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ANTONIO HASHITANI 1 HISTOLOGIA – P1 HIPÓFISE: É uma glândula endócrina localizada na fossa hipofisária (sela turca), uma depressão do osso esfenoide. Ela está conectada ao hipotálamo por um pedículo curto, o infundíbulo. Ela é composta por duas partes: 1. Adeno-Hipófise/Anterior: constituída por pars distalis, intermedia e tuberalis. 2. Neuro-Hipófise/Posterior: constituída por pars nervosa e infundíbulo. LOBO ANTERIOR: Tecido epitelial glandular. Formado a partir de uma evaginação do ectoderma oral em direção à neuro-hipófise em desenvolvimento. Essa evaginação é conhecida como Bolsa de Rathke. Dividido em 3 partes: ANTONIO HASHITANI 2 1. PARS DISTALIS: é a maior parte do lobo e é composta, principalmente, por cordões de células epiteliais (parenquimatosas) secretoras e capilares fenestrados. Esse arranjo cordonal é rodeado por fibras reticulares. 2. PARS INTERMEDIA: entre a parts distalis e pars nervosa. Sua característica é a presença dos Cistos de Rathke, que são revestidos por células cuboides contendo coloide (restos celulares e produtos de secreção da bolsa de rathke). Possui debris celulares (fragmentos de células) e é pouco desenvolvida em humanos. Nessa parte, ainda, pode conter cordões de células basófilas ao longo dos capilares. | Essas células produzem o pró-hormônio pró- opiomelanocortina (POMC), que dará origem a hormônios como o estimulante de melanócitos alfa (α-MSH), estimulando a liberação de prolactina e corticotropina. 3. PARS TUBERALIS: consiste numa bainha que envolve a haste do infundíbulo da neuro-hipófise e, junto a ele, forma-se o pedículo hipofisário. O tecido conjuntivo separa a pars tuberalis da haste do infundíbulo. É uma região altamente vascularizada por artérias e pelo sistema porta hipofisário. Contém células basófilas cuboides e colunares baixas em torno da haste do infundíbulo. CÉLULAS CROMÓFILAS ACIDÓFILAS: São coradas por eosina (citoplasma rosa) e são a maioria das células na pars distalis. ANTONIO HASHITANI 3 Podem ser: a. Somatotróficas: células produtoras de GH. Estimuladas pelo SRH e inibidas pela somatostatina. Possuem núcleo central, REG abundante e muitos grânulos de secreção. b. Mamotróficas: células produtoras de prolactina, que estimula o desenvolvimento da glândula mamária e produção de leite. São poligonais e pequenas, durante a lactação o golgi fica do tamanho do núcleo, com grandes grânulos de secreção. CÉLULAS CROMÓFILAS BASÓFILAS: Células coradas por hematoxilina e PAS (citoplasma roxo), geralmente na periferia. Podem ser: a. Corticotróficas: produtoras de ACTH, estimulado por CRH. São células arredondadas/ovoides, com núcleo excêntrico e poucas organelas. b. Tireotróficas: produtoras de TSH, estimulado por TRH. Estão situadas nos arranjos cordonais e possuem pequenos grânulos de secreção. c. Gonadotróficas: produtoras de LH e FSH, estimulados por GnRH. São arredondadas e com Goli desenvolvido, têm muito REG e mitocôndrias. CÉLULAS CROMÓFOBAS: Células com pouca afinidade por corantes, pouco citoplasma, núcleo pequeno e sem função definida. Podem ser células-tronco não específicas, células cromófilas desgranuladas ou um estágio de transição. Ela é branca em volta e bem roxinha dentro. ANTONIO HASHITANI 4 OBS: existem, ainda, células folículo-estreladas, que não são secretoras e estão em maior número na parte distal. Não se sabe ao certo a função dessas células, mas elas possuem longos prolongamentos que formam junções com outras células. LOBO POSTERIOR: A neuro-hipófise é composta pela pars nervosa e pelo infundíbulo, ambos com axônios amielínicos neurossecretores e suas terminações, ou seja, consiste em tecido nervoso. Esses axônios formam o trato hipotalâmico-hipofisário, sendo a maior parte do lobo posterior. Os corpos celulares desses axônios se encontram nos núcleos do hipotálamo e secretam dois hormônios importantes, que serão carregados por uma proteína (neurofisina): 1. Vasopressina/ADH: hormônio antidiurético, responsável pela reabsorção da água e vasoconstricção arteriolar. Predominante nos núcleos supraópticos do hipotálamo. 2. Ocitocina: atua na contração uterina e ejeção do leite. Predominante nos núcleos paraventriculares do hipotálamo. Esses hormônios são liberados na corrente sanguínea pelos terminais axônicos. Se desenvolveu do neuroectoderma como uma evaginação do diencéfalo. É uma extensão do SNC. Não é uma glândula endócrina, e sim um local de armazenamento para neurossecreção de neurônios. PARS NERVOSA: Recebe as terminações nervosas dos axônios do trato hipotalâmico- hipofisário e armazena suas secreções. ANTONIO HASHITANI 5 Os axônios são sustentados por pituícitos, que formam uma bainha ao redor deles e das suas terminações. Os pituícitos ocupam 25% do volume da pars nervosa. Em certos locais do axônio, podemos identificar dilatações que são conhecidas como Corpos de Herring, locais onde o ADH e Ocitocina são armazenados, ou seja, há acúmulo de grânulos de secreção. SUPRARRENAIS/ADRENAIS: As suprarrenais produzem esteroides e catecolaminas. Elas estão localizadas nos polos superiores dos rins, envolvidas numa camada de tecido conjuntivo e imersas em tecido adiposo. O tecido conjuntivo vasculariza e inerva a glândula. Elas não são uma imagem espelhada uma da outra, já que a da direita tem a forma de uma pirâmide e está apoiada no topo do rim. Já a esquerda tem formato de lua crescente e fica entre o hilo e polo superior. O córtex é corado de rosa (maior porção) e a medula de roxo, com estruturas e produtos diferentes de secreção. O córtex constitui 80-90% do órgão. É derivado do mesoderma e produz hormônios corticosteroides, sendo que a secreção do cortisol e corticosterona é controlada pelo ACTH na pars distalis da adeno-hipófise. A medula é uma porção interna e escura. É regulada pelo sistema nervoso simpático, produzindo adrenalina e noradrenalina. Uma cápsula circunda toda a adrenal. Ela é uma lâmina fina e rosa, com a função de proteção. É por ela que chegam os vasos sanguíneos, tec. Conjuntivo propriamente dito e fibroblastos. Observamos, ainda, invaginações na cápsula, a fim de que as partes mais profundas sejam vascularizadas, essas invaginações são chamadas de trabéculas. ANTONIO HASHITANI 6 O córtex é dividido em três partes: ZONA GLOMERULOSA (mais externa): Núcleos pequenos, corados por um rosa mais escuro, até parece roxo, e está logo abaixo da cápsula. Possui de 1 a 2 nucléolos Seu citoplasma é acidófilo, com algumas gotículas lipídicas. REL abundante e extenso. O Golgi é bem desenvolvido e possui ribossomos livres. Para unir as células, há presença de desmossomos e junções comunicantes. Algumas células podem ter até microvilos*. Suas células estão organizadas em cordões, formando um semicírculo, e concentricamente dispostas. ANTONIO HASHITANI 7 Suas células sintetizam e secretam mineralocorticoides sendo os principais a aldosterona e desoxicorticosterona, que atuam na homeostase de fluidos e eletrólitos do organismo, ou seja, estimulam a absorção de sódio resultando num balanço hídrico e de Na+ (absorção) e K+ (excreção). ZONA FASCICULADA (intermediária): É uma área com rosa mais claro, com 1 ou 2 camadas de células um pouco acidófilas. Suas células são poliédricas, organizadas em colunas/cordões verticais. Seus capilares fenestrados se encontram em arranjo longitudinal entre as colunas de células poliédricas. Essas células possuem muitas gotículas lipídicas no citoplasma e por isso aparecem vacuolizadas (perdem material lipídicoe citoplasma no processamento). Elas, então, são chamadas de espongiócitos, que possuem REL extenso, REG, mitocôndrias esféricas com cristas tubulares e vesiculares, lisossomos e grânulos do pigmento lipofuscina. É a maior camada do córtex, constituindo cerca de 80% do seu volume. Suas células sintetizam e secretam glicocorticoides (cortisol e corticosterona), controlando o metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. ZONA RETICULAR (mais interna): É mais escura que a fasciculada e mais clara que a glomerulosa, ainda com citoplasma acidófilo. ANTONIO HASHITANI 8 Suas células estão organizadas em cordões irregulares = anastomosados (redes). Quando estimuladas pelo ACTH, suas células secretam gonadocorticoides (deidroepiandrosterona e androstenediona) e alguns glicocorticoides. Esses andrógenos atuam como hormônios masculinizantes, mas seus efeitos são fracos. Normalmente possui muitos grânulos do pigmento lipofuscina. Células próximas à medula adrenal são escuras porque possuem um citoplasma elétron- denso e núcleo picnótico (células degeneradas.) Todas as partes fazem contato com capilares sinusoides (parte branca entre os cordões), sendo o sinusoide a luz do capilar. ANTONIO HASHITANI 9 MEDULA DA SUPRA-RENAL: É a porção central da glândula, sendo completamente revestida pelo córtex da supra- renal. Produz adrenalina e noradrenalina e é regulada pelo sistema nervoso simpático. A medula é basófila. Nela, há dois tipos celulares: ANTONIO HASHITANI 10 CÉLULAS CROMAFINS E GANGLIONARES: Neurônios pós-ganglionares modificados com função secretora, ou seja, funciona como um gânglio simpático modificado. Produzem catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). São células com o Golgi bem desenvolvido e justanuclear, têm muitas mitocôndrias e muitos grânulos elétron-densos revestidos por membrana no citoplasma. (20% tem adrenalina/noradrenalina, enquanto o resto possui ATP, encefalinas e cromograninas.) Elas são grandes e epitelióides, dispostas em grupos ou cordões curtos e arredondados. Seus grânulos são corados intensamente com sais de cromo (reação cromafim), indicando a presença de catecolaminas. Os grânulos das células armazenadoras de noradrenalina têm centro elétron-denso e excêntrico. Os grânulos das células armazenadoras de adrenalina são mais homogêneos e menos densos. HISTOFISIOLOGIA DA MEDULA ADRENAL: A liberação das catecolaminas é induzida por um estímulo nervoso que atinge a medula adrenal. Quando o estímulo é a partir de uma fonte emocional, a secreção de noradrenalina é mais forte. Quando o estímulo é fisiológico, a secreção da adrenalina é mais forte. A atividade é controlada pelos nervos esplâncnicos. TIREOIDE: É uma glândula endócrina que está na parte anterior do pescoço, juntamente com a traqueia e junções da cartilagem cricoide e tireoide. Ela possui 2 lobos, que são ligados pelo istmo. Secreta T3, T4 e Calcitonina O T3 e T4 são controlados pelo TSH, que é secretado na pars distalis da adeno-hipófise. ANTONIO HASHITANI 11 Ela é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado. Os septos derivados da capsula subdividem a glândula em lóbulos. Na face posterior da tireoide, embebidas na cápsula, se localizam as 4 glândulas paratireoides. FOLÍCULOS: Os lobos tireoidianos são compostos por folículos, que são as unidades funcionais da glândula. A tireoide armazena seu produto de secreção no lúmen dos folículos, e não dentro das células parenquimatosas como a maioria de outras glândulas endócrinas. Eles são formados por uma camada de células foliculares simples cúbicas, formando o epitélio folicular. Os folículos armazenam os hormônios dentro do coloide, substância composta por água, íons e tireoglobulina (glicoproteína de secreção). Quando os hormônios estão a ser liberados, a tireoglobulina, que é o precursor deles, é endocitada pelas células de revestimento foliculares e os hormônios são clivados por proteases lisossômicas. Há uma extensa rede de capilares fenestrados e vasos em torno deles. A sustentação desses vasos e fibras nervosas se dá pelos septos de tecido conjuntivo que penetram o parênquima. Esse plexo capilar com fibras reticulares do tecido conjuntivo é separado das células foliculares e parafoliculares por meio de uma fina/delgada lâmina basal. ANTONIO HASHITANI 12 CÉLULAS FOLICULARES/PRINCIPAIS/TIRÓCITOS: Possuem formato que varia do pavimentoso ao colunar, e podem aumentar se estimuladas. Seu núcleo é ovoide e escuro, com 2 nucléolos. Seu citoplasma é basófilo. Muitos lisossomos na extremidade apical e microvilos que se estendem para dentro do coloide. Tem um Golgi supranuclear e mitocôndrias em forma de bastão. Quando ativas, podem emitir pseudópodos para absorver mais coloide. Quando há pouco uso dos hormônios, a quantidade de coloide aumenta. O iodeto é essencial para a síntese de T3 E T4. CÉLULAS PARAFOLICULARES/CÉLULAS C: Elas se localizam fora dos folículos, isoladamente ou agrupadas na periferia. São pouco coradas, ou seja, são mais claras (por isso podem ser chamadas de células claras também). São maiores do que as células foliculares. Têm um núcleo arredondado, com Golgi bem desenvolvido e mitocôndrias alongadas. Contém grânulos de secreção densos e pequenos no citoplasma basal. Esses grânulos possuem calcitonina, um hormônio peptídico que reduz a taxa de cálcio no sangue, ou seja, inibe a reabsorção óssea pelos osteoclastos. A calcitonina é mais liberada em quadros de hipercalcimia. ANTONIO HASHITANI 13 SÍNTESE DE T3 E T4 (só não vou colocar a parte fisiológica da síntese): É regulada pelos níveis de iodeto e pela ligação de TSH ao seu receptor nas células foliculares. É a fase exócrina. A ligação ao receptor ativa a produção de AMPc, que ativará a PKA e, assim, produzirá os hormônios tireoidianos. A tireoglobulina é sintetizada no REG e, posteriormente, glicosilada. As vesículas com tireoglobulina vão até a membrana apical e exocita seus conteúdos no lúmen do coloide. A enzima tireoperoxidase também é transportada e exocitada, permanecendo na superfície das células foliculares a fim de que oxide o iodo (na presença de H2O2) dentro do coloide. SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS: Quando o TSH se liga, gotículas de coloide são envolvidas por pseudópodes e endocitadas, tornando- se vesículas que contém coloide. Essas vesículas serão transportadas com a ajuda do citoesqueleto para os lisossomos, que irão se fundir a elas. As enzimas lisossômicas, então, irão clivar a tireoglobulina iodada, liberando T3 e T4 na célula. Esses hormônios passarão pela lâmina basal e serão liberados, por fim, nos capilares sanguíneos. ANTONIO HASHITANI 14 Vale ressaltar que MIT e DIT também são liberados na clivagem, e a enzima desalogenase atuará para retirar os iodetos e liberar a tirosina, que será usada posteriormente. DOENÇA DE HASHIMOTO: É um hipotireoidismo autoimune causada por anticorpos contra a tireoperoxidase e tireoglobulina. Ela vai provocando a destruição progressiva dos folículos, o que diminui a função da glândula. PARATIREOIDE: São dois pares (superiores e inferiores). Podem existir paratireoides no tórax e, também, nas supernumerárias. São recobertas por sua própria cápsula de tecido conjuntivo. Essas cápsulas entram na glândula como septos, junto à vasos e nervos. O parênquima é sustentado pelos septos, fibras reticulares e junto de uma vasta rede capilar. São responsáveis pela manutenção das concentrações de cálcio no sangue, atuando nos ossos, rins e intestino. Secretam o paratormônio(PTH). A paratireoide é composta por: 1. CÉLULAS PRINCIPAIS: São as células que sintetizam o PTH Estão em maior número. O PTH tem ação antagônica à calcitonina, pois estimula a síntese de fator estimulante de osteoclastos, aumentando a reabsorção óssea e liberando cálcio no sangue. ANTONIO HASHITANI 15 É de ação rápida. São levemente eosinófilas e com grânulos de pigmento lipofuscina por todo citoplasma. Os grânulos de secreção de PTH são densos e pequenos, originados no Golgi e deslocando-se à periferia da célula. Mitocôndrias alongadas e REG abundante. Desmossomos podem unir células principais adjacentes. O pré-pró-PTH é sintetizado nos ribossomos do REG, sendo clivado durante o transporte para o lúmen do REG. Então, será formado o pró- paratormônio e um polipeptídeo. Ao chegar no Golgi, é novamente clivado e forma o PTH, além de mais um polipeptídeo. Dessa forma, o PTH é exocitado na superfície celular. 2. CÉLULAS OXÍFILAS: Não possuem função conhecida, mas supõe- se que sejam a fase inativa das células principais. Elas aparecem agrupadas ou isoladas. São menos numerosas e mais eosinófilas (acidófilas) do que as principais. Possuem mais mitocôndrias e seu Golgi e REG são pouco desenvolvidos. Têm glicogênio no citosol. ANTONIO HASHITANI 16 HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO: O primário é causado por um tumor em uma das paratireoides, resultando em altos níveis de cálcio sanguíneo, baixo nível de fosfato, perda de material ósseo e, por vezes, formação de pedras no rim. Já o secundário é adquirido por pacientes com raquitismo, quando o cálcio não é absorvido pelo intestino devido à falta de vitamina D, ou seja, a pessoa tem hipocalcemia. HIPOPARATIREOIDISMO: É uma deficiência na secreção de PTH devido a uma lesão nas paratireoides ou remoção cirúrgica da tireoide. Há hipocalcemia, retenção do cálcio nos ossos e aumento das reabsorção de fosfato nos rins. OVÁRIOS: São revestidos por um epitélio simples que varia do pavimentoso ao cúbico baixo, além de uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado subjacente, pouco vascularizado. Esse tecido conjuntivo é conhecido como túnica albugínea fibrosa. O órgão reprodutor está dividido em: ANTONIO HASHITANI 17 a. CÓRTEX: tecido conjuntivo (estroma ovariano, responsável pela produção de esteroides, sustentação e envolve os folículos) e folículos primordiais com ovócitos primários (no final da prófase I da meiose). Nele encontram-se todos os folículos. b. MEDULA: tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado, células intersticiais, nervos, vasos linfáticos e vasos sanguíneos que atingem o ovário pelo hilo. Vale ressaltar que, antes da puberdade, todos os folículos do córtex estão no estágio de folículo primordial. O ovário possui função de secreção de estrogênio e progesterona. Desenvolvimento de características sexuais secundários. Produção de gametas femininos. CICLO OVARIANO: FASE FOLICULAR. Desenvolve um folículo primordial até que seja um folículo maduro/de Graaf. FOLÍCULOS PRIMORDIAIS: São predominantes. Células granulosas pavimentosas circundam o ovócito. Elas se prendem umas as outras por meio de desmossomos e estão separadas do estroma do tecido conjuntivo por uma lâmina basal. Núcleo grande e excêntrico, com único nucléolo. Muitas mitocôndrias, complexos de Golgi, RER e, por vezes, lamelas anulares. FOLÍCULOS PRIMÁRIOS: São o segundo estágio de maturação do folículo primordial. As células crescem e tornam-se cúbicas. Nesse estágio o ovócito começa a produzir uma capa glicoproteica, chamada zona pelúcida. Quando apenas uma camada de células circunda o folículo, ele é denominado folículo primário (unilaminar). ANTONIO HASHITANI 18 FOLÍCULOS SECUNDÁRIOS: Essa camada, então, torna-se estratificada, sendo chamada folículo secundário (multilaminar). Nesse estágio, é possível observar a zona pelúcida separando o ovócito das células foliculares. A atividade dessas células da granulosa = células foliculares, é induzida pela ativina, uma molécula sinalizadora produzida pelo ovócito. Dessa forma, é caracterizada pela contínua proliferação de células foliculares. Espessamento da Zona Pelúcida. Células do estroma que circundam o folículo se organizam em uma cápsula, formando a teca interna, uma camada altamente vascularizada e adjacente à lâmina basal do folículo. Ela secreta androstenediona, que vai para as células foliculares a fim de sintetizar testosterona. Essa testosterona será convertida, então, em estradiol pela enzima aromatase. Vale ressaltar que a teca interna é composta por células alongadas com pequenas gotículas lipídicas no citoplasma, característica de células secretoras de esteroides. Já a teca externa formará uma camada celular fibrosa e contínua com o estroma do ovário. FOLÍCULOS PRÉ-ANTRAIS: Dentro dessa massa de células da granulosa, espaços intercelulares vão se formando, chamados de corpúsculos de Call- Exner. Esses espaços são preenchidos por um fluido chamado líquido folicular (rico em ácido hialurônico, glicosaminoglicanos, Call-Exner ANTONIO HASHITANI 19 proteoglicanos e proteínas ligantes de esteroides) e formarão o antro posteriormente. O líquido folicular é originado pelos vasos sanguíneos da teca interna, atingindo os espaços por um gradiente osmótico. FOLÍCULOS ANTRAIS: Os corpos Call-Exner se aglutinam em um único espaço, chamado antro. Nessa fase, as células granulosas são estimuladas pelo FSH, sintetizando e secretando estrógenos. FOLÍCULOS PRÉ-OVULATÓRIOS/GRAAF: É o folículo maduro, quando o antro atinge seu tamanho máximo. Nesta etapa, o fluido separa as células granulosas em 3 regiões: a. Cumulus oophorous: representa um aglomerado de células granulosas ancorando o ovócito primário na parede do folículo. Ou seja, ela impede que o ovócito primário “flutue” no antro. Além disso, é o local de transporte de nutrientes para o ovócito primário. b. Células granulosas murais: revestem a parede do folículo. ANTONIO HASHITANI 20 c. Corona radiata: uma camada de células granulosas firmemente ancoradas na zona pelúcida por processos celulares da própria zona pelúcida. TESTÍCULOS: Responsável por produzir testosterona e espermatozoides. Desenvolvem-se retroperitonealmente na parede posterior da cavidade abdominal, na embriogênese. Eles descem para o escroto e levam com eles uma porção do peritônio. São revestidos pela túnica albugínea, um tecido conjuntivo denso modelado que emite prolongamentos compartimentalizando o órgão em septos e formando, portanto, os lóbulos testiculares. Essa túnica separa os túbulos seminíferos da área externa. Cada lóbulo contém de 1-4 túbulos seminíferos, que são envolvidos por um tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado e inervado, derivado da túnica vasculosa (encontra-se imediatamente abaixo da túnica albugínea e forma a “cápsula vascular” dos testículos). As células de Leydig estão contidas nesse tecido, que é conhecido também como estroma. ANTONIO HASHITANI 21 São nos túbulos seminíferos que haverá a produção de espermatozoides, que posteriormente serão armazenados no epidídimo. TÚBULOS SEMINÍFEROS: São as unidades funcionais dos testículos. São tubos contorcidos, a fim de aumentar a área das células iniciais de formação e maturação dos espermatozoides. Eles são conectados entre si, permitindo que desemboquem numa rede comum: a rede testicular. Essa rede é responsável por drenar os espermatozoides do testículos para o epidídimo, através dos ductos eferentes. A parede dos túbulos é formada por túnica própria + epitélioseminífero, separados por uma lâmina basal. Os espermatozoides são produzidos pelo epitélio seminífero que compõe os túbulos. Esse epitélio é composto por várias camadas de células do túbulo seminífero. O tecido conjuntivo encontra-se ao redor dos túbulos, aderindo e limitando eles (estroma). As células que o compõem são as de Sertoli e espermatogênicas. A túnica própria é rica em colágeno tipo I e fibroblastos. Ela constitui a parede dos túbulos e é uma delgada camada de tecido conjuntivo. Ela também é composta por células mioides peritubulares (fibroblastos ricos em filamentos de actina que comprimem os túbulos seminíferos), que são bem achatadinhas. Túnica própria ANTONIO HASHITANI 22 CÉLULAS DE SERTOLI: Células epiteliais colunares altas com núcleo grande e ovalado e pouco corado no citoplasma basal. Têm um nucléolo grande. Responsável pela sustentação física, proteção e nutrição das células espermatogênicas. Formam áreas de oclusão com as células de Sertoli laterais adjacentes a partir de prolongamentos emitidos, subdividindo o lúmen do túbulo seminífero em compartimento basal (estreito, há apenas espermatogônias) e adluminal (mais largo). Essas áreas de oclusão formarão a barreira hematotesticular, isolando o adluminal do tecido conjuntivo, ou seja, protege os gametas do sistema imunológico. Membranas plasmáticas apicais são pregueadas e se projetam para o lúmen do túbulo seminífero, enquanto as membranas laterais possuem invaginações. Possuem muitas mitocôndrias e um golgi bem desenvolvido. Elas também realizam a fagocitose de restos citoplasmáticos (corpos residuais) das espermátides. Sintetizam inibina. Sintetizam hormônio antimulleriano, que impede o desenvolvimento de ductos de Muller (característico da mulher), estabelecendo a “masculinidade” do embrião. Secretam, ainda, frutose, proteína de ligação a andrógenos (ABP) e transferrina testicular (uma apoproteína). A ABP é estimulada pela ação do FSH e mantém o nível de testosterona, mas não a produz. Nelas, ainda podemos encontrar Cristais de Charcot-Bottcher, um material lipoproteico dentro do citoplasma e sem função definida. CÉLULAS ESPERMATOGÊNICAS: Células que formam o espermatozoide. Elas podem ser: I. ESPERMATOGÔNIAS: ANTONIO HASHITANI 23 estão no compartimento basal. Podem ser dos tipos: 1) A Escuras: pequenas, em forma de cúpula e núcleos ovais achatados com muita heterocromatina, deixando o núcleo denso. Elas não entram no ciclo celular, mas tem capacidade de fazê-lo. Ao sofrerem mitose, formam espermatogônias tipo A escuras adicionais + espermatogônias tipo A pálidas sendo, assim, repositoras. 2) A Claras: núcleo com muita eucromatina. São induzidas a proliferação pela testosterona, gerando espermatogônias tipo A claras adicionais + tipo B. 3) B: lembram as espermatogônias tipo A claras, mas seu núcleo é arredondado e quando sofrem mitose formam espermatócitos primários. II. ESPERMATÓCITO PRIMÁRIO: Tem um núcleo vesiculoso. É uma célula cúbica e está no compartimento adluminal. Está em constante divisão. Sua cromatina está compactada (cromossomos). Duplica o DNA e fica 4n, mas o n° de cromossomos continua 2n. III. ESPERMATÓCITO SECUNDÁRIO: Tem uma vida muito curta. Ele é muito parecido com a espermátide cúbica. Não conseguimos diferenciá-lo da espermátide cúbica. Contém 2n de DNA e não replica os cromossomos. Entram em divisão meiótica formando 2 espermátides n com DNA n. ANTONIO HASHITANI 24 IV. ESPERMÁTIDE: Pode ser redonda (jovem) ou alongada (tardia), de acordo com a forma dos núcleos. Possui enzimas hidrolíticas. São haploides. V. ESPERMATOZÓIDE: Células longas, constituídas por uma cabeça achatada, que contém o acrossomo, e é envolvida pela membrana plasmática. Contém também uma cauda, dividida em colo, peça intermediária, peça principal e peça terminal (é o axonema envolvido pela MP). Seu núcleo é elétron-denso condensado. EPIDÍDIMO: Está posteriormente aos testículos, sendo responsável pelo armazenamento de espermatozoides. É um epitélio pseudoestratificado separado do tecido conjuntivo frouxo subjacente pela lâmina basal. Essa lâmina basal é um tecido muscular liso que circunda o tecido conjuntivo. Tem dois tipos de célula: 1) Principais: núcleos ovais, irregulares e mais pálidos do que os das basais, localizando-se no citoplasma basal das células. Tem 1 ou 2 nucléolos e seu ANTONIO HASHITANI 25 citoplasma tem muito REG, Golgi desenvolvido, túbulos e vesículas de REL no citoplasma. Alta capacidade de endocitose, removendo pedaços do citoplasma que não foram eliminados pelas células de Sertoli. Estereocílios se projetam no lúmen do epidídimo, absorvendo fluido que é endocitado pelas vesículas pinocíticas. Produzem glicerofosfocolina, uma glicoproteína que impede a capacitação dos espermatozoides. 2) Basais: são piramidais e poliédricas, com núcleos arredondados e muita heterocromatina. Têm pouco citoplasma e poucas organelas. São células tronco locais que dão origem às principais. Ele é dividido em cabeça (junção dos ductos deferentes), corpo e cauda. Na vasectomia, por exemplo, há uma remoção de parte do ducto deferente, canal que conduz os espermatozoides do epidídimo até ao ducto ejaculatório (uretra). PRÓSTATA: É a maior glândula acessória do trato genital masculino. Ela é envolta por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, com células musculares lisas. Septos de tecido conjuntivo vão da cápsula até a uretra hidrostática, isto é, há uma divisão em lobos com aproximadamente 50 lóbulos. Secreta material nutritivo para o metabolismo do espermatozoide. É formada por 30-50 glândulas tubuloalveolares ramificadas compostas que lançam o seu conteúdo na uretra prostática (tecido epitelial de transição) pelos ductos excretores. As células epiteliais luminais são colunares com núcleo basal e um Golgi bem desenvolvido. Essas células sintetizam enzimas como a fosfatase ácida prostática, fibrinolisina (liquefaz o sêmen) e antígeno específico prostático. As glândulas têm porções secretoras, denominadas alvéolos prostáticos. ANTONIO HASHITANI 26 A próstata está organizada em 3 divisões teciduais: a. CAMADA MUCOSA: mais próximas da uretra. Tecido epitelial simples, geralmente não queratinizado + tecido conjuntivo geralmente frouxo. Fica em contato direto com o lúmen. Recebe o material excretado pela glândula. b. CAMADA SUBMUCOSA: tecido conjuntivo denso que sustenta a mucosa. Contém glândulas periuretrais da submucosa. c. CAMADA PERIFÉRICA: constitui a maior parte da próstata. Nela, pode haver cálculos prostáticos/corpos amiláceos (calcificação) e é mais comum câncer de próstata nesta camada, quanto que hiperplasia é mais comum na mucosa e submucosa. Nessa camada, há glândulas ramificadas compostas periféricas ou principais. Essas glândulas possuem um epitélio simples cúbico envolto por tecido conjuntivo frouxo e musculo liso (tecido fibromuscular) que ajuda na contração, ou seja, permite a chegada da secreção até a uretra. Corpo amiláceo ANTONIO HASHITANI 27 Itens complementares a serem estudados: 1. Espermiogênese: etapa final da espermatogênese, em que espermatócitos tornam-se espermatozoides. (acho que é isso, deu preguiça de pesquisar então dá uma lida aí kkkkk) 2. Histologia do Pênis: Possui dois tipos de tecidos cilíndricos, dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (responsável por cobrir e proteger a uretra). Na extremidade de tal órgão podemos observar a glande, na qual notamos a abertura da uretra. Há uma pele que recobre o pênis chamada de prepúcio 3. Vesícula seminal: 4. Glândulabulbouretral: O parênquima da glândula BUL é constituído por túbulos secretores longos, com lume e dilatado pela secreção acumulada. O epitélio secretor é do tipo cúbico a pavimentoso. Também chamadas de glândulas de Cowper. Essas glândulas produzem uma secreção que entra na uretra durante a excitação sexual, lubrificando o pênis e neutralizando a acidez da uretra para a passagem do espermatozoide. Essa secreção constitui cerca de 5% do sêmen. ANTONIO HASHITANI 28 ÚTERO: Órgão muscular constituído por fundo, corpo e colo. Sua parede é formada pelo: a. Endométrio: É a mucosa de revestimento do útero, com um epitélio simples cilíndrico e glândulas endometriais tubulosas simples, secretoras de glicogênio, que podem ir até ao miométrio, além de uma lâmina própria (estroma endometrial). A lâmina própria consiste em tecido conjuntivo denso não modelado e possui fibroblastos estrelados e fusiformes, bem como macrófagos e leucócitos, e muitas fibras reticulares. As glândulas não possuem células ciliadas. O endométrio é composto, ainda, por 2 camadas, uma funcional (mais superficial e é a que se perde na menstruação) e uma basal (mais profunda e faz a regeneração de uma nova camada funcional). b. Miométrio: É um rosa contínuo de tecido conjuntivo (mais claro) misturado ao tecido muscular liso que envolve o endométrio em 3 camadas (longitudinal interna; circular interna, que não há como ver às vezes, pois é fina; longitudinal externa). É o principal componente da parede uterina. Durante a gestação essas fibras podem sofrer hipertrofia e hiperplasia e, ainda, por estímulo dos hormônios relaxina e ocitocina, inibe-se ou estimula-se as contrações. c. Perimétrio: tecido conjuntivo e uma camada de células mesoteliais. É serosa (fundo e porção posterior). Pode-se dizer que o perimétrio é o próprio peritônio. CICLO UTERINO: i. Fase proliferativa (9 dias): Momento em que as glândulas estão sendo reconstruídas. Há mitoses, proliferação do tecido epitelial e conjuntivo. As glândulas são bem retilíneas. Ainda não há secreção do glicogênio. ANTONIO HASHITANI 29 Para ver na lâmina, localizamos a cavidade uterina, o epitélio do útero e, mais por dentro, o tecido conjuntivo com as glândulas alongadas. O endométrio está aumentando a espessura devido à atividade do estrogênio produzido pelos folículos em maturação. No retângulo ao lado podemos observar uma glândula. ii. Fase Secretora (13 dias): Aumento na síntese de muco. Ocorre após a ovulação (14° dia). Ela é regulada pela progesterona e por estrógenos produzidos pelo corpo lúteo. As glândulas, então, tomam aspecto sinuoso/serrilhado. Há presença do glicogênio, podendo ver ele dentro da glândula ou após ser secretado, no epitélio do útero. Ao mesmo tempo, há mudanças no tecido conjuntivo, como o aumento da vascularização devido ao metabolismo intenso. Na fase secretora os fibroblastos passam a ser chamados de células pré-deciduais, devido a função que adquirem. Essas células armazenam o glicogênio como forma de energia. Lâmina própria fica edemaciada, ou seja, há um acúmulo de líquido. As secreções, além de glicogênio, também são de glicoproteínas. O glicogênio é corado fortemente em rosa intenso pelo PAS. iii. Fase isquêmica (1 dia): A involução do corpo lúteo resulta numa queda dos níveis sanguíneos de hormônios esteroides. A camada basal permanece. Ocorre uma reorganização da matriz extracelular. Há uma privação devido a contração das artérias espiraladas, gerando falta de suprimento de O2. Cél. Pré-deciduais ANTONIO HASHITANI 30 Há secreção de enzimas pelas células pré-deciduais que quebram moléculas de colágeno e elastina, ocorrendo um “descolamento” do tecido conjuntivo e rompimento das artérias. Na menstruação, o sangue é misturado a glândulas e tecido conjuntivo perdidos. iv. Fase menstrual (5 dias): Perda da camada funcional. Rompimento das paredes do vaso, levando o sangue para o tecido conjuntivo. Lâmina própria encontra-se compacta, numa área bem mais restrita. Obs: na gestação, o estroma da lâmina própria aumenta. Ele passa a armazenar lipídeos e glicogênio devido ao crescente nível de progesterona. A camada funcional do endométrio será, então, perdida como a decídua durante o parto. CÂNCER DE COLO UTERINO: Para entendê-lo, devemos saber que o colo do útero pode ser chamado de cérvix, sendo dividido em ectocérvix (mais externo e em contato com a vagina) e endocérvix (mais interno, epitélio simples colunar não queratinizado e que forma glândulas tubulares produtoras de muco umidificante, a mucina.) Uma massa tecidual alterada. As células alteram o tamanho, formato, núcleos. Causado pelo papilomavírus humano (HPV) O Papanicolau é um exame preventivo. O ectocérvix é revestido por um epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado. ANTONIO HASHITANI 31 Entre o endocérvix e ectocérvix, há uma zona de transformação, na qual pode ocorrer a displasia. Essa displasia pode evoluir para um carcinoma in situ, quando há grande proliferação de células, mas ainda dentro do limite da lâmina basal. A coloração do Papanicolau se dá pela hematoxilina, Orange G e EA-65. MAMAS: Glândula composta tubuloalveolar. (exócrina). Tecido fibroadiposo (entre os ductos, preenchendo a maior parte das mamas). Ele é um tecido denso não modelado com tecido adiposo. Ao redor dos ductos, revestindo suas margens, há um tecido conjuntivo frouxo. (bem fino, uma capinha mesmo). O mamilo é rodeado pela aréola (muitas glândulas sebáceas). Na mama em lactação, cada ducto lactífero é responsável por drenar um lobo. Na mama não lactante, os ductos lactíferos da glândula mamária terminam em ramificações de fundo cego, por exemplo, isto é, não são visíveis Glândula composta tubuloalveolar, disposta em vários sentidos. Não sendo possível ver como nos desenhos. ANTONIO HASHITANI 32 ou são parcialmente visíveis nessa organização de lobos e lóbulos. A divisão se dá: 1) Internamente: vários lóbulos e lobos (um lobo é formado por vários lóbulos.) 2) Ducto lactífero: centro do lobo. Cada ducto drena o material de um lobo. Tem um epitélio colunar simples ou estratificado. Há cerca de 15-25 lobos no interior da mama, separados pelo tecido fibroadiposo/interlobar. O alvéolo é a unidade secretora. Existem, ainda, uma camada externa de células mioepiteliais no ducto e porção secretora, que ajudam na contração para ejeção do leite. Essa visualização da glândula mamária se dá por uma lupa de aumento em torno de 2.5x A prolactina estimula a secreção das células alveolares. A prolactina e o lactogênio placentário, juntamente com os estrógenos, progesterona e fatores de crescimento, na gravidez, estimulam o desenvolvimento dos ductos lactíferos e de alvéolos secretores. A progesterona estimula a formação de novos alvéolos, substituindo os antigos que regrediram. A oxitocina causa a contração das células mioepiteliais ao redor dos alvéolos, resultando na ejeção do leite. Há plasmócitos no estroma ao redor do tecido alveolar. ANTONIO HASHITANI 33 CÂNCER DE MAMA: É o câncer mais comum entre as mulheres, sendo que 80% se origina no epitélio de revestimento dos ductos lactíferos. O carcinoma de Paget, por exemplo, se estende dos ductos lactíferos até a pele adjacente do mamilo e aréola, isto é, invadem a epiderme. O carcinoma intraductal é uma massa tumoral no interior dos ductos lactíferos, afetando regiões mais internas e resultando em centros necróticos. Genes supressores de tumores BRCA1 e BRCA2 são mutados no câncer de mama. PÂNCREAS ENDÓCRINO: Ele possui uma cápsula de colágeno, irregular e delicada (fina), de tecido conjuntivofrouxo. Consiste em 2% da massa pancreática. Essa cápsula é responsável por enviar septos de tecido conjuntivo para o interior em lóbulos. cápsula ANTONIO HASHITANI 34 O elemento tecidual que forma o pâncreas endócrino são as Ilhotas de Langherans. Essas ilhotas são um rosinha mais claro e redondo ao observar no microscópio. Uma ilhota é um conjunto de células secretoras produtoras de hormônios. Temos em torno de 1 milhão de ilhotas, sendo que cada ilhota tem em torno de 1.000 células. Essas células formam cordões/linhas de células dispostas ao redor de capilares. As estruturas em branco na imagem são os capilares dentro das ilhotas, que coletam os produtos de secreção. Sistema porta insulo-acinar, que consiste em uma arteríola aferente que dá origem a uma rede capilar revestida por células endoteliais fenestradas. Existem fibras reticulares de colágeno tipo III ao redor da ilhota, formando uma “capinha” para ela. Essa capa não é visível no microscópio, mas sabemos que há esse tecido conjuntivo em pouca quantidade nas ilhotas. TIPOS DE CÉLULAS DO PÂNCREAS ENDÓCRINO: 1. Células α: produzem glucagon, que corresponde a 15% do número de células e aumenta os níveis de glicose no sangue pela glicogenólise hepática. Estão na periferia. 2. Células β: produzem insulina, que corresponde a 80% das células e é um polímero com 2 cadeias, a A (menor) e B (maior). Ela se origina de um precursor de cadeia única, a pré-pró-insulina (sintetizada no REG e processada por Golgi). Isso dará origem à pró-insulina, em que o peptídeo C liga as cadeias A e B. Ela, então, reduzirá os níveis de glicose do sangue. A localização dessas células se dá mais ao centro. 3. Células δ: produzem gastrina e somatostatina (inibe a liberação de insulina e glucagon de forma parácrina, ou seja, inibe as células α e β). Correspondem a 5% das células. Geralmente estão nas áreas mais periféricas. 4. Células F ou PP: são produtoras de polipeptídeos pancreáticos que correspondem a 1-2% das células, responsáveis por inibir a secreção exócrina. ANTONIO HASHITANI 35 COLORAÇÃO: 1. Alúmen de Cromo & Hematoxilina-Floxina A ideia desse corante é separar as células alfa e beta. A floxina cora as células alfa de vermelho (citoplasma). Já as células beta tem um citoplasma mais roxo (violeta). A floxina é ácida e interage com substâncias básicas. 2. Imunohistoquímica: utilização de um anticorpo específico para identificação com grande precisão, diferentemente do uso de corantes. Ele é bastante empregado em exames/biópsias das mais variadas origens. Na lâmina de pâncreas, por exemplo, usando esse método, podemos utilizar anticorpos que se ligam às células α, sendo as manchas mais escuras o resultado positivo para essa ligação. Se fosse ligado às células β, teríamos a região central mais escura em vez de as bordas. Essa imagem é formada em microscópio óptico. Células alfa ligadas ao anticorpo. ANTONIO HASHITANI 36 3. Imunofluorescência: uma metodologia ainda mais específica, mostrando até mesmo uma única célula diferente, tendo uma sensibilidade maior. Usa-se o anticorpo também, mas com outros reagentes. A sua imagem é formada em um microscópio específico para fluorescência, com um fundo escuro. Ele é um microscópio que gera imagens em cortes/profundidades diferentes. DIABETES TIPO I: É uma doença auto-imune, ocasionada pela apoptose das células beta do pâncreas. Ela envolve macrófagos, linfócitos T, células dendríticas e endoteliais, agindo nas células beta. O macrófago, por exemplo, libera óxido nítrico, induzindo a produção de Fas nas células beta, que se ligam no Fas-L do linfócito T e induz a apoptose. Boa prova pra nois carai! HIPÓFISE: SUPRARRENAIS/ADRENAIS: TIREOIDE: OVÁRIOS: TESTÍCULOS: ÚTERO: MAMAS: PÂNCREAS ENDÓCRINO:
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