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HISTO P1

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ANTONIO HASHITANI 1 
 
HISTOLOGIA – P1 
HIPÓFISE: 
 
 É uma glândula endócrina localizada na fossa hipofisária (sela turca), uma depressão do 
osso esfenoide. 
 Ela está conectada ao hipotálamo por um pedículo curto, o infundíbulo. 
 Ela é composta por duas partes: 
1. Adeno-Hipófise/Anterior: constituída por pars distalis, intermedia e tuberalis. 
2. Neuro-Hipófise/Posterior: constituída por pars nervosa e infundíbulo. 
 
LOBO ANTERIOR: 
 Tecido epitelial glandular. 
 Formado a partir de uma evaginação do ectoderma oral em direção à neuro-hipófise em 
desenvolvimento. 
 Essa evaginação é conhecida como Bolsa de Rathke. 
 Dividido em 3 partes: 
ANTONIO HASHITANI 2 
 
 
1. PARS DISTALIS: 
é a maior parte do 
lobo e é composta, 
principalmente, por 
cordões de células 
epiteliais 
(parenquimatosas) 
secretoras e capilares 
fenestrados. Esse 
arranjo cordonal é rodeado por fibras reticulares. 
 
2. PARS INTERMEDIA: entre a parts distalis e pars nervosa. Sua característica é 
a presença dos Cistos de Rathke, que são revestidos por células cuboides 
contendo coloide (restos celulares e produtos de secreção da bolsa de rathke). 
Possui debris celulares (fragmentos de células) e é pouco desenvolvida em 
humanos. Nessa parte, ainda, pode conter cordões de células basófilas ao longo 
dos capilares. 
 | Essas células 
produzem o pró-hormônio pró-
opiomelanocortina (POMC), que dará 
origem a hormônios como o estimulante 
de melanócitos alfa (α-MSH), 
estimulando a liberação de prolactina e 
corticotropina. 
3. PARS TUBERALIS: consiste numa 
bainha que envolve a haste do infundíbulo da neuro-hipófise e, junto a ele, 
forma-se o pedículo hipofisário. O tecido conjuntivo separa a pars tuberalis da 
haste do infundíbulo. É uma região altamente vascularizada por artérias e pelo 
sistema porta hipofisário. Contém células basófilas cuboides e colunares 
baixas em torno da haste do infundíbulo. 
CÉLULAS CROMÓFILAS ACIDÓFILAS: 
 São coradas por eosina (citoplasma rosa) e são a maioria das células na pars distalis. 
ANTONIO HASHITANI 3 
 
 Podem ser: 
a. Somatotróficas: células produtoras de GH. Estimuladas pelo SRH e inibidas pela 
somatostatina. Possuem núcleo central, REG abundante e muitos grânulos de 
secreção. 
b. Mamotróficas: células produtoras de prolactina, que estimula o desenvolvimento 
da glândula mamária e produção de leite. São poligonais e pequenas, durante a 
lactação o golgi fica do tamanho do núcleo, com grandes grânulos de secreção. 
CÉLULAS CROMÓFILAS BASÓFILAS: 
 Células coradas por hematoxilina e PAS (citoplasma roxo), geralmente na periferia. 
 Podem ser: 
a. Corticotróficas: produtoras de ACTH, estimulado por CRH. São células 
arredondadas/ovoides, com núcleo excêntrico e poucas organelas. 
b. Tireotróficas: produtoras de TSH, estimulado por TRH. Estão situadas nos 
arranjos cordonais e possuem pequenos grânulos de secreção. 
c. Gonadotróficas: produtoras de LH e FSH, estimulados por GnRH. São 
arredondadas e com Goli desenvolvido, têm muito REG e mitocôndrias. 
CÉLULAS CROMÓFOBAS: 
 Células com pouca afinidade por corantes, pouco citoplasma, núcleo pequeno e sem 
função definida. Podem ser células-tronco não específicas, células cromófilas 
desgranuladas ou um estágio de transição. Ela é branca em volta e bem roxinha dentro. 
 
ANTONIO HASHITANI 4 
 
 
 OBS: existem, ainda, células folículo-estreladas, que não são secretoras e 
estão em maior número na parte distal. Não se sabe ao certo a função 
dessas células, mas elas possuem longos prolongamentos que formam junções 
com outras células. 
LOBO POSTERIOR: 
 A neuro-hipófise é composta pela pars nervosa e pelo infundíbulo, ambos com axônios 
amielínicos neurossecretores e suas terminações, ou seja, consiste em tecido nervoso. 
 Esses axônios formam o trato hipotalâmico-hipofisário, sendo a maior parte do lobo 
posterior. 
 Os corpos celulares desses axônios se encontram nos núcleos do hipotálamo e 
secretam dois hormônios importantes, que serão carregados por uma proteína 
(neurofisina): 
1. Vasopressina/ADH: hormônio antidiurético, responsável pela reabsorção da água 
e vasoconstricção arteriolar. Predominante nos núcleos supraópticos do 
hipotálamo. 
2. Ocitocina: atua na contração uterina e ejeção do leite. Predominante nos núcleos 
paraventriculares do hipotálamo. 
 Esses hormônios são liberados na corrente sanguínea pelos terminais axônicos. 
 Se desenvolveu do neuroectoderma como uma evaginação do diencéfalo. 
 É uma extensão do SNC. 
 Não é uma glândula endócrina, e sim um local de armazenamento para neurossecreção 
de neurônios. 
PARS NERVOSA: 
 Recebe as terminações nervosas dos 
axônios do trato hipotalâmico-
hipofisário e armazena suas secreções. 
ANTONIO HASHITANI 5 
 
 Os axônios são sustentados por pituícitos, 
que formam uma bainha ao redor deles e das suas 
terminações. Os pituícitos ocupam 25% do volume 
da pars nervosa. 
 Em certos locais do axônio, podemos 
identificar dilatações que são conhecidas como 
Corpos de Herring, locais onde o ADH e Ocitocina 
são armazenados, ou seja, há acúmulo de grânulos 
de secreção. 
 
 
 
SUPRARRENAIS/ADRENAIS: 
 As suprarrenais produzem esteroides e catecolaminas. Elas estão localizadas nos 
polos superiores dos rins, envolvidas numa camada de tecido conjuntivo e imersas em 
tecido adiposo. 
 O tecido conjuntivo vasculariza e inerva a glândula. 
 Elas não são uma imagem espelhada uma da outra, já que a da direita tem a forma de 
uma pirâmide e está apoiada no topo do rim. Já a esquerda tem formato de lua 
crescente e fica entre o hilo e polo superior. 
 O córtex é corado de rosa (maior porção) e a medula de roxo, com estruturas e 
produtos diferentes de secreção. 
 O córtex constitui 80-90% do órgão. É derivado do mesoderma e produz hormônios 
corticosteroides, sendo que a secreção do cortisol e corticosterona é controlada pelo 
ACTH na pars distalis da adeno-hipófise. 
 A medula é uma porção interna e escura. É regulada pelo sistema nervoso simpático, 
produzindo adrenalina e noradrenalina. 
 Uma cápsula circunda toda a adrenal. Ela é uma lâmina fina e rosa, com a função de 
proteção. É por ela que chegam os vasos sanguíneos, tec. Conjuntivo propriamente 
dito e fibroblastos. 
 Observamos, ainda, invaginações na cápsula, a fim de que as partes mais profundas 
sejam vascularizadas, essas invaginações são chamadas de trabéculas. 
ANTONIO HASHITANI 6 
 
 
 O córtex é dividido em três partes: 
ZONA GLOMERULOSA (mais 
externa): 
 Núcleos pequenos, corados por um 
rosa mais escuro, até parece roxo, e 
está logo abaixo da cápsula. 
 Possui de 1 a 2 nucléolos 
 Seu citoplasma é acidófilo, com 
algumas gotículas lipídicas. 
 REL abundante e extenso. 
 O Golgi é bem desenvolvido e possui 
ribossomos livres. 
 Para unir as células, há presença de 
desmossomos e junções comunicantes. Algumas células podem ter até microvilos*. 
 Suas células estão organizadas em cordões, formando um semicírculo, e 
concentricamente dispostas. 
ANTONIO HASHITANI 7 
 
 Suas células sintetizam e secretam mineralocorticoides sendo os principais a 
aldosterona e desoxicorticosterona, que atuam na homeostase de fluidos e eletrólitos 
do organismo, ou seja, estimulam a absorção de sódio resultando num balanço hídrico e 
de Na+ (absorção) e K+ (excreção). 
ZONA FASCICULADA (intermediária): 
 É uma área com rosa mais claro, com 1 ou 2 
camadas de células um pouco acidófilas. 
 Suas células são poliédricas, organizadas 
em colunas/cordões verticais. 
 Seus capilares fenestrados se encontram 
em arranjo longitudinal entre as colunas de 
células poliédricas. 
 Essas células possuem muitas gotículas lipídicas no citoplasma e por isso aparecem 
vacuolizadas (perdem material lipídicoe citoplasma no processamento). Elas, então, são 
chamadas de espongiócitos, que possuem REL extenso, REG, mitocôndrias esféricas 
com cristas tubulares e vesiculares, lisossomos e grânulos do pigmento lipofuscina. 
 É a maior camada do córtex, constituindo cerca de 80% do seu volume. 
 Suas células sintetizam e secretam glicocorticoides (cortisol e corticosterona), 
controlando o metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. 
 
 
ZONA RETICULAR (mais interna): 
 É mais escura que a fasciculada e mais clara que a glomerulosa, ainda com citoplasma 
acidófilo. 
ANTONIO HASHITANI 8 
 
 Suas células estão organizadas em cordões 
irregulares = anastomosados (redes). 
 Quando estimuladas pelo ACTH, suas 
células secretam gonadocorticoides 
(deidroepiandrosterona e androstenediona) e 
alguns glicocorticoides. Esses andrógenos 
atuam como hormônios masculinizantes, mas 
seus efeitos são fracos. 
 Normalmente possui muitos grânulos do pigmento lipofuscina. 
 Células próximas à medula adrenal são escuras porque possuem um citoplasma elétron-
denso e núcleo picnótico (células degeneradas.) 
 Todas as partes fazem contato com capilares sinusoides (parte branca entre os 
cordões), sendo o sinusoide a luz do capilar. 
 
ANTONIO HASHITANI 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDULA DA SUPRA-RENAL: 
 É a porção central da glândula, sendo completamente revestida pelo córtex da supra-
renal. 
 Produz adrenalina e noradrenalina e é regulada pelo sistema nervoso simpático. 
 A medula é basófila. 
 Nela, há dois tipos celulares: 
ANTONIO HASHITANI 10 
 
CÉLULAS CROMAFINS E GANGLIONARES: 
 Neurônios pós-ganglionares modificados com função secretora, ou seja, funciona como 
um gânglio simpático modificado. 
 Produzem catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). 
 São células com o Golgi bem desenvolvido e justanuclear, têm muitas mitocôndrias e 
muitos grânulos elétron-densos revestidos por membrana no citoplasma. (20% tem 
adrenalina/noradrenalina, enquanto o resto possui ATP, encefalinas e cromograninas.) 
 Elas são grandes e epitelióides, dispostas em grupos ou cordões curtos e 
arredondados. Seus grânulos são corados intensamente com sais de cromo (reação 
cromafim), indicando a presença de catecolaminas. 
 Os grânulos das células armazenadoras de noradrenalina têm centro elétron-denso e 
excêntrico. 
 Os grânulos das células armazenadoras de adrenalina são mais homogêneos e menos 
densos. 
HISTOFISIOLOGIA DA MEDULA ADRENAL: 
 A liberação das catecolaminas é induzida por um estímulo nervoso que atinge a medula 
adrenal. 
 Quando o estímulo é a partir de uma fonte emocional, a secreção de noradrenalina é 
mais forte. 
 Quando o estímulo é fisiológico, a secreção da adrenalina é mais forte. 
 A atividade é controlada pelos nervos esplâncnicos. 
TIREOIDE: 
 É uma glândula endócrina que está na parte anterior do 
pescoço, juntamente com a traqueia e junções da cartilagem 
cricoide e tireoide. 
 Ela possui 2 lobos, que são ligados pelo istmo. 
 Secreta T3, T4 e Calcitonina 
 O T3 e T4 são controlados pelo TSH, que é secretado na 
pars distalis da adeno-hipófise. 
ANTONIO HASHITANI 11 
 
 Ela é envolvida por uma cápsula de 
tecido conjuntivo denso não modelado. Os 
septos derivados da capsula subdividem a 
glândula em lóbulos. 
 Na face posterior da tireoide, 
embebidas na cápsula, se localizam as 4 
glândulas paratireoides. 
FOLÍCULOS: 
 Os lobos tireoidianos são compostos 
por folículos, que são as unidades 
funcionais da glândula. 
 A tireoide armazena seu produto de 
secreção no lúmen dos folículos, e não 
dentro das células parenquimatosas 
como a maioria de outras glândulas 
endócrinas. 
 Eles são formados por uma camada 
de células foliculares simples cúbicas, formando o epitélio folicular. 
 Os folículos armazenam os hormônios dentro do coloide, substância composta por água, 
íons e tireoglobulina (glicoproteína de secreção). 
 Quando os hormônios estão a ser liberados, a tireoglobulina, que é o precursor deles, é 
endocitada pelas células de revestimento foliculares e os hormônios são clivados por 
proteases lisossômicas. 
 Há uma extensa rede de capilares fenestrados e 
vasos em torno deles. 
 A sustentação desses vasos e fibras nervosas se 
dá pelos septos de tecido conjuntivo que 
penetram o parênquima. 
 Esse plexo capilar com fibras reticulares do tecido conjuntivo é separado das células 
foliculares e parafoliculares por meio de uma fina/delgada lâmina basal. 
ANTONIO HASHITANI 12 
 
CÉLULAS FOLICULARES/PRINCIPAIS/TIRÓCITOS: 
 Possuem formato que varia do pavimentoso ao colunar, e 
podem aumentar se estimuladas. 
 Seu núcleo é ovoide e escuro, com 2 nucléolos. 
 Seu citoplasma é basófilo. 
 Muitos lisossomos na extremidade apical e microvilos que se 
estendem para dentro do coloide. 
 Tem um Golgi supranuclear e mitocôndrias em forma de 
bastão. 
 Quando ativas, podem emitir pseudópodos para absorver mais coloide. 
 Quando há pouco uso dos hormônios, a quantidade de coloide aumenta. 
 O iodeto é essencial para a síntese de T3 E T4. 
CÉLULAS PARAFOLICULARES/CÉLULAS C: 
 Elas se localizam fora dos folículos, isoladamente ou 
agrupadas na periferia. 
 São pouco coradas, ou seja, são mais claras (por isso 
podem ser chamadas de células claras também). 
 São maiores do que as células foliculares. 
 Têm um núcleo arredondado, com Golgi bem 
desenvolvido e mitocôndrias alongadas. 
 Contém grânulos de secreção densos e pequenos no 
citoplasma basal. 
 Esses grânulos possuem calcitonina, um hormônio peptídico que reduz a taxa de cálcio 
no sangue, ou seja, inibe a reabsorção óssea pelos 
osteoclastos. 
 A calcitonina é mais liberada em quadros de 
hipercalcimia. 
 
 
 
 
ANTONIO HASHITANI 13 
 
SÍNTESE DE T3 E T4 (só não vou colocar a parte fisiológica da síntese): 
 É regulada pelos níveis de 
iodeto e pela ligação de TSH ao 
seu receptor nas células 
foliculares. 
 É a fase exócrina. 
 A ligação ao receptor ativa a 
produção de AMPc, que ativará a 
PKA e, assim, produzirá os 
hormônios tireoidianos. 
 A tireoglobulina é sintetizada no REG e, 
posteriormente, glicosilada. As vesículas com 
tireoglobulina vão até a membrana apical e exocita 
seus conteúdos no lúmen do coloide. 
 A enzima tireoperoxidase também é transportada 
e exocitada, permanecendo na superfície das 
células foliculares a fim de que oxide o iodo (na 
presença de H2O2) dentro do coloide. 
SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS: 
 Quando o TSH se liga, gotículas de coloide são 
envolvidas por pseudópodes e endocitadas, tornando-
se vesículas que contém coloide. 
 Essas vesículas serão transportadas com a ajuda 
do citoesqueleto para os lisossomos, que irão se 
fundir a elas. 
 As enzimas lisossômicas, então, irão clivar a 
tireoglobulina iodada, liberando T3 e T4 na célula. 
 Esses hormônios passarão pela lâmina basal e 
serão liberados, por fim, nos capilares sanguíneos. 
ANTONIO HASHITANI 14 
 
 Vale ressaltar que MIT e DIT também são liberados na clivagem, e a enzima 
desalogenase atuará para retirar os iodetos e liberar a tirosina, que será usada 
posteriormente. 
 
DOENÇA DE HASHIMOTO: 
 É um hipotireoidismo autoimune causada por anticorpos contra a tireoperoxidase e 
tireoglobulina. Ela vai provocando a destruição progressiva dos folículos, o que 
diminui a função da glândula. 
 
PARATIREOIDE: 
 São dois pares (superiores e inferiores). 
 Podem existir paratireoides no tórax e, 
também, nas supernumerárias. 
 São recobertas por sua própria cápsula de 
tecido conjuntivo. 
 Essas cápsulas entram na glândula como 
septos, junto à vasos e nervos. 
 O parênquima é sustentado pelos septos, 
fibras reticulares e junto de uma vasta rede 
capilar. 
 São responsáveis pela manutenção das concentrações de cálcio no sangue, atuando 
nos ossos, rins e intestino. 
 Secretam o paratormônio(PTH). 
 A paratireoide é composta por: 
1. CÉLULAS PRINCIPAIS: 
São as células que sintetizam o PTH 
 Estão em maior número. 
 O PTH tem ação antagônica à calcitonina, pois 
estimula a síntese de fator estimulante de 
osteoclastos, aumentando a reabsorção óssea e 
liberando cálcio no sangue. 
ANTONIO HASHITANI 15 
 
 É de ação rápida. 
 São levemente eosinófilas e com grânulos de pigmento lipofuscina por todo 
citoplasma. 
 Os grânulos de secreção de PTH são densos e pequenos, originados no Golgi e 
deslocando-se à periferia da célula. 
 Mitocôndrias alongadas e REG abundante. 
 Desmossomos podem unir células principais adjacentes. 
 O pré-pró-PTH é sintetizado nos 
ribossomos do REG, sendo clivado 
durante o transporte para o lúmen do 
REG. Então, será formado o pró-
paratormônio e um polipeptídeo. 
 Ao chegar no Golgi, é novamente 
clivado e forma o PTH, além de mais 
um polipeptídeo. 
 Dessa forma, o PTH é exocitado na 
superfície celular. 
 
2. CÉLULAS OXÍFILAS: 
 Não possuem função conhecida, mas supõe-
se que sejam a fase inativa das células 
principais. 
 Elas aparecem agrupadas ou isoladas. 
 São menos numerosas e mais eosinófilas 
(acidófilas) do que as principais. 
 Possuem mais mitocôndrias e seu Golgi e 
REG são pouco desenvolvidos. 
 Têm glicogênio no citosol. 
 
 
 
 
ANTONIO HASHITANI 16 
 
 
 
 
HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO: 
 O primário é causado por um tumor em uma das paratireoides, resultando em altos 
níveis de cálcio sanguíneo, baixo nível de fosfato, perda de material ósseo e, por 
vezes, formação de pedras no rim. Já o secundário é adquirido por pacientes com 
raquitismo, quando o cálcio não é absorvido pelo intestino devido à falta de vitamina D, 
ou seja, a pessoa tem hipocalcemia. 
HIPOPARATIREOIDISMO: 
 É uma deficiência na secreção de PTH devido a uma lesão nas paratireoides ou remoção 
cirúrgica da tireoide. Há hipocalcemia, retenção do cálcio nos ossos e aumento das 
reabsorção de fosfato nos rins. 
 
OVÁRIOS: 
São revestidos por um epitélio simples que varia do 
pavimentoso ao cúbico baixo, além de uma cápsula de 
tecido conjuntivo denso não modelado subjacente, 
pouco vascularizado. Esse tecido conjuntivo é 
conhecido como túnica albugínea fibrosa. 
 O órgão reprodutor está dividido em: 
ANTONIO HASHITANI 17 
 
a. CÓRTEX: tecido conjuntivo (estroma ovariano, responsável pela produção de 
esteroides, sustentação e envolve os folículos) e folículos primordiais com 
ovócitos primários (no final da prófase I da meiose). Nele encontram-se todos os 
folículos. 
b. MEDULA: tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado, células 
intersticiais, nervos, vasos linfáticos e vasos sanguíneos que atingem o ovário 
pelo hilo. 
 Vale ressaltar que, antes da puberdade, todos os folículos do córtex estão no estágio 
de folículo primordial. 
 O ovário possui função de secreção de estrogênio e progesterona. 
 Desenvolvimento de características sexuais secundários. 
 Produção de gametas femininos. 
CICLO OVARIANO: FASE FOLICULAR. 
 Desenvolve um folículo primordial até que seja um folículo maduro/de Graaf. 
 FOLÍCULOS PRIMORDIAIS: 
 São predominantes. 
 Células granulosas pavimentosas circundam o 
ovócito. Elas se prendem umas as outras por meio 
de desmossomos e estão separadas do estroma do 
tecido conjuntivo por uma lâmina basal. 
 Núcleo grande e excêntrico, com único nucléolo. 
 Muitas mitocôndrias, complexos de Golgi, RER e, 
por vezes, lamelas anulares. 
 FOLÍCULOS PRIMÁRIOS: 
 São o segundo estágio de maturação do 
folículo primordial. 
 As células crescem e tornam-se cúbicas. 
 Nesse estágio o ovócito começa a produzir 
uma capa glicoproteica, chamada zona pelúcida. 
 Quando apenas uma camada de células 
circunda o folículo, ele é denominado folículo 
primário (unilaminar). 
 
ANTONIO HASHITANI 18 
 
 FOLÍCULOS SECUNDÁRIOS: 
 Essa camada, então, torna-se estratificada, 
sendo chamada folículo secundário (multilaminar). 
Nesse estágio, é possível observar a zona pelúcida 
separando o ovócito das células foliculares. 
 A atividade dessas células da granulosa = células 
foliculares, é induzida pela ativina, uma molécula 
sinalizadora produzida pelo ovócito. 
 Dessa forma, é caracterizada pela contínua 
proliferação de células foliculares. 
 Espessamento da Zona Pelúcida. 
 Células do estroma que circundam o folículo se organizam 
em uma cápsula, formando a teca interna, uma camada 
altamente vascularizada e adjacente à lâmina basal do 
folículo. Ela secreta androstenediona, que vai para as 
células foliculares a fim de sintetizar testosterona. Essa 
testosterona será convertida, então, em estradiol pela 
enzima aromatase. 
 Vale ressaltar que a teca interna é composta por células 
alongadas com pequenas gotículas lipídicas no citoplasma, característica de células 
secretoras de esteroides. 
 Já a teca externa formará uma camada celular fibrosa e contínua com o estroma do 
ovário. 
 
 FOLÍCULOS PRÉ-ANTRAIS: 
 Dentro dessa massa de células da granulosa, 
espaços intercelulares vão se formando, chamados de 
corpúsculos de Call-
Exner. Esses espaços são 
preenchidos por um fluido 
chamado líquido folicular 
(rico em ácido hialurônico, 
glicosaminoglicanos, 
 Call-Exner 
ANTONIO HASHITANI 19 
 
proteoglicanos e proteínas ligantes de esteroides) e formarão o antro 
posteriormente. 
 O líquido folicular é originado pelos vasos sanguíneos da teca interna, atingindo os 
espaços por um gradiente osmótico. 
 
FOLÍCULOS ANTRAIS: 
 Os corpos Call-Exner se aglutinam em um único espaço, 
chamado antro. 
 Nessa fase, as células granulosas são estimuladas pelo 
FSH, sintetizando e secretando estrógenos. 
 
 
FOLÍCULOS PRÉ-OVULATÓRIOS/GRAAF: 
 É o folículo maduro, quando o antro atinge seu 
tamanho máximo. 
 Nesta etapa, o fluido separa as células 
granulosas em 3 regiões: 
a. Cumulus oophorous: representa um aglomerado 
de células granulosas 
ancorando o ovócito 
primário na parede 
do folículo. Ou seja, ela impede que o ovócito 
primário “flutue” no antro. Além disso, é o local 
de transporte de nutrientes para o ovócito 
primário. 
b. Células granulosas murais: revestem a 
parede do folículo. 
ANTONIO HASHITANI 20 
 
c. Corona radiata: uma camada de células 
granulosas firmemente ancoradas na zona 
pelúcida por processos celulares da própria 
zona pelúcida. 
 
 
 
TESTÍCULOS: 
 Responsável por produzir testosterona e espermatozoides. 
 Desenvolvem-se retroperitonealmente na parede posterior da cavidade abdominal, 
na embriogênese. 
 Eles descem para o escroto e levam com eles uma porção do peritônio. 
 São revestidos pela túnica albugínea, um tecido 
conjuntivo denso modelado que emite 
prolongamentos compartimentalizando o órgão em 
septos e formando, portanto, os lóbulos 
testiculares. Essa túnica separa os túbulos 
seminíferos da área externa. 
 Cada lóbulo contém de 1-4 túbulos seminíferos, 
que são envolvidos por um tecido conjuntivo frouxo 
altamente vascularizado e inervado, derivado da 
túnica vasculosa (encontra-se imediatamente abaixo 
da túnica albugínea e forma a “cápsula vascular” dos 
testículos). 
 As células de Leydig estão contidas nesse tecido, que é conhecido também como 
estroma. 
ANTONIO HASHITANI 21 
 
 São nos túbulos seminíferos que haverá a produção de espermatozoides, que 
posteriormente serão armazenados no epidídimo. 
TÚBULOS SEMINÍFEROS: 
 São as unidades funcionais dos testículos. 
 São tubos contorcidos, a fim de aumentar a área das células iniciais de formação e 
maturação dos espermatozoides. 
 Eles são conectados entre si, permitindo que desemboquem numa rede comum: a rede 
testicular. Essa rede é responsável por drenar os espermatozoides do testículos para 
o epidídimo, através dos ductos eferentes. 
 A parede dos túbulos é formada por túnica própria + epitélioseminífero, separados 
por uma lâmina basal. 
 Os espermatozoides são produzidos pelo epitélio seminífero que compõe os túbulos. 
 Esse epitélio é composto por 
várias camadas de células do 
túbulo seminífero. O tecido 
conjuntivo encontra-se ao redor dos 
túbulos, aderindo e limitando eles 
(estroma). As células que o 
compõem são as de Sertoli e 
espermatogênicas. 
 A túnica própria é rica em colágeno tipo I e 
fibroblastos. Ela constitui a parede dos túbulos e é uma 
delgada camada de tecido conjuntivo. 
 Ela também é composta por células mioides 
peritubulares (fibroblastos ricos em filamentos de actina 
que comprimem os túbulos seminíferos), que são bem 
achatadinhas. 
 
 
 
 
Túnica própria 
ANTONIO HASHITANI 22 
 
CÉLULAS DE SERTOLI: 
 Células epiteliais colunares altas com 
núcleo grande e ovalado e pouco corado no 
citoplasma basal. 
 Têm um nucléolo grande. 
 Responsável pela sustentação física, 
proteção e nutrição das células 
espermatogênicas. 
 Formam áreas de oclusão com as células de 
Sertoli laterais adjacentes a partir de 
prolongamentos emitidos, subdividindo o lúmen do túbulo seminífero em 
compartimento basal (estreito, há apenas espermatogônias) e adluminal (mais 
largo). 
 Essas áreas de oclusão formarão a barreira hematotesticular, isolando o 
adluminal do tecido conjuntivo, ou seja, protege os gametas do sistema 
imunológico. 
 Membranas plasmáticas apicais são pregueadas e se projetam para o lúmen 
do túbulo seminífero, enquanto as membranas laterais possuem invaginações. 
 Possuem muitas mitocôndrias e um golgi bem desenvolvido. 
 Elas também realizam a fagocitose de restos citoplasmáticos (corpos residuais) 
das espermátides. 
 Sintetizam inibina. 
 Sintetizam hormônio antimulleriano, que impede o desenvolvimento de ductos de 
Muller (característico da mulher), estabelecendo a “masculinidade” do embrião. 
 Secretam, ainda, frutose, proteína de ligação a andrógenos (ABP) e 
transferrina testicular (uma apoproteína). 
 A ABP é estimulada pela ação do FSH e mantém o nível de testosterona, mas não 
a produz. 
 Nelas, ainda podemos encontrar Cristais de Charcot-Bottcher, um material 
lipoproteico dentro do citoplasma e sem função definida. 
CÉLULAS ESPERMATOGÊNICAS: 
 Células que formam o espermatozoide. Elas podem ser: 
I. ESPERMATOGÔNIAS: 
ANTONIO HASHITANI 23 
 
 estão no compartimento basal. Podem ser dos tipos: 
1) A Escuras: pequenas, em forma de cúpula 
e núcleos ovais achatados com muita 
heterocromatina, deixando o núcleo denso. 
Elas não entram no ciclo celular, mas tem 
capacidade de fazê-lo. Ao sofrerem mitose, 
formam espermatogônias tipo A escuras 
adicionais + espermatogônias tipo A pálidas 
sendo, assim, repositoras. 
2) A Claras: núcleo com muita eucromatina. 
São induzidas a proliferação pela testosterona, gerando espermatogônias 
tipo A claras adicionais + tipo B. 
3) B: lembram as espermatogônias tipo A claras, mas seu núcleo é 
arredondado e quando sofrem mitose formam espermatócitos primários. 
II. ESPERMATÓCITO PRIMÁRIO: 
 Tem um núcleo vesiculoso. 
 É uma célula cúbica e está no 
compartimento adluminal. 
 Está em constante divisão. 
 Sua cromatina está compactada 
(cromossomos). 
 Duplica o DNA e fica 4n, mas o n° de 
cromossomos continua 2n. 
 
III. ESPERMATÓCITO SECUNDÁRIO: 
 Tem uma vida muito curta. 
 Ele é muito parecido com a espermátide cúbica. 
 Não conseguimos diferenciá-lo da espermátide cúbica. 
 Contém 2n de DNA e não replica os cromossomos. 
 Entram em divisão meiótica formando 2 espermátides n com DNA n. 
ANTONIO HASHITANI 24 
 
IV. ESPERMÁTIDE: 
 Pode ser redonda (jovem) ou alongada (tardia), 
de acordo com a forma dos núcleos. 
 Possui enzimas hidrolíticas. 
 São haploides. 
 
V. ESPERMATOZÓIDE: 
 Células longas, constituídas 
por uma cabeça achatada, que 
contém o acrossomo, e é envolvida 
pela membrana plasmática. Contém 
também uma cauda, dividida em 
colo, peça intermediária, peça 
principal e peça terminal (é o 
axonema envolvido pela MP). 
 Seu núcleo é elétron-denso 
condensado. 
 
EPIDÍDIMO: 
 Está posteriormente aos 
testículos, sendo responsável 
pelo armazenamento de 
espermatozoides. 
 É um epitélio 
pseudoestratificado separado do 
tecido conjuntivo frouxo 
subjacente pela lâmina basal. 
 Essa lâmina basal é um tecido 
muscular liso que circunda o 
tecido conjuntivo. 
 Tem dois tipos de célula: 
1) Principais: núcleos ovais, irregulares e mais pálidos do que os das basais, 
localizando-se no citoplasma basal das células. Tem 1 ou 2 nucléolos e seu 
ANTONIO HASHITANI 25 
 
citoplasma tem muito REG, Golgi desenvolvido, túbulos e vesículas de REL no 
citoplasma. Alta capacidade de endocitose, removendo pedaços do citoplasma 
que não foram eliminados pelas células de Sertoli. Estereocílios se projetam no 
lúmen do epidídimo, absorvendo fluido que é endocitado pelas vesículas 
pinocíticas. Produzem glicerofosfocolina, uma glicoproteína que impede a 
capacitação dos espermatozoides. 
2) Basais: são piramidais e poliédricas, com núcleos arredondados e muita 
heterocromatina. Têm pouco citoplasma e poucas organelas. São células tronco 
locais que dão origem às principais. 
 Ele é dividido em cabeça (junção dos ductos 
deferentes), corpo e cauda. 
 Na vasectomia, por exemplo, há uma remoção de 
parte do ducto deferente, canal que conduz os 
espermatozoides do epidídimo até ao ducto 
ejaculatório (uretra). 
 
PRÓSTATA: 
 É a maior glândula acessória do trato 
genital masculino. 
 Ela é envolta por uma cápsula de tecido 
conjuntivo denso não modelado, com células 
musculares lisas. 
 Septos de tecido conjuntivo vão da cápsula 
até a uretra hidrostática, isto é, há uma divisão 
em lobos com aproximadamente 50 lóbulos. 
 Secreta material nutritivo para o metabolismo do espermatozoide. 
 É formada por 30-50 glândulas tubuloalveolares ramificadas compostas que lançam o 
seu conteúdo na uretra prostática (tecido epitelial de transição) pelos ductos 
excretores. 
 As células epiteliais luminais são colunares com núcleo basal e um Golgi bem 
desenvolvido. Essas células sintetizam enzimas como a fosfatase ácida prostática, 
fibrinolisina (liquefaz o sêmen) e antígeno específico prostático. 
 As glândulas têm porções secretoras, denominadas alvéolos prostáticos. 
ANTONIO HASHITANI 26 
 
 A próstata está organizada em 3 divisões 
teciduais: 
a. CAMADA MUCOSA: mais próximas da uretra. 
Tecido epitelial simples, geralmente não 
queratinizado + tecido conjuntivo geralmente 
frouxo. Fica em contato direto com o lúmen. 
Recebe o material excretado pela glândula. 
b. CAMADA SUBMUCOSA: tecido conjuntivo 
denso que sustenta a mucosa. Contém 
glândulas periuretrais da submucosa. 
c. CAMADA PERIFÉRICA: constitui a maior parte 
da próstata. Nela, pode haver cálculos 
prostáticos/corpos amiláceos (calcificação) e é mais 
comum câncer de próstata nesta camada, quanto 
que hiperplasia é mais comum na mucosa e 
submucosa. Nessa camada, há glândulas 
ramificadas compostas 
periféricas ou principais. Essas glândulas possuem um 
epitélio simples cúbico envolto por tecido conjuntivo 
frouxo e musculo liso (tecido fibromuscular) que ajuda na 
contração, ou seja, permite a chegada da secreção até a 
uretra. 
 
Corpo amiláceo 
ANTONIO HASHITANI 27 
 
 
Itens complementares a serem estudados: 
1. Espermiogênese: etapa final da espermatogênese, em que espermatócitos tornam-se 
espermatozoides. (acho que é isso, deu preguiça de pesquisar então dá uma lida aí kkkkk) 
2. Histologia do Pênis: Possui dois tipos de tecidos cilíndricos, dois corpos cavernosos e um 
corpo esponjoso (responsável por cobrir e proteger a uretra). Na extremidade de tal órgão 
podemos observar a glande, na qual notamos a abertura da uretra. Há uma pele que recobre o 
pênis chamada de prepúcio 
3. Vesícula seminal: 
 
4. Glândulabulbouretral: O parênquima da glândula BUL é constituído por túbulos secretores 
longos, com lume e dilatado pela secreção acumulada. O epitélio secretor é do tipo cúbico a 
pavimentoso. Também chamadas de glândulas de Cowper. Essas glândulas produzem uma 
secreção que entra na uretra durante a excitação sexual, lubrificando o pênis e neutralizando 
a acidez da uretra para a passagem do espermatozoide. Essa secreção constitui cerca de 5% 
do sêmen. 
 
ANTONIO HASHITANI 28 
 
 
ÚTERO: 
 Órgão muscular constituído por fundo, corpo e colo. 
 Sua parede é formada pelo: 
a. Endométrio: É a mucosa de revestimento do útero, com 
um epitélio simples cilíndrico e glândulas endometriais 
tubulosas simples, secretoras de glicogênio, que podem ir 
até ao miométrio, além de uma lâmina própria (estroma 
endometrial). A lâmina própria consiste em tecido 
conjuntivo denso não modelado e possui fibroblastos estrelados e fusiformes, 
bem como macrófagos e leucócitos, e muitas fibras reticulares. As glândulas não 
possuem células ciliadas. O endométrio é composto, ainda, por 2 camadas, uma 
funcional (mais superficial e é a que se perde na menstruação) e uma basal (mais 
profunda e faz a regeneração de uma nova camada funcional). 
b. Miométrio: É um rosa contínuo de tecido 
conjuntivo (mais claro) misturado ao tecido 
muscular liso que envolve o endométrio em 
3 camadas (longitudinal interna; circular 
interna, que não há como ver às vezes, pois 
é fina; longitudinal externa). É o principal 
componente da parede uterina. Durante a 
gestação essas fibras podem sofrer 
hipertrofia e hiperplasia e, ainda, por estímulo dos hormônios relaxina e 
ocitocina, inibe-se ou estimula-se as contrações. 
c. Perimétrio: tecido conjuntivo e uma camada de células mesoteliais. É serosa 
(fundo e porção posterior). Pode-se dizer que o perimétrio é o próprio peritônio. 
CICLO UTERINO: 
i. Fase proliferativa (9 dias): 
 Momento em que as glândulas estão sendo reconstruídas. 
 Há mitoses, proliferação do tecido epitelial e conjuntivo. 
 As glândulas são bem retilíneas. 
 Ainda não há secreção do glicogênio. 
ANTONIO HASHITANI 29 
 
 Para ver na lâmina, localizamos a cavidade uterina, o 
epitélio do útero e, mais por dentro, o tecido conjuntivo 
com as glândulas alongadas. 
 O endométrio está aumentando a espessura devido à 
atividade do estrogênio produzido pelos folículos em 
maturação. 
 No retângulo ao lado podemos observar uma glândula. 
 
ii. Fase Secretora (13 dias): 
 Aumento na síntese de muco. 
 Ocorre após a ovulação (14° dia). 
 Ela é regulada pela progesterona e por estrógenos 
produzidos pelo corpo lúteo. 
 As glândulas, então, tomam aspecto sinuoso/serrilhado. 
 Há presença do glicogênio, podendo ver ele dentro da 
glândula ou após ser secretado, no epitélio do útero. 
 Ao mesmo tempo, há mudanças no tecido conjuntivo, 
como o aumento da vascularização devido ao metabolismo 
intenso. 
 Na fase secretora os fibroblastos passam a ser chamados de 
células pré-deciduais, devido a função que adquirem. Essas 
células armazenam o glicogênio como forma de energia. 
 Lâmina própria fica edemaciada, ou seja, há um acúmulo de 
líquido. 
 As secreções, além de glicogênio, também são de glicoproteínas. 
 O glicogênio é corado fortemente em rosa intenso pelo PAS. 
iii. Fase isquêmica (1 dia): 
 A involução do corpo lúteo resulta numa queda dos 
níveis sanguíneos de hormônios esteroides. 
 A camada basal permanece. 
 Ocorre uma reorganização da matriz extracelular. 
 Há uma privação devido a contração das artérias 
espiraladas, gerando falta de suprimento de O2. 
Cél. Pré-deciduais 
ANTONIO HASHITANI 30 
 
 Há secreção de enzimas pelas células pré-deciduais que quebram moléculas de 
colágeno e elastina, ocorrendo um “descolamento” do tecido conjuntivo e 
rompimento das artérias. 
 Na menstruação, o sangue é misturado a glândulas e tecido conjuntivo perdidos. 
iv. Fase menstrual (5 dias): 
 Perda da camada funcional. 
 Rompimento das paredes do vaso, levando o 
sangue para o tecido conjuntivo. 
 Lâmina própria encontra-se compacta, numa área 
bem mais restrita. 
 
 
 
 Obs: na gestação, o 
estroma da lâmina 
própria aumenta. Ele 
passa a armazenar 
lipídeos e glicogênio 
devido ao crescente 
nível de progesterona. 
A camada funcional do 
endométrio será, então, perdida como a decídua durante o parto. 
CÂNCER DE COLO UTERINO: 
 Para entendê-lo, devemos saber que o colo do útero pode ser chamado de cérvix, sendo 
dividido em ectocérvix (mais externo e em contato com a vagina) e endocérvix (mais 
interno, epitélio simples colunar não queratinizado e que forma glândulas tubulares 
produtoras de muco umidificante, a mucina.) 
 Uma massa tecidual alterada. 
 As células alteram o tamanho, formato, núcleos. 
 Causado pelo papilomavírus humano (HPV) 
 O Papanicolau é um exame preventivo. 
 O ectocérvix é revestido por um epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado. 
ANTONIO HASHITANI 31 
 
 Entre o endocérvix e ectocérvix, há uma zona de transformação, na qual pode ocorrer a 
displasia. Essa displasia pode evoluir para um carcinoma in situ, quando há grande 
proliferação de células, mas ainda dentro do limite da lâmina basal. 
 A coloração do Papanicolau se dá pela hematoxilina, Orange G e EA-65. 
 
MAMAS: 
 Glândula composta tubuloalveolar. (exócrina). 
 Tecido fibroadiposo (entre os ductos, 
preenchendo a maior parte das mamas). Ele é um 
tecido denso não modelado com tecido adiposo. 
 Ao redor dos ductos, revestindo suas margens, 
há um tecido conjuntivo frouxo. (bem fino, uma 
capinha mesmo). 
 O mamilo é rodeado pela aréola (muitas glândulas 
sebáceas). 
 Na mama em lactação, cada ducto lactífero é 
responsável por drenar um lobo. 
 Na mama não lactante, os ductos lactíferos da 
glândula mamária terminam em ramificações de 
fundo cego, por exemplo, isto é, não são visíveis 
Glândula composta tubuloalveolar, 
disposta em vários sentidos. Não 
sendo possível ver como nos desenhos. 
ANTONIO HASHITANI 32 
 
ou são parcialmente visíveis nessa organização de lobos e lóbulos. 
 A divisão se dá: 
1) Internamente: vários lóbulos e lobos (um lobo é formado por vários lóbulos.) 
2) Ducto lactífero: centro do lobo. Cada ducto drena o 
material de um lobo. Tem um epitélio colunar simples ou 
estratificado. 
 Há cerca de 15-25 lobos no 
interior da mama, separados pelo 
tecido fibroadiposo/interlobar. 
 O alvéolo é a unidade secretora. 
 Existem, ainda, uma camada 
externa de células mioepiteliais no ducto e porção 
secretora, que ajudam na contração para ejeção do leite. 
 
 
 
 Essa visualização da glândula mamária se dá por uma lupa de aumento em torno de 2.5x 
 A prolactina estimula a secreção das células alveolares. 
 A prolactina e o lactogênio placentário, juntamente com os estrógenos, progesterona e 
fatores de crescimento, na gravidez, estimulam o desenvolvimento dos ductos 
lactíferos e de alvéolos secretores. 
 A progesterona estimula a formação de novos alvéolos, substituindo os antigos que 
regrediram. 
 A oxitocina causa a contração das células mioepiteliais ao redor dos alvéolos, 
resultando na ejeção do leite. 
 Há plasmócitos no estroma ao redor do tecido alveolar. 
ANTONIO HASHITANI 33 
 
CÂNCER DE MAMA: 
 É o câncer mais comum entre as mulheres, sendo que 80% se origina no epitélio de 
revestimento dos ductos lactíferos. 
 O carcinoma de Paget, por exemplo, se estende dos ductos lactíferos até a pele 
adjacente do mamilo e aréola, isto é, invadem a epiderme. 
 O carcinoma intraductal é uma massa tumoral no interior dos ductos lactíferos, 
afetando regiões mais internas e resultando em centros necróticos. 
 Genes supressores de tumores BRCA1 e BRCA2 são mutados no câncer de mama. 
 
PÂNCREAS ENDÓCRINO: 
 Ele possui uma cápsula de colágeno, irregular e delicada (fina), de tecido conjuntivofrouxo. 
 Consiste em 2% da massa pancreática. 
 Essa cápsula é responsável por enviar septos de tecido conjuntivo para o interior em 
lóbulos. 
 
cápsula 
ANTONIO HASHITANI 34 
 
 O elemento tecidual que forma o pâncreas endócrino são as Ilhotas de Langherans. 
 Essas ilhotas são um rosinha mais claro e redondo ao observar no microscópio. 
 Uma ilhota é um conjunto de células secretoras produtoras de hormônios. 
 Temos em torno de 1 milhão de ilhotas, sendo que cada 
ilhota tem em torno de 1.000 células. 
 Essas células formam cordões/linhas de células dispostas ao 
redor de capilares. As estruturas em branco na imagem são os 
capilares dentro das ilhotas, que coletam os produtos de 
secreção. 
 Sistema porta insulo-acinar, que 
consiste em uma arteríola aferente que dá origem a uma 
rede capilar revestida por células endoteliais fenestradas. 
 Existem fibras reticulares de colágeno tipo III ao 
redor da ilhota, formando uma “capinha” para ela. Essa 
capa não é visível no microscópio, mas sabemos que há 
esse tecido conjuntivo em pouca quantidade nas ilhotas. 
TIPOS DE CÉLULAS DO PÂNCREAS ENDÓCRINO: 
1. Células α: produzem glucagon, que corresponde a 15% do número de células e 
aumenta os níveis de glicose no sangue pela glicogenólise hepática. Estão na 
periferia. 
2. Células β: produzem insulina, que corresponde a 80% das células e é um 
polímero com 2 cadeias, a A (menor) e B (maior). Ela se origina de um precursor 
de cadeia única, a pré-pró-insulina (sintetizada no REG e processada por Golgi). 
Isso dará origem à pró-insulina, em que o peptídeo C liga as cadeias A e B. Ela, 
então, reduzirá os níveis de glicose do sangue. A localização dessas células se dá 
mais ao centro. 
3. Células δ: produzem gastrina e somatostatina (inibe a liberação de insulina e 
glucagon de forma parácrina, ou seja, inibe as células α e β). Correspondem a 5% 
das células. Geralmente estão nas áreas mais periféricas. 
4. Células F ou PP: são produtoras de polipeptídeos pancreáticos que 
correspondem a 1-2% das células, responsáveis por inibir a secreção exócrina. 
 
ANTONIO HASHITANI 35 
 
 
 
COLORAÇÃO: 
1. Alúmen de Cromo & Hematoxilina-Floxina 
 A ideia desse corante é separar as células alfa e beta. 
A floxina cora as células alfa de vermelho (citoplasma). 
Já as células beta tem um citoplasma mais roxo (violeta). 
 A floxina é ácida e interage com substâncias 
básicas. 
 
 
2. Imunohistoquímica: utilização de um anticorpo 
específico para identificação com grande precisão, 
diferentemente do uso de corantes. Ele é bastante 
empregado em exames/biópsias das mais variadas 
origens. Na lâmina de pâncreas, por exemplo, usando 
esse método, podemos utilizar anticorpos que se ligam 
às células α, sendo as manchas mais escuras o resultado 
positivo para essa ligação. Se fosse ligado às células β, 
teríamos a região central mais escura em vez de as bordas. Essa imagem é formada em 
microscópio óptico. 
 
Células alfa ligadas ao anticorpo. 
ANTONIO HASHITANI 36 
 
3. Imunofluorescência: uma 
metodologia ainda mais específica, 
mostrando até mesmo uma única célula 
diferente, tendo uma sensibilidade 
maior. Usa-se o anticorpo também, mas 
com outros reagentes. A sua imagem é 
formada em um microscópio específico 
para fluorescência, com um fundo 
escuro. Ele é um microscópio que gera 
imagens em cortes/profundidades 
diferentes. 
 
DIABETES TIPO I: 
 É uma doença auto-imune, ocasionada pela apoptose das células beta do pâncreas. Ela 
envolve macrófagos, linfócitos T, células dendríticas e endoteliais, agindo nas células 
beta. O macrófago, por exemplo, libera óxido nítrico, induzindo a produção de Fas nas 
células beta, que se ligam no Fas-L do linfócito T e induz a apoptose. 
 
Boa prova pra nois carai! 
 
	HIPÓFISE:
	SUPRARRENAIS/ADRENAIS:
	TIREOIDE:
	OVÁRIOS:
	TESTÍCULOS:
	ÚTERO:
	MAMAS:
	PÂNCREAS ENDÓCRINO:

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