compressão do concreto. O preenchimento dos furos nas paredes, resultantes da passagem dos fusos para travamento das fôrmas, é feito com a inserção de argamassa de cimento e areia média (traço 1:3), antes do acabamento final dessas paredes. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Ferramentas e equipamentos necessários para a execução do serviço Ferramentas Broxa, pincel ou rolo para aplicação do desmoldante Corda ou correntes para movimentação das peças Deformador ou cunhas de madeira Disco de vídia Distanciadores (galgas) Esquadro Grua para movimentação dos painéis Linha de náilon Mangueira de nível Martelo Prumos de centro e de face Serra circular manual com disco de corte para madeira Serra de bancada com proteção para disco Serrote Tensores Trena metálica Equipamentos Betoneira Caçamba para concreto Grua Eventualmente é empregado vibrador de agulha Segurança O início dos serviços deve ser precedido das proteções, evitando, dessa forma, a queda de pessoas ou materiais. O uso de EPIs é necessário quando da execução de serviços como: Trabalhos em alturas superiores a 2 m: é necessário o uso do cinturão de segurança tipo paraquedista. Em qualquer situação de transporte vertical, a carga máxima suportada pelo equipamento tem de ser respeitada, além de serem tomadas todas as cautelas necessárias para que não haja quedas de materiais. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Relação dos equipamentos de proteção coletiva necessários à execução do serviço: Bandejas primárias e secundárias Cancelas para bloqueio de circulação Delimitação ou cobertura de acessos Extintores de incêndio Guarda-corpos Passarelas de trabalho Sinalizações Tela de proteção para fachadas Telas de proteção do andar Relação dos EPI's necessários a execução do serviço: Avental de borracha Bota de segurança com bico de aço ou bota de borracha Capacete de segurança Cinto de segurança com trava-quedas (preso em cabo de aço ou corda de segurança auxiliar) Luva de proteção (vinílica ou raspa) Óculos de segurança ou protetor facial Protetor auricular Uniforme de trabalho GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Controle da qualidade O controle da qualidade é exercido na obra de acordo com os procedimentos de execução e inspeção, fichas de verificação de materiais e serviços, projeto executivo do sistema construtivo etc. São verificados os seguintes itens: Instalações prediais Gabaritos de caixilhos e dos espaçadores Aplicação de desmoldante nos painéis de fechamento Colocação dos painéis de fôrmas conforme numeração do projeto de montagem, executando travamento com os parafusos e as cunhas Verificação do travamento e da estanqueidade das fôrmas e, caso existam gretas na base, realização do fechamento com argamassa de cimento e areia Concretagem das paredes Controle tecnológico do concreto na desenforma e aos 28 dias de acordo com a NBR 12655, incluindo a especificação do lote de concreto Rastreabilidade do concreto para as paredes e laje de concreto armado Verificação após retirada das fôrmas Indicadores ambientais Classificação do resíduo: conforme resolução Conama (Conselho Nacionaldo Meio Ambiente) 307 de 5 de julho de 2002, os resíduos podem ser considerados de classe A (concreto) e de classe B (metais). Destinação do resíduo: os itens de classe A são destinados a aterros de resíduos da construção civil, ou são reciclados como agregados, enquanto os de classe B devem ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário para futuro uso ou reciclagem. 4.15) Durante a execução do empreendimento, o parque de obras foi fechado com tapumes? Não. O perímetro da obra não foi fechado com tapumes. 4.16) Durante o período de construção do Empreendimento, através da enxurrada uma quantidade de lama muito significativa descia para a rua da moradia objeto de análise. Atualmente existe lama / barro na rua da moradia objeto de análise? No transcorrer da perícia realizada em 05 de julho de 2019, não verificamos lama / barro na rua objeto da análise. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 4.17) A lama que descia do empreendimento, pela intensa movimentação de terra ocorrida no empreendimento, acumulava por toda a rua da moradia em análise. Seria possível minimizar esse impacto? Sim, seria possível minimizar esses impactos. 4.18) Quais métodos, procedimentos e ações poderiam ter sido tomados pela construtora afim de minimizar ao máximo o volume de terra que descia pela rua ? A construtora poderia tomar as seguintes medidas: a) Criação de poços de infiltração; b) Barreiras de contenção em todo o perímetro da área; c) Direcionamento das águas pluviais para uma região pré-definida para conter o carreamento de terra. 4.19) Considerando o modelo construtivo utilizado pela construtora, é possível afirmar que o deslocamento das placas de metal dos apartamentos de concreto produzia uma intensidade sonora significante? A resposta fica prejudica pela não entrega, no dia da perícia, do LTCAT - Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho. É um documento elaborado por um médico do trabalho ou engenheiro de segurança, ambos registrados no Ministério do Trabalho. Este laudo serve para registrar se o trabalhador atuou exposto a agentes nocivos que são capazes de prejudicar a sua saúde, resultando assim, na necessidade de uma aposentadoria especial. É importante frisar que este documento segue uma legislação previdenciária, portanto nada tem a ver com as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho. No entanto, é obrigatório para manter sua empresa em dia, evitando qualquer tipo de multa pelo descumprimento de uma legislação, como diz a Lei Nº 9.732 , de 11 de dezembro de 1998, no artigo 57, parágrafo 1º: “A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social — INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.” Os agentes nocivos podem ser tanto físicos, químicos ou biológicos. Agentes Físicos podem configurar os ruídos, pressões, vibrações, radiações, temperaturas extremas, que podem prejudicar a saúde física do trabalhador. Nos Agentes Químicos, vemos substâncias como tintas, poeiras, óleos, que podem entrar em contato com o organismo por via respiratória. Agentes Biológicos seriam o contato com parasitas, bactérias e fungos que causam danos à nossa saúde. Além destes, existem outros riscos ambientais como os Ergonômicos GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 4.20) É possível mensurar, por aproximação, a intensidade sonora ( em decibéis) dos martelos retirando as placas de metal dos blocos de concreto dos apartamentos? Sim. É possível mensurar através do medidor de ruído chamado dosímetro. Ruído Do ponto de vista de Higiene do Trabalho, o ruído é o fenômeno físico vibratório com características indefinidas de variações de pressão (no caso ar) em função da frequência, isto é, para uma dada frequência podem existir, em forma aleatória através do tempo, variações de diferentes pressões. Essa é uma situação real e frequente, daí se utilizar a expressão ruído, mas que não necessariamente significa sensação subjetiva do barulho. Ex: choro de criança. Para tanto, de um modo geral, os ruídos podem ser classificados em 3 tipos: a) Ruídos contínuos: são aqueles cuja variação de nível de intensidade sonora é muito pequena em função do tempo. São ruídos característicos de bombas de líquidos, motores elétricos, engrenagens etc. Exemplos: chuva, geladeiras, compressores, ventiladores. b) Ruídos flutuantes: são aqueles que apresentam grandes variações de nível em função do tempo. São geradores desse tipo de ruído os trabalhos manuais, afiação de ferramentas, soldagem, o trânsito de veículos etc. São os ruídos mais comuns nos sons diários. c) Ruídos impulsivos, ou de impacto: apresentam altos níveis de intensidade sonora, num intervalo de tempo muito pequeno. São os ruídos provenientes de explosões e impactos. São ruídos característicos de rebitadeiras, impressoras automáticas, britadeiras, prensas etc. Legislação para medição de ruído Segundo a Norma de Higiene Ocupacional, a NHO 01 (2001), o critério de referência que embasa os limites de exposição diária adotados para ruído contínuo ou intermitente corresponde a uma dose de 100% para exposição de 8 horas ao nível de 85 dB(A). O medidor de Dose de Ruído, chamado de dosímetro, é um pequeno aparelho que o trabalhador transporta (no bolso da camisa ou preso na cintura) durante toda a jornada de trabalho, com o microfone instalado no abafador de ouvido. Se durante a jornada de trabalho ocorrer dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações denominadas de “Dose Diária”, exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância. 4.21) Durante a Construção do empreendimento, o tremor provocado pelas máquinas e caminhões foi decisivo para a ocorrência de rachaduras nos forros de gesso da moradia em análise? Qual o grau de participação da construtora no evento danoso? Pesquisas têm apontado que as patologias ocorrem em praticamente metade das edificações. As estatísticas dos problemas patológicos das construções normalmente não refletem a realidade. Em geral, apenas os acidentes de maior proporção e que requerem apurar responsabilidades são publicados, ficando a margem aos que não implicam em riscos imediatos, embora que ao longo do tempo causam danos a construção. Klein et al. (1999) apresenta um levantamento sobre as causas dos danos nas construções, no qual destaca que 47% dos problemas são de trincas e fissuras pela movimentação estrutural e 26% são por recalque de fundações. Verçoza (1991), por sua vez, relata dados sobre a origem das manifestações patológicas, onde 40% das patologias são atribuídas ao projeto, 28% execução, 18% aos materiais, 10% ao uso inadequado e 4% ao planejamento deficiente.Um dos principais causadores de patologias em edificações é o recalque, podendo às vezes vir a causar graves problemas estruturais. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Lottermann (2013) destaca que muitas estruturas apresentam desempenho insatisfatório, devido a falhas involuntárias, imperícias, a má utilização dos materiais, falta de cuidados na execução, envelhecimento natural, erros de projetos, enfim, vários fatores contribuem para a degradação da estrutura, além da falta de manutenção. Diante dessas falhas, dá-se muita importância para o estudo das origens, formas de manifestações, consequências e mecanismos de ocorrência das falhas e degradação das estruturas. Este estudo recebe o nome de Patologia das Estruturas. As patologias em edificações são os principais problemas que comprometem a vida útil das construções. A partir das patologias identificadas na edificação da AUTORA (diagnóstico), dos estudos bibliográficos realizados, esse trabalho busca abordar os procedimentos para identificação e correção de patologias estruturais (terapia), buscando soluções rápidas e viáveis de forma a corrigir os problemas e ampliar a vida útil da edificação. Com a identificação e seleção do caso foi possível identificar a causa, sendo que todas as patologias estruturais encontradas surgiram em função do recalque. A ocorrência das patologias, em função do recalque, se deu por vibrações de máquinas pesadas no momento da execução da pavimentação asfáltica nas proximidades da edificação da AUTORA. Portanto, com este estudo foi possível verificar que as patologias estruturais nas edificações são frequentes e complexas, sendo determinada por diversos fatores e fenômenos. É de extrema importância o estudo adequado do local antes mesmo da realização do projeto, identificando os riscos relacionados à edificação, a fim de evitar patologias. No caso de haver patologias é de extrema importância uma análise aprofundada do engenheiro na busca pela causa e na aplicação de soluções corretivas. 4.22) Verifica a ocorrência de piso, cerâmica, encardido na casa objeto de análise? Sim, verificamos a ocorrência de piso cerâmico encardido na casa objeto de análise. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 05) QUESITOS REQUERIDO: Caixa Econômica Federal – Representante do FAR – Fundo de Arrendamento Residencial. 5.1) Qual é a data do Alvará de Construção, emitido pela Prefeitura Municipal de Goiânia? O que foi necessário apresentar à Prefeitura, para emissão desse Alvará? O Alvará de Construção é datado do dia 29 de abril de 2014 Documentação Necessária: 5.1.1- INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA ABERTURA DO PROCESSO: - Nome e número de telefone para contato - Número do IPTU; - Número do CAE(cadastro de atividade econômica) do proprietário, quando esse for pessoa jurídica; - Número da inscrição do ISS/CAE do(s) autor(es) do projeto e do(s) responsável(eis) técnico(s) pela obra; - E-mail do proprietário e ou dos profissionais 5.1.2 - DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA PARA A ABERTURA DO PROCESSO: - Certidão de registro do lote atualizada (original ou cópia autenticada) ; - Apresentado com até 90 dias da data de sua emissão.; - Pessoa física - cópia autenticada dos documentos pessoais do proprietário; - Pessoa jurídica - CNPJ e cópia autenticada do contrato social ou estatuto; - Pessoa jurídica - cópia autenticada dos documentos pessoais de quem assina pela empresa; - Documento de uso do solo para o endereço objeto do processo, com todos os lotes e vias e dentro do prazo de validade; - Certidão de corredor viário, caso uma das vias indicadas no uso do solo seja corredor - No caso de mais de um lote, certidão ou decreto de remembramento ou desmembramento - ART/RRT do(s) autor(s) do projeto; - ART/RRT do(s) responsável(eis) técnico(s) - Declaração de responsabilidade das informações devidamente preenchida pelo proprietário e profissionais; 5.2) Qual data da Certidão de Conclusão de Obra, emitida pela Prefeitura Municipal de Goiânia, atestando condições normais de ocupação e habitabilidade do imóvel? Quais são as exigências para que a Prefeitura Municipal de Goiânia emita tal documento? A data da Certidão de Conclusão de Obra é de 06 de junho de 2017. Capítulo IV – Lei Municipal 1.787 de 01/07/1998. Art. 13 - Uma obra é considerada concluída quando tiver condições de habitabilidade, estando em funcionamento as instalações hidro - sanitárias elétricas. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 Parágrafo 1 - O "Habite-se" será dado pela Prefeitura depois de haver sido verificado : a) - Estar à construção completamente concluída; b) - Ter sido obedecido o projeto aprovado; c) - Ter sido vistoriada pelo Corpo de Bombeiros. Parágrafo 2 - Estão isentas da vistoria do Corpo de Bombeiros as edificações destinadas a habitações individuais ou em série, exceto quando instalada sem edifícios com mais de 3 (três) pavimentos ou 750,00 m2 (setecentos e cinquenta metros quadrados). Art. 14 - Procedida a vistoria e constatado que a obra foi realizada em consonância com o projeto aprovado, obriga-se a Prefeitura a expedir o "habite-se" no prazo de 15 dias, a partir da data de entrada do requerimento acompanhado de: I - Cópia do projeto aprovado e alvará para construção. II - CND Municipal. Art. 15 - Poderá ser concedido "habite-se" parcial a juízo do órgão competente da Prefeitura Municipal. Parágrafo Único - O "habite-se" parcial poderá ser concedido nos seguintes casos: I - Quando se tratar de prédio de mais de 1 pavimento e cada um puder ser utilizado independentemente no mesmo lote. II - Quando se tratar de mais de uma construção feita independentemente no mesmo lote. III - Quando se tratar de mais de uma edificação em vila ou conjunto habitacional, estando o seu acesso devidamente concluído. IV - O habite-se parcial somente poderá ser concedido caso não haja perigo para o público e para os habitantes 5.3) De quem foi a responsabilidade pela produção do empreendimento Nelson Mandela, incluindo as obrigações tipo: - Contratações de Projetos; Escolha e contratação dos profissionais engenheiros ou arquitetos que acompanharam a execução da obra; - Realização de testes e ensaios de materiais e serviços; - Definição, compra e pagamento dos materiais e equipamentos utilizados na obra; - Escolha e contratação da mão de obra; - Zelar pela integridade e segurança dos imóveis vizinhos. A responsabilidade pela produção do empreendimento Nelson Mandela, incluindo as obrigações acima descritas é da empresa Direcional Engenharia S/A. 5.4) Informar o nome, título e número de registro do profissional dos engenheiros e arquitetos responsáveis pela elaboração dos projetos (arquitetura, estrutura/fundações,instalações elétricas e hidro sanitárias), bem como pela execução da obra. Os projetos e seus responsáveis são: 1 – Projeto de Fundação - Eng° Francisco Oliveira Filho, CREA-DF 1791/D; 2 - Projeto, Montagem e Execução de Reservatório de Água – Eng° Vandrigo Nunes da Costa, CREA-SP 5063724200; 3 – Projeto Instalação de Rede de Gás – Eng° Weber de Freitas Carvalho, CREA-MG 1407136046; 4 – Projeto Instalação Rede Hidráulica - Eng° Weber de Freitas Carvalho, CREA-MG 1407136046; 5 - Projeto de Fundação – Eng° Renato Salles Cortopassi, CREA-DF 7609/D; 6 – Projeto Muro de Arrimo – Eng° Antônio Carlos Nogueira Rabelo, CREA- MG 1405071753; 7 - Projeto de Combate a Incêndio – Eng° Kely Cristina de Oliveira, CREA-GO 12609/D; GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 8 – Projeto de Arquitetura – Arquiteto Andrey Amador Machado, CAU A-19477-8; 9 – Projeto elétrico – Não foi apresentada ART. Execução de Obra - Eng° José Vieira Dornelas Neto, CREA-MG 141393/D; Execução de Obra - Eng° Luiz Otavio Batista da Silva Soares, CREA-SP 5062417543; Execução de Obra - Eng° Fernando Fernandes de Almeida, CREA-GO 10475/D; Execução de Obra - Eng° Wediman Diniz Faria, CREA-DF 21127/D; Execução de Obra - Eng° Alexsander Toledo de Almeira, CREA-GO 21004/D; Execução de Obra - Eng° Eduardo de Almeida Souza, CREA-BA 48519/D; Execução de Obra - Eng° Vinícius Viana Azevedo, CREA-DF 20617/D; Execução de Obra - Eng° Ricardo Valadares Gontijo, CREA-MG 12123/D. 5.5) Existe algum documento informando que a CAIXA interferiu na elaboração e aprovação dos projetos ou na conclusão da obra? Não existem documentos atestando ou referenciando interferências na elaboração e aprovação dos projetos, inclusive na conclusão da obra. 5.6) Quais são dos danos físicos apresentados no imóvel da autora da ação? Quais são as prováveis causas dos problemas observados, tanto interna quanto externamente? É possível que tenham sido causados pela obra do empreendimento Nelson Mandela? Se sim, justifique. Os danos físicos apresentados no imóvel da AUTORA são: a) Fissuras verticais e horizontais nas paredes da sala, quartos e cozinha; b) Forro de gesso da sala e cozinha com deformações e desplacamento; c) Trincas nas paredes do fundo, sala e cozinha; d) Piso cerâmico com degaste excessivo; Essas fissuras foram causadas por situações externas. Durante a fase de construção, ocorre o aumento dos níveis de poeira em suspensão, resultante do processo de movimentação de terra devido à terraplanagem e construção de aterros. Também deve ser considerado o lançamento de material particulado e gases resultante do funcionamento de motores a óleo diesel das máquinas e caminhões utilizados para a construção do corredor de transporte – a rua VC-52 foi utilizada como corredor de transporte. A implantação da obra implica na utilização de máquinas e equipamentos inerentemente geradores de ruídos, particularmente na movimentação de terra (escavadeiras, pá carregadeiras, motoniveladoras, caminhões e outros), fundações (bate- estacas, marteletes, pneumáticos, compactadores e outros), obras civis (betoneiras, vibradores). A geração de ruídos por parte de tais equipamentos é variável de acordo com a fase evolutiva da obra. O perfil topográfico não apresenta barreiras físicas (acústicas) à propagação do ruído para áreas circunvizinhas, e a vegetação é constituída por espécies de hábito rasteiro e de pequeno porte. A alteração topográfica resultará das cavidades realizadas para a aquisição de materiais de empréstimo, necessários para a substituição de solos moles e construção de aterros e bermas de equilíbrio. Por sua vez, as escavações necessárias para a substituição de material do subleito, irão gerar sedimentos a serem dispostos em áreas de bota-fora. Nessa fase, ocorreu a movimentação de veículos pesados e demais equipamentos, que procederam a movimentação de terras, pavimentações etc. Estas atividades geraram gases poluentes e particulados, que se depositam sobre as superfícies próximas. Durante o período de exposição dos solos pelas obras de terraplenagem, as chuvas carrearam material para as ruas próximas e para as GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 bocas de lobo , causando o entupimento dessas bocas de lobo contribuindo ainda mais para o alagamento das vias públicas. Vale destacar, ainda, que a rede de drenagem está subdimensionada. Os adensamento e recalques ocorreram durante o processo de construção do empreendimento e pavimentação das ruas e foi intensificado com a movimentação de veículos, em especial os de carga pesada. As edificações vizinhas ao empreendimento recebem uma componente substancial de deformação horizontal devido ao efeito provocado pelas obras de terraplanagem, fundações e sendo, portanto, mais solicitadas por aquelas sujeitas apenas à ação do peso próprio. Podemos incluir na deformação de tração crítica a componente de deformação horizontal (εh) induzida pelos trabalhos em terra, resultando assim em valores menores de distorção angular admissível para o início de ocorrência de danos, trabalhando com a classificação de danos visíveis em paredes tendo em vista a facilidade de reparação. Apresentamos a Tabela 4.2. Os movimentos do solo devido aos trabalhos em terra e fundação propagam-se em forma de onda, atingindo a estrutura gradualmente, e, com isto, aumentam a relação entre a largura deformada e a altura da estrutura L/H. Com base nestas observações, consideramos que as deformações devido ao cisalhamento são o parâmetro apropriado para se relacionar com o comportamento da estrutura da residência da AUTORA. GIOVANY DA LUZ Eng° Civil e Segurança do Trabalho PERÍCIAS ENGENHARIA CIVIL E TRABALHISTA CREA-GO 5838/D Rua João de Abreu, 673, quadra K-9, lote 06 – sala 9 – Setor Oeste – Goiânia – Goiás – CEP74.120-110 Fone(s): 62 – 9838-2568 / 62 – 98125-8641 5.7) É possível que tais problemas poderiam ter ocorrido, mesmo sem a implantação do empreendimento Nelson Mandela? Podemos afirmar que os alagamentos poderiam ter ocorrido, em menor grau, mesmo sem a implantação do empreendimento. 5.8) Esses problemas comprometeram ou comprometem a habitabilidade do imóvel da autora da Ação ? A Parte 1 da NBR 15575/2013, trata sobre os objetivos, conceitos e premissas gerais sobre o tema, bem como, define os requisitos gerais que se aplicam a todos os sistemas das construções habitacionais. Já as demais partes, abordam os requisitos de cada sistema em suas especificidades, consistindo em possuir menos conceitos e mais técnicas. Ainda, em todas as partes desta norma, os sistemas são analisados em termos dos desempenhos mínimos obrigatórios para os quatro grupos de exigências citadas abaixo: I. Segurança: Estrutural; Contra o fogo; No uso e ocupação. II. Habitabilidade: Estanqueidade; Desempenho térmico; Desempenho acústico; Desempenho Lumínico; Saúde, higiene
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