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revalida S e j a m é d i c on o B r a s i l2018
1º INTENSIVÃO 
REVALIDA
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
http://qualitycursosmedicos.com
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
Clínica Cirúrgica
Clínica Médica
Ginecologia e Obstetrícia
Saúde Coletiva (SUS)
Pediatria
1º INTENSIVÃO 
REVALIDA
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Clínica Médica
Ginecologia e Obstetrícia
Saúde Coletiva (SUS)
Pediatria
Clínica Cirúrgica 05
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© 2018 by Quality Health
Todos os direitos reservados.
A cópia, venda, distribuição ou reprodução deste material, total ou parcial
mente, é expressamente proibido.
Capa, projeto gráfico e diagramação: Jorge L. G. M. Herrero
Revisão geral: Fernanda Gomes Enéas da Silva
Autor: Cleiton Mendes Lopes
Este material foi desenvolvido para contribuir na preparação do aluno para o 
processo de revalidação do diploma médico. Os protocolos do ministério da 
saúde serviram de principal base para o desenvolvimento deste conteúdo, 
sendo assim, podem existir divergências em relação às demais fontes (livros, 
associações, instituições, etc).
Av. José Maria de Brito, 1000, Centro Comercial Rorato
CEP 85864-320, Sala 04, Segundo Andar
Bairro Jardim das Nações, Foz do Iguaçu - PR
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EDUCAÇÃO MÉDICA
CLÍNICA CIRÚRGICA
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
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EDUCAÇÃO MÉDICA
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 Uma mulher com 72 anos de idade foi atendida na sala de emergência 
de um hospital por apresentar quadro de dor abdominal com 24h de evolu-
ção. Ao exame físico, a paciente estava em bom estado geral, afebril, com 
frequência cardíaca= 88 bpm e pressão arterial= 150X95 mmHg; e seu 
abdome apresentava-se doloroso a palpação em fossa ilíaca esquerda, sem 
sinais de irritação peritoneal. Foi realizada uma tomografia de abdome que 
evidenciou quadro de diverticulite aguda com imagem sugestiva de abcesso 
de 1,5 cm de diâmetro junto a parede do sigmoide e ausência de pneumope-
ritônio. Diante desse quadro, a conduta adequada é:
A) Exploração cirúrgica e antibioticoterapia 
B) Jejum, hidratação e antibioticoterapia 
C) Drenagem percutânea do abcesso 
D) Jejum, colonoscopia e biópsia
Resposta
É um caso de diverticulite aguda. Para o tratamento das diverticulites é ne-
cessário classifica-las de acordo com a classificação de Hinchey. O caso 
descrito é um Hinchey I, e o tratamento é clínico, apenas com hidratação, 
jejum e antibioticoterapia.
Questão 8 Cirurgia (2017)
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
07
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Um homem com 28 anos de idade deu entrada em um pronto socorro 
hospitalar, queixando-se de dor no quadrante inferior direito do abdome, com 
irradiação para região lombar ipsilateral, tempo de evolução de 2 dias, acom-
panhada de febre (38,2 graus C) disúria e diarreia. Ao exame físico, apresen-
tava sinais de Blumberg e Rovsing positivos. Foram solicitados alguns 
exames complementares, cujos resultados são: Leucócitos= 15.000/mm3 
(valor de referência: 4.000 a 11.000/mm3), com 22% bastonetes (valor de 
referência: 0 a 4%), radiografia de abdome sem alterações significativas; 
ultrassonografia abdominal cujo laudo indicou apêndice cecal de 8mm de 
diâmetro e observação para considerar a hipótese de apendicite de acordo 
com critérios clínicos. O cirurgião de plantão, suspeitando de apendicite 
aguda, indicou cirurgia com incisão em quadrante inferior direito. Durante o 
inventário cirúrgico, identificou-se um apêndice cecal de aspecto normal, 
sem alterações macroscópicas e sem exsudações periapendiculares. Consi-
derando essa situação, a conduta cirúrgica adequada no período intraopera-
tório é:
A) Realizar inspeção da cavidade, esperar o paciente acordar e discutir com 
a família a realização da apendicectomia 
B) Não realizar apendicectomia, pois não há evidência de inflamação e os 
riscos não justificam a remoção do apêndice 
C) Realizar apendicectomia, caso a inspeção da cavidade seja negativa para 
outras patologias intra-abdominais 
D) Realizar apendicectomia, mesmo que seja encontrada outra patologia 
intra-abdominal 
Resposta
Os pacientes submetidos a incisão em quadrante inferior direito devem ser 
apendicectomizados mesmo após excluída afecção do apêndice cecal, 
tendo sido encontrada e tratada outra patologia abdominal ou não. Se esse 
paciente não tiver o seu apêndice ressecado e vier a ter uma apendicite no 
futuro, vai causar uma dúvida durante o seu atendimento, pois haverá uma 
incisão de McBurney e o médico vai julgar que ele já é apendicectomizado, 
levando a prejuízo para o paciente com atraso na cirurgia.
Questão 13 Cirurgica (2017)
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
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EDUCAÇÃO MÉDICA
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 Um homem de 45 anos de idade, tabagista crônico e hipertenso, é ad-
mitido em um hospital para correção de aneurisma aortoiliaco esquerdo, com 
a utilização de prótese vascular. Durante a checagem de informações do pro-
tocolo de cirurgia segura, a conduta adequada do cirurgião assistente é:
A) Indicar antibioticoterapia e não profilaxia para minimizar o risco de infec-
ção. 
B) Indicar antibioticoprofilaxia em cirurgia vascular porque há o uso de próte-
se. 
C) Indicar antibioticoprofilaxia em paciente porque há comorbidades. 
D) Não indicar antibioticoprofilaxia por tratar-se de cirurgia limpa.
Resposta
Está indicada a profilaxia em cirurgias vasculares com uso de prótese. Está 
indicada também em cirurgias contaminadas e em pacientes com diabetes 
descompensada, imunodeprimidos ou portadores de mais de 3 diagnósti-
cos.
Questão 15 Cirúrgica (2017)
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
09
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Um homem com 70 anos de idade, hipertenso, foi atendido em uma 
Unidade de Emergência com quadro de bexigoma e infecção urinária, 
quando foi feita a passagem de sonda vesical de demora e iniciada antibioti-
coterapia. Após remissão completa do quadro infeccioso, o paciente foi 
internado no serviço de urologia de um hospital universitário para realização 
de ressecção transuretral de próstata. Ao ser submetido à avaliação pré-
-anestésica, informa, na anamnese, ser portador de marca-passo cardíaco, 
mas não sabe identificar o modelo e nem possui o cartão de identificação de 
usuário de marca-passo. O paciente informa ainda fazer uso regular de ácido 
acetilsalicílico (100 mg/dia).
 Com base nessas informações, qual deve ser a conduta subsequente 
da equipe médica assistente, anestesista e cirurgião, tendo em vista a reali-
zação de uma cirurgia segura?
A) Dar alta hospitalar e reprogramar a cirurgia para depois da avaliação car-
diológica ambulatorial.
B) Marcar a cirurgia para o dia seguinte, desde que haja suporte do cardiolo-
gista no transoperatório.
C) Manter o paciente internado e suspender a cirurgia até que haja avaliação 
e liberação pela equipe da cardiologia.
D) Marcar a cirurgia para o dia seguinte; administrar vitamina K e, se neces-
sário, transfundir plasma fresco congelado no transoperatório.
Resposta
Como o quadro infeccioso do paciente teve remissão completa e o paciente 
não se encontra em risco eminente de morte. Por ser cardiopata, portador de 
marca-passo e irá ser submetido a um procedimento cirúrgico, é indispensá-
vel avaliação cardiológica, assim como emissão de autorização para realiza-
ção do procedimento.
Questão 7 Cirúrgica (2016)
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 Durante o plantão em um Hospital Geral, chegam várias vítimas de um 
acidente com ônibus, as quais, após avaliação, são encaminhadas para cirur-
gia de urgência. Foi necessário convocar o clínico geral para instrumentar 
uma laparotomia. A figura abaixo representa a referência de montagem da 
mesa de instrumentação a ser seguida pelo médico.
Nessa situação, o médico instrumentador deve posicionar:
A) os instrumentos de corte no quadrante 3, porque são os primeiros a serem 
utilizados.
B) os afastadores junto ao material da diérese, porque são acessórios essen-
ciais nesse tempo cirúrgico.
C) os instrumentos da síntese, agrupados, nos quadrantes 2 e 4, pois serão 
os mais utilizados durante o procedimento.
D) os instrumentos de hemostasia com a ponta voltada para os quadrantes 
1 ou 2, facilitando a passagem desses para a mão dos cirurgiões.
Resposta
Está indicada a profilaxia em cirurgias vasculares com uso de prótese. Está 
indicada também em cirurgias contaminadas e em pacientes com diabetes 
descompensada, imunodeprimidos ou portadores de mais de 3 diagnósti-
cos.
Questão 30 Cirúrgica
QUESTÃO
Nessa situação, o médico instrumentador deve posicionar:
QUESTÃO
Nessa situação, o médico instrumentador deve posicionar:
A) os instrumentos de corte no quadrante 3, porque são os primeiros a serem QUESTÃOA) os instrumentos de corte no quadrante 3, porque são os primeiros a serem 
ANULADAB) os afastadores junto ao material da diérese, porque são acessórios essenANULADAB) os afastadores junto ao material da diérese, porque são acessórios essen
Nessa situação, o médico instrumentador deve posicionar:
A) os instrumentos de corte no quadrante 3, porque são os primeiros a serem 
B) os afastadores junto ao material da diérese, porque são acessórios essen
ciais nesse tempo cirúrgico.
Nessa situação, o médico instrumentador deve posicionar:
A) os instrumentos de corte no quadrante 3, porque são os primeiros a serem 
utilizados.
B) os afastadores junto ao material da diérese, porque são acessórios essen
ciais nesse tempo cirúrgico.
C) os instrumentos da síntese, agrupados, nos quadrantes 2 e 4, pois serão 
A) os instrumentos de corte no quadrante 3, porque são os primeiros a serem 
B) os afastadores junto ao material da diérese, porque são acessórios essen
A) os instrumentos de corte no quadrante 3, porque são os primeiros a serem 
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EDUCAÇÃO MÉDICA
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CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Uma mulher com 40 anos de idade comparece ao ambulatório de cirur-
gia geral de um hospital de atenção secundária, com história de dor em hipo-
côndrio direito, irradiada para hemidorso ipsilateral, de início súbito, forte 
intensidade e caráter intermitente, predominantemente pós-ingesta lipídica, 
com períodos de acalmia, associada a náuseas e vômitos. Refere inúmeras 
crises de dor nos últimos 3 anos, com algumas internações para medicação 
intravenosa. Relata ainda que, na última crise, há 3 meses, recorda-se de “ter 
ficado com os olhos amarelados e a urina escura”. A paciente traz o ultras-
som realizado durante a última internação, com laudo descritivo de “vesícula 
biliar de paredes espessadas, contendo cálculos, e hepatocolédoco dilatado 
de 1,3 cm com sombras acústicas posteriores em seu interior”.
 Diante do quadro clínico apresentado, qual a conduta adequada ao 
caso?
A) Realizar colecistectomia por laparotomia eletiva, com papilotomia endos-
cópica.
B) Realizar colecistectomia videolaparoscópica e exploração radiológica 
intraoperatória de vias biliares.
C) Realizar colangiopancreatografia endoscópica retrógrada com posterior 
realização de colecistectomia videolaparoscópica eletiva.
D) Realizar colangiopancreatografia endoscópica retrógrada com colecistec-
tomia por laparotomia associada a coledocoduodenoanastomose eletiva.
Resposta
O principal achado é a parede espessada, hepatocolédoco dilatado por pre-
sença de litíase, se esse quadro evolui, acontecerá uma colangite que é um 
quadro clínico extremamente grave que pode progredir para um quadro de 
sepse grave ou óbito. A conduta a ser adotada nesse caso é desobstrução 
da via biliar através da colangiopancreatografia endoscópica retrógrada, 
após desobstrução realiza a colecistectomia videolaparoscópica eletiva.
Questão 35 Cirúrgica (2016)
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
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EDUCAÇÃO MÉDICA
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 Um homem com 65 anos de idade, portador de diverticulose do sigmoi-
de, foi internado em hospital terciário com episódio recorrente de sangra-
mento retal importante. O paciente apresentou melhora significativa após he-
motransfusão e hidratação compensatórias.
 Qual deve ser a conduta médica imediata nesse caso?
A) Colonoscopia de controle.
B) Antibioticoterapia por período prolongado.
C) Sigmoidectomia com sepultamento do reto.
D) Tomografia computadorizada e ultrassonografia.
Resposta
O exame de imagem “padrão ouro” para investigação da doença diverticular 
e classificação é a tomografia. Colonoscopia não está indicada neste caso 
em razão do risco de perfuração do colón e a injeção de ar através do colo-
noscópio pode agravar o quadro clínico do paciente.
Questão 36 Cirúrgica (2016)
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EDUCAÇÃO MÉDICA
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CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Um adolescente, com 14 anos de idade, é trazido à consulta médica em 
Unidade Básica de Saúde com queixa de dor de intensidade leve na virilha 
esquerda, iniciada há duas semanas, com piora progressiva. O paciente 
relata que a dor irradia pela face interna da coxa até o joelho, e que agora 
apresenta dificuldade para caminhar. Nega febre ou traumatismo local. O 
exame físico evidencia: peso = 68 kg, altura = 1,62 m. Não é evidenciado 
edema, calor ou rubor no local. Verifica-se limitação da mobilidade da articu-
lação coxo-femural esquerda em decúbito dorsal.
 Nesse caso, a conduta indicada é:
A) solicitar hemograma, fator reumatoide e pesquisa de anticorpos antinucle-
ares.
B) encaminhar o paciente com urgência para avaliação de ortopedista/trau-
matologista.
C) prescrever analgésico ou anti-inflamatório via oral e solicitar retorno do pa-
ciente em 48 horas.
D) solicitar ultrassonografia da articulação coxo-femural esquerda e retorno 
do paciente em 24 horas.
Resposta
Paciente apresenta um quadro com piora de dor, então deve ser investigado, 
encaminhar o paciente com urgência para avaliação do especialista.
Questão 38 Cirúrgica (2016)
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
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 Um homem com 64 anos de idade deu entrada na Unidade de Pronto 
Atendimento, queixando-se de dor na panturrilha direita há uma hora. Refere 
que há mais de 2 meses, ao caminhar ou subir escada, tem sintomas pareci-
dos, mas que eles desaparecem espontaneamente após cerca de 5 minutos 
de repouso. Relata antecedente de hipertensão arterial, disfunção erétil e 
diabetes melito. Informa que está sendo tratado com amlodipina, sildenafila e 
metformina. Conta ainda que foi fumante por 30 anos e que parou de fumar 
há 3 anos. Ao exame físico, apresenta índice de massa corporal = 35 kg/m2 
; pulso regular; frequência cardíaca = 90 bpm; pressão arterial = 150 x 80 
mmHg. Apresenta membros inferiores com rarefação de pelos abaixo do 
joelho. Não se observam palidez, ulcerações e gangrena. Ao exame dos 
pulsos, constata-se o seguinte: os femorais estão presentes, os poplíteos 
não são palpáveis, os tibiais posteriores e pediosos estão diminuídos no 
membro inferior direito. Com base nas informações apresentadas, a lesão es-
perada para o paciente é:
A) tromboangeíte obliterante da artéria poplítea direita.
B) obstrução aterosclerótica da artéria femoral superficial direita.
C) obstrução aterosclerótica aorto bi-ilíaca ou síndrome de Leriche.
D) isquemia por trombose aguda da artéria femoral profundadireita.
Resposta
São diversos os fatores de risco predisponentes para o desenvolvimento de 
aterosclerose. Entre os mais comuns estão: tabagismo, diabetes, pressão 
arterial elevada, níveis altos de colesterol no sangue, dieta com alto teor de 
gordura, idade avançada, obesidade, histórico pessoal ou familiar de doença 
aterosclerótica. Os sintomas são diversos e variam de acordo com o local em 
que a doença se manifesta. Doença obstrutiva arterial de membros inferiores: 
pode causar quadro de dor para caminhar (claudicação intermitente), dor de 
repouso e até mesmo o surgimento de feridas.
Questão 45 Cirúrgica (2016)
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
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CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Um homem com 50 anos de idade, sem comor-
bidades, com passado de laparotomia mediana 
xifopúbica devido a ferimento por projétil de arma de 
fogo há 4 anos, relata que vem apresentando dor 
abdominal difusa acompanhada de vômitos e disten-
são abdominal, com parada de eliminação de gases e 
fezes há 2 dias. Ao exame físico, encontrase desidra-
tado, corado, taquipneico e afebril. Seu abdome está 
distendido, timpânico, doloroso à palpação profunda, 
sem dor à descompressão brusca. À ausculta abdo-
minal, os ruídos hidroaéreos encontram-se presentes 
e aumentados, com timbre metálico. O paciente foi 
submetido à radiografia simples de abdome em posição ortostática, cuja imagem 
é apresentada a seguir.
 A principal hipótese diagnóstica para esse caso é:
A) Íleo paralítico.
B) Neoplasia de cólon.
C) Volvo do intestino médio.
D) Obstrução intestinal por bridas.
Resposta
A obstrução intestinal ocorre quando a propulsão do conteúdo em direção ao ânus sofre inter-
ferência. Há vários critérios para classificá-la: quanto ao nível (delgado alto e baixo ou cólon), 
quanto ao grau (completa, incompleta - suboclusão ou "alça fechada"), quanto ao estado de 
circulação sanguínea (simples ou estrangulada), quanto ao tipo de evolução (aguda ou crôni-
ca) e quanto à natureza da obstrução (mecânica, vascular ou funcional). Os sintomas cardinais 
são: dor, náuseas e vômitos, parada da eliminação de gases e fezes e distensão abdominal, 
sendo que esta manifestação ocorre mais tarde. A dor é tipicamente em cólica, de início 
brusco, em salva, ocorrendo a intervalos regulares, de localização epigástrica, periumbilical ou 
hipogástrica, dependendo do nível da obstrução. Se a dor se tornar contínua, localizada ou 
difusa nos intervalos entre as cólicas, é grande a suspeita de comprometimento vascular. A 
radiografia do abdome é fundamental para confirmação diagnóstica e melhor compreensão 
dos dados clínicos, como também pode ajudar a elucidar etiologias. O contraste pode ser 
usado se não houver contra-indicação (sofrimento da alça), realizando, assim, o trânsito intesti-
nal e o enema opaco, sendo o primeiro para diferenciar se é obstrução parcial ou total e o outro 
quando houver suspeita de obstrução de intestino delgado distal e cólon.
Questão 54 Cirúrgica (2016)
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
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 Um homem com 30 anos de idade, trabalhador rural, procurou uma Uni-
dade de Pronto Atendimento referindo dor em região inguinal esquerda. Ele 
alega que a dor iniciou subitamente e com forte intensidade após “pegar um 
peso no trabalho”, há cerca de 12 horas. Concomitantemente, apresentou 
vômitos biliosos. Relata que utilizou analgésicos por via oral após o início dos 
sintomas, sem melhora da dor. Nega febre, sintomas urinários e alteração do 
hábito intestinal. Ao exame físico, apresenta-se lúcido e orientado; pressão 
arterial = 120 x 80 mmHg; frequência cardíaca = 88 bpm; ausculta do tórax 
normal; abdome flácido, doloroso à palpação profunda em hipogástrio, sem 
dor a descompressão brusca; massa palpável em região inguinal esquerda, 
endurecida, dolorida e manualmente irredutível.
 Além da analgesia, a conduta adequada a ser adotada nesse caso é:
A) Realizar bloqueio ílio-hipogástrico para redução sob visão direta.
B) Referenciar o paciente para o ambulatório de cirurgia geral, após melhora 
da dor.
C) Providenciar transferência para uma unidade hospitalar que tenha cirur-
gião de plantão.
D) Colocar o paciente em posição de Trendelemburg e tentar reduzir manual-
mente a massa inguinal esquerda.
Resposta
Hérnia inguinal é a protrusão de uma alça intestinal, do epíploo ou, mais rara-
mente, de outra víscera intra-abdominal através de um orifício na parede ab-
dominal na região da virilha.
Esse quadro é muito grave e exige cirurgia em caráter de urgência, pois a 
compressão dos vasos sanguíneos promove a gangrena da alça intestinal 
torcida e a sua ruptura. Consequentemente, ocorre uma infecção grave que 
se estende para a cavidade peritoneal, fazendo um quadro de peritonite 
aguda. Diante disso, a cirurgia é emergencial, pois há risco de morte.
Questão 59 Cirúrgica (2016)
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
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CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Um homem com 33 anos de idade foi trazido ao Pronto-Socorro hospi-
talar pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) com quadro 
de hematêmese e síncope. A equipe do SAMU encontrou o paciente já acor-
dado, deitado sobre uma poça de sangue vermelho vivo. O paciente relatou 
uso de anti-inflamatório por 15 dias devido a trauma muscular na perna direi-
ta. Ao exame físico, encontra-se consciente, pálido, com extremidades frias; 
pressão arterial = 90 x 50 mmHg; frequência cardíaca = 130 bpm; frequên-
cia respiratória = 26 irpm. Foi realizada reposição volêmica com 2.000 ml de 
Ringer lactato endovenoso aquecido, com estabilização do quadro hemodi-
nâmico. Logo após esse procedimento, o paciente foi submetido a endosco-
pia digestiva alta, que evidenciou úlcera gástrica pré-pilórica com vaso visí-
vel.
 Nessa situação, a conduta adequada é:
A) Adotar conduta conservadora, já que o risco de ressangramento é médio.
B) Realizar hemostasia com adrenalina, já que o risco de ressangramento é 
médio.
C) Encaminhar o paciente para cirurgia imediatamente, já que o risco de res-
sangramento é iminente.
D) Realizar hemostasia com terapia combinada (2 métodos associados), já 
que o risco de ressangramento é alto.
Resposta
Classificação de Forrest
Esta classificação divide as úlceras em sangramento ativo, sinais de sangra-
mento recente e úlceras sem sinais de sangramento. Através dela é possível 
estimar o risco de ressangramento se a lesão não for tratada e avaliar a ne-
cessidade de tratamento endoscópico.
• Todas as úlceras com sangramento ativo devem ser tratadas (Forrest IA e 
IB).
• Todas as úlceras com vaso visível, mesmo sem sangramento, devem ser 
tratadas (Forrest IIA).
Questão 74 Cirúrgica (2016)
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
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 Uma menina com 12 anos de idade foi atendida em hospital de grande 
porte com trauma abdominal contuso devido à queda de bicicleta. Relata 
que o acidente ocorreu há 30 minutos e refere dor abdominal intensa, com 
escoriações na região umbilical e no flanco esquerdo e palidez cutânea. 
Apresenta pressão arterial = 75 x 50 mmHg; frequência cardíaca = 124 
bpm; peso = 31 kg. Durante o atendimento foi realizada avaliação ultrassono-
gráfica direcionada para trauma (FAST) na sala de emergência, cujo resulta-
do evidenciou moderada quantidade de líquido (aproximadamente 150 ml) 
no quadrante superior, entre o baço e o rim esquerdo. Após administração de 
analgésico e infusão de 500 ml de solução cristaloide por via endovenosa, a 
paciente relatou melhora da dor e apresentou os seguintes sinais vitais: pres-
são arterial = 90 x 70 mmHg; frequência cardíaca = 100 bpm.
 A conduta indicada nesse caso é:
A) Realizar lavado peritoneal diagnóstico.
B) Transfundir 10 ml/kg de concentrado de hemácias.
C) Realizar, imediatamente, tomografia computadorizada do abdome.
D) Indicar laparotomia exploradora para avaliar aocorrência de lesão traumá-
tica do baço.
Resposta
Para esse tipo de trauma é necessário solicitar TC abdômen para detectar 
lesão de vísceras sólidas e ou líquido livre na cavidade.
Questão 78 Cirúrgica (2016)
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
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CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Um homem com 36 anos de idade, alcoolista crônico, ao ser atendido 
em um hospital, foi submetido a laparotomia exploradora, em razão de úlcera 
gástrica pré-pilórica perfurada. Realizaram-se biópsias das bordas da úlcera, 
rafia da lesão e limpeza da cavidade. Foi iniciada antibioticoterapia com 
ciprofloxacino e metronidazol e reposição hidroeletrolítica adequada. No 1o 
dia pós-operatório, evoluiu com taquicardia (frequência cardíaca = 123 bpm) 
associada a agitação psicomotora, confusão mental, tremores de extremida-
des e dor abdominal leve à palpação profunda. Nesse caso, a hipótese diag-
nóstica mais provável e a conduta indicada são:
A) deiscência de gastrorrafia; realizar laparotomia exploradora imediata com 
antrectomia e vagotomia seletiva.
B) síndrome de abstinência alcoólica; administrar benzodiazepínicos, indicar 
reposição de tiamina e pactuar com o paciente – e familiares, caso o pacien-
te esteja de acordo – os cuidados para desintoxicação.
C) sepse abdominal; ampliar o espectro da antibioticoterapia e, caso não 
haja melhora em 24 horas, indicar nova laparotomia exploradora para limpeza 
e drenagem da cavidade abdominal.
D) pancreatite aguda alcoólica; indicar hidratação vigorosa, jejum oral e a 
realização de exames laboratoriais e tomografia computadorizada para avaliar 
a necessidade de nova intervenção cirúrgica e prognóstico.
Resposta
Objetivos do tratamento: 
1. Aliviar os sintomas existentes; 
2. Previnir o agravamento do quadro com convulsões e delirium; 
3. Vincular o paciente ao tratamento da dependência propriamente dito; 
4. Previnir a ocorrência de síndromes mais graves no futuro.
Benzodiazepínicos de longa ação são os preferidos. Jamais administrar glico-
se sem uso prévio de Tiamina devido ao elevado risco de desenvolvimento de 
Encefalopatia de Wernicke, Doses de 200 mg IM ou EV por até 3 dias ou 
300 mg VO conforme avaliação clínica.
Questão 83 Cirúrgica (2016)
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
20
 Um homem com 36 anos de idade é atendido na Unidade de Pronto 
Atendimento devido a episódio de perda de sangue vermelho vivo por via 
anal, após evacuação. O paciente informa o aparecimento, há cerca de 6 
meses, de uma tumoração em região anal após as evacuações, que melhora 
espontaneamente depois de aproximadamente 30 a 60 minutos, e episódios 
eventuais de raias de sangue nas fezes, dor e prurido anal discretos. Relata 
que seu hábito intestinal não apresentou alterações recentes e que evacua a 
cada três dias, em média. Nega emagrecimento, febre, astenia, tabagismo e 
informa uso social de bebida alcoólica. Submetido à inspeção, evidenciou-se 
ânus de configuração anatômica, com contratilidade normal. Ao toque retal, 
o paciente refere dor discreta; o tônus do esfíncter não apresenta alterações, 
sendo perceptível cordão varicoso único com pequena massa indolor e en-
durecida em região posterior, estreitamento da luz e ausência de sangue em 
dedo de luva durante esse exame.
 Nesse caso, a hipótese diagnóstica mais provável e a conduta indicada 
são:
A) Neoplasia retal; realização de retossigmoidoscopia.
B) Polipose retal; internação do paciente e realização de colonoscopia.
C) Doença hemorroidária grau 2; prescrição de analgésicos, incremento na 
ingestão de fibras e banhos de assento em água morna.
D) Fissura anal com subestenose retal; prescrição de analgésicos, agentes 
formadores de bolo fecal e banhos de assento em água morna.
Resposta
A doença hemorroidária classificasse por grau:
• Primeiro Grau: ocorre apenas o sangramento anal sem prolapso 
• Segundo Grau: sangramento e prolapso, porém, com redução espontânea 
• Terceiro Grau: sangramento e prolapso, porém, com redução manual 
• Quarto Grau: sangramento e prolapso irredutível
Para hemorróidas de 2º grau prescrição de analgésicos, incremento na ingestão 
de fibras e banhos de assento em água morna.
Questão 87 Cirúrgica (2016)
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
21
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Uma mulher com 45 anos de idade, sem comorbidades, foi submetida 
à colecistectomia videolaparoscópica eletiva para colelitíase. Porém, devido 
a aderências intra-abdominais de uma cirurgia anterior, o procedimento foi 
convertido para um acesso laparotômico, que transcorreu sem incidentes. 
Dado que a cirurgia é considerada potencialmente contaminada, não foi reali-
zada colangiografia intraoperatória, procedendo-se a antibioticoprofilaxia, 
com uma dose na indução anestésica. No terceiro dia de pós-operatório, a 
paciente recebeu alta hospitalar. Uma semana após a alta, retornou ao ambu-
latório de cirurgia, apresentando-se com bom estado geral, disposta, porém 
com quadro de dor, abaulamento e hiperemia da ferida operatória. O cirur-
gião assistente examinou a ferida e, após a retirada de um ponto da sutura da 
pele da paciente, observou-se saída de moderada quantidade de material pu-
rulento.
 Com relação a esse caso, o médico, além de retirar os demais pontos 
da sutura, drenar e lavar a ferida operatória, deve:
A) ressuturar a ferida operatória e internar a paciente para antibioticoterapia 
por via venosa.
B) acompanhar a paciente em retornos ambulatoriais, sem uso de antibiótico.
C) iniciar antibioticoterapia por via oral, solicitando retornos ambulatoriais.
D) internar a paciente para iniciar antibioticoterapia por via venosa.
Resposta
A conduta sempre será prioridade a expectação, não é indicado iniciar a anti-
bioticoterapia ainda neste momento. Como a ferida operatória foi limpa e dre-
nada, segue em observação e aguardar evolução para cicatrização por se-
gunda intenção.
Questão 98 Cirúrgica (2016)
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
22
 Um paciente de 27 anos de idade procura a Unidade Básica de Saúde 
preocupada com um abaulamento em região inguinal à direita que surgiu há 
dois meses. Nega outras queixas. No exame clínico, IMC = 20 Kg/m2 (VR = 
18 - 25 kg/m2 ) e não há sinais flogísticos locais; a massa de cerca de 5 cm 
é facilmente redutível. Ao exame clínico não apresentou dor ou qualquer 
outro achado.
 Qual das condutas a seguir é a mais indicada nessa situação?
A) Orientar sobre os riscos de encarceramento, obstrução e estrangulamen-
to, e encaminhar para agendamento de cirurgia.
B) Orientar sobre o tratamento conservador e sugerir medidas paliativas con-
siderando o risco de recidiva pós-cirúrgica.
C) Encaminhar ao serviço de urgência para correção cirúrgica devido ao 
risco de estrangulamento e isquemia intestinal.
D) Tranquilizar o paciente, orientar a evitar esforços físicos, tais como carre-
gar peso e ensinar a reduzir manualmente a hérnia.
Resposta
Hérnia inguinal é igual à cirurgia, a chance de encarcerar e estrangular são 
altas. Não é uma cirurgia de urgência, mas deve orientar o paciente quantos 
aos risco e encaminhar esse paciente ao ambulatório para agendamento de 
cirurgia.
Questão 12 Cirúrgica (2015)
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
23
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Um paciente de 37 anos de idade está no 5o dia pós- operatório de cirurgia abdo-
minal para a exérese de tumor hepático. Recebeu antibioticoprofilaxia com cefazolina 
durante o procedimento cirúrgico, o qual transcorreu sem intercorrências. Encontra-se 
internado na UTI, em jejum, com acesso venoso central para nutrição parenteral por 
cateter na veia subclávia direita. A diurese medida através de sonda vesical de demora 
apresenta baixo volume nas últimas 24 horas, embora tenha hidratação endovenosa 
abundante e balanço hídrico cumulativo bastante positivo. Há saída de secreçãopuru-
lenta pela incisão cirúrgica em pequena quantidade. Queixa-se de mal-estar geral. Ao 
exame físico, apresenta quadro de febre (38,4 oC), pressão arterial= 100 x 60 mmHg, 
frequência cardíaca = 108 bpm, frequência respiratória = 22 ipm com enchimento capi-
lar ungueal > 6 segundos. Não há sinais flogísticos ou secreção no local da punção 
venosa central. Os resultados dos exames séricos colhidos há 30 minutos mostram: 
glóbulos brancos (GB) = 12.450 mm 3 (valor normal: GB entre 4.000 e 11.000 mm 3 
com menos de 10% de bastonetes) com 15% de bastonetes e 70% de segmentados; 
lactato = 6 mg/dL (valor normal = até 2 mg/dL) e gasometria arterial: pH = 7,28, PaO2 
= 76 mmHg, PaCO2 = 32 mmHg, HCO 3 = 16, BE = -10 e saturação de O 2 = 92% 
(valores normais: pH = 7,35 - 7,45, PaO 2 = 80 - 108 mmHg, PaCO 2 = 35 - 48 mmHg, 
HCO 3 = 22 - 26, BE = -2 a +2 e saturação de O 2 = (>93%)).
 Nesse momento, além da expansão volêmica, constitui conduta correta para as 
próximas horas:
A) Início imediato de antibioticoterapia empírica, uso de aminas vasoativas e tomografia 
de abdome.
B) Coleta de hemocultura, início de antibioticoterapia após o resultado e ultrassonogra-
fia de abdome.
C) Reabordagem cirúrgica imediata, coleta de cultura da secreção peritoneal e antibioti-
coterapia após resultado.
D) Coleta de hemocultura, início imediato de antibioticoterapia de forma empírica e 
exploração da ferida operatória.
Resposta
Todos os sinais clínicos apresentados nos leva a pensar no diagnóstico de SEPSE, um 
paciente que está em estado geral de gravidade, entretanto, não sabemos o foco desta 
infecção. A conduta correta é investigar a causa desse quadro infeccioso através da 
hemocultura, posteriormente iniciar imediatamente antibioticoterapia EV e exploração 
da ferida operatória buscando algum sinal flogístico.
Questão 17 Cirúrgica (2015)
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
24
 Uma paciente de 37 anos de idade encontra-se internada em hospital 
de referência há dois dias, com diagnóstico clínico e laboratorial de pancrea-
tite aguda leve. Nega quadro semelhante previamente. O ultrassom abdomi-
nal realizado na admissão mostrou colelitíase (cálculos múltiplos) sem dilata-
ção de vias biliares intra e extra hepáticas. Os exames séricos realizados na 
admissão mostraram: hemoglobina = 12 g/dL (valor normal = 11 a 15 g/dL); 
hematócrito = 36% (valor normal = 35 a 45%); glóbulos brancos (GB) = 
11.000 mm3 (9% de bastonetes e 80% de segmentados - valores normais: 
GB entre 4.000 e 11.000 mm3 com menos de 10% de bastonetes); amilase 
= 2.120 mg/dL (até 120 mg/dL); TGO = 76 (até 40 mg/dL); TGP = 60 (até 
25 mg/dL); bilirrubina total = 0,6 (até 0,8 mg/dL); bilirrubina direta = 0,4 (até 
0,5 mg/dL); sódio = 134 mEq/L (valor normal entre 135 e 145 mEq/L) e po-
tássio = 3,6 mEq/L (valor normal entre 3,5 e 4,5 mEq/L). Com o tratamento 
instituído, houve melhora quase completa da dor abdominal e a paciente teve 
boa aceitação da dieta que foi liberada.
 Qual a próxima etapa que deveria ser adotada no planejamento tera-
pêutico dessa paciente?
A) Agendamento de colecistectomia nessa mesma internação pelo risco de 
recorrência da pancreatite.
B) Colecistectomia em um período de até três meses para permitir que o pro-
cesso inflamatório regrida completamente.
C) Agendamento de colangiografia endoscópica retrógada para avaliação do 
colédoco como preparo para colecistectomia.
D) Alta hospitalar com retorno ambulatorial e colecistectomia, se houver mais 
um episódio de pancreatite aguda nos próximos doze meses.
Resposta
A via biliar está livre, ou seja, não há obstrução, por isso, não tem indicação 
de CPRE. Não tem indicação de da alta a esse paciente antes de resolver o 
problema, em tempo não é um procedimento de emergência, mas é necessá-
rio realizar o agendamento de colecistectomia.
Questão 25 Cirúrgica (2015)
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
25
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Um paciente de 23 anos de idade, vítima de um assalto ao sair da facul-
dade, sofreu ferimento por arma branca em parede abdominal anterior há 30 
minutos. Foi levado pelos colegas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). 
Está assintomático, e como o local era pouco iluminado, não viu o tamanho 
da faca. Ao exame físico, há um ferimento inciso horizontal (2,5 centímetros) 
na região hipogástrica a cerca de 3 cm à direita da linha alba, apresentando 
mínimo sangramento, dor abdominal apenas no local do ferimento, sem 
sinais de irritação peritoneal, pressão arterial = 120 x 80 mmHg, frequência 
cardíaca = 92 bpm, mucosas normocoradas e enchimento capilar ungueal 
normal
 Qual seria a conduta adequada a ser tomada nesse caso?
A) Suturar o ferimento e encaminhar o paciente ao serviço de cirurgia para 
realização de tomografia computadorizada de abdome.
B) Realizar radiografias simples e ortostática de abdome e tórax, e manter o 
paciente em observação, se não houver achados positivos.
C) Realizar a exploração local do ferimento da parede abdominal e definir 
conduta de acordo com a presença ou não de violação peritoneal.
D) Não suturar o ferimento e encaminhar o paciente imediatamente ao servi-
ço de cirurgia para realização de laparotomia exploradora.
Resposta
O paciente encontra-se estável, se o ferimento não entrou na cavidade abdo-
minal, peritônio está preservado, aponeurose preservada, acometeu apenas 
epiderme e derme não tem necessidade de encaminhar o paciente à cirurgia, 
apenas sutura. Caso, ao realizar exploração do local, adentrou o dedo dentro 
da cavidade abdominal então encaminhar o paciente ao serviço de cirurgia, 
paciente com alto risco de choque hemorrágico e morte.
Questão 35 Cirúrgica (2015)
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
26
 Uma paciente de 40 anos de idade procura a Unidade Básica de Saúde 
com ferimento corto-contuso de 7 cm de extensão na face anterior da coxa 
direita, de bordas regulares, acometendo pele, tecido subcutâneo e muscula-
tura, causado por vidro, o sangramento local é de pequena monta. Informa 
reforço de vacina antitetânica há 1 ano.
 Após antissepsia local, bloqueio anestésico e limpeza da ferida consta-
tando-se que não há corpos estranhos, deve-se realizar o reparo da ferida 
com:
A) Fio absorvível 3-0 para a musculatura, fio absorvível 3-0 para o tecido celu-
lar subcutâneo e fio não absorvível 3-0 para a pele.
B) Fio absorvível 5-0 para a musculatura, fio absorvível 5-0 para o tecido ce-
lular subcutâneo e fio absorvível 4-0 para a pele.
C) Fio não absorvível 3-0 para a musculatura, fio não absorvível 3-0 para o 
tecido celular subcutâneo e fio não absorvível 3-0 para a pele.
D) Fio não absorvível 5-0 para a musculatura, fio não absorvível 5-0 para o 
tecido celular subcutâneo e fio não absorvível 4-0 para a pele.
Resposta
Ferimento superficial, fio absorvível 3-0 para a musculatura, fio absorvível 3-0 
para o tecido celular subcutâneo e fio não absorvível 3-0 para a pele. Jamais 
utiliza fio absorvível para pele, esse tipo de fio é utilizado para cirúrgicas plás-
ticas, suturas internas etc. 
Protocolo de suturas - 
Questão 40 Cirúrgica (2015)
http://www.hu.usp.br/wp-content/uploads/sites/74/2016/03/2.pdf
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
27
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Uma paciente de 24 anos de idade, com queimaduras pelo corpo, 
chega à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) trazida pelo marido. Aciden-
tou-se ao jogar álcool na churrasqueira. A paciente está consciente e orienta-
da, com queimaduras de segundo grau no tronco anterior e em face anterior 
do membro superior direito, e queimadura de terceiro grau de 10 cm na 
mama. Queixa- se de muita dor. Diante disso o médico resolveu interná-la 
para tratamento.
 O médico se baseou para indicar a internação na presença de:
A) Queimaduras de segundo grau em 20% da superfície corporal.
B) Queimadurasno tórax, havendo suspeita de lesão de vias aéreas.
C) Queimaduras de terceiro grau em mais de 5% da superfície corporal.
D) Queimadura circunferencial no braço, com risco de síndrome de comparti-
mento.
Resposta
Para resolução dessa questão é importante lembrar, da regra dos nove para 
queimaduras*. Troco anterior = 18 + face anterior do membro superior = 4,5. 
Total=22,5 (grave queimado) é um paciente que tem indicação de interna-
ção.
*
Questão 53 Cirúrgica (2015)
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_tratamento_emergencia_queimaduras.pdf
 Uma paciente de 40 anos de idade procura a Unidade Básica de Saúde 
com ferimento corto-contuso de 7 cm de extensão na face anterior da coxa 
direita, de bordas regulares, acometendo pele, tecido subcutâneo e muscula-
tura, causado por vidro, o sangramento local é de pequena monta. Informa 
reforço de vacina antitetânica há 1 ano.
 Após antissepsia local, bloqueio anestésico e limpeza da ferida consta-
tando-se que não há corpos estranhos, deve-se realizar o reparo da ferida 
com:
A) Fio absorvível 3-0 para a musculatura, fio absorvível 3-0 para o tecido celu-
lar subcutâneo e fio não absorvível 3-0 para a pele.
B) Fio absorvível 5-0 para a musculatura, fio absorvível 5-0 para o tecido ce-
lular subcutâneo e fio absorvível 4-0 para a pele.
C) Fio não absorvível 3-0 para a musculatura, fio não absorvível 3-0 para o 
tecido celular subcutâneo e fio não absorvível 3-0 para a pele.
D) Fio não absorvível 5-0 para a musculatura, fio não absorvível 5-0 para o 
tecido celular subcutâneo e fio não absorvível 4-0 para a pele.
Resposta
Ferimento superficial, fio absorvível 3-0 para a musculatura, fio absorvível 3-0 
para o tecido celular subcutâneo e fio não absorvível 3-0 para a pele. Jamais 
utiliza fio absorvível para pele, esse tipo de fio é utilizado para cirúrgicas plás-
ticas, suturas internas etc. 
Protocolo de suturas - 
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
28
 Uma paciente de 35 anos de idade, no 2o pós- operatório de apendi-
cectomia, encontra-se internada em enfermaria coletiva (6 leitos) de pequeno 
hospital secundário. O achado cirúrgico foi uma apendicite aguda em fase 
flegmonosa e realizou-se apenas antibioticoprofilaxia durante a cirurgia, com 
administração de cefazolina. Foi iniciada a alimentação por via oral com boa 
aceitação, após a eliminação de flatos e fezes. Não apresentou febre. Ao 
exame clínico, a ferida cirúrgica encontra-se em bom estado.
 No planejamento da alta hospitalar para esta paciente, além de orientá-
-la quanto aos sinais de alerta para infecção da ferida, deve-se:
A) Iniciar a antibioticoterapia e fazer curativos diários até o retorno ambulato-
rial no 7o dia.
B) Permanecer sem o uso de antibióticos, dispensando- se os curativos, com 
retirada dos pontos no 7o dia.
C) Permanecer sem uso de antibióticos, mas fazer curativos diários, com reti-
rada dos pontos no 7o dia.
D) Prolongar a antibioticoprofilaxia utilizada até o 5o dia, sem a necessidade 
de curativos, com retirada dos pontos no 7o dia.
Resposta
Essa questão é um pouco maldosa, porque ele da o sinais de que é um apen-
dicite não complicada em flegmonosa, não tem sinais de infecção, logo, não 
tem necessidade de administrar antibioticoterapia, apenas a antibioticoprofi-
laxia da cirurgia limpa.*
*
Questão 63 Cirúrgica (2015)
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/manuais/Diretriz_para_o_Uso_Racional_de_ATB.pdf
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
29
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Uma paciente de 33 anos de idade, portadora de quadro de hérnia 
inguinal à esquerda, procura o hospital de sua cidade onde é indicada cirur-
gia ambulatorial com anestesia local, por tratar-se de paciente magra, hígida, 
sem comorbidades, com hérnia de pequeno tamanho, mas que a incomoda-
va durante as corridas que pratica regularmente.
 Qual a conduta adequada nesse caso em relação à utilização do che-
cklist do protocolo de cirurgia segura de acordo com a Organização Mundial 
de Saúde (OMS) ?
A) Dispensa-se o uso do checklist, por ser uma cirurgia de pequeno porte.
B) Deve-se seguir à risca o protocolo, contemplando os três momentos: pré, 
trans e pós-operatório.
C) Dispensa-se o preenchimento da fase pós-operatória, por ser um caso de 
cirurgia com anestesia local.
D) Deve ser aplicado somente no período anterior e posterior ao término da 
cirurgia, por ser uma cirurgia ambulatorial.
Resposta
Cirurgias Seguras Salvam Vidas*. Pelo fato de ser cirurgia simples, não dis-
pensa a utilização correta do checklist, utiliza-se anestésicos, medicações 
durante o procedimento e topo procedimento deve ser monitorado no pré, 
trans e pós-operatório.
*
Questão 71 Cirúrgica (2015)
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_cirurgias_seguras_guia.pdf
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
30
 Uma mulher, com 27 anos de idade, apresentou-se em Serviço de 
Emergência com dor abdominal em cólicas, em mesogástrio, há 48 horas. 
Houve aumento progressivo na intensidade e frequência da dor e há um dia 
apresenta vômitos biliosos e diminuição na eliminação de flatos e fezes. Os 
ruídos hidroaéreos estão aumentados em número e intensidade, com timbre 
francamente metálico. O abdome é pouco distendido, levemente doloroso à 
palpação profunda e sem descompressão brusca positiva. A paciente relata 
apendicectomia prévia na infância. Com base no quadro clínico exposto, qual 
a hipótese diagnóstica e exame complementar indicado para investigação 
inicial da paciente?
A) Urolitíase; radiografia simples de abdome.
B) Cisto de ovário roto; ultrassonografia pélvica.
C) Torção de cisto de ovário; ultrassonografia pélvica.
D) Aderências intestinais; radiografia de abdome de pé e deitada.
Resposta
O paciente está com dor abdominal, então é um abdome agudo, podemos 
pensam em abdome agudo obstrutivo, perfurativo, inflamatório, vascular ou 
hemorrágico. O vômito, eliminação de flatos, ruídos hidroaéreos aumentados 
são característico de um quadro de abdome agudo obstrutivo.
Questão 50 Cirúrgica (2014)
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
31
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Um homem com 23 anos de idade, obeso, encontra-se no terceiro dia 
pós-operatório de laparotomia exploradora e colorrafia direita após trauma 
abdominal perfurante. Apresentou dois picos febris com temperatura axilar = 
38,5 ºC. A ausculta pulmonar apresenta diminuição do murmúrio vesicular 
em bases. O abdome é flácido, com dor à palpação ao redor da incisão e os 
ruídos hidroaéreos estão diminuídos em número e intensidade. A radiografia 
simples de abdome mostrou pneumoperitônio com leve distensão de alças. 
A ultrassonografia abdominal mostrou acúmulo de gases e líquidos nas 
alças, com pequena coleção de líquido na pelve, cuja análise foi prejudicada 
pelas condições do paciente. Hemograma com leucocitose moderada, sem 
desvio. O paciente fez uso de antibioticoterapia profilática, pois não havia 
contaminação grosseira da cavidade abdominal. Considerando as possíveis 
causas da febre no pós-operatório, qual deve ser a conduta correta para 
esse paciente?
A) Iniciação de antibioticoterapia de amplo espectro.
B) Conduta expectante; aguardar evolução clínica.
C) Exploração da ferida abdominal.
D) Reintervenção cirúrgica.
Resposta
É um paciente jovem que foi vítima de um trauma que provocou uma lesão do 
cólon, apresentou febre, mas não é uma febre indicativa que um quadro de 
infecção é esperado em um pós-operatório, a principal complicação no pós-
-operatório é atelectasia, em razão do tempo acamado, movimentos limita-
dos, dor na incisão cirúrgica. Em relação ao pneumoperitônio, também é um 
achado esperado em razão da abertura da cavidade abdominal durante a 
cirurgia.
*
Questão 55 Cirúrgica (2014)
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICACIRÚRGICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
32
 Um paciente com 22 anos de idade é trazido pelo Corpo de Bombeiros 
ao Pronto-Socorro, com colar cervical em tábua rígida. Refere que foi vítima 
de colisão automobilística e que está com dor no hipocôndrio esquerdo. Ao 
exame físico, apresenta: mucosas hipocoradas, pressão arterial = 90 × 40 
mmHg, pulso fino, de 120 bpm, frequência respitatória = 30 irpm; abdome 
com sinais de fratura de arcos costais à esquerda, com dor à palpação e reni-
tência de parede abdominal. Qual deve ser a sequência correta do atendi-
mento?
A) Entubação orotraqueal, acesso venoso central e encaminhamento para 
tomografia de abdome.
B) Sedação, intubação orotraqueal e laparotomia de emergência pelo quadro 
de choque hemorrágico evidente.
C) Máscara de oxigênio, acesso venoso bilateral, infusão imediata de dois 
litros de soro fisiológico ou Ringer lactato e reavaliação do choque.
D) Sedação pelo choque emocional, acesso venoso bilateral, infusão imedia-
ta de dois litros de soro fisiológico ou ringer e tomografia de abdome.
Resposta
Para resolução desta questão vamos relembrar o ABCDE do trauma por ser 
vítima de trauma e com sinais evidentes de choque hemorrágico.
A – Airway: vias aéreas e coluna cervical
B – Breathing: respiração e ventilação
C – Circulation: circulação com controle de hemorragia
D – Disability: Exame neurológico sumário
E – Exposure: exposição com controle de hipotermia
Questão 94 Cirúrgica (2014)
 Um homem com 70 anos de idade, hipertenso, foi atendido em uma 
Unidade de Emergência com quadro de bexigoma e infecção urinária, 
quando foi feita a passagem de sonda vesical de demora e iniciada antibioti-
coterapia. Após remissão completa do quadro infeccioso, o paciente foi 
internado no serviço de urologia de um hospital universitário para realização 
de ressecção transuretral de próstata. Ao ser submetido à avaliação pré-
-anestésica, informa, na anamnese, ser portador de marca-passo cardíaco, 
mas não sabe identificar o modelo e nem possui o cartão de identificação de 
usuário de marca-passo. O paciente informa ainda fazer uso regular de ácido 
acetilsalicílico (100 mg/dia).
 Com base nessas informações, qual deve ser a conduta subsequente 
da equipe médica assistente, anestesista e cirurgião, tendo em vista a reali-
zação de uma cirurgia segura?
A) Dar alta hospitalar e reprogramar a cirurgia para depois da avaliação car-
diológica ambulatorial.
B) Marcar a cirurgia para o dia seguinte, desde que haja suporte do cardiolo-
gista no transoperatório.
C) Manter o paciente internado e suspender a cirurgia até que haja avaliação 
e liberação pela equipe da cardiologia.
D) Marcar a cirurgia para o dia seguinte; administrar vitamina K e, se neces-
sário, transfundir plasma fresco congelado no transoperatório.
Resposta
Como o quadro infeccioso do paciente teve remissão completa e o paciente 
não se encontra em risco eminente de morte. Por ser cardiopata, portador de 
marca-passo e irá ser submetido a um procedimento cirúrgico, é indispensá-
vel avaliação cardiológica, assim como emissão de autorização para realiza-
ção do procedimento.
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
33
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
 Um adolescente com 17 anos de idade estava praticando mountainbike 
quando sofreu uma queda em um trecho cheio de lama e feriu o dorso, há 
cerca de quatro horas. Ao exame físico, na Unidade de Pronto-Socorro, ob-
servou-se ferimento com cerca de seis centímetros de extensão em região 
escapular, acometendo a pele e o tecido subcutâneo, sem sangramento 
ativo, bordos regulares, sujo de terra. A mãe dele informou que todas as vaci-
nas regulares foram feitas nas datas previstas e que a vacina antitetânica foi 
feita há cinco anos. Depois da limpeza da ferida, qual é a conduta indicada?
A) Desbridamento das bordas, curativo e cicatrização por segunda intenção, 
imunoglobulina antitetânica.
B) Sutura primária, sem necessidade de imunoglobulina ou toxoide tetânico.
C) Sutura primária, toxoide tetânico e imunoglobulina antitetânica.
D) Desbridamento das bordas, sutura primária e toxoide tetânico.
Resposta
Como a lesão acometeu apenas pele e tecido subcutâneo, não houve com-
prometimento de grandes vasos (lesão superficial), o procedimento a ser rea-
lizado é apenas uma sutura primária. 
Quanto a imunização a antitetânica tem 10 anos de janela de proteção, até 
cinco anos não faz o reforço, no caso desse paciente está na data limite, mas 
não ultrapassou os 05 anos, portanto, não faz reforço. Nos casos de ferimen-
to com alto risco de contaminação pelo tétano e esquema vacinal desconhe-
cido é indicado administrar a imunoglobulina antitetânica.
Questão 99 Cirúrgica (2014)
 Um homem com 70 anos de idade, hipertenso, foi atendido em uma 
Unidade de Emergência com quadro de bexigoma e infecção urinária, 
quando foi feita a passagem de sonda vesical de demora e iniciada antibioti-
coterapia. Após remissão completa do quadro infeccioso, o paciente foi 
internado no serviço de urologia de um hospital universitário para realização 
de ressecção transuretral de próstata. Ao ser submetido à avaliação pré-
-anestésica, informa, na anamnese, ser portador de marca-passo cardíaco, 
mas não sabe identificar o modelo e nem possui o cartão de identificação de 
usuário de marca-passo. O paciente informa ainda fazer uso regular de ácido 
acetilsalicílico (100 mg/dia).
 Com base nessas informações, qual deve ser a conduta subsequente 
da equipe médica assistente, anestesista e cirurgião, tendo em vista a reali-
zação de uma cirurgia segura?
A) Dar alta hospitalar e reprogramar a cirurgia para depois da avaliação car-
diológica ambulatorial.
B) Marcar a cirurgia para o dia seguinte, desde que haja suporte do cardiolo-
gista no transoperatório.
C) Manter o paciente internado e suspender a cirurgia até que haja avaliação 
e liberação pela equipe da cardiologia.
D) Marcar a cirurgia para o dia seguinte; administrar vitamina K e, se neces-
sário, transfundir plasma fresco congelado no transoperatório.
Resposta
Como o quadro infeccioso do paciente teve remissão completa e o paciente 
não se encontra em risco eminente de morte. Por ser cardiopata, portador de 
marca-passo e irá ser submetido a um procedimento cirúrgico, é indispensá-
vel avaliação cardiológica, assim como emissão de autorização para realiza-
ção do procedimento.
CLÍNICA CIRÚRGICACLÍNICA CIRÚRGICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
34
 Um paciente, com 43 anos de idade, foi vítima de acidente automobilís-
tico com colisão frontal, em que o volante foi quebrado com o impacto. O pa-
ciente apresenta frequência respiratória de 23 irpm, pressão arterial = 80 × 
60 mmHg, turgência jugular bilateral e pulso radial fraco, que desaparece à 
inspiração profunda. Apresenta ainda escala de coma de Glasgow = 13. Foi 
iniciado o tratamento do paciente com oxigenioterapia, duplo acesso venoso 
e hidratação parenteral. Foi encaminhado para investigação complementar 
quando apresentou piora súbita com choque circulatório. Qual dos seguintes 
procedimentos deve ser realizado antes de encaminhar o paciente ao Centro 
Cirúrgico?
A) Pericardiocentese.
B) Toracocentese diagnóstica bilateral.
C) Drenagem pleural a selo d'água no quinto espaço intercostal.
D) Descompressão pleural por punção no segundo espaço intercostal.
Resposta
Nós temos dois diagnósticos: Pneumotórax hipertensivo e Tamponamento 
cardíaco. Como diferenciamos um do outro? Turgência de jugular, estará pre-
sente nos dois casos.
1 – Ausculta pulmonar: pneumotórax hipertensivo (ausente) e no tampona-
mento cardíaco (presente)
2 – Ausculta cardíaca: pneumotórax hipertensivo (normal) e no tamponamen-
to cardíaco (abafamento de bulhas)
Outra informação importante para fechar o diagnóstico é que “pulso radial 
fraco, que desaparece à inspiração profunda”, ou seja, com expansão da 
caixa torácica, o coração écomprimido e dificulta o seu funcionamento 
normal, logo o diagnóstico é Tamponamento Cardíaco, devendo ser realizada 
a pericardiocentese.(punção 2º espaço intercostal com agulha de grosso ca-
libre).
Questão 104 Cirúrgica (2014)
CLÍNICA MÉDICA
 Uma mulher com 40 anos de idade comparece ao ambulatório de cirur-
gia geral de um hospital de atenção secundária, com história de dor em hipo-
côndrio direito, irradiada para hemidorso ipsilateral, de início súbito, forte 
intensidade e caráter intermitente, predominantemente pós-ingesta lipídica, 
com períodos de acalmia, associada a náuseas e vômitos. Refere inúmeras 
crises de dor nos últimos 3 anos, com algumas internações para medicação 
intravenosa. Relata ainda que, na última crise, há 3 meses, recorda-se de “ter 
ficado com os olhos amarelados e a urina escura”. A paciente traz o ultras-
som realizado durante a última internação, com laudo descritivo de “vesícula 
biliar de paredes espessadas, contendo cálculos, e hepatocolédoco dilatado 
de 1,3 cm com sombras acústicas posteriores em seu interior”.
 Diante do quadro clínico apresentado, qual a conduta adequada ao 
caso?
A) Realizar colecistectomia por laparotomia eletiva, com papilotomia endos-
cópica.
B) Realizar colecistectomia videolaparoscópica e exploração radiológica 
intraoperatória de vias biliares.
C) Realizar colangiopancreatografia endoscópica retrógrada com posterior 
realização de colecistectomia videolaparoscópica eletiva.
D) Realizar colangiopancreatografia endoscópica retrógrada com colecistec-
tomia por laparotomia associada a coledocoduodenoanastomose eletiva.
Resposta
O principal achado é a parede espessada, hepatocolédoco dilatado por pre-
sença de litíase, se esse quadro evolui, acontecerá uma colangite que é um 
quadro clínico extremamente grave que pode progredir para um quadro de 
sepse grave ou óbito. A conduta a ser adotada nesse caso é desobstrução 
da via biliar através da colangiopancreatografia endoscópica retrógrada, 
após desobstrução realiza a colecistectomia videolaparoscópica eletiva.
CLÍNICA MÉDICACLÍNICA MÉDICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
36
 Uma mulher com 40 anos de idade comparece ao ambulatório de cirur-
gia geral de um hospital de atenção secundária, com história de dor em hipo-
côndrio direito, irradiada para hemidorso ipsilateral, de início súbito, forte 
intensidade e caráter intermitente, predominantemente pós-ingesta lipídica, 
com períodos de acalmia, associada a náuseas e vômitos. Refere inúmeras 
crises de dor nos últimos 3 anos, com algumas internações para medicação 
intravenosa. Relata ainda que, na última crise, há 3 meses, recorda-se de “ter 
ficado com os olhos amarelados e a urina escura”. A paciente traz o ultras-
som realizado durante a última internação, com laudo descritivo de “vesícula 
biliar de paredes espessadas, contendo cálculos, e hepatocolédoco dilatado 
de 1,3 cm com sombras acústicas posteriores em seu interior”.
 Diante do quadro clínico apresentado, qual a conduta adequada ao 
caso?
A) Realizar colecistectomia por laparotomia eletiva, com papilotomia endos-
cópica.
B) Realizar colecistectomia videolaparoscópica e exploração radiológica 
intraoperatória de vias biliares.
C) Realizar colangiopancreatografia endoscópica retrógrada com posterior 
realização de colecistectomia videolaparoscópica eletiva.
D) Realizar colangiopancreatografia endoscópica retrógrada com colecistec-
tomia por laparotomia associada a coledocoduodenoanastomose eletiva.
Resposta
O principal achado é a parede espessada, hepatocolédoco dilatado por pre-
sença de litíase, se esse quadro evolui, acontecerá uma colangite que é um 
quadro clínico extremamente grave que pode progredir para um quadro de 
sepse grave ou óbito. A conduta a ser adotada nesse caso é desobstrução 
da via biliar através da colangiopancreatografia endoscópica retrógrada, 
após desobstrução realiza a colecistectomia videolaparoscópica eletiva.
 Uma mulher com 38 anos de idade procurou atendimento em Unidade Básica de 
Saúde (UBS) por apresentar, há 4 meses, ganho de peso, fadiga, sonolência excessiva 
e irritabilidade. A paciente relata sentir-se muito triste, desanimada e com baixa autoesti-
ma. Ao exame físico apresentou frequência cardíaca = 58 bpm, pele seca e áspera e 
edema palpebral bilateral. Os demais aspectos do exame físico estavam inalterados. Os 
resultados dos exames solicitados indicaram dosagem sérica do hormônio estimulante 
da tireoide (TSH) = 34 mUI/L (valor de referência: 0,45 a 4,5 mUI/L), tendo sido repeti-
dos e confirmado o resultado, tiroxina sérica (T4 livre) = 0,3 ng/dL (valor de referên-
cia:0,7 a 1,8 ng/dL).Diante desse quadro foi iniciado tratamento com levotiroxina 100 
mcg/dia. Após 6 semanas, foi solicitada a repetição dos exames com os seguintes 
resultados: TSH=2,5 mUI/L e T4 livre=1,2ng/dL. Nessa ocasião a paciente referiu me-
lhora quase completa dos sintomas apresentados.Cinco meses depois, essa paciente 
volta à UBS para consulta expondo a suposição de que a tireoide piorou de novo. 
Afirma estar tomando corretamente sua medicação. Novos exames realizados nessa 
ocasião indicam TSH=2,3 mUI/Le T4 livre=1,2 ng/ dL. Questionada, a paciente informa 
apresentar muita tristeza, desânimo, falta de concentração e fadiga. Ao exame físico, 
constata-se que não houve ganho de peso e que não há alteração na tireoide da pacien-
te. Nessa situação, a conduta adequada é:
A) Informar à paciente que o seu quadro clínico é compatível com tireotoxicose e que a 
dosagem do seu medicamento deverá ser reduzida; agendar retorno em 6 meses para 
reavaliação de TSH. 
B) Informar à paciente a necessidade de aumentar a dose de levotiroxina até a resolução 
completa dos sintomas, independentemente dos valores de TSH e T4 livre; agendar 
retorno em 6 meses para reavaliação de TSH. 
C) Fazer a avaliação para transtorno depressivo como diagnóstico diferencial e, caso 
confirmado, discutir o início do tratamento para essa nova comorbidade; manter acom-
panhamento dos níveis séricos de TSH. 
D) Informar à paciente que, mediante os indícios de que a terapia com levotiroxina não 
está sendo efetiva, faz-se necessário estender a investigação, procedendo-se à realiza-
ção de biópsia da tireoide com agulha fina. 
Resposta
A paciente apresenta normalização da função da tireoide de acordo com o laboratório 
apresentado, o que mostra que o tratamento foi eficaz e não há necessidade de aumen-
tar as doses da medicação. Seu quadro atual é compatível com outra patologia, prova-
velmente depressão, que deverá ser investigado para realizar o tratamento.
Questão 1 – Clínica Médica (2017)
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
37
CLÍNICA MÉDICACLÍNICA MÉDICA
 Um homem com 52 anos de idade, hipertenso, em uso de amlodipina, 
procura a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com dor torácica anterior 
esquerda, irradiando para epigástrio, em aperto, de intensidade 8/10, com 
início súbito há cerca de 1 hora, após refeição. Ao exame, encontra-se ansio-
so e sudoreico; pressão arterial = 100 x 60 mmHg; frequência cardíaca = 72 
bpm; frequência respiratória = 24 irpm, sem outros achados no exame físico. 
Foi realizado um eletro-
cardiograma cujo resulta-
do é apresentado a 
seguir.
 O paciente foi moni-
torizado, recebeu ácido 
acetilsalicílico (AAS), 
morfina e oxigênio, sendo 
contactado hospital de 
apoio para transferência. 
Como não havia previsão de vaga para as próximas horas, decidiu-se pela 
realização de trombólise com alteplase seguida de anticoagulação com eno-
xaparina. A pressão arterial manteve-se em 100 x 60 mmHg.
A conduta a ser adotada nesse caso é a administração de:
A) Losartana por via oral.
B) Clopidogrel por via oral.
C) Metoprolol por via endovenosa.
D) Nitroglicerina por via endovenosa.
Resposta
Iniciar Protocolo de dor torácica. 
1º passo: eletrocardiograma com tempo máximo de 10 minutos. 
2.ºanalisar ECG: 
• (1.º) observa o ritmo: ritmo sinusal, pois, todo complexo QRS é precedido 
de onda P, 
• (2º) frequência: frequência cardíaca normal 
• (3º) ondas: VI, VII e VII observamos infra de ST de parede inferior, sendo pro-
vavelmente a coronária direita a artéria que está comprometida. 
Uma particularidade do infarto de parede inferior, é extremamente hipotensor e 
normalmente esses pacientes chocam. Essa a única situação que precisa infundir 
volume no paciente e NÃO FAZ ISORDIL nesses pacientes, pois, ele é hipoten-
sor. Deve-se administrar Clopidogrel por via oral, 300–600 mg, dependendo do 
protocolo do serviço.
Questão 4 Clínica Médica 
CLÍNICA MÉDICACLÍNICA MÉDICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
38
 Durante uma campanha de prevenção de acidentes ocupacionais em 
ambiente hospitalar, uma mulher com 32 anos de idade, auxiliar de enferma-
gem, foi submetida à sorologia para Hepatite C, por teste rápido presencial, 
revelando-se reativa. Está ansiosa, pois não entende bem o que tal resultado 
significa, já que “não sente nada” e “não tem ideia de como foi contaminada”. 
É referenciada ao Serviço de Apoio ao Trabalhador (SAT), no ambulatório do 
hospital onde trabalha.
 Na primeira etapa de investigação, além de responder às dúvidas que a 
paciente apresentar durante o atendimento, é necessário que o médico do 
SAT priorize:
A) A avaliação das provas de função hepática.
B) A pesquisa de coinfecções pelos vírus HBV e HIV.
C) A realização de teste de genotipagem para o HCV.
D) A solicitação de teste de quantificação da carga viral do HCV.
Resposta
A paciente está assintomática, a prioridade nesse caso, é identificar a carga 
viral desse paciente, solicitar teste quantitativo para vírus de Hepatite C. 
Caso o exame anti-HCV venha reagente, este resultado indica que a pessoa 
já teve contato com o vírus da Hepatite C. Para sabermos se a doença foi 
embora (isto é, se a pessoa curou) ou se a doença ficou (isto é, se a pessoa 
está com a Hepatite C Crônica), recomenda-se no Brasil que se feito o 
exame chamado HCV-RNA Quantitativo, também conhecido como PCR 
para Hepatite C Quantitativo.
Questão 13 Clínica Médica
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
39
CLÍNICA MÉDICACLÍNICA MÉDICA
 Um homem com 55 anos de idade, hipertenso, dislipidêmico e 
diabético de longa data, com controle glicêmico razoável, compare-
ce à consulta na Unidade Básica de Saúde para mostrar exames de 
rotina. Mostra-se assintomático. A avaliação cardiológica não detec-
tou doença cardiovascular estabelecida. Tem feito uso de metformi-
na, amlodipina, sinvastatina e ácido acetilsalicílico (AAS). Pressão 
arterial = 135 x 85 mmHg. Exame físico sem alterações. Exames 
complementares revelaram os seguintes resultados: albuminúria 24 
h = 45 mg (valor de referência: inferior a 30 mg); colesterol total = 
189 mg/dL (valor de referência limítrofe: 200 a 239 mg/dL); coleste-
rol LDL = 90 mg/dL (valor de referência limítrofe: 130 a 159 mg/dL); 
triglicerídeos = 165 mg/dL (valor de referência limítrofe: 150 a 199 
mg/dL); glicemia de jejum = 189 mg/dL (valor de referência: 70 a 99 
mg/dL); hemoglobina glicada – HbA1c = 7,2% (valor de referência: 
4 a 6%). Após orientações dietéticas e gerais sobre a doença, foi 
prescrito losartana. Considerando o quadro clínico apresentado, 
qual é a intervenção de maior impacto recomendada, com evidência 
clínica nível A?
A) Controle glicêmico (alvo: HbA1c menor ou igual a 7,0%).
B) Restrição de proteínas na dieta (recomendado: 1,0 g/kg/dia).
C) Controle da pressão arterial (alvo: menor ou igual a 140 x 80 
mmHg).
D) Redução do LDL-c (alvo: menor que 70 mg/dL) e de triglicerídeos 
(alvo: menor que 150 mg/dL).
Resposta
É um paciente que tem várias comorbidades. Ele está sendo tratado 
corretamente para hipertensão, diabetes e dislipidemia. Para melho-
rar a qualidade de vida desse paciente, deve realizar controle da 
pressão arterial (alvo: menor ou igual a 140 x 80 mmHg). Como ele 
apresenta lesão de órgão alvo, é importante a realização do exame 
de fundo de olho, para investigar lesão ocular em razão do diabetes.
Questão 31 Clínica Médica 
CLÍNICA MÉDICACLÍNICA MÉDICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
40
 Uma mulher com 57 anos de idade é levada por familiares a uma Unida-
de de Pronto Atendimento com quadro de “desmaio”, ocorrido há poucas 
horas. A paciente recuperou a consciência e passou a queixar-se de palpita-
ção e tonteiras. Ela nega febre, cefaleia, dispneia ou dor precordial e episó-
dios prévios semelhantes. A paciente refere ter hipertensão, controlada 
apenas com diuréticos, nega tabagismo ou etilismo. Ao exame físico, apre-
senta-se lúcida, orientada, colaborativa, pálida, sudoreica e levemente 
taquipneica. A ausculta pulmonar é normal. O resultado do exame cardiovas-
cular mostra ritmo cardíaco irregular, em dois tempos, bulhas normofonéti-
cas, sem sopros; pressão arterial = 80 x 40 mmHg; frequência cardíaca = 
200 bpm em 
média; frequência 
respiratória = 24 
irpm. Os demais 
aspectos do 
exame físico não 
apresentam alte-
rações significativas. A paciente foi submetida, de imediato, a eletrocardio-
grama, cujo resultado é reproduzido a seguir.
 No atendimento à essa paciente, a conduta indicada é:
A) administração de heparina por via intravenosa, cardioversão elétrica ime-
diata, início de anticoagulação por via oral pós-cardioversão e terapia de ma-
nutenção posterior com amiodarona.
B) administração de heparina por via intravenosa, início de anticoagulação ou 
antiagregação por via oral, cardioversão elétrica ou química posterior e tera-
pia de manutenção com amiodarona.
C) administração imediata de betabloqueador por via endovenosa, início de 
anticoagulação ou antiagregação por via oral, monitorização do eletrocardio-
grama e observação da evolução.
D) administração imediata de amiodarona, início de anticoagulação ou antia-
gregação por via oral, ablação por cateter de focos arritmogênicos e suspen-
são das drogas pós-ablação.
Resposta
O ECG é o exame de escolha. Em relação as drogas a amiodarona é uma 
excelente escolha, mas para paciente estáveis. A paciente encontra-se instá-
vel, por esta razão deve-se administrar heparia IV + cardioversão e após esta-
bilizar a paciente, inicia-se amiodarona.
Questão 56 Clínica Médica
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
41
CLÍNICA MÉDICACLÍNICA MÉDICA
 Uma mulher com 38 anos de idade deu entrada em uma Unidade de Emergência apresentando dispneia 
e dor torácica. O quadro teve inicio 5 dias antes com tosse seca, dor torácica à direita e febre alta. No dia 
seguinte ao de início do quadro, ela procurou assistência médica, tendo-lhe sido prescrito tratamento com 
levofloxacina para pneumonia bacteriana comunitária. A paciente relatou evolução com manutenção do quadro 
febril e das demais queixas; posteriormente, passou também a se sentir cansada, dispneica e com dor precor-
dial do tipo pleurítica. Como não viu melhora do quadro, procurou a Unidade de Emergência onde se encontra 
no momento. No primeiro atendimento na Unidade de Emergência, a paciente negou tabagismo, etilismo e uso 
de drogas ilícitas. Sua história patológica pregressa revela apenas cistites de repetição, com último episódio há 
2 meses, sempre tratadas com quinolona por via oral. Ao exame físico, apresentou pressão arterial = 85 x 40 
mmHg; frequência cardíaca = 120 bpm; frequência respiratória = 28 irpm; temperatura = 38,7 ºC; exame 
pulmonar compatível com condensação lobar à direita. Foi iniciada oxigenioterapia sob máscara e considerado 
o diagnóstico de sepse através dos critérios clássicos (síndrome da resposta inflamatória sistêmica com infec-
ção comprovada ou suspeita). Foram colhidas hemoculturas, o lactato sérico foi dosado, o esquema antibiótico 
foi modificado para cefalosporina de terceira geração + macrolídeo e foi iniciado resgate volêmico generoso. Os 
exames complementares realizadosconfirmam a existência de disfunção orgânica grave, com presença de 3 
disfunções no escore SOFA (sequential organ-failure assessment): grave injúria renal, com creatinina sérica = 
5,8 mg/dL; hipercalemia acentuada, com K+ sérico = 7,2 mEq/L; acidose metabólica importante, com pH = 7,18 
e bicarbonato sérico = 12 mEq/L. Foram então instituídas medidas terapêuticas intensivas para controle das 
disfunções orgânicas, mas, na manhã seguinte, logo após a realização do registro eletrocardiográfico ilustrado 
a seguir, a paciente apresentou parada cardiorrespiratória em atividade elétrica sem pulso, que foi revertida com 
a realização das manobras do suporte básico de 
vida e administração intermitente de adrenalina, 
bicarbonato de sódio e gluconato de cálcio. Após 
estabilização hemodinâmica da paciente, foi 
indicada a instituição imediata de suporte dialítico.
Considerando que o registro eletrocardiográfico 
apresentado indica a causa da parada cardiorrespiratória da paciente, o que motivou a instituição de terapêutica 
dialítica?
A) Hipercalemia acentuada e refratária.
B) Acidose metabólica grave e refratária.
C) Pericardite urêmica com tamponamento.
D) Sobrecarga volêmica com congestão pulmonar
Resposta
É uma paciente que está apresentando um quadro de sepse de origem pulmonar. Para diagnóstico de 
sepse: Foco infeccioso + SIRS (FC, FR, PA, T) + Leucócitos, se alterações de 02 ou mais sinais vitais 
+ disfunção orgânica = SEPSE. Lembrando que o novo conceito para sepse é: Disfunção orgânica 
ameaçadora à vida que nesse caso clínico existem essas disfunções. Atualmente protocolo de sepse: 
início de ATB até 1h do diagnóstico, coleta de culturas (pelo menos 2) e culturas pertinentes. Hiperca-
lemia é uma das principais causas de parada cardiorrespiratória nesse ritmo AESP. No ECG: A onda 
T é apiculada como mostra o traçado acima, bem fácil de identificar.
Questão 61 Clínica Médica 
CLÍNICA MÉDICACLÍNICA MÉDICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
42
 Em um município foram registradas epidemias de dengue em 2004, 2010 e 2014, associadas 
à introdução do vírus dengue (DEN-V) dos tipos 3, 2 e 4, respectivamente. Em 2016, há notificação 
de casos de zika e chikungunya. Na Unidade Básica de Saúde desse município, foi atendida uma 
mulher com 23 anos de idade e 16 semanas de gestação relatando febre não medida, cefaleia e mial-
gia de início abrupto e com piora progressiva de intensidade até a manhã do dia do atendimento, 
quando acordou melhor e notou a pele avermelhada; o quadro teve início há 4 dias. Não apresenta 
queixa de artralgia, sangramentos ou qualquer outro sinal de alarme. Relata ter tido dengue clássica há 
4 anos. Nega comorbidades e uso recente de medicamentos. O cartão vacinal da paciente encontra-
-se em dia. Ao exame físico, apresenta-se afebril e com discretos exantemas máculo-papulares por 
todo o corpo, sem outras alterações; a prova do laço teve resultado negativo. O resultado dos exames 
revela hematócrito = 41% (valor de referência: 33,0 a 47,8%); hemoglobina = 13,1 g/dL (valor de refe-
rência: 12,0 a 15,8 g/dL); plaquetas = 108.000/mm3 (valor de referência: 130.000 a 450.000/mm3 
); leucócitos = 4.800/mm3 (valor de referência: 3.600 a 11.000/mm3 ); eosinófilos = 3% (valor de 
referência: 0 a 7%); segmentados = 53% (valor de referência: 40 a 70%), linfócitos = 35% (valor de 
referência: 20 a 50%), monócitos = 9% (valores de referência: 3 a 14%); AST = 43 U/L (valor de refe-
rência: inferior a 34 U/L); ALT = 38 U/L (valor de referência: 10 a 49 U/L); ureia = 43 mg/dL (valor de 
referência: 19 a 49 mg/dL); creatinina = 1,1 mg/dL (valor de referência: 0,53 a 1,00 mg/dL). No exame 
de ultrassonografia, observa-se que o feto está ativo e normal.
 Esse caso deve ser notificado à Vigilância Epidemiológica e a mãe deve ser tranquilizada com 
a informação de que está tudo bem com ela e com o feto, que apenas uma minoria dos recém-nascidos 
é afetada nesses casos e que a Equipe de Saúde da Família irá acompanhá-la durante toda a gesta-
ção.
 Que outras condutas devem ser adotadas pelo médico?
A) Devem ser coletadas amostras para isolamento viral de zika e dengue, além de internar a paciente 
para observação e orientar hidratação endovenosa até a normalização das plaquetas.
B) Devem ser coletadas amostras para isolamento viral de zika e chikungunya, além de orientar hidrata-
ção oral, repouso relativo, acompanhamento laboratorial e retorno em caso de piora dos sintomas.
C) Devem ser coletadas amostras para isolamento viral de zika, dengue e chikungunya, além de inter-
nar a paciente para observação, prescrever medicamentos sintomáticos e orientar hidratação endove-
nosa até a realização de novos exames, em 12 horas.
D) Devem ser coletadas amostras para isolamento viral de zika, dengue e chikungunya, além de orien-
tar hidratação oral, prescrever medicamentos sintomáticos e agendar retorno da paciente em até 48 
horas para realização de novos exames, ou no caso de surgimento de sinais de alarme para dengue.
Resposta
O parâmetro principal de acompanhamento para ZIKA é elevação de hematócrito. A paciente é classifi-
cada como grupo de risco, mas ela não tem sinal de alarme, logo não tem indicação para internação. 
Questão 100 Clínica Médica
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EDUCAÇÃO MÉDICA
43
CLÍNICA MÉDICACLÍNICA MÉDICA
 Uma mulher de 75 anos de idade procurou atendimento em uma 
Unidade Básica de Saúde por apresentar, há três dias, quadro de febre 
baixa, tosse com escarro purulento e leve dispneia. Fumante há cerca de 
35 anos (cerca de 25 cigarros/dia), possui diagnóstico prévio de 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Há 10 dias, aproximadamente, ini-
ciou quadro com coriza diária, tosse seca e mialgia. Ao exame físico, ob-
serva- se: mucosas descoradas (++/4+), paciente hidratada, pressão 
arterial = 120 x 70 mmHg, frequência cardíaca = 120 bpm, frequência 
respiratória = 32 irpm, temperatura axilar = 38 o C. A ausculta pulmonar 
permitiu constatar frêmito tóraco-vocal aumentado e estertores crepitan-
tes no terço inferior do hemitórax esquerdo. A radiografia de tórax evi-
denciou condensação em lobo inferior esquerdo, sem derrame pleural.
 Considerando o quadro apresentado, quais são, respectivamente, 
o principal agente infeccioso no quadro clínico descrito e a conduta 
apropriada a ser tomada nesse momento para a paciente?
A) Streptococcus pneumoniae; encaminhamento para internação hospi-
talar e início de antibioticoterapia venosa.
B) Staphylococcus aureus; prescrição de antibioticoterapia empírica e 
acompanhamento ambulatorial.
C) Moraxella catarrhalis; encaminhamento à emergência para macrone-
bulização com O2 e tratamento ambulatorial.
D) Pneumocystis jirovecii; encaminhamento para internação hospitalar e 
realização de hemoculturas antes do início da antibioticoterapia.
Resposta
Internação hospitalar indicada em razão da idade, DPOC, tabagista crô-
nica.
Questão 18 Clínica Médica (2015) 
CLÍNICA MÉDICACLÍNICA MÉDICA
QUALITY
EDUCAÇÃO MÉDICA
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 Uma mulher de 35 anos de idade é encaminhada ao Ambulatório 
de Endocrinologia após a sua médica da Unidade de Saúde da Família 
ter detectado, em exame clínico de rotina, a presença de um nódulo 
tireoidiano. Na primeira avaliação da especialista, a paciente revela estar 
assintomática e receosa, temendo que aquela alteração represente uma 
neoplasia maligna. A endocrinologista descreve o nódulo como superfi-
cial, de diâmetro inferior a 1 cm, indolor, localizado no lobo direito da 
tireoide, com ausência de linfonodos cervicais e supraclaviculares satéli-
tes. Em seguida, solicita dosagem de TSH, T4 e T3 livres e ultrassono-
grafia de tireoide. Os resultados evidenciaram TSH, T4 e T3 livres nor-
mais e nódulo tireoidiano de 0,7 cm de diâmetro, com margens impreci-
sas e microcalcificações, sem linfonodos regionais.
 Qual deve ser o próximo procedimento a ser realizado no segui-
mento dessa paciente?

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