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OAB - Processo Penal - aula 20 a 29

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OAB
Aula 20
Princípios da prova Penal
Princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade
Art. 5°, LVI
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Referido princípio no estudo das provas, guarda relação com o fato de que cabe à acusação demonstrar a culpabilidade do acusado, além de qualquer dúvida razoável, necessitando de um juizo de certeza para que haja condenação.
Não cabe ao acusado demonstrar a sua inocência. 
Assim, segundo Renato Brasileiro, a presunção de inocência se confunde com o in dubio pro reo. O IN DUBIO PRO REO deve ser utilizado no momento de valoração da prova, ou seja, na dúvida, deve-se absolver o acusado. 
PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE
Não pode o Estado agir de maneira imoderada em face do acusado. 
Princípio da proporcionalidade e prova ilícita PRO REO
Entende a doutrina e a jurisprudência que é possível o uso de provas licitas para prolação de uma sentença absolutória, uma vez que não interessa ao Estado a punição de um inocente. 
Princípio da proporcionalidade e prova ilícita pro societate
Segundo Renato Brasileiro, há uma controvérsia quanto ao tema. Alguns doutrinadores defendem que será possível o uso de prova ilícita em favor da sociedade quando se tiver diante de criminalidade organizada em situações extremas, já que não se pode conferir ao Estado a possibilidade de em toda e qualquer situação violar direitos fundamentais. Porém, prevalece que não é possível o uso de provas ilícitas a favor da sociedade. 
Princípio do nemo tenetur se detegere (direito de não produzir prova contra si)
Art. 5°, LXIII - 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
Tal princípio prevê que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. Abrange o direito ao silencio, o direito de não ser constrangido a confessa a pratica de algum ilícito penal, direito de não praticar ato ativo que possa incrimina-lo, direito de não produzir nenhuma prova incriminadora invasiva. 
Neste sentido é importante mencionar que tal princípio sofreu uma restrição com a promulgação da Lei 12.652/2012, a qual permite extração compulsória de DNA do investigado, desde que com autorização judicial. 
Princípio da inadmissibilidade de provas obtidas por meios ilícitos
Art. 5°, LVI
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
ART. 157, CPP
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Princípio da comunhão da prova
Após a produção da prova, ambas as partes podem fazer uso dela. A prova se torna comum.
Princípio do contraditório
Toda prova realizada por uma das partes admite a produção de uma contraprova pela outra. 
Princípio da oralidade
As provas devem ser preponderantemente orais, resultando de tal princípio a concentração dos atos processuais,
Princípio da liberdade probatória
Em razão dos interesses envolvidos no processo penal, entende-se que há uma liberdade probatória quanto ao momento, tema e meios de provas, ressalvando as exceções trazidas pela própria legislação. 
Aula 21
Sistema de avaliação de provas
Sistema da intima convicção do magistrado
Também conhecido como sistema da certeza moral do juiz, é o sistema que diz que o juiz é livra para valoras as provas. Inclusive provas que não estejam nos autos. E ainda, o juiz não é obrigado a fundamentar sua decisão. 
Tal sistema não foi adotado pelo nosso ordenamento jurídico em relação as decisões judiciais, isto porque, de acordo com o artigo 93, IX, da CF, todos os julgamentos dos órgãos do poder judiciário deverão ser fundamentados, sob pena de nulidade. 
Ocorre que, não se pode deixar de mencionar que tal sistema foi adotado no âmbito do tribunal do júri, em relação as decisões tomadas pelos jurados, uma vez que a Constituição garante aos jurados os sigilos das votações. 
Sistema da prova tarifada
Também conhecido como sistema das regras legais, da certeza moral do legislador, ou da prova legal. O presente sistema fundamenta que as provas já tem valor pré determinado pelo legislador, cabendo ao juiz tão somente aplicar esse valor conforme trazido pela lei. Dentro desse sistema, a confissão do acusado é adotada como a rainha das provas. 
Não é o sistema adotado pelo CPP, onde hoje, inclusive, o acusado pode se retratar da confissão. 
Sistema do livre convencimento motivado
Por este sistema, o magistrado é livre para valorar as provas constante nos autos, porém devera sempre fundamentar a sua decisão. 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Aula 22
ONUS DA PROVA
Conceito
Segundo Renato Brasileiro: ônus da prova é o encargo que as partes tem de provar, pelos meios legais e moralmente admissíveis, a veracidade das informações por elas formuladas ao longo do processo. 
Distribuição do ônus prova
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Nesse sentido, dispõe Norberto Avena que “ônus da prova é o encargo que as partes tem de provar, mediante meio lícitos e legítimos, a verdade das suas alegações, visando fornecer ao juiz os elementos necessários a formação da sua convicção”.
ONUS DA PROVA DA ACUSAÇÃO E DA DEFESA
Essa corrente (Norberto Avena) defende que cabe à acusação provar a existência de fato típico, autoria e participação, relação de causalidade e o elemento subjetivo (dolo ou culpa). Para a acusação há a necessidade de um juízo de certeza, um juízo além de qualquer dúvida razoável.
Já a defesa cabe demonstrar a existência de excludentes, de ilicitude, de culpabilidade ou uma causa extintiva da punibilidade. Para a defesa, basta que produza um estado de dúvida para que o acusado seja absolvido. 
ONUS DA PROVA EXCLUSIVO DA ACUSAÇÃO
Diante do princípio in dubio pro reo e diante da presunção de inocência que vigora no processo penal, o ônus da prova é exclusivo da acusação. 
INVERSAO DO ONUS DA PROVA
Em relação ao fato constitutivo do tipo, não se figura possível a inversão do ônus da prova.
Porém, admite-se a inversão quanto aos efeitos secundários da condenação penal que tenham natureza de sanção civil visando a reparaçãodo dano. 
PRODUÇÃO DE PROVAS DE OFICIO PELO JUIZ 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
INICIATIVA DO JUIZ NA FASE INVESTIGATORIA
O inciso I do artigo 156 é bastante criticado, uma vez que, com a adoção do sistema acusatório pela Constituição Federal, não se pode permitir que o magistrado atue de oficio na fase de investigação, sob pena de ferir a sua imparcialidade. Veja que não está proibindo o juiz de atuar na fase investigatória, mas apenas condicionando a sua atuação mediante provocação das partes. 
INICIATIVA DO JUIZ NO CURSO DO PROCESSO PENAL
Já no curso do processo penal, a maioria da doutrina e da jurisprudência admitem uma iniciativa probatória do juiz, mas de modo subsidiário, para determinar a produção de prova que entenda pertinente e razoável, no sentido de dirimir dúvidas sobre pontos relevantes. 
Art. 196. A todo tempo o juiz poderá proceder a novo interrogatório de ofício ou a pedido fundamentado de qualquer das partes. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Aula 23
PROVA ILEGAL
NOÇÕES GERAIS 
Art. 5°, LVI, CF/88
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
ART. 157, CPP
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
PROVAS ILICITAS E ILEGITIMAS
A prova será considerada ilegal quando violar normas legais ou princípios gerais do ordenamento, seja de ordem material ou processual. A prova ilegal é gênero, do qual são espécies a prova ilícita e a prova ilegítima. A prova é dita ilícita quando obtida violando regras de direito material, por exemplo, violação de domicilio ou das comunicações em geral. Ilícitas, nas palavras do professor Norberto Avena, são apenas as provas que violam normas de conteúdo material com reflexo constitucional. 
Já a prova ilegítima é aquela obtida mediante a violação de normas de direito processual, ilegítimas são aquelas produzidas a partir da violação de regras de natureza eminentemente processual, isto é, normas que tem fim em si próprias, por exemplo, apresentação de documentos no plenário do tribunal do júri, sem que estas tenham sido juntadas aso autos com a antecedência mínima de 3 dias. 
Uma outra diferença apontada entre elas, é o momento de produção. Segundo o professor Renato Brasileiro, a prova ilícita pressupõe uma violação no momento de colheita da prova, anterior ou concomitante ao processo, mas sempre externa a ele. Já a prova ilegítima tem sua produção no curso do processo, dentro do processo. A consequência da produção de provas consideradas ilícitas é sua exclusão dos autos, isso porque prevalece o respeito aos direitos e garantias fundamentais do acusado. 
Por sua vez, as provas ilegítimas, por violarem normas de direito processual, se sujeitam ao instituto da nulidade, podendo ter declarada sua ineficácia no processo.
Art. 157
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
PROVA ILICITA POR DERIVAÇÃO (TEORIA DOS FRUTOS DA ARVORE ENVENENADA)
Provas ilícitas por derivação são que, apesar de produzidas validamente em momento posterior, estão afetadas pela ilicitude originaria.
Por exemplo, uma testemunha que vem a ser descoberta por meio de uma interceptação telefônica que tenha sido produzida de maneira irregular. 
Art. 157, § 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
TEORIA DA FONTE INDEPENDENTE
A teria da fonte independente aduz que se o órgão da persecução penal demonstrar que obteve a prova a partir de uma fonte autônoma sem qualquer relação com a prova originaria ilícita, esta nova prova poderá ser aceita no processo. Mas para que isso ocorra há a necessidade de demonstração que não se estão na mesma linha da prova ilícita. 
Exemplo: a mesma testemunha do caso anterior vem a ser mencionada por uma outra testemunha que foi arrolada de forma licita. Art. 157, § 1o.
TEORIA DA DESCOVERTA INEVITAVEL
Caso se demonstra que a prova derivada da ilícita seria produzida de qualquer modo, independe da ilícita, será considerada válida.
Art. 157 § 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
Por ex: se vale de tortura para obter informação de onde está o corpo da vítima. Chegando ao local, percebe-se que já havia um grupo de buscar que está bem próximo do local de onde está o corpo da vítima. 
LIMITAÇÃO DA MANCHA PURGADA/TINDA DILUIDA/LIMITAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO EXPURGADA/LIMITAÇÃO DA CONEXÃO ATENUADA
Um vício de ilicitude originário pode ser eliminado se, posteriormente, ocorre um novo ato independente praticado pelo acusado ou por um terceiro, por exemplo, a confissão do acusado. 
Cuidado que tal teoria não se confunde com a teoria da fonte independente.
Segundo o professor Renato Brasileiro, na limitação da mancha purgada, o lapso temporal decorrido entra prova primário e a secundaria, as circunstancia intervenientes na cadeira probatória, a menor relevância da ilegalidade ou a vontade do agente em colaborar com a persecução penal atenuam a ilicitude originaria.
Nas palavras do professor Norberto Avena: contaminação expurgada, existe nexo de causalidade entre a situação de ilegalidade e a prova que se quer utilizar. Contudo, este nexo é abrandado ou atenuado pela interferência de um acontecimento posterior. 
AULA 24
PROVAS EM ESPECIE: ACAREAÇÃO 
ACAREAÇÃO OU CONFRONTAÇÃO CONSITE EM COLOCAR DUAS OU MAIS PESSOAS, CUJOS DEPOIMENTOS SEJAM CONFLITANTES, EM PRESENÇA UMA DAOUTRA PARA QUE EXPLIQUEM AS DIVERGENCIAS. 
PRESSUPOSTO
A) As pessoas a serem acareadas já devem ter prestado suas declarações
B) Haver divergências entre as declarações
C) A divergência incidir sobre fatos ou circunstancias relevantes para o processo.
QUEM PODE PARTICIPAR
Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação.
Acusado é obrigado a participar? Não é obrigado.
MOMENTO DA REALIZAÇÃO
Tanto na fase investigatória quanto no curso da instrução criminal
LEGITMIDADE
Poderá ser feita a requerimento das partes ou por determinação das autoridades judicial e policial.
PROCEDIMENTO
Os acareados serão notificados a comparecer perante a autoridade. Esta, colocando-as umaem frente a outra, lera os trechos colidentes dos depoimentos e pedira os acareados que expliquem a divergência. 
Pode ser realizada por carta precatória? Sim 
Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência, consignando-se no auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente, transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente.
Aula 25
RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS
É o meio de prova através do qual alguém identifica uma pessoa ou coisa que lhe é mostrada com pessoa ou coisa já havia visto, ou que já conhecia, em ato processual praticado perante a autoridade judicial ou policial.
Não se confunde com o retrato falado. 
O retrato falado é realizado por perito. 
PROCEDIMENTO 
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la;
Obs: a doutrina diz que devem ser no mínimo 5 pessoas, que devem guardar certa semelhança física. 
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela;
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.
Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução criminal ou em plenário de julgamento.
RECONHECIMENTO DE COISAS
O reconhecimento de objetos também é feito em presença de duas testemunhas e da autoridade policial ou judiciaria. 
Art. 227. No reconhecimento de objeto, proceder-se-á com as cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que for aplicável.
RECONHECIMENTO FOTGRATICO
Apesar de não encontrar previsão no CPP, o STF admite desde que corroborada por outros elementos de prova, observando o mesmo procedimento estabelecido para o reconhecimento de pessoas. 
MAIS DE UMA PESSOA
Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará a prova em separado, evitando-se qualquer comunicação entre elas.
AULA 26 
CONFISSÃO 
A confissão é a aceitação por parte do acusado da imputação da infração penal, perante a autoridade judiciaria ou policial.
É o reconhecimento feito pelo imputado da sua própria responsabilidade.
CLASSIFICAÇÃO DA CONFISSÃO
A – Extrajudicial: feita fora do processo penal
Art. 199. A confissão, quando feita fora do interrogatório, será tomada por termo nos autos, observado o disposto no art. 195.
B – JUDICIAL: aquela feita perante a autoridade judiciaria, na presença do defensor do acusado. 
C- Explícita: quando o acusado confessa a pratica do fato delituoso sem dubiedades;
D – IMPLICITA: Quando o acusado paga a indenização. No processo penal não tem qualquer valor. 
E – SIMPLES: O réu apenas confirma os fatos narrados na inicial acusatória.
F – COMPLOEXA: o réu confirma vários fatos delitivos que são objeto do fato.
G – QUALIFICADA: o acusado confessa a pratica do crime, mas alega que o praticou acobertado por alguma excludente de ilicitude ou culpabilidade. 
H - CONFISSÃO FICTA: Ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe são imputados. Não é amparado pelo processo penal. 
ATENÇÃO! Art. 198, CPP: Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.
Foi recepcionado pela CF? Não.
I – DELATORIA: confessa a pratica do delito e delata terceiros. 
CARACTERISTICAS
A) ATO PERSONALISSIMO: Somente o acusado pode confessar a pratica do ato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo.
Concurso de agentes: a confissão de um interfere na situação dos demais? NÃO. 
B) Ato livre e espontâneo: ausência de constrangimento físico ou moral. O acusado deve ter sido informado de seus direitos constitucionais. 
C) ATO RETRATAVEL: É possível que o acusado, após confessar o fato delituoso, resolva se tratar. Porém, o valor da retratação é relativo, ou seja, não vincula o juiz que pode se utilizar da anterior confissão no momento da sentença.
Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.
D) Ato divisível: o acusado pode confessar a pratica de um delito e negar o cometimento de outro. O juiz também pode considerar apenas a parte da confissão do acusado. 
VALOR PROBATORIO
Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.
RAINHA DAS PROVAS? Não.
Desse modo, a simples confissão não permite que o juiz não determine a produção das demais provas do processo. 
CIRCUNSTANCIAS ATENUANTE
ART. 65, CP
Art. 65. São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
AULA 27
PROVA DOCUMENTAL
CONCEITO DE DOCUMENTO
Qualquer objeto representativo de um fato relevante, podendo-se incluir assim a juntada de fitas de vídeo, áudio, fotografia, tecido e objetos moveis que fisicamente possam ser incorporados ao processo e que desempenhem uma função persuasiva/probatória. 
Art. 232. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares.
Parágrafo único. À fotografia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor do original.
MOMENTO DE PRODUÇÃO DA PROVA DOCUMENTO
Segundo o CPP, os documentos podem ser juntados até o fim da instrução probatória, sempre observando o direito do contraditório e da ampla defesa, dando a outra parte a possibilidade de conhecer e impugnar o documento apresentado. 
Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do processo.
EXCEÇÃO
Tribunal do júri – 3 dias uteis de antecedência. 
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer outro escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros, croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria de fato submetida à apreciação e julgamento dos jurados. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Essa produção de provas pode ser espontânea ou provocada. 
Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da acusação ou da defesa, providenciará, independentemente de requerimento de qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se possível.
CARTAS PARTICULARES
Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, não serão admitidas em juízo. (prova ilícita)
Parágrafo único. As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu direito, ainda que não haja consentimento do signatário. (há o consentimentode uma das partes).
DOCUMENTO EM LINGUA ESTRANGEIRA
No que se refere a documentos em língua estrangeira podem ser eles imediatamente juntados, mas é imprescindível que sejam traduzidos por tradutor juramento ou, na sua falta, por duas pessoas idôneas com reconhecido domínio do idioma. 
Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade.
RESTITUIÇÃO DE DOCUMENTOS
Art. 238. Os documentos originais, juntos a processo findo, quando não exista motivo relevante que justifique a sua conservação nos autos, poderão, mediante requerimento, e ouvido o Ministério Público, ser entregues à parte que os produziu, ficando traslado nos autos.
Aula 28
DECLARAÇÃO DO OFENDIDO
O ofendido, por ser a vítima, do delito, não é considerado testemunha, motivo pelo qual não presta compromisso de dizer a verdade, e não poderá ser responsabilizado pelo delito de falso testemunho (342, CP)
Apesar de não pode ser responsabilizado pelo delito de falso testemunho, nada impede que o ofendido será responsabilizado pelo delito de denunciação caluniosa (art. 339, CP)
Será contabilizado no número limite de testemunhas? NÃO. Além do ofendido, a acusação pode arrolar mais 8 testemunhas.
Falso testemunho ou falsa perícia 
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta. 
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
Denunciação caluniosa 
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
§ 1o A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto. 
§ 2o A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
· O ofendido pode se negar a comparecer em juízo? NÃO
Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas declarações. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1o Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
· Direito ao silencio? Não. É um direito resguardado ao acusado.
· Contraditório e ampla defesa? Sim. As partes e o juiz podem fazer perguntas ao ofendido. 
· Constrangimento ao ofendido. 
Art 201 § 4o Antes do início da audiência e durante a sua realização, será reservado espaço separado para o ofendido.
· Valor probatório das declarações do ofendido. Relativo. O ofendido não tem compromisso com a verdade, ao contrário das testemunhas. Nos casos de crime de relação sexual as declarações do ofendido têm maior valor probatório em relação aos demais crimes. 
· Acompanhamento por equipe multidisciplinar: 
Art. 201 § 4o Antes do início da audiência e durante a sua realização, será reservado espaço separado para o ofendido.
· Segredo de justiça: ocorre em relação à mídia. É determinado pelo juiz.
Art. 201 § 6o O juiz tomará as providências necessárias à preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados, depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposição aos meios de comunicação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
· Se o juiz verificar que a presença do réu pode causar humilhação, temor ou constrangimento ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fara a inquirição por vídeo conferencia. 
Art. 217. Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará a inquirição por videoconferência e, somente na impossibilidade dessa forma, determinará a retirada do réu, prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único. A adoção de qualquer das medidas previstas no caput deste artigo deverá constar do termo, assim como os motivos que a determinaram. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
· O ofendido será comunicado de todos os atos processuais. 
Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas declarações. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1o Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 2o O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem. 
Aula 29 
INTERROGATORIO
Sempre na presença do defensor
CONCEITO: É um ato processual pelo meio do qual o juiz ouve o acusado sobre sua pessoa e a imputação que lhe é feita. É a oportunidade que o réu possui para apresentar perante o juiz a sua versão pessoa dos fatos delitivos narrados na peça acusatória em um legítimo exercício de autodefesa. 
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre: (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois dela; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
IV - as provas já apuradas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infração; (Incluído pelaLei nº 10.792, de 1º.12.2003)
VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa. 
NATUREZA JURIDICA
O interrogatório é o meio de prova e meio de defesa, tem natureza hibrida.
MOMENTO PARA A REALIZAÇÃO DO INTERROGATORIO
É o último ato do processo. 
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
O acusado é o ultimado e a ser interrogado.
§ 1o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
CONDUÇÃO COERCITIVA
Entende a doutrina que na medida em que a CF e a Convenção Americana de Direitos Humanos garantem ao acusado o direito de não produzir prova contra si mesmo, não é possível que o juiz determine a sua condução coercitiva para o interrogatório.
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. (Vide ADPF 395)(Vide ADPF 444)
Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicável.
Dessa forma, o artigo 260 é inconstitucional. 
FORO COMPETENTE PARA A REALIZAÇÃO DO INTERROGATORIO. 
Deve o acusado ser ouvido pelo juiz da causa no curso da audiência uma de instrução em julgamento. Porém, se residir em localidade distinta, nada impede que seja expedida carta precatória para a realização de seu interrogatório.
Art. 399. § 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.
AUSENCIA DE INTERROGATORIO
O juiz deve assegurar ao acusado a possibilidade de ser ouvido. Contudo, o acusado como pode se valer do direito ao silencio, pode também abrir mão de trazer ao juiz da sua versão a respeito da imputação constante na peça acusatório. O que não pode acontecer é o magistrado se negar a realizar o interrogatório do acusado quando este se fizer presente. CASO ISSO OCORRA, A DEFESA PODERA ALEGAR NULIDADE ABSOLUTA, com base no artigo 564, II, alinea “e” do CPP.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
II - por ilegitimidade de parte;
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante;
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167;
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos;
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública;
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa;
CARACTERISTICAS DO INTERROGATORIO
· ATO PERSONALISSIMO: Somente o acusado pode realizar o interrogatório, não pode mandar outra pessoa. 
· ATO CONTRADITORIO
ART. 188 Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante.
· ATO ASSITIDO TECNICAMENTE 
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado.
§ 5o Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o preso.
· ATO ORAL
Art. 192. O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-mudo será feito pela forma seguinte: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
I - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá oralmente; (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
II - ao mudo as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as por escrito; (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
III - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por escrito e do mesmo modo dará as respostas. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Parágrafo único. Caso o interrogando não saiba ler ou escrever, intervirá no ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendê-lo. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Art. 193. Quando o interrogando não falar a língua nacional, o interrogatório será feito por meio de intérprete. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
· ATO INDIVIDUAL
Art. 191. Havendo mais de um acusado, serão interrogados separadamente. 
· ATO BIFASICO 
Segundo o art. 187, CPP o interrogatório será subdividido em duas fases: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. 
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. 
· ATO PROTEGIDO PELO DIREITO AO SILENCIO 
CF -ART. 5° LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
CPP -Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
· LIBERDADE DE AUTO DETERMINAÇÃO
Não se admite o emprego de nenhum método tendente a extrair uma confissão ou capaz de exercer uma influência indevida sob a liberdade de autodeterminação do acusado
· ATO PUBLICO
ART. 5° LX : a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
· ATO REALIZAVEL A QUALQUER MOMENTO ANTES DO TRANSITO EM JULGADO
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. 
Art. 196. A todo tempo o juiz poderá proceder a novo interrogatório de ofício ou a pedido fundamentado de qualquer das partes. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
· LOCAL DE REALIZAÇÃO DO INTERROGATORIO
Via de regra, se o acusado estiver solto, seu interrogatório deve ser realizado na sala de audiência do fórum.
Quando o acusado está preso, há 3 formas:
A) PESSOALMENTE, DENTRO DO PRESIDIO 
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. (Redação dada pelaLei nº 11.900, de 2009)
B) POR VIDEO CONFERENCIA
O defensor tem que estar presente. 
Art. 185 § 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009)
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos doart. 217 deste Código; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública. 
§ 3o Da decisão que determinar a realização de interrogatório por videoconferência, as partes serão intimadas com 10 (dez) dias de antecedência. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
§ 4o Antes do interrogatório por videoconferência, o preso poderá acompanhar, pelo mesmo sistema tecnológico, a realização de todos os atos da audiência única de instrução e julgamento de que tratam os arts. 400, 411 e 531 deste Código. 
§ 5o Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o preso.
§ 6o A sala reservada no estabelecimento prisional para a realização de atos processuais por sistema de videoconferência será fiscalizada pelos corregedores e pelo juiz de cada causa, como também pelo Ministério Público e pela Ordem dos Advogados do Brasil.
C) PESSOALMENTE NO FORUM - É A REGRA
ART. 185 § 7o Será requisitada a apresentação do réu preso em juízo nas hipóteses em que o interrogatório não se realizar na forma prevista nos §§ 1o e 2o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)

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