Buscar

trabalho de graduacao do RonnieEXERCICIOS FISICOS NA GESTACAO corrigido 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Educação Física para Licenciados em Educação Física Turma EFL0194 Trabalho de Graduação
EXERCÍCIOS FÍSICOS NA GESTAÇÃO
Autor: RONNIE JOSÉ DE SOUZA MORAES
Prof. Orientadora: Gabriella Lopes 
 
RESUMO
Trabalho sobre a prática de exercícios físicos na gestação, apresentando os pontos principais das atividades físicas em uma gestação saudável, com acompanhamento médico, de um nutricionista e de um profissional de educação física, com isso chegamos a resultados expressivos sobre os benefícios trazidos por tais prática, antes, durante e após a gestação. Pontos cruciais como, contraindicações e prevenções sobre os métodos de prevenção.
No período gestacional a mulher passa por diversas modificações tanto física como psíquicas. Para contribuir com essa metamorfose que está acontecendo em sua vida, a prática de atividades físicas orientadas serve como uma importante aliada para prevenção de algumas disfunções, que possam acarretar riscos à gestante.
Palavras-chave: Gestação; atividade física; atividade na gestação.
 
 1- INTRODUÇÃO
A gestação, apesar de tratar-se de um processo fisiológico, envolve riscos à saúde da mãe e da criança, particularmente quando não são garantidas as condições necessárias para enfrentá-la adequadamente.
A prática de atividade física pode atuar significativamente na gestação de uma mulher, bem como no desenvolvimento do feto e até mesmo no pós-parto. Nesse pensamento vários estudos sobre a questão são realizados em busca de melhorar e aprimorar o conhecimento, na intenção de cada vez mais alertar a sociedade sobre os benefícios da atividade física na gestação.
Buscando melhorar a qualidade de vida, diminuição do estresse e prevenção de comorbidades, as práticas saudáveis na gestação estão em evidência com objetivos que incluem exercícios físicos de uma forma geral, avaliação e orientação nutricional e programas de preparo para o parto. A gravidez é o período ideal para a intervenção dos profissionais da saúde porque as mulheres estão muito próximas desses profissionais, realizando consultas frequentes, exames de rotina e recebendo uma série de novas orientações, e também porque durante a gestação estão mais sensibilizadas para os benefícios de um estilo de vida mais saudável visando obter os melhores resultados para si e para seus filhos. 
 Justifica se a pesquisa pela finalidade proposta e referida, indicando os melhores caminhos a serem determinados e executados pelas gestantes para terem uma gravidez sadia tanto no pré-parto quanto no pós-parto.
Os estudos também visam, como problematização, salientar como as atividades podem ser benéficas e como o sedentarismo colabora para uma má formação fetal ou uma péssima recuperação pós-parto da gestante.
 O presente estudo foi elaborado a partir de uma revisão bibliográfica, de caráter exploratório e descritivo, baseado em dados presentes em artigos científicos registrados no Google Acadêmico, pesquisas registradas nas bases de dados do SCIELO, e em revistas digitais como Efdeportes.com, Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, entre outras fontes.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A gravidez é uma situação na qual a mulher transcende vários limites de sua fisiologia, bem como fatores físicos e psicológicos que também influenciam em seu dia a dia. Nas últimas décadas podemos observar o grande surgimento de interesse inerente a pratica de atividade física durante o período gestacional, tal escolha se deve ao fato de que, ao estar fisicamente preparada para o parto, automaticamente a gestante também evita complicações, antes, durante e depois do processo de maternidade. Uma gestante que pratica atividade física, mantêm seu peso gestacional dentro do padrão, bem como o peso fetal, se precavendo e não deixando acontecer um acumulo de tecido adiposo tanto na grávida quando no feto/bebe. O centro de gravidade da mulher muda de acordo com seu período gestacional, causando assim muita lombalgia, então a atividade física age nesse quesito, realizando o fortalecimento da região que vai ser recrutada durante certo período da gravidez.
Os objetivos da prática de atividade física em gestantes são a manutenção da aptidão física e da saúde, a diminuição de sintomas gravídicos, o melhor controle ponderal, a diminuição da tensão no parto, e uma recuperação no pós-parto imediato mais rápida. Outros benefícios da atividade física na gestante são o auxílio no retorno venoso prevenindo o aparecimento de varizes de membros inferiores e a melhora nas condições de irrigação da placenta (LEITÃO et al, 2000)
Os benefícios da atividade física têm sido comprovados em ambos os sexos. Na mulher esta abordagem adquire algumas características próprias que incluem desde as diferenças do perfil hormonal, passando pela incidência de determinadas patologias, até as respostas e adaptações ao exercício. Na redução da pressão arterial, por exemplo, encontram-se trabalhos que mostram que a mulher, através do exercício, apresenta uma resposta de redução dos níveis tensionais mais eficiente que o homem. LEITÃO ET AL, 2000.
A atividade física na gestação só é recomendada se não houver qualquer anormalidade, mediante avaliação médica especializada. A contraindicação para a pratica de exercício segundo a sociedade brasileira de medicina do esporte são:
...sangramento uterino de qualquer causa, a placentação baixa, o trabalho de parto pré-termo, o retardo de crescimento intrauterino, os sinais de insuficiência placentária, a rotura prematura de membranas e a incompetência istmo cervical. Durante uma gestação normal, quem já praticava exercícios pode continuar a fazê-lo, adequando a prescrição à gestação LEITÃO ET AL, 2000
A gestação é um período que muda toda a vida da mulher. Uma gravidez não saudável pode colocar em risco a saúde da mãe, do bebê e até mesmo comprometer a continuidade da gravidez. Seja no ambiente da saúde ou no desportivo, a equipe que trabalhará com a gestante deverá entender o contexto para auxiliar a mulher a passar por esse período e para que ela depois retome sua vida habitual.
Segundo o Portal Brasil (2011), cuidar bem das gestantes deve ser prioridade no Brasil, cujo potencial de desenvolvimento é um fato, podendo um dia até se tornar referência para o mundo.
Conheça alguns dos principais direitos da mulher grávida:
É direito da gestante ter parte dos custos decorrentes da gestação, da concepção ao parto, custeadas pelo futuro pai segundo a Lei 11.804/08;
Prioridade no atendimento médico tanto em instituições públicas como privadas;
Assentos preferenciais em todos os tipos de transporte público.
Licença-maternidade de 120 dias (a partir do 8º mês de gestação), sem prejuízo do emprego e do salário.
A mulher grávida merece todos os cuidados porque toda criança tem o direito de nascer e se desenvolver em ambiente seguro. E isso só e possível se ela tiver uma gestação saudável e o atendimento adequado no parto (Portal Brasil, 2011)
No lado da saúde, o exercício físico se encaixa em hábitos saudáveis de vida que podem contribuir para o bem-estar da mãe, prevenindo doenças e desconfortos que podem comumente acompanhar a gestante, como é o caso da dor lombar. Para a área desportiva, assegura à atleta que ela consiga desempenhar sua função dentro da sua modalidade, atendendo às necessidades da equipe, mas sem colocar em risco a saúde da atleta e de seu bebê. Essa será uma tarefa mais árdua e que exige um controle e assistência constante do médico desportivo, do preparador e da equipe que a assessora.
A resposta ao exercício físico já é diferenciada entre homens e mulheres, e isso muda novamente quando a mulher está gestante. Segundo o posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte:
Os benefícios da atividade física têm sido comprovados em ambos os sexos. Na mulher esta abordagem adquire algumas características próprias que incluemdesde as diferenças do perfil hormonal, passando pela incidência de determinadas patologias, até as respostas e adaptações ao exercício. Na redução da pressão arterial, por exemplo, encontram-se trabalhos que mostram que a mulher, através do exercício, apresenta uma resposta de redução dos níveis tensionais mais eficiente que o homem (LEITÃO et al, 2000).
A equipe técnica da atleta ou profissional que atendera a gestante, deve entender que a gravidez é um momento de transformações metabólicas para a criação de um ambiente ideal para o desenvolvimento fetal. Todo o sistema orgânico da mulher, não se esquecendo também do aspecto emocional, estarão modificados. É muito importante que qualquer gestante entenda isso, e mais ainda a atleta, que deverá desacelerar o seu empenho e ação na equipe. Dessa forma, é importante entender que a mulher precisa de um atendimento com toda a segurança e eficiência, feito por um profissional especializado
Hoje, dentro de uma visão de saúde da gestante, trabalha-se no mercado o conceito do “personal gestante”. Existem cursos de formação específica para os profissionais (educadores físicos, fisioterapeutas, médicos, nutricionistas etc.) que desejam trabalhar com a prescrição de exercícios desse grupo.
Conhecer primeiramente todas as alterações que ocorrem no organismo da mulher durante o período gestacional é importante para que o exercício seja orientado de forma adequada.
A atividade física na gestação só é recomendada se não houver qualquer anormalidade, mediante avaliação médica especializada. A contraindicação para a pratica de exercício segundo a sociedade brasileira de medicina do esporte são:
...sangramento uterino de qualquer causa, a placentação baixa, o trabalho de parto pré-termo, o retardo de crescimento intrauterino, os sinais de insuficiência placentária, a rotura prematura de membranas e a incompetência istmo cervical. Durante uma gestação normal, quem já praticava exercícios pode continuar a fazê-lo, adequando a prescrição à gestação LEITÃO ET AL, 2000.
GANHO DE PESO NA GESTAÇÃO
A sabedoria popular diz que as grávidas devem comer por dois e não podem passar vontade quando se trata de alimentação. Todos os seus desejos mais mirabolantes e calóricos devem ser atendidos. Há quem diga até que, quanto mais a mulher engorda, mais forte e saudável será o bebê.
Mas será que isso é mito ou verdade? Podemos adiantar que todas essas teorias são falsas — e é por acreditarem nelas que muitas gestantes engordam mais do que deveriam, tendo que lidar com os problemas resultantes de tal atitude durante essa fase e após dar à luz.
Diversos fatores justificam as transformações no corpo da mulher nessa fase. Antes de tudo, o bebê já pesa cerca de 3 kg na época do parto.
Além disso, à medida que cresce, o útero ganha quase 1 kg e suas paredes vão ficando mais grossas; a placenta e o cordão umbilical pesam entre 700 e 800 g e o líquido amniótico fica por volta de 1 kg.
As alterações nas mamas para a produção de leite fazem com que elas passem a ter quase 0,5 kg a mais, ao passo que o corpo faz um estoque de gordura de uns 4 kg para se preparar para o período de amamentação. Essa gordura costuma se distribuir no quadril, nas coxas e na barriga.
Como existem mais células para serem nutridas e a placenta demanda uma irrigação intensa, o volume de sangue no corpo aumenta em 50%. Somando isso ao plasma que extravasa para os tecidos e provoca inchaço, a mulher ganha mais uns 2 kg.
Tudo isso significa que, em média, a gestante engorda cerca de 12,5 kg durante essa fase.
Apesar desse cálculo de ganho de peso parecer muito acurado, algumas questões influenciam no resultado final. O peso do bebê saudável varia de 2,5 a 4,5 kg, por exemplo, e bebês maiores podem ter uma quantidade maior (e mais pesada) de líquido amniótico.
Mulheres com diabetes gestacional podem ter filhos ainda maiores, enquanto aquelas que fumam costumam ter nenéns pequenos e de baixo peso.
A principal variável, no entanto, é a gordura de estoque para a amamentação. O natural é que essa quantidade equivalha a uns 4 kg, mas, se a mulher tiver uma alimentação muito calórica, é claro que esse ganho será maior e ela poderá ganhar até 30 kg na gravidez.
Nesses casos, o ganho de massa também deve seguir regras especiais. A mulher que está com sobrepeso ou obesidade ganha menos quilos durante a gravidez, já que o seu corpo possui reservas suficientes para nutrir o filho durante a gestação e a amamentação.
Já quem está com baixo peso engorda mais do que a média, para que seja criada uma boa reserva e o bebê não corra o risco de ficar desnutrido.
1.1. Peso ideal em cada gestação
Para facilitar a vida do obstetra e da gestante, criou-se uma tabelinha que determina o quanto a mulher deve engordar, de acordo com o seu IMC (Índice de Massa Corporal = peso dividido pelo quadrado da altura), antes de engravidar:
IMC menor do que 18,5: ganho ideal é de 13 a 18 kg;
IMC entre 18,5 e 25: ganho ideal é de 11,5 a 16 kg;
IMC entre 25 e 30: ganho ideal é de 7 a 11,5 kg;
IMC acima de 30: ganho ideal é de 5 a 9 kg.
Com 5 meses de gestação, o bebê pesa menos de 1 kg e consome menos de 300 calorias por dia — o equivalente a 4 biscoitos recheados ou duas fatias de bolo. Ou seja: qualquer pequena mudança na dieta já é suficiente para suprir as necessidades dessa fase.
Já nos últimos meses de gravidez, nos quais o bebê está ganhando peso, ele precisa de uma quantidade entre 500 e 600 calorias por dia, o que já demanda que a mulher coma um lanche a mais no período de 24h e aumente um pouco as porções das principais refeições.
De qualquer forma, a gestante que come por dois em qualquer fase da gravidez engordará mais do que o recomendado, pois o corpo dela simplesmente não consegue gastar tantas calorias.
Embora a preocupação da maioria das pessoas seja com os bebês pequenos e de baixo peso, quando o neném é muito grande também podem surgir problemas. O parto costuma ser mais complicado e o recém-nascido pode ter dificuldade em controlar a glicose, crescendo acima do peso e sofrendo de obesidade infantil.
Para a mulher, o excesso de peso torna a gestação ainda mais desconfortável, provocando dores nas costas, constipação, hemorroidas, dificuldades na hora de dormir, cansaço e estrias. Podem surgir, também, doenças como diabetes e hipertensão gestacional, que fazem com que a gravidez seja de risco.
Após o parto, a principal dificuldade é o retorno ao peso de antes da gravidez. Isso faz com que a maioria das mulheres acabe mantendo um valor elevado até anos após o nascimento da criança.
Dietas muito restritivas, com consumo muito baixo de calorias ou que demandem muitas horas de jejum atrapalham o desenvolvimento da criança e são completamente contraindicadas durante a gravidez.
Assim, é importante que toda mulher vá ganhando peso pouco a pouco ao longo de toda a gravidez, mesmo aquelas que já eram mais gordinhas antes de engravidar.
1.2- Peso ideal
A melhor forma de controlar o seu ganho de peso é seguindo uma alimentação saudável e praticando exercícios físicos durante a gestação. Invista em um cardápio rico em frutas, vegetais, cereais, laticínios e carnes magras, com baixo consumo de guloseimas, carboidratos simples e outros itens hipercalóricos.
A prevalência de mulheres obesas tem crescido rapidamente, tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, inclusive durante a gestação. Por isso, o ganho de peso excessivo e sua subsequente retenção após o parto têm sido considerados fatores de risco para a obesidade.
No Brasil, entre as mulheres, dados do VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram presença de excesso de peso (IMC > 25 kg/m2) em 24,9%, 36% e 45,7% nas faixas etárias de 18-24, 25-34 e 35-44 anos, respectivamente (MELO, 2011, p. 1).
Esses dados são importantes, pois, se a mulher já está acima do peso antes de engravidar, as mudanças gestacionais colocarão a mulher em um risco maior parao desenvolvimento de doenças que comprometem a gestação, como a hipertensão e diabetes.
O ganho de peso na gestação é um dos principais fatores determinantes da retenção de peso em mulheres no pós-parto.
Tabela de IMC saudável na gravidez
	GANHO DE PESO SAUDÁVEL NA GRAVIDEZ
	IMC ANTES DA GRAVIDEZ:
	GANHO DE PESO INDICADO:
	< 18,5
	12,5 A 18,0 kg
	18,5 - 24,9
	11,5 a 16,0 kg
	25 - 29,9
	7,0 a 11,5 kg
	> 30
	5,0 a 9,0 kg
Fonte: http://www.mdsaude.com/wp-content/uploads/ganho-de-peso-na-gravidez.jpg 
O ganho de peso durante a gestação pode ser dividido em duas fases metabólicas:
 Primeira fase - dois terços iniciais da gestação
Ocorre o crescimento fetal mínimo, hiperfagia (aumento do apetite) e a conservação de nutrientes exógenos quando a mãe se alimenta. O resultado é o aumento do peso corporal materno, especificamente pelo acúmulo de gordura que ocorre logo no início da gravidez e sustenta a acelerada atividade lipolítica no tecido adiposo. Sem esse aumento de energia ingerida, há queda de gordura corporal materna.
O acúmulo de gordura corporal é uma notável característica da gestação em mulheres e animais.
Segunda fase - no terço final da gestação
Ocorre um intenso anabolismo fetal, sustentado pela transferência de nutrientes a partir da circulação materna.
Valores aproximados para a distribuição de peso entre componentes gestacionais e ganhos de peso na gravidez
	Feto
	3,200 a 3,600 kg
	Placenta
	0,450 a 0,900 kg
	Líquido amniótico
	0,900 kg
	Útero
	0,900 kg
	Mamas
	0,450 kg
	Volume Sanguíneo
	1,360 kg
	Massa Muscular e Líquidos:
	1,800 a 3,200 kg
	Gordura Corporal
	2,300 kg
	Total, no mínimo:
	11,360 Kg
	 Fonte: EBC, 2013
O ganho de peso ideal na gestação é baseado nas recomendações do Institute of Medicine (GILMORE; REDMAN, 2015) e leva em consideração o IMC pré-gestacional da paciente, conforme tabela a seguir.
IMC pré-gestacional
	Estado nutricional antes da gestação
	IMC(kg/m2)
	Ganho de peso na gestação (kg)
	Ganho de peso por semana no 2° e 3° trimestres (kg)
	Baixo peso
	<18,5
	12-18
	0,5
	Peso adequado
	18,5-24,9
	11-16
	0,4
	Sobrepeso
	25,0-29,9
	7-11,5
	0,3
	Obesidade
	≥30,0
	5-9
	0,2
Fonte: GILMORE; REDMAN, 2015.
Tem sido comum a associação entre o ganho de peso na gestação e o surgimento de hipertensão e diabetes nesse período.
A incidência de gestacional (DMG) em gestantes obesas é três vezes maior que na população geral. No período gestacional as mulheres, mesmo com peso adequado, apresentam fisiologicamente aumento da resistência à insulina. Nas grávidas obesas essa característica fisiológica ocorre de forma exacerbada, favorecendo o desenvolvimento de DMG. A prevalência tipo 2 (Dm2) pré-gestacional também é maior nessa população. Assim, recomenda-se o rastreamento de diabetes nas gestantes obesas já no primeiro trimestre através glicemia de jejum, com o objetivo de detectar pacientes previamente diabéticas não diagnosticadas. Mulheres obesas com antecedente de DMG têm um risco duas vezes maior de desenvolver Dm2 no futuro, quando comparadas às magras com o mesmo antecedente.
O peso materno é um fator de risco independente para pré-eclâmpsia, assim evidências comprovam que o risco de pré-eclâmpsia dobra a cada aumento de 5 a 7 kg/m2 no IMC pré-gestacional (MELO, 2011, p. 5).
O Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia (ACOG) reconhece que a prática regular de exercício durante a gestação parece atuar no controle do ganho de peso durante a gestação e no pós-parto.
2. EXERCICIO FISICO PARA GESTANTES
Segundo recomendação da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: Os objetivos da prática de atividade física em gestantes são a manutenção da aptidão física e da saúde, a diminuição de sintomas gravídicos, o melhor controle ponderal, a diminuição da tensão no parto, e uma recuperação no pós-parto imediato mais rápida. Outros benefícios da atividade física na gestante são o auxílio no retorno venoso prevenindo o aparecimento de varizes de membros inferiores e a melhora nas condições de irrigação da placenta (LEITÃO et al, 2000).
O Colégio Americano recomenda que o profissional que trabalhará com exercícios na gravidez tenha o conhecimento das contraindicações e saiba reconhecer os sinais para que se interrompa o exercício, assim como os riscos especiais associados.
2.1- CONTRAINDICAÇÕES AO EXERCÍCIO DURANTE A GESTAÇÃO
• Obesidade mórbida
• Baixo peso extremo (IMC < 12)
• Sedentarismo
• História de três ou mais abortos espontâneos
• Trabalho de parto prematuro
• Limitação ortopédica
• Bronquite crônica
• Hipertensão não controlada
• Anemia severa
• Hipertireoidismo não controlado
• Diabetes tipo 1 não controlada
• Arritmia cardíaca
• Fumante inveterada
• Crescimento intrauterino retardado
2.1.1. Sinais de advertência para se interromper o exercício
• Contrações uterinas
• Hemorragia vaginal
• Vazamento de líquido amniótico
• Vertigens, fraqueza muscular
• Dispneia anterior ao esforço
• Dor peitoral
• Dor na perna ou inchaço
• Diminuição dos movimentos fetais
RISCOS DO EXERCÍCIO INTENSO DURANTE A GRAVIDEZ
Outro ponto importante para o profissional que atenderá a gestante é o conhecimento dos riscos que o exercício intenso pode apresentar para a gestante e para o feto.
Os riscos maternos são:
a) Complicações cardiovasculares
b) Hipoglicemia
c) Ameaça de aborto e trabalho de parto prematuro
d) Lesões musculoesqueléticas
Como observam Passos e Vasconcelos (2008, s/p), os efeitos fisiológicos do exercício físico no corpo materno afetam todos os principais sistemas do organismo, sendo que as maiores implicações se dão no sistema respiratório, cardíaco e endócrino e influenciam indiretamente respostas fisiológicas no feto e na placenta.
A mudança biomecânica que o corpo da mulher sofre no decorrer do período gestacional também coloca todo o sistema musculoesquelético em risco. Efeitos da maior amplitude, mudanças nas informações proprioceptivas, maior peso corporal e mudanças na coluna podem levar a mulher a riscos, com exercícios de impacto que exigem deslocamento corporal acentuado ou, ainda, um nível de força que coloque todo o sistema em estresse.
RISCOS PARA O FETO
a) Sofrimento fetal
b) Crescimento intrauterino retardado
c) Má formação fetal
d) Lesões fetais
Entre as alterações preocupantes induzidas pelo exercício físico temos: a redistribuição do débito cardíaco, a elevação na temperatura central, a alteração no meio hormonal, o tipo, a intensidade e a duração dos exercícios e o momento do exercício em relação à evolução da gravidez.
De acordo com Passos e Vasconcelos (2008, s/p, grifos nossos), A principal resposta hemodinâmica do exercício é a redistribuição do débito cardíaco do fluxo sanguíneo aos músculos em atividades, com redução aos órgãos esplênicos e potencialmente ao útero e ao feto, comprometendo o seu bem-estar e crescimento adequado.
O aumento no débito cardíaco durante a gravidez significa que o aumento do fluxo 
sanguíneo ao músculo em exercício pode ocorrer sem diminuição do fluxo ao feto.
MATERIAL E MÉTODOS
Todas as informações contidas neste trabalho foram resultadas de pesquisa e estudos nos bancos de dados da SCIELO e em publicações de artigos científicos. Foi usado o método de pesquisa quali-quantitativa. Foram utilizados trabalhos cujo viés era tanto das Humanidades como das ciências Biológicas, sendo a revisão feita com bases abrangentes e de dados como: Scielo, Google Acadêmico e revistas Digitais relacionadas à medicina e ao esporte.
Não houve restrição de língua em que o texto original estaria escrito. Inicialmente, verificaram-se no título dos artigos as palavras efeitos do treinamento. Consideramos, ainda, algumas outras palavras dentro do foco da investigação, como “aptidão física e saúde gestação” e “sedentarismo na gestação”, por exemplo, pois a entendemos como similar a atividade física. 
Não houve restrição em relação a população investigada nos estudos. Houve o caso de um mesmo artigo estar em mais de uma base de dados investigada e, nesta situação, mantivemosum artigo para a análise.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi observada e constatada através das pesquisas que uma gestação baseada numa boa alimentação, descanso e pratica de atividade física, pode manter o peso saudável da gestante, do feto, e ajudar na recuperação pós-parto da mesma. Durante a gestação ajuda na prevenção e controle da diabetes gestacional, bem como na manutenção da coluna vertebral que neste momento sobre com a troca do centro de gravidade. Findamos com a certeza que não só para as gestantes mas para qualquer indivíduo a prática de atividade física, bem orientada, traz apenas benefícios a saúde.
CONCLUSÃO
Conclui-se que não só na gestação, mas em todas as fases da vida, a atividade física é fundamental para uma boa qualidade de vida. Na gravidez os benefícios são vários, entre eles, a diminuição de lombalgia, a melhora da autoestima, a prevenção de problemas circulatórios (varizes), além de ajudar a controlar o peso, a reduzir o risco de surgir diabetes gestacional, a reduzir estresse cardiovascular, proporcionando menor frequência cardíaca de repouso, maior volume sanguíneo e redução da P.A (Pressão Arterial).
Os exercícios físicos devem ser feitos apenas com acompanhamento profissional e após a liberação médica. Isso porque, a falta de uma orientação qualificada por meio do profissional de Educação Física pode ocasionar problemas musculares, dores articulares, lombalgias e tendinites além de várias outras alterações físicas como arritmias e câimbras. Somente um profissional habilitado possui condições de mensurar a intensidade, o volume e a forma de execução correta do exercício.
A atividade física pós-parto também é fundamental, após a alta obstétrica é possível retornar as atividades físicas mais leves, sempre com o acompanhamento do educador físico. Aproximadamente entre 60 e 90 dias a mulher costuma estar fisicamente apta para voltar ao treino. No parto normal a recuperação é mais rápida, podendo retornar aos exercícios físicos leves em 15 dias, já com a cesárea a recuperação é mais lenta, podendo retornar aos exercícios físicos leves em 30 dias.
A prática da atividade física deveria ser o ‘caminho’ a ser seguido por todas as mulheres que optam pela gestação, afinal, ela proporciona uma melhoria no condicionamento físico geral e um trabalho muscular localizado, visando cada fase gestacional e suas respectivas mudanças corporais.
1
 REFERÊNCIAS
ARTAL, R.; O’TOOLE, M. Guidelines of the American College of Obstetricians and Gynecologists for exercise during pregnancy and the postpartum period. British Journal of Sports Medicine, v. 37, n. 1, p. 6-12, 2003.
DAVIES, G. A. L. et al. Exercise in pregnancy and the postpartum period. Joint SOGC/CSEP Clinical Practice Guideline. Journal of Obstetrics and Gynaecology Canada, n. 129, p. 1-7, jun. 2003.
DE SWIET, M. The respiratory system. In: HYTTEN, F. E.; CHAMBERLAIN, G. (Eds.). Clinical Physiology in Obstetrics. 2. ed. Oxford: Blackwell, 1991. p. 83-7.
DEMPSEY J. C.; BUTLER C. L.; WILLIAMS M. A. No need for a pregnant pause: Physical activity may reduce the occurrence of gestational diabetes mellitus and preeclampsia. Exercise and Sport Sciences Reviews, v. 33, n. 3, p.141-149, 2005.
EBC. Qual é o ganho de peso ideal na gravidez? 09 set. 2013. Disponível em: <http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2013/09/qual-e-o-ganho-de-peso-ideal-na-gravidez>. Acesso em: 02 mar. 2018.
EXERCÍCIO físico durante a gravidez melhora o coração da mãe e do bebê. HypeScience, 10 abr. 2011. Disponível em: <http://hypescience.com/exercicio-fisico-durante-a-gravidez-melhora-o-coracao-da-maee-do-bebe/>. Acesso em: 8 mar. 2017.Pág. 43 de 45
KARDEL, K. R. Effects of intense training during and after pregnancy in top-level athletes. Scandinavian Journal of Medicine and Science in Sports, v. 15, n. 2, p. 79-86, 2005.
KENT, T.; GREGOR, J.; DEARDORFF, L.; KATZ, V. Edema of pregnancy: A comparison of water aerobics and static immersion. Obstetrics and Gynecology, v. 94, p. 726-729, 1999.
LEITÃO, Marcelo Bichels et al. Posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: atividade física e saúde na mulher. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 6, n. 6, p. 215-220, 2000.
MACIEL, F. A. et al. Exercício físico na gravidez. Femina, v. 31, n. 3, p. 253-257, 2003.
MARQUEZ-STERLING, S.; PERRY, A. C.; KAPLAN, T. A.; HALBERSTEIN, R. A.; SIGNORILE, J. F. Physical and psychological changes with vigorous exercise in sedentary primigravidae. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 32, n. 1, p. 58-62, 2000.
MELO, M. E. Ganho de peso na gestação. Abeso, 30 mar. 2011. Disponível em: <www.abeso.org.br/pdf/Obesidade%20e%20gestacao.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2017.Pág. 44 de 45
OLIVEIRA, W. C. et al. Adaptações fisiológicas maternas e fetais ao exercício físico. In: Congresso de Educação Física e Fisioterapia do agreste Pernambucano (CEFF), 4., 2011, Caruaru/PE. Anais eletrônicos... Caruaru/PE: ASCES, 2011.
PORTAL BRASIL. Conheça alguns direitos da mulher grávida. 10 out. 2011. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/saude/2011/10/conheca-alguns-direitos-da-mulher-gravida>. Acesso em: 28 jan. 2018.
POUDEVIGNE, M. S.; O’CONNOR, P. J. Physical activity and mood during pregnancy. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 37, n. 8, p. 1374-1380, 2005.
SAFLAS, A. F.; LOGSDEN-SACKETT, N.; WANG, W.; WOOLSON, R.; BRACKEN, M. B. Work, leisure-time activity and risk of preeclampsia and gestational hypertension. American Journal of Epidemiology, v. 160, p. 758-765, 2004.
SKINER, J. S. Prova de esforço e prescrição de exercício físico para casos específicos- Bases teóricas e aplicações clinicas. Rio de Janeiro: Revinter, 1991.
SMA statement the benefits and risks of exercise during pregnancy. Journal of Science and Medicine in Sport, v. 5, p. 11-9, 2002.
SOARES JÚNIOR, J. M.;GADELHA, M. Fisiologia da prolactina. São Paulo: Pfizer, 2004. Disponível em <http://www.segmentofarma.com.br/arquivos/Fisiologia%20da%20Prolactina_P3UGKC.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2017.
SOARES, S.; FORTUNATO, J. M. S.; MOREIRA, A. L. Adaptações morfofuncionais na mulher grávida. Porto, 2002. Apostila preparada para curso da Faculdade de Medicina do Porto.
Pág. 45 de 45
SORENSEN T. K.; WILLIAMS M. A.; LEE I. M.; DASHOW E. E.; THOMPSON M. L. LUTHY D. A. Recreational physical activity during pregnancy and risk of preeclampsia. Hypertension,v. 41, p. 1273-1280, 2003.
STEPHENSON, R. G.; O’CONNOR, L. J. Fisioterapia aplicada à ginecologia e obstetrícia. 2. ed. São Paulo: Manole; 2004. p 177-191.
1
 
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci 
–
 
UNIASSELVI
 
Educaçăo Física para Licenciados em Educaçăo Física Turma EFL0194 
Trabalho de Graduaçăo
 
 
 
 
 
 
EXERC
Í
CIOS F
Í
SICOS 
NA GESTAÇÃO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor:
 
RONNIE JOSÉ 
DE
 
SOUZA
 
MORAES
 
Prof. Orientador
a:
 
Gabrie
l
la
 
Lopes

Outros materiais