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CADEIRA FISIOTERAPÊUTICA São Paulo 2017 ETEC JARAGUÁ - 228 DANIEL CLARO NUNES GABRIEL LOPES ALEXANDRE GUILHERME BOMFIM DA SILVA GUSTAVO DE SOUZA DA SILVA MARQUES IGOR AUGUSTO SILVA CADEIRA FISIOTERAPÊUTICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a ETEC Jaraguá, pelo grupo Daniel Claro Nunes, Gabriel Lopes Alexandre, Guilherme Bomfim Da Silva, Gustavo de Souza da Silva Marques e Igor Augusto Silva como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Eletrotécnica. Prof. Orientador: Jean Mendes Nascimento São Paulo 2017 Aprovação Este trabalho foi julgado como suficiente para obtenção do título de Técnico em Eletrotécnica e aprovado em sua forma final. São Paulo, ___________ de __________________de 2017 Profº Edilson Peixoto Rebollo Coordenador do curso Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio BANCA EXAMINADORA ________________________________________ Prof. Jean Mendes Nascimento (Orientador) ________________________________________ Prof. Gilberto Aranega Jr. ________________________________________ Prof. Juraci Gomes da Rocha AGRADECIMENTOS Agradecemos acima de tudo a Deus por ter nos dado saúde е força para o desenvolvimento do projeto. À Instituição ETEC Jaraguá e ao seu corpo docente, pelo ambiente criativo е amigável seu nos proporcionou durante nossa caminhada. Agradecemos ao nosso orientador Jean Mendes, pelo apoio educativo e sua dedicação à construção deste projeto, também gostaríamos de agradecemos ao Professor Leonardo que nos apresentou várias ideias durante o nosso projeto e sempre esteve a disposição a esclarecer as dúvidas que surgiram. Por fim gostaríamos de agradecer nossos colegas de sala e aos professores Carlos Rocha, Ingrid Souza e Luciano Dias pela colaboração durante o desenvolvimento do projeto. EPÍGRAFE “Se deres um peixe a um homem faminto, vais alimentá-lo por um dia. Se o ensinares a pescar, vais alimentá-lo toda a vida’’ Lao-Tsé RESUMO Com a demora nos atendimentos para recuperação pós-operatório, gera-se filas no que prejudica a recuperação do paciente, assim como, a defasagem no atendimento do fisioterapêutico em relação ao tempo ao lado do paciente além do mais, meios alternativos são extremamente caros. Assim, esse projeto busca um protótipo para baratear e aprimorar o auxílio na recuperação pós- operatório através de uma cadeira fisioterapêutica com componentes simples e baratos, assim podendo contribuir com a área da saúde de maneira viável para todos os lados. O projeto visa promover a recuperação de um jeito mais cômodo possível tanto para o paciente como para o fisioterapêutico. Para isso foi desenvolvido um projeto encarregado de tais tarefas. Atualmente poucas clinicas públicas de recuperação possuem COM ( Movimento Passivo Continuo ) no qual o nosso projeto é classificado, clinicas particulares que geralmente possuem esse sistema tem um preço elevado assim restringindo pacientes com pouca capacidade financeira, assim com o preço baixo do nosso projeto surge uma possibilidade de viabilização a todos os tipos de pacientes .Para que fosse feita a exemplificação, um protótipo da cadeira foi desenvolvido com uma carteira retirada do ambiente escolar e feita suas devidas modificações, implementando uma nova base para o apoio a perna e realizar o movimento continuo de levantamento para a recuperação através de um motor que levantara a base suspensa. Palavras chave: Recuperação; Fisioterapia; Acessibilidade; Cadeira e Movimento. ABSTRACT With the delay in attendances for postoperative recovery, queues in which damages the patient's recovery,as well as, the lag in physiotherapeutic care about the time beside the patient Moreover, alternative means are extremely expensive.Thus, this project seeks a prototype to cheapen and improve the help in postoperative recoveryphysiotherapist.The project aims to promote the recovery of a comfortable way possible both for the patient and for the physiotherapy. For it was developed a project charged with such tasks. Currently few public clinics have CPM recovery (Continuos passive motion) in which our project is classified, private clinics that usually have this system has a high price so restricting patients with little financial capacity, so with the low price of our project there is a possibility of making all kinds of patients. To be made examples, a prototype of the Chair was developed with a withdrawal from the school environment and made their due modifications,implementing a new base for the support leg and perform the movement still for the recoverythrough an engine that had raised the base suspended. Keywords: Recovery; Physical therapy; Accessibility; Chair and movement. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Vista posterior das estruturas articulares do joelho ................................................ 18 Figura 2 - Vista superior das estruturas articulares do joelho ................................................. 18 Figura 3 - Menisco .................................................................................................................. 19 Figura 4 - Músculos ................................................................................................................. 21 Figura 5 - Joelho(tendões) ....................................................................................................... 24 Figura 6 - Quadril Humano ..................................................................................................... 25 Figura 7 - Vista anterior das estruturas articulares do quadril................................................. 26 Figura 8 - Vista posterior das estruturas articulares do quadril ............................................... 26 Figura 9 - Estruturas articulares do quadril ............................................................................ 27 Figura 10 -Vista posterior-dissecação superficial ................................................................... 29 Figura 11 -Vista posterior-dissecação profunda ...................................................................... 30 Figura 12 - (ângulo inclinação) ............................................................................................... 31 Figura 13 - Motor CC e suas partes. ........................................................................................ 32 Figura 14 - Princípio de Funcionamento Motor CC ................................................................ 32 Figura 15 - A corrente elétrica no Motor CC .......................................................................... 33 Figura 16 - O campo magnético no Motor CC ........................................................................ 33 Figura 17 - A força e o torque no Motor CC ........................................................................... 34 Figura 18 - A regra da mão esquerda ...................................................................................... 34 Figura 19 - Arduino ................................................................................................................. 35 Figura 20 - Alimentação da placa Arduino UNO .................................................................... 36 Figura 21 - Conectores de alimentação Arduino UNO R3...................................................... 36 Figura22 - Conversor USB-serial com ATmega16u2 ............................................................ 37 Figura 23 - Entradas e saídas ................................................................................................... 38 Figura 24 - Ligação de resistores no circuito .......................................................................... 39 Figura 25 - Células da pilha ..................................................................................................... 41 Figura 26 - Cadeira sem modificação ...................................................................................... 43 Figura 27 - Cadeira modificada...............................................................................................44 Figura 28 - Cadeira já com as soldas.......................................................................................44 Figura 29 - Parte do apoio da perna.........................................................................................45 Figura 30 - Motor CC com redutor..........................................................................................46 Figura 31- Arduino..................................................................................................................47 Figura 32 - L298n....................................................................................................................47 Sumário 1. 1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 11 1.1 PROBLEMÁTICA ................................................................................................. 12 1.2 HIPÓTESE ............................................................................................................. 12 1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 12 1.3.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 13 1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................... 13 1.4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 13 1.5 METODOLOGIA ................................................................................................... 14 2. 2.CRONOGRAMA ............................................................................................................ 15 3. 3.REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 16 3.1 ANATOMIA DO JOELHO .................................................................................... 16 3.1.1 LIGAMENTOS DO JOELHO ................................................................................. 16 3.1.1.1 MENISCOS ...................................................................................................... 19 3.1.1.2 MUSCULATURA DO JOELHO ..................................................................... 20 3.1.1.3 BIOMECANICA DO JOELHO ....................................................................... 22 3.1.1.4 MOVIMENTO PATELOFEMORAL .............................................................. 22 3.1.1.5 TIBIOFEMORAL ............................................................................................ 23 3.2 QUADRIL HUMANO ........................................................................................... 24 3.2.1 ANATOMIA DO QUADRIL HUMANO ............................................................... 24 3.2.2 LIGAMENTOS DO QUADRIL .............................................................................. 25 3.2.3 MÚSCULOS DO QUADRIL .................................................................................. 27 3.2.3.1 GLÚTEO MÁXIMO ........................................................................................ 27 3.2.3.2 GLÚTEO MÉDIO ............................................................................................ 27 3.2.3.3 GLÚTEO MÍNIMO .......................................................................................... 28 3.2.3.4 PIRIFORME ..................................................................................................... 28 3.2.3.5 GÊMEO SUPERIOR ........................................................................................ 28 3.2.3.6 OBTURATÓRIO INTERNO ........................................................................... 28 3.2.3.7 GÊMEO INFERIOR ........................................................................................ 28 3.2.3.8 OBTURATÓRIO EXTERNO .......................................................................... 29 3.2.3.9 QUADRADO FEMORAL ............................................................................... 29 3.2.4 MOVIMENTOS DO QUADRIL ............................................................................. 30 3.2.5 ÂNGULOS DO QUADRIL ..................................................................................... 31 3.3 MOTOR CORRENTE CONTINUA ( CC ) ........................................................... 31 3.4 ARDUINO .............................................................................................................. 35 3.4.1 PARTES DO ARDUINO ......................................................................................... 35 3.4.1.1 CONEXÃO USB E FONTE EXTERNA ......................................................... 35 3.4.1.2 CONECTORES DE ALIMENTAÇÃO ........................................................... 36 3.4.1.3 COMUNICAÇÃO USB DA PLACA ARDUINO UNO ................................. 37 3.4.3 ENTRADA E SAÍDA DIGITAL ............................................................................. 38 3.4.4.1 ENTRADA ....................................................................................................... 38 3.4.4.2 SAÍDA .............................................................................................................. 39 3.4.5 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO .................................................................... 40 3.5 BATERIA ............................................................................................................... 40 3.5.1 O QUE COMPÕE A BATERIA .............................................................................. 41 3.5.2 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO .................................................................... 41 3.6 MÓDULO BLUETOOTH HC-06 .......................................................................... 42 4. 4.DESENVOLVIMENTO ................................................................................................. 43 4.1 CADEIRA ............................................................................................................... 43 4.2 MATERIAIS ........................................................................................................... 45 4.2.1 BATERIA 12V ......................................................................................................... 45 4.2.2 MOTOR CC COM REDUTOR ............................................................................... 46 4.2.3 ARDUINO ............................................................................................................... 46 4.2.4 MÓDULO DRIVER L298N .................................................................................... 47 4.3 PROBLEMAS ENCONTRADOS .......................................................................... 48 5. 5.CONCLUSÃO ................................................................................................................. 49 6. 6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 50 SUMÁRIO: 7. INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 11 1.1PROBLEMÁTICA...... ............................................................................................... 12 1.2HIPÓTESE ................................................................................................................. 12 1.3OBJETIVOS .............................................................................................................. 12 1.3.1OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 12 1.3.2OBJETIVO ESPECÍFICO ...................................................................................... 13 1.4JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 13 1.5METODOLOGIA ....................................................................................................... 14 2. CRONOGRAMA ................................................................................................................ 15 3. REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................................16 3.1 ANATOMIA DO JOELHO.......................................................................................16 3.1.1 LIGAMENTOS DO JOELHO...............................................................................16 3.1.1.1 MENISCOS.........................................................................................................19 3.1.1.2 MUSCULATURA DO JOELHO........................................................................20 3.1.1.3 BIOMECANICA DO JOELHO..........................................................................22 3.1.1.4 MOVIMENTO PATELOFEMORAL.................................................................23 3.1.1.5 TIBIOFEMORAL...............................................................................................23 3.2 QUADRIL HUMANO..............................................................................................24 3.2.1 ANATOMIA DO QUADRIL HUMANO..............................................................24 3.2.2 LIGAMENTOS DO QUADRIL............................................................................25 3.2.3 MÚSCULOS DO QUADRI.............................................,.....................................27 3.2.3.1 GLÚTEO MÁXIMO...........................................................................................27 3.2.3.2 GLÚTEO MÉDIO...............................................................................................27 3.2.3.3 GLÚTEO MÍNIMO.............................................................................................28 3.2.3.4 PIRIFORME........................................................................................................28 3.2.3.5 GÊMEO SUPERIOR...........................................................................................28 3.2.3.6 OBTURATÓRIO INTERNO..............................................................................28 3.2.3.7 GÊMEO INFERIOR............................................................................................29 3.2.3.8 OBTURATÓRIO EXTERNO.............................................................................29 3.2.3.9 QUADRADO FEMORAL..................................................................................29 3.2.4 MOVIMENTOS DO QUADRIL...........................................................................30 3.2.5 ÂNGULOS DO QUADRIL...................................................................................31 3.3 MOTOR CORRENTE CONTINUA (CC)................................................................31 3.4 ARDUINO.................................................................................................................35 3.4.1 PARTES DO ARDUINO.......................................................................................35 3.4.1.1 CONEXÃO USB E FONTE EXTERNA............................................................35 3.4.1.2 CONECTORES DE ALIMENTAÇÃO..............................................................36 3.4.1.3 COMUNICAÇÃO USB DA PLACA ARDUINO UNO....................................37 3.4.2 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS E DIMENSÕES..........................................38 3.4.3 ENTRADA E SAÍDA DIGITAL...........................................................................38 3.4.3.1 ENTRADA..........................................................................................................38 3.4.3.2 SAÍDA.................................................................................................................39 3.4.5 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO..................................................................40 3.5 BATERIA..................................................................................................................40 3.5.1 O QUE COMPÕE A BATERIA............................................................................41 3.5.2 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO..................................................................41 3.6 MÓDULO BLUETOOTH HC-06.............................................................................42 4.DESENVOLVIMENTO.................................................................................................43 4.1 CADEIRA................................................................................................................43 4.2 MATERIAIS............................................................................................................ 4.2.1 BATERIA 12V......................................................................................................45 4.2.2 MOTOR CC COM REDUTOR............................................................................45 4.2.3 ARDUINO.............................................................................................................46 4.2.4 MÓDULO DRIVER L298N.................................................................................46 4.3 PROBLEMAS ENCONTRADOS...........................................................................47 5.CONCLUSAO ................................................................................................................48 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................49 11 1. INTRODUÇÃO Conforme Rebelato JR e Batoné (1987), na antiguidade, período compreendido entre 4.000 a.C. e 395 d.C. havia uma forte preocupação com as pessoas que apresentavam as chamadas “diferenças incomodas”; este termo era então utilizado para abranger o que na época era considerado de “doença”. Havia uma preocupação em eliminar essas “diferenças incomodas” através de recursos, técnicas, instrumentos e procedimentos. Os agentes físicos já eram utilizados para reduzir essas “diferenças”. Os médicos na antiguidade conheciam os agentes físicos e os empregavam em terapia. Já utilizavam a eletroterapia sob forma de choques com um peixe elétrico no tratamento de certas doenças. O hábito de utilizar as formas de movimento como recurso terapêutico remonta há vários séculos antes da era cristã.Nessa época acreditava-se que o uso da ginástica estava unicamente nas mãos dos sacerdotes e que era empregada somente com fins terapêuticos, ou seja, os movimentos do corpo humano, quando estudados, racionalizados e planejados eram utilizados no tratamento de disfunções orgânicas já instaladas.No ano de 2698 AC. o imperador chinês Hoong-Ti criou um tipo de ginástica curativa que continha exercícios respiratórios e exercícios para evitar a obstrução de órgãos. (LINDMAN, 1970, p. 177). Na medicina Trácia e Grega a terapia pelo movimento constituía uma parte do tratamento médico. Galeno (130 a 199 d.C.)consegui através de uma ginástica planificada do tronco e dos pulmões corrigir o tórax deformado de um rapaz até chegar às condições normais (LINDMAN, 1970, p.178). O que se pretendia era basicamente curar os indivíduos que fossem portadores de alguma doença ou deformidade. A Fisioterapia ocupa hoje um lugar de destaque entre as inúmeras profissões da área de saúde. Poucas tiveram um desenvolvimento tão rápido e significativo nos últimos dez anos. Ganhou espaço em empresas privadas, associações esportivas, centros de saúde, clínicas particulares, e principalmente em hospitais, onde o fisioterapeuta mantinha-se timidamente circunscrito a situações bem menos complexas do que as atualmente desenvolvidas. Passou a ser reconhecido em sua relevância profissional, tornando-se presença obrigatória no atendimento hospitalar, de todas as especialidades clínicas (multidisciplinar) e cirúrgicas, além 12 dos serviços de urgência e de terapia intensiva, minimizando as complicações decorrentes dos longos períodos de internação. (REBELATO JR E BATONÉ,1987) A Fisioterapia, hoje, vem se aprimorando gradualmente, de forma a desenvolver, a cada dia, novos métodos de tratamento, o que tem levado seus profissionais a buscar uma melhor qualificação de seu trabalho e maior participação no ensino e pesquisa. (REBELATO JR E BATONÉ,1987) Um desses métodos é o projeto da cadeira fisioterapêutica que auxilia na recuperação e na facilitação do trabalho do fisioterapeuta, ajudando no esforço do paciente com os movimentos adequados para o problema em questão, para uma pratica e eficaz recuperação do paciente. É um projeto inovador que não foi incluso na fisioterapia e ainda é um modelo não apresentável em faculdades. 1.1 PROBLEMÁTICA De qual forma pode-se auxiliar aos tratamentos fisioterapêuticos de modo prático e cômodo visando uma recuperação mais rápida e eficaz? Com esse projeto de cadeira fisioterapêutica visa-se auxiliar a rápida recuperação ortopédica, oferecendo tratamentos de forma mais acessível e pratica à população na própria cadeira de modo que, facilite o trabalho do fisioterapeuta no auxílio dos movimentos do paciente durante sua recuperação. 1.2 HIPÓTESE Espera-se que com esse projeto haja no auxílio da recuperação dos pacientes e promova uma assistência ao profissional atuante na área. Deseja-se principalmente que o projeto proporcione praticidade ao usuário durante seu tratamento de recuperação. 1.3 OBJETIVOS 13 1.3.1 OBJETIVO GERAL Desenvolver uma cadeira que seja capaz de realizar movimentos que cooperem com os exercícios ortopédicos por meio de uma programação, utilizando um motor CC, será realizado os movimentos necessários para ajudar o paciente na fisioterapia, com movimentos de subida e decida. 1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Elaborar um circuito responsável pela lógica de funcionamento e conseguir resultados desejados para o tratamento do paciente; Aplicar conceitos aprendidos nas aulas, para construir a cadeira e conseguir controlar os movimentos fornecidos por ela; Realizar testes de funcionamento dos movimentos exercidos pela cadeira; Verificar os resultados obtidos com a cadeira. 1.4 JUSTIFICATIVA O trabalho busca auxiliar os profissionais da área fisioterapêutica ao criar um novo método para facilitar o processo de recuperação durante o tratamento do paciente, visando melhorar os problemas enfrentados pela necessidade continua da presença do fisioterapeuta no auxílio da realização dos exercícios exigidos para a melhora do paciente. O tempo de espera para prosseguir com o exercício para a realização da fisioterapia espera-se ser diminuído para uma comodidade do paciente e tornar ágil o trabalho do fisioterapeuta, assim tornando o tratamento cada vez mais ágil e eficaz. A área da fisioterapia está cada vez mais atrelada ao uso da tecnologia, pesquisas confirmam cada vez mais alguns exemplos mostram isso. De acordo Raquel Sílvia (2013) a terapia ocupacional e fisioterapia contam hoje com equipamentos de robótica, que agem como complemento no processo de reabilitação de pessoas com deficiência. A Rede de Reabilitação Lucy Montoro, do governo do estado de São Paulo, é pioneira no uso de alguns desses robôs. Tanto os terapeutas ocupacionais quanto os fisioterapeutas da Rede Lucy Montoro salientam que, os tratamentos com o uso dos aparelhos de robótica não substituem o trabalho dos profissionais, mas são eficientes devido à capacidade de repetição e de programação de 14 exercícios, além de permitirem que um profissional trate mais de um paciente por vez. (SILVIA, 2013) A comunicação da Rede diz ainda que, para que o paciente seja tratado com esse tipo de equipamento é preciso que tenha antes uma indicação médica e que tenha disponibilidade para completar o tratamento. (SILVIA, 2013) Segundo o site do governo federal, não é de agora que a robótica vem ajudando as pessoas nos seus respectivos tratamentos como vemos a seguir. Pioneiro em uso de robôs na reabilitação, o Instituto de Reabilitação Lucy Montoro localizado no Morumbi apresenta novas tecnologias para atender pessoas com deficiência. A unidade integra tecnologia e interação ao tratamento de reabilitação de seus pacientes. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2010) Outra novidade é o Lokomat, único no SUS, que é composto por um suporte que sustenta a cintura pélvica do paciente e duas órteses para os membros inferiores que possibilitam que ele utilize as articulações do quadril e do joelho, facilitando assim a sua locomoção sobre uma esteira rolante. A Rede Lucy Montoro foi uma das pioneiras a adquirir esta tecnologia Desenvolvida em um centro de pesquisa da Suíça e gradativamente difundida nos grandes centros de reabilitação do mundo. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,2010) Como esses projetos, nosso projeto tenta interagir com a área da saúde o máximo possível visando um maior conforto para o paciente quanto para o fisioterapeuta na recuperação da lesão com o auxílio na movimentação exigido para a melhora porem é especifico para os membros inferiores.Recentemente algumas clínicas de fisioterapia e até mesmo assessorias esportivas que contratam este serviço em campo para seus atletas têm utilizado de uma nova ferramenta para a recuperação de lesões músculo-esqueléticas. Trata-se do chamado Injury Treatment System, ou sistema de tratamento de lesões, usado desde 2005, composto por bolsas que englobam por completo a região do corpo a ser tratada e proporcionam um tipo de terapia de frio (chamada de crioterapia) com compressão pneumática ativa concomitante. (NETO, 2015) 1.5 METODOLOGIA O projeto teve início com a ideia de facilitar ao paciente no processo de recuperação de lesões ortopédicas com uma cadeira que irá auxiliar o movimento da parte do corpo lesionado, 15 juntamente com o paciente através de um motor de corrente continua, que irá ser programado através de um controlador lógico programável para realizar o movimento exigido pelo médico. O motor será integrado junto com uma base localizada na parte inferior da cadeira, que será conectado a uma válvula que exercera o movimento vertical onde a velocidade e o ângulo do movimento será programado através de um CLP. 2. CRONOGRAMA Atividade Mês Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Quinzena 1° 2° 1° 2° 1° 2° 1° 2° 1° 2° 1° 2° 1° Desenvolvimento da parte teórica X X X Estudo dos materiais X X X X Desenvolvimento do protótipo X X X X X X Testes X X X Ajustes finais X X X Apresentação 16 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 ANATOMIA DO JOELHO O joelho é o local de encontro de dois importantes ossos do membroinferior: o fêmur (osso da coxa) e da tíbia (osso da perna). A rótula ou patela como é comumente chamada articula-se com a parte anterior do fêmur tendo como função principal a proteção articular e aumento da força de extensão do joelho. (KAEMPF,2007) 3.1.1 LIGAMENTOS DO JOELHO O joelho tem ligamentos fortes que são fundamentais para a biomecânica e a fisiologia, os ligamentos cruzados têm um papel de “Pivô Central”, ou seja, o pivô em que move a articulação. (MASSIMO,2014) Ligamento Cruzado Anterior (LCA) – insere-se na eminência intercondilar da tíbia e vai se fixar na face medial do côndilo lateral do fêmur. O LCA apresenta um suprimento sanguíneo relativamente escasso. Impede o movimento de deslizamento anterior da tíbia ou deslizamento posterior do fêmur (Movimento de gaveta anterior), além da hipertensão do joelho. (NETTER,2008) O Ligamento Cruzado Posterior (LCP) - está localizado na parte de trás do joelho. Ele conecta a parte de trás do fêmur (osso da coxa) a parte de trás da tíbia (osso da perna) atrás do LCA. Funciona como um estabilizador primário do joelho e o principal controlador de quanto a tíbia se move para trás em relação ao fêmur. De maneira semelhante ao cruzado anterior, o LCP é constituído de duas faixas de tecido em forma de feixes. Uma parte do ligamento fica tensa quando o joelho é dobrado e a outra fica tensa quando o joelho é esticado. (LEORNADI,2015) O Ligamento Patelar ou tendão patelar é responsável pela mecânica de extensão do joelho, possuindo largura de três centímetros, espessura de três milímetros e comprimento entre quatro e cinco centímetros. A espessura pode variar de acordo com o sexo, sendo mais fino nas mulheres.Os atletas de salto são os mais propícios pela tendinite patelar.A face posterior do ligamento patelar está separada sinovial por um grande coxim gorduroso infrapatelar e da tíbia por uma bolsa sinovial. (NETTER,2008; JIN,2016) 17 Ligamento Colateral Fibular ou lateral (LCF) se origina do fêmur até a cabeça da fíbula e, faz parte do complexo estático e dinâmico para causar a estabilidade lateral do joelho não tendo conexão com o menisco lateral. (COHEN,2014) Ligamento Poplíteo Oblíquo é ligamento é uma estrutura que preenche a anatomia posterior do joelho, atravessando a fossa poplítea de medial para lateral, sendo considerado um restritor primário do genurecurvatum, evitando assim a hiperextensão do joelho. A anatomia posterior do joelho apresenta uma rede de estruturas e biomecânica única e complexa. (PINTO,2013) Ligamento Poplíteo Arqueado – Forma um arco do côndilo lateral do fêmur à face posterior da cápsula articular. Está unido ao processo estiloide da cabeça da fíbula por seis feixes convergentes. (NETTER,2008) Ligamento Colateral Tibial – é um feixe membranáceo, largo e achatado que se prolonga para parte posterior da articulação. Insere-se no côndilo medial do fêmur e no côndilo medial da tíbia. É intimamente aderente ao menisco medial. Impede o movimento de afastamento dos côndilos mediais do fêmur e tíbia (bocejo medial). (NETTER,2008) Ligamento transverso - é uma faixa fibrosa que une anteriormente o menisco lateral ao menisco medial. (CESAR,2017) Ligamento Coronário - ao longo da borda periférica de cada concha tibial, dois meniscos, medial e lateral, estão inseridos por fortes ligamentos chamados de coronários. (COHEN,2017) 18 Figura 1- Vista posterior das estruturas articulares do joelho. Fonte: NETTER, 2008. Figura 2 -Vista superior das estruturas articulares do joelho Fonte: NETTER, 2008. 19 3.1.1.1 MENISCOS Os meniscos são essenciais para a biomecânica normal da articulação do joelho, agindo como lubrificadores, estabilizadores, amortecedores e distribuidores de carga dentro da articulação. Eles são cunhas semilunares móveis de fibrocartilagem, convexo na superfície femoral e plana no platô tibial. As fibras de colágeno de tecido dissipam as forças de compressão na articulação, reduzindo assim a força direta sobre a cartilagem articular, que cobre as superfícies articulares tibio-femorais. (TOSTES,2013) Menisco Medial – é de forma quase semi-circular, um pouco alongado e mais largo posteriormente. Sua extremidade anterior fixa-se na fossa intercondilar anterior da tíbia e a posterior na fossa intercondilar posterior da tíbia. Já o Menisco Lateral é quase circular e recobre uma extensão da face articular maior do que a recoberta pelo menisco medial. Sua extremidade anterior fixa-se na eminência intercondilar anterior da tíbia e a posterior na eminência intercondilar da tíbia. As funções do menisco são: -Absorver os choques. -Transmitir o peso do corpo sobre a área do platô tibial; se não existisse, o peso seria suportado por uma área de amplitude menor, provocando consequentemente um maior desgaste do joelho. -Espalhar o líquido sinovial, a fim de tornar o movimento mais fluido porque diminui o atrito. -Melhorar a congruência das articulações entre a tíbia e o fêmur. -Limitar a rotação da tíbia. (CASTRO,1985) Figura 3 - Menisco Fonte: MASSIMO, 2014 20 3.1.1.2 MUSCULATURA DO JOELHO A musculatura da perna pode ser dividida em três grupos de músculos que são anterior, lateral e posterior, constituindo uma atmosfera carnosa que envolve 1completamente a fíbula. De um modo geral os músculos anteriores são flexores ao passo que os posteriores são extensores. (CASTRO, 1989). Os músculos que agem na articulação do joelho produzem movimentos de flexão e extensão da perna, mas também um certo grau de rotação, especialmente do côndilo lateral do fêmur em torno do eixo de rotação daquela articulação. Alguns dos músculos que movem a perna atuando na articulação do joelho são biarticulares, agem sobre a articulação do quadril bem como sobre a do joelho. São eles, vasto lateral, vasto medial e, vasto intermédio, reto da coxa que constituem o quadríceps, bíceps da coxa, semitendíneo, semimembranáceo. (DÂNGELO e FATINI, 1988). Músculo tensor da fáscia lata é um músculo longo e estreito que está localizado na parte externa da coxa. Tem origem na SIAS (espinha ilíaca anterior superior) e se insere sobre o côndilo externo da tíbia, é biarticular porque cruza e controla duas articulações: quadril e joelho.O tendão que se insere na tíbia é muito longo, começa logo abaixo da linha pectínea do fêmur e da tuberosidade glútea e junta-se a fáscia lata ou femoral formando o trato iliotibial. A ação do tensor da fáscia lata é a abdução da coxa, também ajuda no movimento de extensão da perna sobre a coxa (KENFDALL,1988;McCREARY,1988). Músculo sartório é uns dos mais longos que temos, tem origem na espinha ilíaca Antero- superior, e tem um formado de ‘S’ sua inserção é borda medial, da tuberosidade a tíbia e sua ação é no flexor da coxa e da perna. (KENFDALL,1988;McCREARY,1988). VASTO LATERAL: Origem: lábio lateral (linha áspera) até o trocânter maior. Inserção: o tendão conjunto do quadríceps se insere nas margens proximal e lateral da patela (base da patela – ligamento patelar). Ação: extensão do joelho. Estabilizado auxilia no bloqueio do joelho em extensão. Inervação: ramo do nervo femoral. VASTO MEDIAL: Origem: lábio medial (linha áspera), a parte distal mais forte que a proximal. Inserção: base da patela. Ação: extensão do joelho e auxilia no bloqueio do joelho em extensão. Inervação: ramo do nervo femoral. VASTO INTERMÉDIO: Origem: Perímetro anterior do fêmur. Inserção: base da patela. Ação: extensão do joelho e auxilia no bloqueio do joelho em extensão. Inervação: ramo do nervo femoral. 21 RETO DA COXA: Origem: espinha ilíaca antero inferior (cabeça reta) e margem superior do acetábulo (cabeça reflexa). Inserção: base da patela (ligamento patelar). Ação: estende a perna e auxilia a flexão na articulação do quadril.Inervação: ramos do nervo femoral. BÍCEPS DA COXA: Origem: túber isquiático. Inserção: cabeça da fíbula. Ação: flexão da perna na articulação do joelho e rotação lateral, extensão e rotação lateral da coxa na articulação do quadril. Inervação: nervo tibial. SEMITENDÍNEO: Origem: do túber isquiático por um tendão curto unindo a cabeça longa do músculo bíceps da coxa. Inserção: longo tendão borda medial da tuberosidade da tíbia. Ação: flexão da perna na articulação do joelho e rotação medial, extensão da coxa na articulação do quadril. Inervação: nervo tibial. SEMIMEMBRANÁCEO: Origem: do túber isquiático (tendão largo, no espaço entre os músculos bíceps da coxa e semitendíneo e o músculo adutor). Inserção: tendão curto e espesso do côndilo medial da tíbia e no ligamento poplíteo oblíquo. Ação: flexão da perna e rotação medial na articulação do joelho; extensão da coxa na articulação do quadril. Inervação: nervo tibial. (PUTZ e PABST, 1995) Figura 4 – Músculos Fonte: MASSIMO, 2014. 22 3.1.1.3 BIOMECANICA DO JOELHO Os movimentos complexos das articulações tibiofemoral e femoropatelar são coordenados e direcionados pela ação da musculatura e das estruturas ligamentares (GOULD, 1993), os principais movimentos que se realizam no joelho são a flexão e a extensão da perna sobre a coxa ou da coxa sobre a perna. (HAMILTON, 1982). Dois eixos de movimento são conhecidos na articulação do joelho: o transversal e longitudinal.No eixo transversal é onde acontece o principal movimento do joelho, a flexo- extensão que pode chegar entre 140 e 160º na flexão e na extensão em zero grau. No eixo longitudinal acontece a rotação axial onde a rotação externa se limita a 40 e 50º e na rotação interna de 30 a 35º, sabendo que há uma associação destes movimentos à flexo-extensão no final da extensão e no início da flexão. (COHEN,2014) ADM da articulação do joelho 1 - Flexão: 0 -135º 2 - Extensão: 0 - 15º 3 - Rotação medial da tíbia: 20 a 30º 4 - Rotação lateral da tíbia: 30 a 40º(BORGES,2009) 3.1.1.4 MOVIMENTO PATELOFEMORAL A articulação patelofemoral tem sua mecânica influenciada pelo músculo quadríceps, e algumas formas estruturais de cada indivíduo como restrição do tecido mole e biomecânica do quadril e pé. Para permitir que o tendão do quadríceps curse normalmente, a patela tem a função de aumentar a distância dos eixos articulares e assim proteger o joelho anteriormente, contando ainda que a patela deslize na cavidade troclear em um movimento homogêneo auxiliando o sistema de alavancas do quadríceps.(COHEN,2014). A função do mecanismo da articulação patelo femoral é influenciada vigorosamente por estabilizadores tanto dinâmicos (estruturas contráteis) quanto estáticos (estruturas não contráteis) da articulação. Essa estabilidade baseia-se na interação entre a geometria óssea, as contenções ligamentares e retinaculares e os músculos. Um estabilizador dinâmico, o músculo quadríceps femoral, é constituído por quatro músculos inervado todos pelo nervo femoral. São eles: 23 Vasto lateral: desvia-se lateralmente do eixo longitudinal do fêmur; Vasto intermédio: paralelas ao eixo longitudinal do fêmur Reto femoral; Vasto medial: Longo - fibras com orientação vertical, desviando-se medialmente em relação ao eixo longitudinal do fêmur em 18º. Oblíquo - fibras com orientação horizontal desviando medialmente em relação ao eixo longitudinal do fêmur de aproximadamente 55º. (KAEMPF,2007). 3.1.1.5 TIBIOFEMORAL A articulação tibiofemoral é conhecida como uma dobradiça rodando, deslizando e rolando e por isso considerada como helicoidal ou espiral. Estudos indicam que esta articulação é o ponto do eixo para os movimentos de flexão e extensão e isto nos permite imaginar a tíbia rotacionando sobre o côndilo medial do fêmur durante a flexão e extensão. (COHEN,2014) É uma articulação sinovial plana entre tíbia e a cabeça do peróneo. O movimento ocorre nesta articulação com qualquer atividade que envolva a tíbio – társica, daqui surgem as divergências entre autores, sobre a consideração desta articulação no complexo articular de joelho. A hipo mobilidade nesta articulação pode conduzir à dor na área do joelho devido ao peso corporal. O joelho tem um papel importante no suporte do corpo durante atividades estáticas e dinâmicas, sendo uma das maiores articulações do corpo e também a mais complexa. (BODEAU, Gary A.; PATTON, Kevin T,2002). 24 Figura 5–Joelho (tendões) Fonte:Kaempf, 27 de agosto de 2017 3.2 QUADRIL HUMANO O quadril, ou articulação coxo-femoral é formado pelos ossos da bacia (pelve) e pelo fêmur, o osso mais longo do corpo humano. Seu formato assemelha-se a uma esfera dentro de uma taça invertida. A esfera é a parte arredondada de cima do fêmur (cabeça femoral) e a taça na qual ela se encaixa é o acetábulo (de acetabulum – do latim). (BUSATO,2014). 3.2.1 ANATOMIA DO QUADRIL HUMANO Entre os ossos da bacia e do fêmur existe uma cartilagem, a qual possibilita o movimento da articulação com pouco atrito, como é possível ver na figura 6. 25 Figura 6- Quadril humano Fonte: Medicina do quadril, disponível em: http://medicinadoquadril.com.br/site/nocoes-de- anatomia/ Acessado em: 27 de agosto de 2017 3.2.2 LIGAMENTOS DO QUADRIL Segundo o professor Jonas Wecker os ligamentos que formam o quadril são os seguintes: Ligamento Iliofemoral – É um feixe bastante resistente, situado anteriormente à articulação. Está intimamente unido à cápsula e serve para reforçá-la. Ligamento Pubofemoral – Insere-se na crista obturatória e no ramo superior da pube; distalmente, funde-se com a cápsula e com a face profunda do feixe vertical do ligamento iliofemoral. Ligamento Isquiofemoral – Consiste de um feixe triangular de fibras resistentes, que nasce no ísquio distal e posteriormente ao acetábulo e funde-se com as fibras circulares da cápsula. Ligamento da Cabeça do Fêmur – É um feixe triangular, um tanto achatado, inserindo-se no ápice da fóvea da cabeça do fêmur e na incisura da cavidade do acetábulo. Tem pequena função como ligamento e algumas vezes está ausente. Ligamento Transverso do Acetábulo – É uma parte da orla acetabular, diferindo dessa por não ter fibras cartilagíneas entre suas fibras. Consiste em fortes fibras achatadas que cruzam a incisura acetabular. Podemos visualiza-los e localiza-los nas figuras 7 , figura 8 e figura 9. http://medicinadoquadril.com.br/site/nocoes-de-anatomia/ http://medicinadoquadril.com.br/site/nocoes-de-anatomia/ 26 Figura 7- Vista anterior das estruturas articulares do quadril Fonte: Coleção Prometheus - Atlas de Anatomia - 3 Vol, 2013 Figura 8- Vista posterior das estruturas articulares do quadril Fonte: Coleção Prometheus - Atlas de Anatomia - 3 Vol, 2013 27 Figura 9- Estrutura articulares do quadril Fonte:Coleção Prometheus - Atlas de Anatomia - 3 Vol, 2013 3.2.3 MÚSCULOS DO QUADRIL Segundo o professor Douglas Lenz os músculos que compõem o quadril são os seguintes: Glúteo Máximo, Glúteo Médio, Glúteo Mínimo, Piriforme, Gêmeo Superior, Obturatório Interno, Gêmeo Inferior, Obturatório Externo e o Quadrado Femural. 3.2.3.1 GLÚTEO MÁXIMO Inserção Medial: Linha glútea posterior do ilíaco, sacro, cóccix e ligamento sacrotuberoso. Inserção Lateral: Trato íleotibial da fáscia lata e tuberosidade glútea do fêmur. Inervação: Nervo Glúteo Inferior (L5 – S2). Ação: Extensão e Rotação Lateral do Quadril (SOBOTTA, 2013). 3.2.3.2 GLÚTEO MÉDIO Inserção Superior: Face externa do íleo entre a crista ilíaca, linha glútea posterior e anterior. Inserção Inferior: Trocânter Maior. Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4 – S1). Ação: Abdução e Rotação Medial da Coxa (SOBOTTA,2013). 28 3.2.3.3 GLÚTEO MÍNIMO Inserção Superior: Asa ilíaca (entre linha glútea anterior e inferior). Inserção Inferior: Trocânter Maior. Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4 – S1). Ação: Abdução e Rotação Medial da Coxa. As fibras anteriores realizam Flexão do Quadril (SOBOTTA, 2013). 3.2.3.4 PIRIFORME Inserção Medial: Superfície pélvica do sacro e margem da incisura isquiática maior. Inserção Lateral: Trocânter Maior. Inervação: Nervo para o músculo piriforme (S2). Ação: Abdução e Rotação Lateral da Coxa (SOBOTTA, 2013). 3.2.3.5 GÊMEO SUPERIOR Inserção Medial: Espinha isquiática. Inserção Lateral: Trocânter maior. Inervação: Nervo para o músculo gêmeo superior (L5 – S2). Ação: Rotação Lateral da Coxa (SOBOTTA, 2013). 3.2.3.6 OBTURATÓRIO INTERNO Inserção Medial: Face interna da membrana obturatória e ísquio. Inserção Lateral: Trocânter maior e fossa trocantérica do fêmur. Inervação: Nervo para o músculo obturatório interno (L5 – S2) Ação: Rotação Lateral da Coxa (SOBOTTA, 2013). 3.2.3.7 GÊMEO INFERIOR Inserção Medial: Tuberosidade Isquiática. Inserção Lateral: Trocânter Maior. Inervação: Nervo para o músculo gêmeo inferior e quadrado femural (L4 – S1). Ação: Rotação Lateral da Coxa (SOBOTTA, 2013). 29 3.2.3.8 OBTURATÓRIO EXTERNO Inserção Medial: Ramos do púbis e ísquio e face externa da membrana obturatória. Inserção Lateral: Fossa Trocantérica do Fêmur. Inervação: Nervo para o músculo obturatório externo (L3 – L4). Ação: Rotação Lateral da Coxa (SOBOTTA, 2013). 3.2.3.9 QUADRADO FEMORAL Inserção Medial: Tuberosidade Isquiática. Inserção Lateral: Crista Intertrocantérica. Inervação: Nervo para o músculo quadrado femural e gêmeo inferior (L4 – S1). Ação: Rotação Lateral e Adução da Coxa (SOBOTTA, 2013). Figura 10- Vista posterior-dissecação superficial Fonte: ATLAS DE ANATOMIA HUMANA – VOLUME 3, 2013 Figura 11- Vista posterior-dissecação profunda 30 Fonte: ATLAS DE ANATOMIA HUMANA – VOLUME 3, 2013 3.2.4 MOVIMENTOS DO QUADRIL Movimentos do Fêmur – embora os movimentos do fêmur sejam primariamente resultantes da rotação que ocorre na articulação do quadril, a cintura pélvica funciona de maneira semelhante à cintura escapular, posicionando a articulação do quadril para maior eficácia do movimento do membro. De forma diferente da cintura escapular, a pelve é uma única estrutura não-articulada que pode rodar nos três planos de movimento. A pelve facilita o movimento do fêmur rodando de tal maneira que o acetábulo fique posicionado na direção do movimento desejado do fêmur. A inclinação posterior da pelve aumenta a flexão do quadril, sua inclinação anterior favorece a extensão femoral e sua inclinação lateral facilita os movimentos heterolaterais do fêmur. O movimento da cintura pélvica também acompanha determinados movimentos da coluna vertebral (FREIRE, 2003). MOVIMENTOS: Flexão; Extensão; Abdução; Adução; Rotação interna; Rotação externa; e Circundução. FLEXÃO: É a diminuição do ângulo formado entre os segmentos que se articulam. Amplitude do movimento articular de 0° a 120° (110° a 125°); EXTENSÃO: é o aumento do ângulo entre os segmentos que se articulam.Amplitude do movimento articular de hiperextensão de 0° a 10° (0° a 30°). ABDUÇÃO: é quando o segmento corporal se afasta da linha média. Amplitude do movimento articular de 0° a 45°(40° a 55°); 31 ADUÇÃO: é a aproximação do segmento e m direção a linha média do corpo. Amplitude do movimento articular de 0° (30° a 40° cruzando a linha mediana); ROTAÇÃO INTERNA: é o movimento em torno do eixo longitudinal, aproximando o segmento da linha média do corpo. Amplitude do movimento articular de 0° a 35° (30° a 45°); ROTAÇÃO EXTERNA: é o movimento em torno do eixo longitudinal, afastando o segmento da linha média do corpo. Podendo também ser chamado de rotação lateral. Amplitude do movimento articular de 0° a 45° (40° a 50°); e CIRCUNDAÇÃO: movimento circular de um segmento corporal, associando os movimentos de flexão, extensão, abdução e adução. O segmento descreve, aproximadamente, um círculo em torno de um ponto fixo (MIRANDA, 2013). 3.2.5 ÂNGULOS DO QUADRIL Figura 12- (ângulo inclinação) Fonte: ebah,disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAeusEAE/cinesiologia- quadril?part=2/Acessado em 27 de agosto de 2017 3.3 MOTOR CORRENTE CONTINUA ( CC ) De acordo com Bertulucci (2016), temos uma fácil aplicação utilizando um motor CC, que são alimentados por corrente continua e por baixas tensões. Conseguimos controlar a velocidade de um motor de corrente continua apenas variando sua tensão, que pode ser utilizado em processos com a necessidade de troque. 32 Figura 13 – Motor CC e suas partes. Fonte: Citisystems, disponível em: https://www.citisystems.com.br/motor-cc/ Acessado em 14 de agosto de 2017. Um motor CC é composto por um eixo acoplado ao rotor que é a parte girante do motor. Na Figura 13, o estator é composto por um ímã e o comutador tem a função de transferir a energia da fonte de alimentação ao rotor. Na Figura 13 é também é possível observar as partes que compõem um motor CC.(Bertulucci,2016) Figura 14 – Princípio de Funcionamento Motor CC Fonte: Citisystems, disponível em: https://www.citisystems.com.br/motor-cc/ Acessado em 14 de agosto de 2017. Na Figura 14, Bertulucci fala que os polos (Norte e Sul) dos imãs constitui o estador, e uma bobina representa o rotor que é alimentada pelo comutador onde circula uma corrente I. https://www.citisystems.com.br/motor-cc/ 33 O motor CC funciona seguinte forma: “Sempre que um condutor conduzindo uma corrente elétrica (em vermelho) é colocado em um campo magnético (em azul), este condutor experimenta uma força mecânica (em verde) ” gerando o torque e do eixo do motor e o giro. Figura 15 – A corrente elétrica no Motor CC \ Fonte: Citisystems, disponível em: https://www.citisystems.com.br/motor-cc/ Acessado em 14 de agosto de 2017. Ao alimentar o comutador com tensão CC, é gerada uma corrente contínua que é transferida para a bobina através do contato das escovas do comutador com esta bobina. Assim, a função do comutador é ser o elo entre a fonte de alimentação e o rotor do motor CC e ele é composto por escovas condutoras que fazem o contato com o eixo girante do motor CC. Aqui, chamamos a corrente que circula pela bobina de I. (Bertulucci,2016) Figura 16– O campo magnético no Motor CC Fonte: Citisystems, disponível em: https://www.citisystems.com.br/motor-cc/ Acessado em 14 de agosto de 2017. https://www.citisystems.com.br/motor-cc/ 34 O campo magnético é gerado entre os polos norte e sul do ímã e possui um sentido partindo do norte para o sul. O torque que vai impulsionar a bobina e por sua vez o rotor, como vermos na Figura 16 será proporcional ao campo magnético entre os ímãs. A densidade de fluxo magnético é chamada aqui de B. Figura 17 – A força e o torque no Motor CC Fonte: Citisystems, disponível em: https://www.citisystems.com.br/motor-cc/ Acessado em 14 de agosto de 2017. O sentido da força mecânica é feito pela a famosa “regra da mão esquerda” Figura 18 – Regra da mão esquerda Fonte: Citisystems, disponível em: https://www.citisystems.com.br/motor-cc/ Acessado em 14 de agosto de 2017 35 3.4 ARDUINO Arduino é uma placa composta por um microcontrolador Atmel, circuitos de entrada/saída e que pode ser facilmente conectada à um computador e programada via IDE (Integrated Development Environment, ou Ambiente de Desenvolvimento Integrado) utilizando uma linguagem baseada em C/C++, sem a necessidade de equipamentos extras além de um cabo USB. (THOMSEN, 2014). A fonte de alimentação recebe energia externa poruma tensão de, no mínimo, 7 volts e máximo de 35 volts com corrente mínima de 300mA. A placa e demais circuitos funcionam com tensões entre 5 e 3,3 volts. Embutido no Arduino há ainda um firmware – que combina memória ROM para leitura e um programa gravado neste tipo de memória – carregado na memória da placa controladora, que aceita Windows, Linux e Mac OS X. (SOARES, 2013). Figura 19 – Arduino Fonte: flipeflop, disponível em: https://www.filipeflop.com/blog/o-que-e-arduino/ Acessado em 17 de agosto de 2017 3.4.1 PARTES DO ARDUINO O Arduino pode ser dividido em diversas partes: 3.4.1.1 CONEXÃO USB E FONTE EXTERNA A placa pode ser alimentada pela conexão USB ou por uma fonte de alimentação externa, conforme exibido na figura abaixo: https://www.filipeflop.com/blog/o-que-e-arduino/ 36 Figura 20 - Alimentação da placa Arduino UNO Fonte: embarcadores, disponível em: https://www.embarcados.com.br/arduino-uno/ Acessado em 17 de agosto de 2017. A alimentação externa é feita através do conector Jack com positivo no centro, onde o valor de tensão da fonte externa deve estar entre os limites 6V. a 20V., porém se alimentada com uma tensão abaixo de 7V., a tensão de funcionamento da placa, que no Arduino Uno é 5V, pode ficar instável e quando alimentada com tensão acima de 12V, o regulador de tensão da placa pode sobreaquecer e danificar a placa. Dessa forma, é recomendado para tensões de fonte externa valores de 7V. a 12V. (SOUZA, 2013) 3.4.1.2 CONECTORES DE ALIMENTAÇÃO Figura 21 - Conectores de alimentação Arduino UNO R3 Fonte: embarcadores, disponível em: https://www.embarcados.com.br/arduino-uno/ Acessado em 17 de agosto de 2017 IOREF: Fornece uma tensão de referência para que shields possam selecionar o tipo de interface apropriada, dessa forma shields que funcionam com a placas Arduino que são alimentadas com 3,3V. podem se adaptar para ser utilizados em 5V. e vice-versa. RESET:pino conectado a pino de RESET do microcontrolador. Pode ser utilizado para um reset externo da placa Arduino. 37 3,3 V.: Fornece tensão de 3,3V. para alimentação de shield e módulos externos. Corrente máxima de 50 mA. 5 V: Fornece tensão de 5 V para alimentação de shields e circuitos externos. GND: pinos de referência, terra. VIN: pino para alimentar a placa através de shield ou bateria externa. Quando a placa é alimentada através do conector Jack, a tensão da fonte estará nesse pino. 3.4.1.3 COMUNICAÇÃO USB DA PLACA ARDUINO UNO Como interface USB para comunicação com o computador, há na placa um microcontrolador ATMEL ATMEGA16U2. Figura 22 - Conversor USB-serial com ATmega16u2 Fonte: embarcadores, disponível em: https://www.embarcados.com.br/arduino-uno/ Acessado em 17 de agosto de 2017. Este microcontrolador é o responsável pela forma transparente como funciona a placa Arduino UNO, possibilitando o upload do código binário gerado após a compilação do programa feito pelo usuário. Possui um conector ICSP para gravação de firmware através de um programador ATMEL, para atualizações futuras. (SOUZA, 2013) Nesse microcontrolador também estão conectados dois LED’S (TX, RX), controlados pelo software do microcontrolador, que indicam o envio e recepção de dados da placa para o computador. Esse microcontrolador possui um cristal externo de 16 MHz. É interessante notar a conexão entre este microcontrolador com o ATMEL ATMEGA328, onde é feita pelo canal serial desses microcontroladores. Outro ponto interessante que facilita o uso da placa Arduino é a conexão do pino 13 do ATMEGA16U2 ao circuito de RESET do ATMEGA328, possibilitando a entrada no modo bootloader automaticamente quando é pressionado o botão http://www.atmel.com/devices/ATMEGA16U2.aspx http://www.atmel.com/devices/atmega328.aspx 38 Upload na IDE. Essa característica não acontecia nas primeiras placas Arduino, onde era necessário pressionar o botão de RESET antes de fazer o Upload na IDE. (SOUZA, 2013). 3.4.2 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS E DIMENSÕES Alimentação: 9,5 à 15,6 VDC Consumo< 300 mA máx. Entradas Digitais: 3,8 a 25 VDC Resolução das Entradas Analógicas: 10bits (0 a 1023) Saídas Relés: 10A @ 250VAC / 10A 120VAC / 7A @ 28VDC Serial Padrão: RS232 conector DB9 fêmea (DCE) Temperatura de operação: 0 a 60°C Dimensões: 120 x 116 x 29 mm (L x P x A) (SOUZA,2013) 3.4.3 ENTRADA E SAÍDA DIGITAL A placa Arduino tem 14 pinos caracterizados para entrada e saída dependendo da forma que será utilizado, enumerados de 1 á 13 conforme a imagem a seguir: Figura 23- Entradas e saídas Fonte: embarcadores, disponível em: https://www.embarcados.com.br/arduino-uno/ Acessado em 17 de agosto de 2017 3.4.4.1 ENTRADA Por padrão os pinos no Arduino estão configurados como entradas digitais, porém, para ficar mais explícito na programação, deve-se configurar o pino como entrada. Dessa forma o pino é colocado em um estado de alta impedância, equivalente a um resistor de 100 Megaohms em serie com o circuito a ser monitorado. Dessa forma, o pino absorve uma corrente muito 39 baixa do circuito que está monitorando. Devido a essa característica de alta impedância, quando um pino colocado com entrada digital encontrasse flutuando (sem ligação definida), o nível de tensão presente nesse pino fica variando não podendo ser determinado um valor estável devido a ruído elétrico e até mesmo capacitância de entrada do pino. Para resolver esse problema é necessário colocar um resistor de pull up (ligado a +5V) ou um resistor de pull down (ligado a GND) conforme a necessidade. Esses resistores garantem nível lógico estável quando por exemplo uma tecla não está pressionada. Geralmente utiliza-se um resistor de 10K para esse propósito. A seguir é exibida a ligação desses resistores no circuito para leitura de tecla.(SOUZA,2013). Figura 24- Ligação de resistores no circuito Fonte: embarcadores, disponível em: https://www.embarcados.com.br/arduino-entradasaidas- digitais/ Acessado em 17 de agosto de 2017. O microcontrolador ATmega328, da placa Arduino UNO, possui resistores de pull-up internos (20 Kilohms) que facilitam a ligação de teclas, sensores sem a necessidade de conectar externamente um resistor de pull-up. A habilitação desses resistores é feita de maneira simples via software. (SOUZA,2013) 3.4.4.2 SAÍDA Quando um pino é configurado com saída, ele se encontra em estado de baixa impedância. Dessa forma, o pino pode fornecer ou drenar corrente para um circuito externo. A corrente máxima que um pino pode fornecer ou drenar é de 40 mA, porém a soma das correntes não pode ultrapassar 200 mA. Deve-se ficar atento a corrente maiores que este limite e a curto- 40 circuitos que podem danificar o transistor de saída danificando o pino e até mesmo queimar o microcontrolador. Essa é uma característica perigosa para a placa Arduino e seria interessante se tivessem resistores ou algum tipo de proteção em todos os pinos utilizados como saída para limitar a corrente em uma situação anormal. (SOUZA,2013). 3.4.5 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO O Arduino foi criado em 2005 por um grupo de 5 pesquisadores:Massimo Banzi, David Cuartielles, Tom Igoe, Gianluca Martino e David Mellis. O objetivo era elaborar um dispositivo que fosse ao mesmo tempo barato, funcional e fácil de programar, sendo dessa forma acessível a estudantes e projetistas amadores. Além disso, foi adotado o conceito de hardware livre, o que significa que qualquer um pode montar, modificar, melhorar e personalizar o Arduino, partindo do mesmo hardware básico. (Thomsen, 2014). Assim, foi criada uma placa composta por um microcontrolador Atmel, circuitos de entrada/saída e que pode ser facilmente conectada à um computador e programada via IDE (Integrated Development Environment, ou Ambientede Desenvolvimento Integrado) utilizando uma linguagem baseada em C/C++, sem a necessidade de equipamentos extras além de um cabo USB. (THOMSEN, 2014). Depois de programado, o microcontrolador Arduino pode ser usado de forma independente, ou seja, você pode colocá-lo para controlar um robô, uma lixeira, um ventilador, as luzes da sua casa, a temperatura do ar condicionado, pode utilizá-lo como um aparelho de medição ou qualquer outro projeto que vier à cabeça. (THOMSEN, 2014). 3.5 BATERIA Quando ligamos pilhas ou acumuladores em conjunto, obtemos associações denominadas "baterias". Assim, o conjunto de células ou pilhas secas que formam uma bateria de 9V é uma bateria de pilhas. Figura 25- Células da pilha 41 Por outro lado, quando associamos acumuladores para obter uma bateria de 12V como a usada nos carros, o que temos uma é uma "bateria de acumuladores". BATERIAS PRIMÁRIAS (NÃO RECARREGÁVEIS) BATERIAS SECUNDÁRIAS (RECARREGÁVEIS) 3.5.1 O QUE COMPÕE A BATERIA A bateria é um dispositivo constituído unicamente de dois eletrodos e um eletrólito, arranjados de maneira a produzir energia elétrica. Bateria é um conjunto de pilhas agrupadas em série ou paralelo, dependendo da exigência por maior potencial ou corrente. (SILVA,2007) 3.5.2 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO Numa bateria, há um eletrólito – que é um condutor de eletricidade – e metais dentro dessa solução. “Um exemplo, é você ter zinco, num ácido, e cobre num outro ácido. Você começa a ter reações químicas como se estivesse criando elétrons num ponto e faltando elétrons no outro. Quando se conecta os dois pontos com um fio, os elétrons vão fluir de uma barrinha para a outra e isso gera corrente elétrica”. (MORICONI,2013) O processo eletrolítico envolvido em uma pilha ou em uma bateria é o mesmo, e trata de uma troca de elétrons entre duas espécies, um agente oxidante e um agente redutor. Por exemplo, no caso da pilha alcalina tem-se uma barra de manganês metálico eletroliticamente puro, imerso numa pasta de hidróxido de zinco. Dela são conhecidos os respectivos potenciais- padrão de redução, conforme as equações abaixo: (SILVA,2007) Mn2+ + 2e → Mn0 E0 = -1,18V Zn2+ + 2e → Zn0 E0 = -0,76V 42 Inicialmente, ambas as equações apresentam uma redução (recebimento de elétrons). Para se chegar ao potencial gerado pela pilha, deve-se inverter a equação de menor valor, independentemente de sua natureza, invertendo-se assim o sinal matemático da mesma, de modo a chegar-se a:(SILVA,2007) Mn0 → Mn2+ + 2e E0 = +1,18V Zn2+ + 2e → Zn0 E0 = -0,76V Ao se somar os potenciais de oxidação (primeira equação) e de redução (segunda equação), chega-se o potencial gerado pela pilha na associação dos dois metais. No caso, a pilha possui um potencial de +0,42 volts. Ao se associar, em série ou paralelo, conjuntos individuais dessas duplas de metais, aumentando o potencial referido potencial individualmente, formamos uma bateria. (SILVA,2007) 3.6 MÓDULO BLUETOOTH HC-06 O módulo Bluetooth HC-06 é usado para comunicação wireless entre o Arduino e algum outro dispositivo com bluetooth, como por exemplo um telefone celular, um computador ou tablet. As informações recebidas pelo módulo são repassadas ao Arduino (ou outro microcontrolador) via serial. O alcance do módulo segue o padrão da comunicação bluetooth, que é de aproximadamente 10 metros. Esse módulo funciona apenas em modo slave (escravo), ou seja, ele permite que outros dispositivos se conectem à ele, mas não permite que ele próprio se conecte à outros dispositivos bluetooth. http://buildbot.com.br/produto/modulo-bluetooth-hc06/ http://buildbot.com.br/blog/arduino/ 43 4. DESENVOLVIMENTO 4.1 CADEIRA Foi feito uma busca por qual seria a melhor cadeira a ser utilizada e decidiu-se usar uma carteira escolar na qual foi modificada para fazer as alterações necessárias do projeto e de um preço mais disponível. Logo retirou-se o suporte para caderno e a transformou em uma cadeira onde foi reforçado o assento e foi feito modificações na estrutura para poder desenvolver o projeto, fez- se um suporte para os pés como repouso (a base de madeira). Figura 26 - Cadeira sem modificação Fonte-Autor Foi adicionada uma nova parte mecânica para que possa ser feito os movimentos almejados de subida e descida da perna, foi feito pontos de solda para reforçar a infraestrutura. 44 Figura 27 - Cadeira modificada Fonte-Autor Figura 28 - Cadeira já com as soldas Fonte-Autor 45 Figura 29 – Parte do apoio da perna Fonte- Autor 4.2 MATERIAIS Após a análise do projeto foram decididos os materiais que seriam necessários para construção do protótipo. Comprou-se um Arduino, um módulo drive l298n, uma bateria de12v, uma bateria de 9v e motor de corrente continua com redutor. 4.2.1 BATERIA 12V Foram utilizadas duas baterias no projeto, uma de 12V para alimentar o motor CC com redutor e a outra de 9V para alimentar o Arduino. 46 4.2.2 MOTOR CC COM REDUTOR Após alguns estudos para selecionar o motor mais apropriado para a ocasião, foi concluído que o motor de corrente continua com redutor seria o mais apropriado pois ele oferece um torque maior e possui um custo não tão elevado. Figura 30 – motor CC com redutor Fonte- Autor 4.2.3 ARDUINO Inicialmente para fazer a programação seria utilizado um CLP, porém após alguns estudos foi concluído que um Arduino uno conseguiria cumprir o papel de programação, facilitando o processo da programação reduzindo o custo. Através do Arduino foi feita toda programação do projeto, tanto os comandos do motor quanto o aplicativo para controle da cadeira. 47 Figura 31 – Arduino Fonte-Autor 4.2.4 MÓDULO DRIVER L298N Outra questão que enfrentamos foi como controlaríamos o motor com um arduino, para isso após algumas pesquisas foi decidido utilizar uma ponte H (driver 1298n). O módulo driver foi utilizado para controlar a velocidade e a direção da rotação do motor. Figura 32 L298n Fonte-Autor 48 4.3 PROBLEMAS ENCONTRADOS SUPORTE Na finalização colocamos um novo suporte de madeira na cadeira, para a perna da pessoa ficar tranqüila e nada soltar na cadeira, assim pessoas com pernas maiores também conseguiram usá la de forma eficiente ao seu tratamento ENGRENAGEM Uma nova engrenagem foi colocado para o motor ter um rendimento melhor e com uma velocidade não tão alta assim podendo controlada facilmente. APLICATIVO Tivemos problemas ao conseguir controlar o modulo Bluetooth testamos diversas programações diferentes até conseguir fazer funcionar para podermos controlar por um aplicativo pelo celular e assim conseguindo fazer a cadeira subir e descer 49 5. CONCLUSÃO Após a execução do projeto, é possível falar que os objetivos foram parcialmente atingidos de maneira que possa ser aplicados nas áreas destinadas, porem com algumas restrições de procedimento exigido. O protótipo apresentou algumas complicações durante sua execução como por exemplo: problemas financeiros e matérias, foram feitas alterações na escolha do motor para um motor economicamente viável e que faça a função destinada que era a movimentação da perna, há também complicações com a programação na parte de ajustar o ângulo que o motor terá que atingir com o fim de curso. A adequação da cadeira para o fim do projeto foi pensada de diversas maneiras para que seja algo pratico e econômico atendendo nossas expectativas, assim após varias procuras foi encontrado um profissional da área que fez a manutenção da cadeirajuntamente com os integrantes do grupo. Com isso, conclui-se que a execução do trabalho de conclusão de curso, referente à Cadeira Fisioterapêutica, foi de suma importância na aprovação acadêmica do grupo,devido ao seu nível técnico e áreas abrangentes do curso, tais como Eletrônica I e II, Comandos, Controle e Automação e Maquinas Elétricas de modo que possa aprimorar a área de fisioterapia. 50 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REBELATO, JR, Batoné, SP. Fisioterapia no Brasil - perspectivas de evolução como campo profissional e como área de conhecimento. Editora Manole Ltda, São Paulo, 1987. Acessado em : <http://www.hospvirt.org.br/fisioterapia/port/sub-esp.htm\>. 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