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Prof. Dr. Marcos A. Fázio http://www.mackenzie.com.br/ Objetivos Compreender a glicólise e o processo de oxidação do piruvato e estudar as etapas da respiração celular. Relacionar estas vias metabólicas com a produção de energia do nosso organismo. Introdução Em suma, a energia é necessária e é nos alimentos que ela se encontra. Cabe a nós, seres heterotróficos obtê-la. A glicólise, funciona como o primeiro e principal processo de degradação da glicose, uma molécula potencialmente energética. Ácido Graxo A glicose pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou para compor estruturas especiais Precursor de intermediários metabólicos principalmente o NADPH Liberar energia na forma de ATP e NADH na presença ou não de oxigênio NADH NADPH Via pentoses fosfato possui dois conjuntos de reações interligadas a outras vias metabólicas Permite que as reações oxidativas sejam contínuas Desidrogenação enzimática da G6P gerando NADPH e Ribose 5P Funções ➢Produção de NADPH, que pode ser utilizado como fonte de poder redutor nas reações biossintéticas (ácidos graxos) e na proteção contra derivados de oxigênio reativos. ➢Produção da ribose-5-fosfato, precursor da ribose e da desoxirribose (síntese de ácidos nucleicos). ➢Produção de eritrose-4-fosfato, que participa, juntamente com o fosfoenolpiruvato (PEP), da síntese de aminoácidos aromáticos (fenilalanina, triptofano e tirosina) e dos precursores da lignina, flavonoides e fitoalexinas. ➢Geração de intermediários do ciclo de Calvin (fotossíntese) que podem ser utilizados em folhas jovens, que não são completamente autotróficas (ribulose-5-P, ribose-5-P, eritrose-4-P, dentre outros). Definição Glycolysis tem a sua origem no Grego em que glyk = Doce + Lysis = Dissolução Na atualidade pode-se definir a glicólise como a sequência de reações que converte a glicose em piruvato, havendo a produção de energia sob a forma de ATP. Onde Ocorre A Glicólise? No Citoplasma das Células Pode ocorrer de duas formas diferentes Anaeróbica Aeróbica → O produto final é o Piruvato que posteriormente é fermentado em Ácido Láctico ou Etanol → O produto final é o piruvato que, por processos posteriores à glicólise, é oxidado em CO2 e H2O 2 açúcares de 3 C 1 açúcar de 6 C A partir deste ponto as reações são duplicadas 2 moléculas de Piruvato (3C) Saldo 2 moléculas de ATP 2 moléculas de NADH Glicose + 2 NAD+ + 2 ADP + 2 Pi → 2 Piruvato + 2 NADH + 2 H+ + 2 ATP + 2 H2O Esquema Geral da Glicólise GLICOSE 2 Ácido fosfoglicérico ÁCIDO PIRÚVICO ADP + Pi ATP ATP ADP + Pi Glicose 6 fosfato Hexoquinase Frutose 6 fosfato Hexoisomerase ATP ADP + Pi Frutose 1,6 bifosfato Fosfofrutoquinase Fosfato diidroxicetona 3 Fosfogliceraldeido Aldolase 1, 3 Difosfoglicerato NAD NADH + H+ Glicose 3 P desidrogenase 3 Ácido fosfoglicérico ADP + Pi ATP Gliceromutase fosfoenolpiruvato H2O Enolase NAD NADH + H+ ACETIL CoA Piruvatoquinase ÁCIDO LÁTICO Lactatodesidrogenase Importância da Glicólise 1 – Principal meio de degradação da Glicose 2 – Obtenção de Energia mesmo em condições Anaeróbias 3 – Permite a degradação da Frutose e da Galactose • Outras Razões: -Os tecidos têm necessidade de transformar a energia contida na glicose em ATP. -A Glicólise é fundamental para a produção de Acetil-CoA. -A Glicólise foi um dos primeiros sistemas enzimáticos a ser esclarecido, contribuindo o seu estudo para a melhor compreensão dos processos enzimáticos e de metabolismo intermediário. A Glicólise divide-se em duas etapas: 1- Ativação ou Fosforilação da Glicose 2- Transformação do gliceraldeído em piruvato Etapas da Glicólise Na Primeira Fase ocorre: Utilização de ATP (2 moléculas) Formação de duas moléculas de Triose-Fosfato: Diidroxicetona Fosfato e Gliceraldeído 3-Fosfato Fosforilação da Glicose • Glicose + ATP Glicose-6-fosfato + ADP A glicose é uma molécula quimicamente inerte, assim para iniciar a sua degradação é necessário que seja ativada. G a s t o d e E n e r g i a Depois de entrar na célula a glicose é fosforilada pela Hexoquinase produzindo Glicose-6-P pela transferência do fosfato terminal do ATP para o grupo hidroxila da glicose. Reação específica da glicólise → Reação Exergônica → Reação irreversível Permite a entrada da glicose no metabolismo intracelular, já que a glicose-6-P não é transportada através da membrana plasmática. Hexoquinase • Glicose-6-fosfato Frutose-6-fosfato Conversão da Glicose-6-fosfato em Frutose-6-fosfato pela Hexoisomerase G a s t o d e E n e r g i a Hexoisomerase • Frutose-6-P + ATP Frutose-1,6-bifosfato + ADP G a s t o d e E n e r g i a A Frutose-6-P é fosforilada a Frutose-1,6-bifosfato pela Fosfofrutoquinase Esta é uma reação específica da glicólise Fosfofrutoquinase • Frutose-1,6-bifosfato Gliceraldeído 3-P + Diidroxicetona Fosfato G a s t o d e E n e r g i a A Frutose-1,6-bifosfato é clivada pela aldolase em duas trioses fosfatadas permanecendo cada uma com um fosfato. As duas trioses formadas são: Gliceraldeído-3-Fosfato Diidroxicetona Fosfato (DHAP) • Gliceraldeído 3-P Diidroxicetona Fosfato As duas trioses são interconvertíveis por uma reação reversível catalisada pela Fosfotrioses Isomerase (TIM). A aldolase e a isomerase estabelecem um equilíbrio de acordo com o esquema ao lado. Só o gliceraldeído é substrato das reações seguintes, por isso, o isômero assegura que todos os 6 carbonos derivados da glicose possam prosseguir na via glicolítica. Na Segunda Fase ocorre: Formação de ATP Oxidação do Gliceraldeído 3-P Redução do NAD+ Formação do Ácido Pirúvico Transformação do Gliceraldeído em Piruvato • Gliceraldeído-3P + NAD+ + Pi 1,3-Bisfosfoglicerato + NADH + H+ O Gliceraldeído 3-P é convertido num composto intermediário potencialmente energético através da ação da enzima gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase. O aldeído (-CHO) é oxidado a ácido carboxílico (-COOH), que por sua vez forma uma ligação anídrica com um grupo fosfato, derivado de um fosfato inorgânico (Pi). O NADH será importante para a formação de ATP na CTE (cadeia transportadora de elétrons) P r o d u ç ã o d e E n e r g i a • 1,3-Bisfosfoglicerato + ADP 3-Fosfoglicerato + ATP Formação de ATP Ação da enzima Fosfoglicerato quinase Fosforilação do Substrato P r o d u ç ã o d e E n e r g i a 3-Fosfoglicerato 2-Fosfoglicerato P r o d u ç ã o d e E n e r g i a O 3-Fosfoglicerato é transformado em 2-Fosfoglicerato pela Fosfoglicerato mutase • 2-Fosfoglicerato Fosfoenolpiruvato + H2O P r o d u ç ã o d e E n e r g i a ➢ Há desidratação e redistribuição da energia ➢ A Enzima Responsável é a Enolase • Fosfoenolpiruvato + ADP Piruvato + ATP P r o d u ç ã o d e E n e r g i a ➢ Última Reação da glicólise e também específica. ➢ É Catalisada pela Piruvato quinase. ➢ Transferência do Grupo Fosfato do Fosfoenolpiruvato para o ADP. ➢ O enol-piruvato é convertido à forma ceto piruvato (ácido pirúvico). ➢ Reação Exergônica Irreversível. Glicose + 2 ADP + 2 Pi + 2 NAD + 2 Piruvato + 2 ATP + 2 NADH + 2 H+ + 2 H2O 2 Piruvato + 4 ATP + 2 GTP + 2 NADH + 4 H2O Glicose + 4 ADP + 2 GDP + 6 Pi + 2 NAD + 2 H+ Importante A gliconeogênese não é o contrário da glicólise GTP ATP Gliconeogênese • Síntese da glicose a partir do piruvato - utiliza várias enzimas da GLICÓLISE • Três reações da glicólise são essencialmente IRREVERSÍVEIS. Essas reações são catalisadas pelas enzimas: Hexoquinase Fosfofruto quinase Piruvato quinase FOSFOFRUTOQUINASE (Glicólise) catalisa: frutose-6-P + ATP →frutose-1,6-bifosfato + ADP FRUTOSE-1,6-BIFOSFATASE (Gliconeogênese) catalisa: frutose-1,6-bifosfato + H2O → frutose-6-P + Pi frutose-1,6-bifosfato frutose-6-fosfato Frutose-1,6-bifosfatase CH2OPO3 2− OH CH2OH H OH H H HO O CH2OPO3 2− OH CH2OPO3 2− H OH H H HO O H2O 6 5 4 3 2 1 + Pi ⚫HEXOQUINASE (Glicólise) catalisa: glicose + ATP → glicose-6-fosfato + ADP ⚫ GLICOSE-6-FOSFATASE (Gliconeogênese) catalisa: glicose-6-fosfato + H2O → glicose + Pi H O OH H OHH OH CH2OH H OH HH O OH H OHH OH CH2OPO3 2− H OH H H2O 1 6 5 4 3 2 + Pi glicose-6-fosfato glicose Glicose-6-fosfatase Formação de glicose a partir de precursores não-glicídicos – Lactato; – Glicerol; – Aminoácidos. São transformados em piruvato ou entram na via na forma de intermediários: oxaloacetato e diidroxicetona fosfato Precursores não-glicídicos Transforma piruvato em glicose Gliconeogênese Ciclo de Cori Ciclo da Glicose - Alanina ALT = alanina transferase http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=_VAS6k1m9ZNWTM&tbnid=nsCqiuS7UqiDWM:&ved=0CAgQjRwwAA&url=http://www.my-personaltrainer.it/fisiologia/ciclo-glucosio-alanina.html&ei=QnhyUvzoNa364APyxYHwBA&psig=AFQjCNFDftrkPXYyCAie_VGujodEI3sOIQ&ust=1383320002918229
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