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QUESTÕES COMENTADAS REVALIDA APRESENTAÇÃO Prezado aluno, Nós, da Medcel, sabemos quantos desafios e obstáculos você enfrentou para chegar até aqui. Você superou os seus próprios limites e é uma inspiração para o nosso time! Agora, nessa reta final de estudos, queremos continuar te apoiando e te preparando para que atinja todas as suas metas. Esta coleção foi preparada por uma equipe de mais de 100 profissionais, que se orgulha de fornecer o melhor material do mercado para que você se prepare para as provas e possa realizar os seus sonhos. Este livro é apenas um dos objetos de aprendizagem que disponibilizamos para você. Em sua plataforma exclusiva de estudos, é possível encontrar outros formatos para o seu preparo, conforme o seu tempo e a sua fase de estudos. Estamos determinados a lhe oferecer meios que mais se adaptam a você e sua rotina, porque sabemos que o melhor jeito de estudar é o seu. Conte com nosso suporte em mais este desafio de sua carreira. Bons estudos! Um grande abraço, Time Medcel ASSESSORIA DIDÁTICA Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica Médica e em Dermatologia pela Faculda- de de Medicina de Jundiaí (FMJ). Professor assistente do Serviço de Der- matologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU). Andrey Augusto Malvestiti Graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Dermatologia pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Título de Especialista em Dermato- logia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), de onde é membro efetivo. Médico dermatologista das equipes de Checkup e Mapeamento Corporal e Dermatoscopia Digital do Hospital Israelita Albert Einstein. Médico assistente do Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX-SP) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Andrezza Bertolaci Medina Graduada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Médica hematologis- ta do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Antonela Siqueira Catania Graduada em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela UNIFESP. Pós-doutora em Endocrinologia pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP). Título de especialista em Endocrinologia e Metabo- logia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Antonio Paulo Durante Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS). Especia- lista em Cirurgia Geral e em Cirurgia Pediátrica e mestre em Gastroente- rologia Cirúrgica pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE-SP). Doutor em Experimentação Cirúrgica e Cirurgia Pediátrica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Título de especialista em Cirurgia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica e em Videocirurgia pela Sociedade Brasileira de Videocirurgia (SOBRACIL). As- sistente do Serviço de Cirurgia Pediátrica do HSPE-SP e do Hospital Muni- cipal Infantil Menino Jesus. Bárbara Beatriz Garcia Raskovisch Bartholo Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Ja- neiro (UNIRIO). Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Mestranda em Obstetrícia pela UERJ. Bruna Savioli Graduada em Ciências Médicas pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES). Especialista em Clínica Médica e em Reumatologia pelo Hospi- tal do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE-SP). Pós-graduanda em Ciências Aplicadas em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Médica preceptora do Serviço de Residência de Clínica Médica do HSPE-SP. Bruno Peres Paulucci Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Otorrinolaringologia e subespecialista em Cirur- gia Plástica facial pelo HC-FMUSP, onde também cursou doutorado e é mé- dico colaborador. Pós-graduado em Medicina Estética e Cirurgia Plástica Facial pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITEP). Membro da Associa- ção Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervicofacial (ABORL-CCF) e da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica Facial (ABCPF). César Augusto Guerra Graduado em Medicina e especialista em Clínica Médica e em Geriatria pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde é preceptor da unida- de hospitalar da Residência de Geriatria. Cibele Marino Pereira Graduada pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA). Especialis- ta em Ortopedia e Traumatologia pelo Hospital do Pari (São Paulo). Mem- bro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Fellow em Oncologia Ortopédica pelo Hospital A. C. Camargo. Pós-graduanda em Fisiologia do Exercício Aplicada à Clínica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Ortopedista no Hospital Municipal do Jabaquara Dr. Ar- thur Ribeiro de Saboya. Daniel Cruz Nogueira Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Especialista em Oftalmologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Fellow em Retina pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Membro do Hospital dos Olhos de Dourados - Dourados - MS. Preceptor de catarata na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Estágio em retina e vítreo na University of California, San Francisco (UCSF - EUA). Durval Alex Gomes e Costa Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Especialista em Infectologia pelo Hospital Heliópolis. Doutor em Doenças Infecciosas pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Médico infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Heliópolis. Coordenador da Preceptoria Médica da Residência de Infectologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Eduardo Bertolli Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Cirurgia Geral pela PUC-SP. Títu- lo de especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Especialista em Cirurgia Oncológica pelo Hospital do Câncer A. C. Camargo, onde atua como médico titular do Serviço de Emergência e do Núcleo de Câncer de Pele. Título de especialista em Cancerologia Cirúrgica pela Sociedade Brasileira de Cancerologia. Membro titular do CBC e da So- ciedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Instrutor de ATLS® pelo Núcleo da Santa Casa de São Paulo. Fábio Roberto Cabar Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Mestre e doutor em Obstetrícia e Ginecologia pelo HC-FMUSP, onde é médico preceptor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia. Título de especialista pela Federação Brasileira das Associações de Gineco- logia e Obstetrícia (FEBRASGO). Gabriel Fernando Todeschi Variane Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Pau- lo (FCMSCSP). Especialista em Pediatria pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Título de especialista em Pedia- tria (TEP) pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Especializando em Neonatologia pelo Serviço de Neonatologia do Departamento de Pediatria da ISCMSP. Instrutor do Curso de Suporte Avançado de Vida em Pediatria – PALS (Pediatric Advanced Life Support) –, treinado e credenciado pela American Heart Association. Hélio A. Carneiro Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Cirurgia Oncológica pela Fundação Antônio Prudente (A.C.Camargo Cancer Center). Cirurgião geral e oncológico dos Hospitais Adventista, Paulistano e PREVENT. Jeane Lima e Silva Carneiro Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).Espe- cialista em Medicina de Família e Comunidade pela Pontifícia Universida- de Católica do Paraná (PUC-PR). Cursando mestrado em Ciências (área de concentração: Medicina Preventiva) pela Faculdade de Medicina da Univer- sidade de São Paulo (FMUSP). Preceptora na Universidade Nove de Julho (UNINOVE). Kelly Roveran Genga Graduada pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Especialista em Clínica Médica pela Casa de Saúde Santa Marcelina, em Hematologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Terapia Intensiva pelo Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). Licia Milena de Oliveira Graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Pau- lo (FCMSCSP) e em Filosofia pela Universidade São Judas Tadeu (USJT). Especialista em Psiquiatria e em Medicina Legal pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) e em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Ambulatório de Ansiedade (AMBAN) do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP. Título de especialista em Psiquiatria e Psiquiatria Forense pela Associação Brasileira de Psiquia- tria. Médica assistente do Instituto de Psiquiatria no HC-FMUSP. Membro da comissão científica e do ambulatório de laudos do NUFOR (Núcleo de Estudos de Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica da Faculdade de Me- dicina da Universidade de São Paulo). Perita oficial do Juizado Especial Federal de São Paulo. Luana Bessa Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Cea- rá (UFC). Especialista em Pediatria pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC- -FMUSP). Médica plantonista do pronto-socorro infantil dos Hospitais Sepaco e Cruz Azul. Lucas Primo de Carvalho Alves Graduado em Medicina e doutorando em Psiquiatria pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Psiquiatria pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Lúcia Cláudia Pereira Barcellos Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Especialista em Gastroenterologia e em Endoscopia pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE-SP). Título de especia- lista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG). Título de especialista em Endoscopia pela Sociedade Brasileira de Endoscopia (SOBED). Lygia de Souza Lima Lauand Graduada em Medicina pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Especialista em Pediatria e Puericultura e em Gastroenterologia e Hepatologia Pediátrica pela ISCMSP, departamen- tos dos quais é médica assistente. Médica preceptora da Residência Mé- dica de Pediatria do Hospital Municipal da Criança e do Adolescente de Guarulhos, SP. Mariana Fabbri Guazzelli de Oliveira Pereira Sartorelli Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clíni- cas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Mariana Póvoa Graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Especialista em Pediatria pelo Instituto de Pediatria Martagão Gesteira, da UFRJ, e em Cardiopediatria pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Instrutora de Pediatria do Centro de Treinamento Berkeley, cardiopediatra e eco- cardiografista do grupo Baby Cor e plantonista do Hospital Pro Criança Jutta Batista. Marina Gemma Graduada em Obstetrícia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Mestre em Ciências pela Faculda- de de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP). Professora assistente junto ao curso de Obstetrícia da EACH-USP. Rafael Mattosinhos Spera Graduado em Medicina pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela ISCMSP. Renato Akira Nishina Kuwajima Graduado em Medicina pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Es- pecialista em Clínica Médica pela Irmandade da Santa Casa de Misericór- dia de São Paulo (ISCMSP) e em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzane- se. Médico emergencista do Hospital do Câncer A. C. Camargo. Ronald Reverdito Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Especialista em Cirurgia Geral pela Associação Beneficente de Campo Grande – Hospital Santa Casa e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Talita Colombo Graduada pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNO- CHAPECÓ). Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pelo Complexo Hos- pitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Especialista em Reprodução Humana pelo Hospital São Lucas da Pontifícia Universida- de Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Médica plantonista do Centro Obstétrico do Hospital Dom João Becker. Tatiana Mayumi Veiga Iriyoda Graduada em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Es- pecialista em Clínica Médica e em Reumatologia pela UEL. Especialista em Aperfeiçoamento em Dor pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Título de especialista em Reumatologia pela Socieda- de Brasileira de Reumatologia (SBR). Thatiane Fernandes Graduada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Especialista em Psiquiatria pelo Hospital Universitário Pedro Er- nesto, da UERJ, e em Psiquiatria Forense pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Título de especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria. Médica assistente do Núcleo de Psiquiatria Forense (NUFOR) do HC- -FMUSP. Perita da Justiça Federal do Estado de São Paulo. Thiago Fernandes Diaz Graduado pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Especialista em Clínica Médica e Nefrologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Me- dicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Médico nefrologista da Real e Benemérita Sociedade de Beneficência Portuguesa de São Paulo e da Clínica Renal Class/Grupo CHR. Médico chefe de plantão do Hospital Estadual de Vila Alpina. Thiago Prudente Bártholo Graduado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Especialista em Clínica Médica e em Pneumologia pela UERJ. Pós- -graduado em Medicina Intensiva pela Faculdade Redentor e em Tabagis- mo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Médi- co pneumologista da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) e da UERJ. Chefe do Gabinete Médico do Colégio Pedro II (Rio de Janeiro). Mestre em Pneumologia e doutorando em Pneumologia pela UERJ, onde é coordenador dos ambulatórios de Asma e de Tabagismo. Victor Celso Cenciper Fiorini Graduado em Medicina e especialista em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Neurologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC- -FMUSP). Título de especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasi- leira de Clínica Médica (SBCM) e em Neurologia pela Academia Brasileira de Neurologia, onde é membro titular. Professor de Neurologia do Centro Universitário São Camilo e médico neurologista do corpo clínico dos Hos- pitais Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz e Santa Catarina. SUMÁRIO QUESTÕES - Clínica Médica ..............................................................11 QUESTÕES - Clínica Cirúrgica ..........................................................93 QUESTÕES - Ginecologia e Obstetrícia ....................................... 155 QUESTÕES - Pediatria .................................................................... 203 QUESTÕES - Epidemiologia ........................................................... 253 COMENTÁRIOS - Clínica Médica .................................................. 299 COMENTÁRIOS - Clínica Cirúrgica ...............................................367 COMENTÁRIOS - Ginecologia e Obstetrícia ............................... 411 COMENTÁRIOS - Pediatria ............................................................ 463 COMENTÁRIOS - Epidemiologia ................................................... 507 Clínica Médica Questões QUESTÕES COMENTADAS REVALIDA Q u es tõ es Questões Clínica Médica 2017 - INEP 1. Um homem de 55 anos procura atendimento em Uni- dade Básica de Saúde (UBS) por apresentar furunculose de repetição. Durante a investigação de fator predispo- nente, cogita-se a possibilidade de infecção pelo vírus da imunodefi ciência humana (HIV). O paciente relata que não tem fi lhos e vive em união estável há cerca de 20 anos. Nega uso de preservativo nas relações sexuais com sua parceira e afi rma não ter relacionamentos ex- traconjugais. Refere 4 parceiras prévias a atual e afi rma que sempre fez uso de preservativo nas relações sexuais com essas parceiras. Nega transfusões sanguíneas ou ci- rurgias prévias. Em face desse quadro, o médico deve: a) solicitar sorologia anti-HIV, sem ser necessário pedir autorização ao paciente; e, sendo a sorologia positiva, iniciar o tratamento antirretroviral se a contagem de linfócitos T CD4+ for ≤350 células/mm3, nada devendo informar à parceira, de modo a manter o sigilo médico recomendado pelo Código de Ética Médica b) solicitar sorologia anti-HIV, caso autorizado pelo paciente após o aconselhamento pré-teste, e, sen- do positiva, iniciar o tratamento antirretroviral se a contagem de linfócitos T CD4+ for ≤500 células/mm3; e solicitar, ainda, que o paciente leve sua parceira à UBS para oferecer-lhe aconselhamento e testagem anti-HIV c) solicitar sorologia anti-HIV, caso autorizado pelo pa- ciente após aconselhamento pré-teste, e, sendo posi- tiva, iniciar o tratamento antirretroviral se a conta- gem dos linfócitos T CD4+ for ≤500 células/mm3; e, ainda, convocar, de imediato, a parceira do paciente para aconselhamento e testagem, comunicando-lhe o diagnóstico do parceiro d) solicitar sorologia anti-HIV, sem haver necessidade de pedir autorização ao paciente, e, sendo a sorolo- gia positiva, iniciar o tratamento antirretroviral se a contagem de linfócitos T CD4+ for ≤350 células/ mm3; e, ainda, aguardar a oportunidade de testagem da parceira do paciente, quando ela for à UBS, para comunicar-lhe o diagnóstico do parceiro Tenho domínio do assunto Refazer essa questão Reler o comentário Encontrei difi culdade para responder 2017 - INEP 2. Um homem de 38 anos, portador de diabetes mellitus tipo 1 desde os 12 anos, sem tratamento regular de sua doença de base, foi admitido no centro de tratamento intensivo em razão de quadro de sepse grave. Segundo relato de familiar, o paciente iniciou, há cerca de 4 dias, quadro de tosse produtiva e febre alta. Fez uso de sin- tomáticos (mucolítico e antitérmico) sem obter melhora. Há 24 horas, passou a apresentar diminuição importan- te de débito urinário e, há 3 horas, prostração e rebaixa- mento do nível de consciência. O exame físico demons- tra temperatura axilar = 38,6°C, frequência cardíaca = 112bpm, frequência respiratória = 33irpm (com tiragem intercostal) e pressão arterial = 68x40mmHg. Solicita- dos exames complementares de urgência, o hemogra- ma revela 26.000 leucócitos/mm3 (valor de referência: 4.000 a 10.000/mm3) e 16% bastões (valor de referên- cia: 0 a 5%). Diante desse quadro, a conduta inicial apro- priada deve ser: a) colher hemoculturas e iniciar imediatamente ressus- citação volêmica e antibioticoterapia direcionada a germes atípicos com claritromicina b) colher hemoculturas e iniciar imediatamente ressus- citação volêmica e antibioticoterapia intravenosa de amplo espectro com ceftriaxona e azitromicina c) colher secreção traqueal para bacterioscopia e cultu- ra e solicitar tomografi a computadorizada de tórax de alta resolução, para defi nir esquema antibiótico d) colher secreção traqueal para bacterioscopia e cultura e solicitar radiografi a de tórax em AP no leito, aguar- dando resultados para início da antibioticoterapia Tenho domínio do assunto Refazer essa questão Reler o comentário Encontrei difi culdade para responder 2017 - INEP 3. Uma criança de 10 anos, vítima de mordedura de seu próprio cão na região da bochecha direita, é conduzida pelos pais à Unidade de Pronto Atendimento, apresen- tando ferida de aproximadamente 3cm de extensão e 1,5cm de profundidade, sem comprometimento de mús- culos ou vasos. Os pais informam que a criança teve fe- rimento no pé esquerdo há 8 meses, quando fez uso de 3 doses da vacinação antitetânica. O médico de plantão lavou copiosamente a ferida com água e sabão e fez lim- peza com solução degermante de polivinilpirrolidona. Recomendou, ainda, a observação do cão por 10 dias. Além das providências tomadas, quais condutas deve- rão ser adotadas pelo médico? a) fechamento da ferida por 2ª intenção, profi laxia con- tra raiva (14 doses da vacina) e antibioticoprofi laxia por 5 a 7 dias C om en tá ri os Questão 1. Trata-se de uma questão que abordou concei- tos importantes relacionados à infecção por HIV/AIDS. Foram exigidos 3 conhecimentos: - A testagem anti-HIV só pode ser realizada com a con- cordância do paciente; a rigor, essa regra vale para qualquer conduta médica, ainda que rotineiramente ig- noremos – médicos e pacientes – essa rotina. No caso específi co do HIV, como o resultado do exame pode ter impacto relevante na vida do indivíduo, essa recomen- dação acaba sendo expressa; - Um pequeno deslize do examinador, mas que não inva- lida a questão. Atualmente, preconizamos o tratamen- to do HIV tão logo a sorologia seja positiva, indepen- dentemente da contagem de CD4 – seria “mais correto” se houvesse alternativa nesses termos; no entanto, ainda que sugerida pelo Ministério, a recomendação com evidência científi ca é iniciar com CD4 <500/mm3. Enfi m, quando abaixo de 500, o tratamento estará for- malmente indicado; acima de 500, a decisão é individu- alizada, com tendência maior a iniciar o esquema; - O paciente deve levar a parceira para aconselhamento e testagem; apenas nos casos em que há recusa do pa- ciente de seguir as orientações fornecidas pela equipe de saúde, para a proteção de terceiros, é que a convo- cação pode ser sumária, com quebra do sigilo. Gabarito = B Questão 2. Questão de cunho prático importante, com quadro que provavelmente representa pneumonia adquirida na comunidade. Na questão, o examinador sequer exigiu que defi níssemos a presença de sepse conforme os novos critérios – já caracterizou o quadro como sepse grave (termo que os novos critérios têm abolido). Vejamos como estabelecer o raciocínio na questão: 1 - Há “sepse grave” com hipotensão de foco pulmonar. 2 - Na presença de hipotensão, a medida imediata inicial sempre será ressuscitação volêmica. 3 - Na presença de sepse, deve-se colher culturas e ini- ciar antibióticos. 4 - Se a sepse estiver caracterizada como de foco pul- monar (os sintomas indicam isso), muito provavelmente haverá pneumonia, e o exame de imagem é importante, mas não deve retardar o início do tratamento. 5 - Hemoculturas devem ser colhidas; secreção traque- al é reservada para os casos de pneumonia nosocomial com ventilação mecânica. Os antibióticos devem ser orientados conforme reco- mendações para pneumonia. Macrolídeos isoladamente somente são adequados para tratamento domiciliar; não há dúvidas, pela própria defi nição de sepse grave, de que esse indivíduo deve permanecer internado. Assim, o es- quema da alternativa “b” é o adequado. Gabarito = B Questão 3. A medida inicial de tratamento inclui lavar com água e sabão abundantemente, aplicar polivinilpirrolido- na ou clorexidina. Depois disso, a criança deve ser avalia- da para profi laxia para tétano (já tem vacinação anterior, portanto não há necessidade) e avaliar o fechamento ou não da ferida, que pode ser realizado por medidas estéti- cas em locais como a face – caso dessa criança. A profila- xia contra raiva depende do cão (se é possível observá-lo por 10 dias, se ele é conhecido, se tem suspeita de raiva) e se o acidente é leve ou grave. Nesse caso, o acidente é grave e o cão é conhecido, por isso sem suspeita de raiva no momento da agressão. Nesse caso, inicia-se o trata- mento com 2 doses da vacina contra raiva, 1 no dia zero e outra no dia 3, e observa-se o animal por 10 dias. No caso de a suspeita de raiva ser descartada após o 10º dia de observação, suspende-se o esquema profi lático e encer- ra-se o caso. Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, completa-se o esquema até 4 doses, e aplica-se 1 dose entre o 7º e o 10º dias e 1 dose no 14º dia. O paciente deve ser orientado a informar imediatamente a unidade de saúde caso o animal morra, desapareça ou se torne raivoso, já que podem ser necessárias novas intervenções de forma rápida, como a aplicação do soro ou o prossegui- mento do esquema de vacinação. Gabarito = C Questão 4. Há diversas formas de entender a resposta correta, mas observemos as mensagens do caso: viagem no verão e síndrome febril aguda com rash cutâneo au- tolimitado. Ainda que pudéssemos pensar que o verão tivesse sido citado para sugerir lesão cutânea por fotos- sensibilidade, que pode estar presente no lúpus, o qua- dro jamais seria autolimitado, muito menos apresentaria síndrome febril aguda. Observe-se ainda que, ao fi nal do caso, o examinador torna menos provável ainda a hipó- tese, citando normalidade de hemograma e exame de urina. Enfi m, faltam dados para lúpus. Artrite reumatoide e osteoartrose são doenças crôni- cas. Outrossim, na primeira, nunca há o envolvimento Comentários Clínica Médica Sem nome
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