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ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 3ª Aula Avaliação da Carteira ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 3ª Aula Avaliação de Carteira Covariância Coeficiente de Correlação Retorno Esperado de um Portifólio Risco de um Portifólio * * * Medidas Estatísticas Medidas de Tendência Central Medidas de Posição Média Aritmética Simples Ponderada Mediana Desvio Padrão Variância * * * * As medidas Estatísticas que procuram relacionar duas variáveis com objetivo de identificar o comportamento das mesmas são a Covariância e a Correlação Covariância e Correlação Visa identificar como determinados valores co-variam ou como se correlacionam. Covariância Em outras palavras, medem como duas variáveis, x e y, movimentam-se ao mesmo tempo em relação a seus valores médios. * * * * Covariância e Correlação COV > 0 caminham no mesmo sentido Covariância COV < 0 caminham sentidos opostos COV = 0 não têm co-relação ... * * * * Covariância e Correlação Exemplo Covariância Considere o retorno do Ibovespa e da Taxa de Câmbio nos últimos 5 anos. A relação entre os retornos dos Ativos é desenvolvida a seguir: Ano Dólar Ibovespa X - Xm Y - Ym (X - Xm) * (Y - Ym) 2002 24,60% - 17,00 % 25,20% - 48,70% - 12,30% 2003 4,80% 97,30% 5,30% 65,60% 3,50% 2004 - 4,70% 17,80% - 4,20% - 13,90% 0,60% 2005 - 16,80% 27,70% - 16,30% - 4,00% 0,70% 2006 - 10,60% 32,90% - 10,00% 1,20% - 0,10% Média Xm = - 0,5% Ym = 31,7% Soma = - 7,63% * * * * Covariância e Correlação COV = = - 1,526 % Covariância -7,63% 5 A Covariância calculada entre o Ibovespa e o Dólar é negativa (COV = - 1, 526%), indicando associação inversa entre estes Ativos. * * * * Covariância e Correlação Covariância * * * * Covariância e Correlação A Correlação visa explicar o grau de relacionamento verificado no comportamento de duas ou mais variáveis. Coeficiente de Correlação Quando se trata unicamente de duas variáveis tem-se a Correlação Simples. Quando se relacionam mais de duas variáveis, tem-se a Correlação Múltipla. A medida do grau de relacionamento entre as variáveis dispostas por meio de valores de X e Y em torno de uma reta é feita pelo Coeficiente de Correlação que varia entre -1 e +1. * * * * Covariância e Correlação Coeficiente de Correlação * * * * Covariância e Correlação Coeficiente de Correlação Calculando a Correlação entre o Ibovespa e o Dólar com os mesmos dados do exemplo anterior, temos: Ano Dólar Ibovespa (X - Xm)² (Y - Ym)² (X - Xm) - (Y - Ym) 2002 24,60% - 17,00 % 6,3% 23,8% - 12,30% 2003 4,80% 97,30% 0,3% 43,0% 3,50% 2004 - 4,70% 17,80% 0,2% 1,9% 0,60% 2005 - 16,80% 27,70% 2,6% 0,2% 0,70% 2006 - 10,60% 32,90% 1,0% 0,0% - 0,10% Média Xm = - 0,5% Ym = 31,7% Soma = 10,44% Soma = 68,86% Soma = - 7,63% * * * * Covariância e Correlação r x,y = = - 0,28464 -7,63% √10,44% x √68,86% A Correlação calculada entre o Ibovespa e o Dólar é negativa (r x,y = - 0,28464), indicando associação inversa entre estes Ativos. Coeficiente de Correlação * Avaliação de Carteira Risco Ativos com Correlação Nula Conjunto de Combinação de Carteiras * * * Risco está diretamente associado a possíveis mudanças futuras no(s) cenário(s) e parâmetro(s) sobre os quais foi baseada a decisão – no momento zero. Risco É a rentabilidade sofrida ou esperada de um título ou Carteira de títulos. Retorno O retorno esperado de uma carteira de títulos é a média ponderada dos retornos esperados dos títulos individuais que a compõem. * * * * A partir de determinado número de títulos em uma carteira, a contribuição de um novo título para redução do risco total da carteira torna-se praticamente nula, permanecendo o risco sistemático. A diversificação de uma carteira de títulos se processa com a inclusão de títulos selecionados, que apresentem correlações negativas entre si, o que reduz o risco não sistemático, de forma decrescente. Diversificação Risco Sistemático é inerente a todos os ativos negociados e está associado aos eventos de natureza política, econômica social que impactam os ativos de diferentes formas. Risco Não Sistemático é inerente ao próprio ativo, podendo eventualmente impactar outros ativos, mas não todos. * * Diversificação tem o significado de investir em diversos ativos que tenham, em temos de retorno esperado, comportamento diferentes. O objetivo da diversificação é reduzir risco. Em dois ativos cujos retornos não sejam perfeitamente correlacionados o risco dessa combinação será menor do que a média ponderada dos riscos individuais dos ativos. Diversificação * * Vantagens da Diversificação: - Ações com Correlação Positiva Perfeita - Ações com Correlação Negativa Perfeita - Ações com Correlação Não Perfeita (positiva e negativa) Diversificação * * Correlação Positiva Perfeita Diversificação A B * * Correlação Positiva Imperfeita Diversificação A C * * Correlação Negativa Perfeita Diversificação A D * * Correlação Negativa Imperfeita Diversificação A D * * Por meio da Diversificação é possível reduzir o risco total sem afetar o retorno. Combinar ativos não perfeitamente correlacionados. A redução do risco será tanto maior quanto menos positivamente correlacionados, ou, mais negativamente correlacionados forem os ativos que compõem a Carteira. Diversificação * * Limites de Redução do Risco Incorrido O risco não se reduz indefinidamente. Quando não é mais possível eliminar o isco através da diversificação, o risco remanescente é chamado de Risco Sistêmico (Risco Sistemático ou Não Diversificável). O Risco Sistêmico é aquele que não pode ser eliminado através da Diversificação. Diversificação * * Limites de Redução do Risco Incorrido O risco que pode ser eliminado pela diversificação é chamado Risco Diversificável (ou Risco Não Sistemático). Através da diversificação é possível reduzir o risco de uma Carteira de Investimento sem comprometer o retorno da Carteira, que continua sendo a média ponderada dos retornos dos ativos que compõem a Carteira Diversificação * * * * Diversificação Risco Sistemático Risco Não Sistemático Não Diversificável Diversificável * * RISCO NÃO SISTEMÁTICO RISCO SISTEMÁTICO = RISCO DIVERSIFICÁVEL = RISCO NÃO DIVERSIFICÁVEL RISCO TOTAL RISCO DE MERCADO * No mercado, maiores retornos vêm acompanhados de maiores riscos; É quase impossível aumentar o retorno sem aumentar o risco; O que se busca é otimizar a combinação de retorno (quanto maior, melhor) e risco (quanto menor, melhor). Esta combinação não é única, pois, cada investidor tem sua preferência quanto à relação risco-retorno. Risco X Retorno * * Para um mesmo retorno, o investidor dará preferência à alternativa de menor risco; Para um mesmo risco, o investidor dará preferência à alternativa de maior retorno. Risco X Retorno * * É possível, a partir das alternativas disponíveis, eliminar todas as opções que são dominadas por outras; No final, restarão as alternativas que, tendo maior retorno, tanbém terão maior risco; Logo, para se obter mais retorno, é necessário correr mais risco. Risco X Retorno * * * * O risco de um ativo fora de uma carteira é diferente do seu risco quando incluído na carteira. O risco de uma carteira é dado pelo desvio padrão dos retornos dessa carteira. O Desvio Padrão de uma carteira é função do: Risco de uma Carteira - desvio padrão de cada título; - % de participação de cada título em relação ao total; - coeficiente de correlação dos ativos. * * * * Uma das formas de se reduzir o risco de uma carteira de títulos é através da diversificação Uma carteira bem diversificada terá risco total menor do que a soma do risco individual de cada um de seus títulos. Risco de uma Carteira Daí a importância de do coeficiente de correlação, pois, este mede se há e qual o grau de dependênciade preços entre os ativos da carteira. * * Correlação Negativa Imperfeita Diversificação A D * * * * Risco de Mercado – é a incerteza a respeito dos lucros de uma instituição financeira, resultante de mudanças de condições de mercado, tais como o preço de uma ativo, taxas de juros, volatilidade de mercado e liquidez. Risco Absoluto e Risco Relativo Risco de Mercado Absoluto – é a probabilidade de perdas em carteiras de investimentos não comparadas ou relacionadas a índices de mercado, ou benchmark, ou seja, exposição ao risco em termos de valores monetários. Risco de Mercado Relativo – é a probabilidade de perdas em carteiras de investimentos pelo deslocamento dos retornos em relação a um índice ou padrão de referência, utilizado como benchmark. * * No mercado, maiores retornos vêm acompanhados de maiores riscos; É quase impossível aumentar o retorno sem aumentar o risco; O que se busca é otimizar a combinação de retorno (quanto maior, melhor) e risco (quanto menor, melhor). Esta combinação não é única, pois, cada investidor tem sua preferência quanto à relação risco-retorno. Risco X Retorno Princípio da Dominância * Para um mesmo retorno, o investidor dará preferência à alternativa de menor risco; Para um mesmo risco, o investidor dará preferência à alternativa de maior retorno. É o que se chama de “Princípio da Dominância”. Risco X Retorno Princípio da Dominância Risco Retorno Investimentos dominantes são aqueles que, após a escolha das melhores alternativas, apresentam os maiores retornos com menor risco Princípio da Dominância a b c d e Melhor alternativa de investimento Melhor alternativa de investimento No grafico no primeiro momento, apresentamos C como melhor alternativa de investimento No segundo, E será a melhor opção. A animação permite voce apresentar estes dois momentos. De acordo com o Princípio da Dominância é possível, a partir das alternativas disponíveis, eliminar todas as opções que são dominadas por outras; No final, restarão as alternativas que, tendo maior retorno, tanbém terão maior risco; Logo, para se obter mais retorno, é necessário correr mais risco. Risco X Retorno Princípio da Dominância * Princípio da Dominância: Para um mesmo Risco, Ativo de maior Retorno Para um mesmo Retorno, Ativo de menor Risco. Risco X Retorno Princípio da Dominância Coeficiente de Determinação (R²) O Coeficiente de Determinação (R²) é uma medida estatística que define percentagem de Y que pode ser explicada pela equação de Regressão Linear. A partir de R² é possível avaliar se os valores de X permitem, ou não, proceder a uma boa estimativa de Y. O valor de R² varia de 0 a 1. quanto mais próximo de 1, melhor se revela o ajustamento da Reta de Regressão Linear de valores. Coeficiente de Determinação (R²) Em termos financeiros, R² permite que se conheça a parte do risco de uma empresa explicada pelas condições de mercado, o denominado risco sistemático (taxas de juros, política econômica, etc.), e a parcela decorrente de variáveis específicas de uma empresa (1 - R²), conhecida por risco não sistemático ou diversificável. Coeficiente de Determinação (R²) Uma expressão bastante prática de cálculo do Coeficiente de Determinação é obtida pelo quadrado da Correlação, ou seja: R² = CORR²x,y ou Coeficiente de Determinação (R²) Ilustrativamente, admita os seguintes retornos em excesso de uma ação (Rj) e do mercado (Rm). Coeficiente de Determinação (R²) ANO Rj - RF (Y) Rm - RF (X) X0 7% 17% X1 14% 20% X2 22% 29% X3 10% 24% X4 5% 18% Os retornos esperados são calculados pela média dos retornos verificados em cada um dos períodos, ou seja: E(Rj) = (7% + 14% + 22% + 10% + 5%)/5 = 11,6% E(Rm) = (17% + 20% + 29% + 24% + 18%)/5 = 21,6% Coeficiente de Determinação (R²) O cálculo do Coeficiente de Correlação dos retornos da ação e do mercado é desenvolvido de acordo com as seguintes formulações estatísticas apresentadas: Coeficiente de Determinação (R²) ANO (Y - Ym) (X - Xm) (Y - Ym)*(X - Xm) (X - Xm)² (Y - Ym)² X0 -0,046 -0,046 0,002116 0,002116 0,002116 X1 0,024 -0,016 -0,000384 0,000256 0,000576 X2 0,104 0,074 0,007696 0,005476 0,010816 X3 -0,016 0,024 -0,000384 0,000576 0,000256 X4 -0,066 -0,036 0,002376 0,001296 0,004356 Totais 0,01142 0,00972 0,01812 COV RJ, RM = 0,01142 / 5 = 0,002284 VAR RM = 0,00972 / 5 = 0,00194 σ RM = (0,001944)>1/2 = 0,044091 VAR RJ = 0,01812 / 5 = 0,003624 σ RJ = (0,003624)>1/2 = 0,06020 Coeficiente de Determinação (R²) CORR RJ, RM = COV RJ, RM / σ RM * σ Rj CORR RJ, RM = 0,00284 / 0,0602 * 0,044091 CORR RJ, RM = 0,860498 Logo: R² = (0,860498)² = 0,74 ou 74% Coeficiente de Determinação (R²) * Este resultado indica, pelo conceito estatístico de Coeficiente de Determinação (R²), que 74% do risco da ação é de natureza sistemática (Risco Sistemático), e 26% decorrente de variáveis específicas da empresa (Risco Não Sistemático). Esta parcela menor do risco pode ser eliminada pela diversificação, não sendo, portanto, considerada nos cálculos de retorno. Coeficiente de Determinação (R²) * * Às vezes, não conseguimos destinguir qual é a melhor opção de investimento, considerando a relação Risxo x Retorno. Nesses casos, melhor é valer-se do consceito do Coeficiente de Variação. Coeficiente de Variação * É a relação entre o Risco do Ativo (caçculado através do Desvio Pardrão) e o Retorno desse mesmo Ativo (calculado pela média dos retornos passados). Coeficiente de Variação CV = σA σA RA * * * O que é? É, teoricamente, um ativo que não oferece risco de crédito ao seu portador. É o de maior liquidez no mercado. A sua taxa de juros é dita “Taxa Livre de Risco”. Ativos Livre de Risco * * * Ativos Livre de Risco Para efeito de precificação, estes ativos são considerados com Variância zero e não correlacionados com nenhum outro ativo de risco. São usados, também, neste contexto, como ativos com desvio padrão e coeficiente Beta iguais a zero. * * * O que é? Risco de Crédito ou risco de inadimplência (default) diz respeito ao risco de um devedor não honrar suas obrigações de pagamento de juros e/ou principal nas datas acordadas. Ativos com Risco de Crédito * * * Ativos com Risco de Crédito O investidor para incorrer em mais riscos de crédito exige um retorno maior (um prêmio) do que obteria em investimentos em ativos livres de risco. Este prêmio é denominado de spread sobre o ativo livre de risco. * * * Ativos com Risco de Crédito Remuneração do ativo com risco Remuneração do ativo livre de risco Prêmio requerido pelo investidor Taxa de Juros Prazo
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