Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Histologia •Introdução: Tecido: é um conjunto de células, iguais ou não, que exercem uma mesma função. Existem 4 tipos de tecido: o epitelial (epiderme), conjuntivo, (hematopoético, sanguíneo, ósseo, cartilaginoso, adiposo), muscular e nervoso. Todos esses possuem uma composição formado por células principais mais uma estrutura de suporte, alguns com mais ou menos do que outros. •Tecido epitelial: Características: é um tecido de revestimento (todas as cavidades do corpo e a região externa) e que também forma as glândulas (células de secreção: muco, enzimas, hormônios). É avascular, evitando que agentes invasores atinjam facilmente a circulação sanguínea, portanto também é um tecido para proteção. A nutrição dessas células é feita a partir do tecido conjuntivo adjacente a elas por meio da difusão. Possui muitas células e poucas estruturas de suporte (matriz extracelular). Serve também para transportar substâncias, secreção e para percepção de sensações O tecido epitelial pode ser formado por uma única camada de células justapostas, quando for um tecido normalmente para trocas (nutrientes absorvidos no estômago), ou formado por várias camadas de célula justapostas, quando for normalmente uma região mais exposta a atrito (pele), apresentando em ambos os casos pouca matriz extra-celular. Todas essas células estão sobre uma estrutura chamada de membrana basal, é acelular, proteico, formada pelo tecido conjuntivo, servindo como um filtro para passagens de substâncias (macromoléculas) ou agentes infecciosos, protegendo que qualquer coisa atinja o sangue. As células próximas a essa membrana estão unidas por proteínas de adesão, chamadas de células basálticas. Sua importância é de que também influenciam a polaridade das células. A nutrição do tecido epitelial, por sua vez, é realizado através da difusão dos nutrientes vindos do sangue (tecido conjuntivo) que conseguem atravessar a membrana basal e atingir as células, as células mais próximas do tecido conjuntivo recebem mais nutrientes do que as mais afastadas. Tipos Tecido epitelial de revestimento: células contíguas (grudadas umas nas outras) unidas por junções intercelulares (interdigitações, adesão, do tipo tight, do tipo gap, desmossomos, ancoragem), possuindo então pouco espaço intercelular, e consequentemente, pouca matriz extracelular. Está separado do tecido conjuntivo (que por sua vez, possui muita matriz extracelular e poucas células) subjacente pela membrana extracelular, que é a membrana/lâmina basal, proteica. Superfícies secas, como a pele, são revestidas por epitélio estratificado queratinizado, já cavidades úmidas, como o esôfago, são revestidas por epitélio estratificado não queratinizado. Obs: mucosa = epitélio mais conjuntivo Classificação segundo o número de células: -simples: uma camada de células, normalmente em tecidos que necessitam realizar trocas. --pseudoestratificado: apesar de ter apenas uma camada, aparenta ter mais de uma, devido à disposição em níveis diferentes do núcleo -estratificado: mais de uma camada de células -transição: presente principalmente na bexiga urinária, quando vazia é estratificado e quando está cheio é simples e pavimentoso Classificação segundo a forma das células: lembre-se que o formato do núcleo reflete o formato da célula. Podem ser cúbicas, esféricas, pavimentosa, colunar/cilíndrica Classificação segundo a sua especificidade: Presença de: queratina, cílios, microvilosidades, células caliciformes, estereocílios Exemplos de tecido de revestimento Epitélio pavimentoso simples: alvéolos pulmonares, alça de Henle e cápsula de Bowman no rim, endotélio (revestimento interno dos vasos sanguíneos) Epitélio cúbico simples: revestimento externo do ovário, ductos e glândulas e alguns túbulos renais. Epitélio cilíndrico simples: revestimento interno do trato digestório, vesícula biliar e grandes ductos das glândulas. Podem apresente na região apical microvilosidades. Os que revestem o útero, as tubas uterinas, ductos eferentes e os pequenos brônquios apresentam cílios. Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado: vagina, faringe, esôfago e cavidade interna da boca. Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado: epiderme da pele Epitélio cúbicos estratificado: ductos das glândulas sudoríparas Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado: traquéia, brônquios primários, cavidade nasal, tuba auditiva. Tecido epitelial glandular O tecido epitelial se prolifera para dentro do tecido conjuntivo, tendo um acompanhamento da lâmina basal, formando então as glândulas (é formada por tecido epitelial, mas encontrada sobre o tecido conjuntivo). Todas as glândulas foram formadas pelo endoderma. Exócrinas: glândula que coloca o seu conteúdo produzido para fora de si (sudorífera, sebácea, mamária...). Possuem uma estrutura chamada de ducto excretor por onde são liberados esses conteúdos. Dividido em duas porções, secretora (onde é produzido propriamente as substâncias) e excretoras. As glândulas exócrinas dependendo do seu formato podem ser classificadas como tubular, alveolar ou acinar formado por ácinos. Classificação segundo o tipo de secreção: mucosa (glicoproteína, polissacarídeo, coloração branca), serosa (enzima, proteínas, coloração roxa). Classificação segundo os conteúdos na secreção, pode ser holócrina (sebáceas - além da secreção a própria célula acaba saindo na secreção), merócrina (pâncreas - apenas a secreção dos produtos ocorrem), apócrina (mamária - parte do citoplasma acaba saindo na secreção). Glândula endócrina: glândula que acaba enviando os produtos produzidos no seu interior para o sangue (glândulas hormonais), para isso, são envoltas por muitos vasos sanguíneos (neoangiogênese, que é a promoção da vascularização da região pelo fator de crescimento dos vasos, ou VGF). Podem ser glândulas folicular (da tireóide) ou cordonal (demais). Ex: adrenal, paratireoide, adeno-hipófise – glândulas cordonais Tireoide – glândulas folicular Mistas: exercem as duas funções, pâncreas é um exemplo. •Tecido conjuntivo Características: tecido composto por várias células que se encontram imersas em uma substância intercelular, chamada de matriz extracelular, presente em grande quantidade, também há diversas fibras proteicas (colágeno principalmente), muito vascularizado. Estabelece algumas funções como manutenção do formato do corpo, além de que a substância fundamental, que é o conjunto que preenche a MEC, com proteínas fibrosas e macromoléculas hidrofílicas, fornece força tênsil e rigidez a matriz, a quantidade de diferentes moléculas servem como reserva para muitos fatores de crescimento celular, além de reserva para nutrição. Conecta o tecido epitelial, muscular e nervoso, sustenta ossos e cartilagens, meio de trocas de nutrientes e gasosas. Também contém células de defesa (macrófago, mastócitos, plasmócito, neutrófilo...). Fibroblastos: células mais comuns do tecido conjuntivo, são responsáveis por formar as fibras de colágeno, reticulares e elastina além de diversas outras glicoproteína que vão compor a MEC, também regulam os fatores de crescimento e proliferação celular. Quando estão em repouso, são chamados de fibrócitos. •Tecido adiposo É um tipo especial de tecido conjuntivo, com grande capacidade de diferenciação, com origem no mesênquima. Em mulheres, o tecido adiposo corresponde entre 20 a 25% do peso corporal, enquanto nos homens, 15 a 20%, sendo que na mulher , normalmente se concentram nas regiões pélvicas e mamas, enquanto homens na parte ventral. É a principal forma de armazenamento de energia do corpo em forma de triglicerídeos. O tecido adiposo quando começa a formar em excesso a gordura visceral, pode causar problemas e está associado a obesidade, interrompendo a nutrição desses órgãos por entupimento de vasos, gerando diversos problemas, podendo leva a óbito. A gordura subcutânea (tecidoadiposo unilocular/comum/amarelo, uma gota de lipídios dentro da célula) é uma presença comum, adequada, servindo como isolante térmico e reserva de energia, não relacionada a problemas de saúde. Há também outro tipo de tecido adiposo, chamado de pardo/multilocular, presente em neonatos, com muitas quantidades de gotículas de lipídios em cada célula. Serve para produção de calor, extremamente vascularizado. Mobilização de lipídios em caso de necessidade de energia: após o uso de glicose presente no corpo, a gordura subcutânea passa a ser usada para suprir essa necessidade, a lipase é a responsável por quebrar os triglicérides armazenados nas gotículas da célula adiposa, mecanismo esse acionado por um estímulo hormonal e nervoso, somente então a gordura do mesentério e retropsdgak será usado. A leptina via estimulação do sistema nervoso simpático, induz o organismo a gastar energia, dando a sensação de saciedade. Ou seja, a presença de leptina estimula o emagrecimento. Função: preenchimento, amortecimento, reserva de energia, ajuda a manter os órgãos na posição anatômica, isolamento térmico e também algumas atividades secretoras. Caso o consumo de calorias seja maior do que o gasto de energia necessário para as atividades do metabolismo, haverá necessariamente o acúmulo de triglicérides no tecido adiposo, levando a um aumento em volume da célula, não em números. Esse acúmulo de lipídios é regulado pela insulina e a prostaglandina, enquanto a quebra é realizado pelo glucagon , noradrenalina e ACTH. O tecido adiposo se encontra na hipoderme, nela, há a presença do corpúsculos de Vater-Paccini que são terminações nervosas que detectam a pressão sobre a região; nas mamas (tecido adiposo de preenchimento); epiglote (com a idade a cartilagem elástica pode ser substituída por tecido adiposo, perdendo sua flexibilidade, causando uma dificuldade na deglutição); no timo. •Tecido conjuntivo propriamente dito Características: muita quantidade de matriz extracelular, proteínas produzidas pela célula que são exportadas para o meio externo da célula, podendo ficar em forma de fibras ou diluído em água. Extremamente vascularizado, tecido de preenchimento entre outros tecidos. Apresenta vários tipos celulares que estão imersas na matriz extracelular além de algumas outras substâncias amorfas. Tem como função conectar os mais diversos tecidos, epitelial, nervo, muscular. A produção excessiva das fibras de colágeno forma os quelóides, já os defeitos dessas fibras causa a Síndrome de Ehlers-Dantos (SED). A Síndrome de Marfan é o defeito de fibra elástica (fibrila) causando uma falta de resistência dos tecidos ricos em fibras elásticas (pode causar problemas diretos em estruturas como a aorta, ela acaba dilatando acima do normal, podendo se romper -aneurisma de aorta-). Todo o tecido conjuntivo se origina no mesênquima/mesoderma. Possui três divisões: o tecido conjuntivo embrionário (dividido em mesenquimal, dando origem a todos os outros tecidos e o mucoso, restrito somente ao cordão umbilical), tecido conjuntivo propriamente dito (dividido em frouxo, denso, este se divide em não modelado e modelado, por fim, este último se divide em modelado elástico e modelado colágeno) e os tecidos conjuntivos especiais (ósseo, hematopoético...) O tecido conjuntivo frouxo sustenta o tecido epitelial e cartilaginoso, fornece a nutrição ao tecido epitelial por conta de ser vascularizado e preenche os espaços entre órgãos, também chamado de lâmina própria. O tecido conjuntivo denso possui mais fibras do que células, fornece maior resistência e proteção aos tecidos e órgãos, o modelado é um feixe de fibras colágenas, resistente a trações numa direção e encontrado em tendões e ligamentos, já o não modelado, as fibras estão em arranjos aleatórios, resistente a trações em variasse direções, encontrados n derme, bainha de nervos, rins, ovários etc. É por meio do tecido conjuntivo que ocorrem as trocas de oxigênio e nutrientes além de garantir a defesa e proteção por conta das células do sistema sanguíneo e linfáticos. Toda lâmina própria é rica em células-troncos de defesa. A composição do tecido conjuntivo é basicamente formado por substâncias fundamentais (água/plasma e algumas proteínas, íons, anticorpos, fatores de crescimentos, hormônios), células e fibras. As células desse tecido podem ser residentes (fibroblastos, fibrócitos, macrófagos, mastócitos, adipócitos ) ou imigrantes, que são aquelas normalmente associadas a defesa do organismo, uma resposta inflamatória, neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos, células de linhagem linfocitária. A substância fundamental é constituída por água, proteoglicanos, glicosaminoglicamas, proteínas de adesão, circunda as células e fibras do tecido conjuntivo, no entanto ela é variável dependendo da região anatômicas em que se encontra, interagem entre si e também das células dos tecidos e fibras. Há três tipos de fibras, colágenas, permitindo uma maior resistência a tração, elásticas, formadas por elastinas e fibrilinas e reticulares, fornecem maior suporte e estrutura para as células. Parênquima: possui uma função (hepatócito) Estroma: fornece o suporte (fibras reticulares + ITO •Tecido cartilaginoso Características: é um tipo de tecido conjuntivo (especial), portanto apresenta também muita MEC e poucas células. É rígido (menos que o tecido ósseo, pois não apresenta matriz inorgânica), faz sustentação de tecidos moles (epitélio e conjuntivo), facilita o deslizamento ósseo e absorve choques (nas articulações). É importante para o crescimento em comprimento dos ossos longos. São avasculares, dependem do pericôndrio (tecido conjuntivo propriamente dito que fica ao redor da cartilagem para fornecer a nutrição e trocas gasosas, nas cartilagens articulares, o líquido sinovial é responsável por essa função). Não são enervados. Há 3 tipos de cartilagens: hialina, elástica, fibrosa. As células que formam esse tecido são o condroblastos, que formam a matriz cartilaginosa, se encontram na periferia da cartilagem e condrócitos, que se apresentam no centro da cartilagem. Cartilagem hialina: encontrada nas fossas nasais, traquéia, laringe, brônquios, extremidades das costelas e superfície articular dos ossos longos. A matriz é formada por um colágeno muito liso, não dando pra diferenciar as fibras no microscópio. Os condroblastos são aquelas células presentes na periferia com alta atividade de síntese protéica (MEC), possuindo, portanto, muito complexo de golgi e RER, células muito ativas. Os condrócitos são células do interior/centro da matriz, apresenta poucas organelas e com baixa síntese de matriz, pouco ativa, apresenta lacunas entre as regiões das células. Na cartilagem hialina, o principal componente será o colágeno do tipo II (nas cartilagens elásticas é formado por colágeno mais elastinas) associado com macromoléculas de proteoglicano (contendo na sua estrutura o ácido hialurônico, que é hidrofílico, atraindo água para a cartilagem). As moléculas de água vão ficar associada entre as fibras de colágeno por conta do ácido associado melas. Na vista do microscópio, pode-se observar a presença de uma matriz homogênea. A camada mais escura ao redor das células é chamada de matriz territorial (possui mais proteoglicano e menos colágeno) a camada mais clara é chamada de matriz interterritorial (mais colágeno e menos proteoglicano). O pericôndrio é o TCPD que vai dar suporte vascular a esse tipo de cartilagem. Tipos de crescimento de cartilagem hialina: Intersticial: crescimento de “dentro para fora. Os condrócitos ainda são capazes de se dividir e formar condroblastos e passam a produzir matriz, separando-se conforme ocorre a deposição de matriz ao redor deles, formando a lacuna. Aposicional: crescimento de “fora para dentro”. O pericôndrio se diferencia em condroblasto que deposita a MEC. Regeneração: uma cartilagemdanificada, que sofreu lesão (artrose, artrite), possui baixo poder de regeneração, ocorrendo de forma incompleta (salvo em crianças de pouca idade). No adulto, a regeneração se dá pela atividade do pericôndrio, que vai invadir a área da fratura, dando origem a tecido cartilaginoso. Caso a fratura for extensa, ou mesmo pequenas, mas continuasse lesões (orelha de lutadores/badboy) o pericôndrio acaba formando uma cicatriz de tecido conjuntivo denso. Cartilagem elásticas: formam o pavilhão auditivo, epiglote e laringe, é semelhante a hialina, mas contém fibras elásticas, sendo visível as fibras na matriz Cartilagem fibrosa: presente nos discos intervertebrais, na inserção de alguns tendões e na sínfise púbica. Apresenta na MEC fibras de colágeno do tipo I (fibras grossas) e II (fibras finas), não possui pericôndrio, sendo a nutrição proveniente do periósteo •Tecido ósseo. É o mais rígido do tecido conjuntivo especial (matriz orgânica e inorgânica adquirida da alimentação), sustenta os tecidos moles, além de servir como depósito de Cálcio no organismo, aloja a medula óssea responsável pela hematopoiese, se associa a músculos para formar o sistema de alavancas. Formado por células de osteoblastos, osteócito e osteoclastos, a matriz óssea (proteínas de colágeno e não colagênicas). Ao redor da trabécula óssea há os osteoblastos, e próximos a essas células temos o osteóide (formado por colágeno recém liberado pelo osteoblasto, matriz exclusivamente orgânica, vai ser ossificado para formar a MEC). Esse tecido é vascularizado, mas os osteócitos, que estão envoltos por uma parte mineralizada não conseguem captar as substâncias vindas do sangue, então, conforme os osteoblastos vão se transformando em osteócitos, emitem prolongamentos (por citoesqueleto) unindo a outros osteócito por adesão com junções comunicantes, alguns desses prolongamentos também se unem nos capilares sanguíneos, permitindo que ocorra a distribuição dos nutrientes. Retirando os osteócitos temos a lacuna, região envolta por matriz onde um dia houve osteócito, também teríamos os canalículos, região onde havia esses prolongamentos. É o osteócito quem colabora pela deposição da matriz inorgânica, adquirida do capilar sanguíneos, em cima do colágeno produzido pelo osteoblasto. Osteoclastos são grandes células multinucleadas, era um monócito que na corrente sanguínea se diferencia, permitindo que ocorra o fusionamento com outros monócitos (medula óssea). Possui muitos lisossomos e e complexo de golgi. É responsável pela digestão do tecido ósseo, portanto, remodelação óssea. As proteínas não colagênicas conseguem se associar a membrana dos osteoclastos, permitindo que ocorra a digestão da matriz óssea. Osso secundário (complemento do osso primário anotado na parte de embriologia): também chamado de osso lamelar, é um tecido organizado, desde a matriz, até as fibras de colágeno que são depositados paralelamente nas lamelas (espaços entre os osteócito), ocorre ao redor de vasos venosos (canal de Havers, entre esses canais há outros canais que conectam-nos, canais de Volkmann), ocorrendo uma disposição concêntricas dos osteócitos ao redor desses vasos. Esse osso já é o osso maduro, substituiu o osso primário. Tecido muscular Introdução: é um tecido de origem mesodérmica constituído por células alongadas especializadas para a contração. Funções: locomoção, constrição, bombeamento e outros movimentos de propulsão, manutenção da postura. A diferenciação: as células precursoras são os mioblastos que vão se diferenciar em miotubos que vão originar as fibras (já a célula madura). Por serem alongadas as células musculares são frequentemente chamadas de fibras musculares. Tipos de tecido muscular • Estriado esquelético: é um músculos específico para contração forte, rápida, descontínua e voluntária, é formado por feixes de células cilíndricas muito longas e multinucleadas (núcleos nas periferias), possuem estriações transversais. Sua contração é mediada pela acetilcolina. O epimísio é a camada que reveste totalmente o músculo, perimísio reveste um conjunto de células e o endomísio reveste cada fibra muscular. As fibras musculares esqueléticas possuem no sarcoplasma alguns componentes como as microfibrilas, retículo sarcoplasmático (equivalente ao endoplasmático liso), ribossomos livres, mitocôndria, mioglobina e glicogênio. As miofibrilas são composta por quatro filamentos proteínas principais: os finos que são a tropomiosina, troponina, actina e os grossos, a miosina. Os filamentos finos e grossos se organizam em uma estrutura maior chamada de sarcômero. O sarcômero é formado por 2 linhas Z, 1 banda A, 1 banda H e 2 semi-bandas I. Na contração é possível notar que as linhas Z se aproximam (contração da miofibrila). A contração é um processo de deslizamento entre as fibras de actina e miosina permitido pela titina (grande responsável pelo alongamento muscular). Em repouso, os sítios de ligação estão escondidos, mas após um estimulo nervoso que libera acetilcolina, despolarizando o retículo sarcoplasmático, o Cálcio que era armazenado nessa organela é liberado para a célula e se junta a troponina, esta vai fazer com que a tropomiosina se contraia e exponha os sítios de ligação da actina e miosina, com gasto de ATP a miosina consegue se ligar a actina permitindo o deslizamento. -Filamentos de titina: é uma molécula do tipo mola que resiste ao excesso de estiramento e faz a manutenção da centralização dos filamentos grossos. Ela irá desenovelar quando o músculo for alongado. -Sistema de túbulos transversos (sistema T): são tríades onde ocorre a intercomunicação entre os retículos e é o que fará com que todas as fibras sofram despolarização devido ao estímulo de algum neurotransmissor uniformemente. O retículo de uma células se comunica com o de outra por esse sistema. A placa motora é um local específico onde será depositado o neurotransmissor, ou seja, é a região onde a fibra muscular se liga a fibra do neurônio. -Tipos de fibras —Fibras escuras/vermelhas/aeróbicas/tipo I: são ricas em sarcoplasma contendo mioglobina, muitas mitocôndria e suprimento sanguíneo, são capazes de realizar contrações contínuas mas lentas, sua energia provém da fosforilação oxidativa de ácidos graxos. São fibras boas para exercícios contínuos como corredores de maratona. —Fibras claras/brancas/anaeróbicas/tipo II: possuem poucas mitocôndria, mioglobina e suprimento sanguíneo, mas muito glicogênio e enzimas glicolíticas, podendo realizar contrações rápidas e descontínuas, sua energia provém da glicólise (anaeróbica). São fibras de explosão, boas para velocistas ou levantadores de peso. As fibras esqueléticas possuem capacidade limitada de regeneração. As fibras se reconstituem por mitose e fusão de células satélites (mioblastos inativos presentes na periferia da fibra). As fibras tem a capacidade de aumentar em volume devido a formação de novas miofibrinas no sarcoplasma e/ou por proliferação e fusão das células satélites a elas. •Estriado cardíaco: é específico para contração rápida, forte, contínua e involuntária, suas células são alongadas e ramificadas com um ou dois núcleos centrais que se unem por intermédio dos discos intercalares (junção do tipo Gap), possuem estriações transversais. Esse tecido não se regenera, ocorrendo uma cicatriz no local lesionado que é formado por tecido conjuntivo denso. Apresenta muitas mitocôndrias, adquirindo sua energia decorrente da respiração aeróbica que se utiliza de lipídios e glicogênio. O nó sinoatrial e atrioventricular determina a contração do coração, sendo intrínseco a ele, é um sistema próprio de auto-estimulação. Esses estímulos são conduzidos pelos retículos sarcoplasmáticos, sistema T e díade. O controle da pressão arterial é feito pelo hormônio atrial natriurético. •Liso: específico para contração lenta, fraca e involuntária, suas célulassão fusiforme com um único núcleo central. As células desse músculo possuem lâmina basal e são mantidas juntas por uma rede de fibras reticulares que amarram estas células umas às outras, não possuem estriações transversais, o sistema T e nem placa motora como os outros tipos de músculos. Apresentam poucas mitocôndrias e retículos sarcoplasmáticos, por outro lado apresenta vesículas de pinocitose e um retículo endoplasmático rugoso bem desenvolvido e junção comunicante. A contração muscular é diferente das outras fibras, sob o estímulo do sistema nervoso o Ca migra do meio extracelular para o sarcoplasma (citoplasma) por meio de canais de membrana, já que este não possui o retículo sarcoplasmático para armazenar o Ca. Além disso, o músculo liso não possui a troponina, o Cálcio se combina então com a calmodulina que vai ativar a enzima quinase fosforilando as moléculas de miosina II, que vão então formar os filamentos de miosina, expondo os sítios de ligação com a actina, liberando ATP, permitindo o deslizamento. Sua regeneração ocorre por meio de mitose para reparar a lesão, em células de parede de vasos, as células chamadas de pericitos podem participar dessa reparação. •Tecido Nervoso Neurônio: do tipo multipolar, apresenta uma região onde se encontra o núcleo chamada de pericário/corpo celular/soma, do corpo sai alguns prolongamentos, os dendritos, que apresentam botões dendríticos (locais de recepções de sinais) sobre seu ramo. Do corpo também sai o axônio, uma estrutura que vai comunicar com outros dendritos de outros neurônios, que possui em sua extremidade o telodendro. O telodendro contém neurotransmissores, que são substâncias produzidas pelo próprio neurônio, quando o impulso nervoso, vindo do corpo, chega ao telodendro ele causa a liberação desses neurotransmissores que formarão as sinapses ao alcançar os botões dos dendritos. As sinapses podem ocorrer entre dois neurônios, entre um neurônio e glândula ou entre neurônio e músculo. A membrana pré-sináptica será sempre o telodendro, a que recebe os neurotransmissores será a pós-sináptica (pode ser neurônio, músculo ou glândula), entre elas temos a fenda sináptica. A membrana de um neurônio é polarizada (-70mV), com a chegada dos neurotransmissores a resposta que ocorre é essa despolarização causada pela abertura dos canais iônicos (Cálcio, potássio, fósforo...), uma resposta química, que será transformada em uma resposta elétrica no axônio. Uma vez que o neurotransmissor fez seu papel, enzimas irão reabsorve-lo. O axônio é envolto por mielina que facilita a transmissão do impulso nervoso, que se dá por meio da polarização e despolarização de sua membrana em locais onde não há mielina, nodos de Ranvier, diferente dos dendritos o axônio não diminui de diâmetro conforme ele se estende do corpo. A substância cinzenta é formada pelos pericários, enquanto os axônio vão ser a substância branca. O parênquima do tecido nervoso é o neurônio, o estroma é formado pelas células da glia (células de suporte), presente tanto na substância cinzenta quanto na branca. No cérebro e cerebelo a substância cinzenta se apresenta no córtex, enquanto na medula o oposto ocorre, pois a substância cinzenta se encontra no H medular, a substância branca, por sua vez, se encontra, no cérebro e cerebelo, na região mais central, enquanto na medula se encontra no córtex medular. Células da glia: oligodendrócitos e células de Schwann compõem a bainha de mielina, o primeiro está presente no SNC e o outro no SNP, os astrócitos servem como apoio e nutrição para os neurônios por meio dos vasos presentes por eles, a micróglia serve como sistema de defesa fagocitário e as ependimárias são células cúbicas que revestem os ventrículos cerebrais podendo possuir cílios que auxilia na distribuição do líquido raquidiano. Um nervo é um conjunto de axônio cujos corpos celulares se encontram na substância cinzenta, seja do cérebro ou da medula. O tecido conjuntivo é o revestimento externo do tecido nervoso, são as meninges, a mais próximo do tecido nervoso é chamada de pia-máter, a que fica em contato com o osso é a dura-máter, entre elas temos um terceira meninge chamada de aracnóide. O liquor é um líquido produzido por células que revestem o canal medular chamadas de células ependimárias (um tipo de células da glia), também presentes no SNC. Função do sistema nervoso: coordenar a função de vários órgãos, permitir contração voluntária e involuntária, capacidade de se adaptar ao meio externo e função sensorial. Sistema cardiovascular Funções: sistema que transporta líquidos como sangue e linfa (parte do plasma cujos componentes não couberam na veia, e acabam indo para o sistema intersticial que vai para o sistema linfático), elimina componentes tóxicos ao organismo, distribui hormônios, leva nutrição e transporta células do sistema imune. Coração: é uma bomba propulsora, sistólica e aspirativa, bombeando o sangue arterial sob pressão significativa, seu retorno ocorre sob pressão baixa da cavidade torácica durante a inspiração e por contração muscular ao redor das veias. Parede cardíaca: Sua constituição é feita pelo endocárdio, miocárdio e epicárdio. O endocárdio possui um endotélio, uma camada subendotelial (tecido conjuntivo frouxo), camada subendocárdica (tecido conjuntivo com nervos, veias e fibras de Purkinje, células associadas à transmissão do impulso nervoso). O miocárdio é formado por músculos estriados cardíacos. O epicárdio possui o mesotélio (epitélio pavimentoso simples), uma camada submesotelial (tecido conjuntivo frouxo) e uma camada subepicárdica. Vasos: tanto um vaso sanguíneo quanto linfáticos é revestido por células pavimentosas simples (célula endotelial). A conversa entre o sistema venoso e arterial se dá por meio dos capilares, a circulação pode ser do tipo macro ou micro. As artérias se ramifica em artérias de pequeno calibre, arteríolas, capilares, estes vão tributar nas vênulas que tributa na veia de pequeno calibre e então veias. As artérias possuem uma estrutura disposta em camadas concêntricas. A túnica interna é o endotélio mais um fino tecido conjuntivo frouxo subendotelial (é possível que elas possuam uma lâmina elástica interna formado por fibras de elastina), a túnica média é formada por fibras musculares lisas mais fibras elásticas e reticulares mais fibras de colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas, a túnica mais externa, ou adventícia é formada por tecido conjuntivo com fibras colágenas e elásticas mais vaso vasourum. As veias possuem também uma disposição concêntrica. A diferença entre estas e as artérias é a espessura/desenvolvimento da túnica média, que no caso é menor, além de que não apresenta lâminas elásticas e a adventícia é mais desenvolvida. Apresentam válvulas e mais vaso vasourum que as artérias. Os capilares são formados apenas por tecido conjuntivo O sistema linfático auxilia na drenagem da linfa para órgãos linfóides, assim como as veias, apresentam válvulas que ajudam no fluxo unidirecional da linfa. Esse sistema também transporta linfócitos para ações imunológicas. SNC, medula óssea, cartilagem , ossos e epitélios não apresentam vasos linfáticos. Sistema respiratório Porção condutora: cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios principais, brônquios lobares, brônquios segmentares e brônquios terminais. O tubo de condução é mantido aberto por conta cartilagens, conjuntivo fibroelástico e ossos Porção respiratória: brônquios respiratórios, ductos e sacos alveolares. Cavidade nasal: se inicia nas narinas e termina nas coanas (abertura posterior), é divididas em duas metades pelo septo nasal. A porção anterior é formada por uma pele fina e vibrissas, a parte posterior, o epitélio é respiratório (5 células: caliciformes, colunar ciliada, em escova que são receptores sensoriais, basais e granulares) com tecido conjuntivo com abundantesuprimento vascular, glândulas e células linfóides (captura alérgenos e antígenos). A porção superoposterior é de um epitélio olfatório (3 células:possui células olfatórias que são neurônios modificados vindos do primeiro nervo craniano, de sustentação, ajudam a dar suporte e isolamento elétrico e as células basais). Limpa o ar (muco produzido pelas células caliciformes que agrega partículas de ar), filtra (vibrissas e cílios)e aquecer o ar (coanas). A mucosa nasal (epitélio mais conjuntivo/lâmina própria) é extremamente vascularizado com glândulas mistas (secreção mucosa agrega partículas de sujeira e secreção serosa contém enzimas e mantém a superfície úmida) Glândulas de Bowman são glândulas presentes nessa mucosa caracterizadas por serem tubulo-acinosas alveolares e serosas. Faringe: a parte nasofaringe possui epitélio respiratório enquanto a orofaringe tem epitélio estratificado pavimentoso. Próximo da nasofaringe temos a tonsila nasofaringe com tecido linfoide. Laringe: produz sons, epitélio respiratório, superfície superior e lateral da epiglote e cartilagem articulares (tireóide, cricóide, epiglote, aritenóide, corniculada e cuneiforme). Possui pregas de cartilagens interconectadas por músculo esquelético intrínseco e extrínseco. A lâmina própria é formada por glândulas seromucosas, músculo vocal e ligamento elástico. A epiglote possui do lado por onde passa o bolo alimentar um epitélio estratificado pavimentoso com papilas dérmicas, poucas glândulas com cartilagem elástica no meio e do outro lado tem um epitélio respiratório pseudoestratificado cheio de glândula. A prega vocal é uma estrutura vibrátil responsável pela produção do som durante a fonação, possui músculos e mucosa (lâmina própria sem glândulas e epitélio escamoso estratificado, possui três camadas, a mais superficial é o espaço de Reinke, intermediário e profundo. A lâmina própria da laringe é rica em fibras elásticas e possui glândulas mistas. Traqueia: é uma continuação da laringe e termina se ramificando nos brônquios extra-pulmonares. Internamente o epitélio é respiratório e externamente é um tecido conjuntivo frouxo, a lâmina própria possui glândulas seromucosas e muita fibra elásticas. Brônquios: Os ramos maiores dos brônquios possuem uma mucosa semelhante a traqueia, os menores possuem um tecido epitelial cilíndrico ciliado simples. A lâmina própria é rica em fibras elásticas, tecido muscular e externamente possui glândulas seromucosas. As peças de cartilagem possuem uma camada adventícia. Bronquíolos: já não possuem cartilagens mas de resto são iguais aos brônquios, possuindo na suas porções iniciais um epitélio cilíndrico ciliado simples. Bronquíolos terminais possuem células cúbicas ciliadas e não ciliada, tecido epitelial simples cúbico com células claras Nos alvéolos há uma barreira hematoaérea. Alvéolos: as suas paredes são constituídas por uma fina camada epitelial que se apoia em um tecido conjuntivo delicado que apresenta uma rica rede de capilares. Essa parede é comum a dois alvéolos, sendo chamada de septo alveolar, essa parede é formada por pneumócitos I e II e células endoteliais dos capilares. Os pI constituem uma barreira que permite a hematose mas impede a passagem líquido intersticial, o pII produz surfatante pulmonar. Tecido sanguíneo Definição: é um tipo de tecido conjuntivo especializado (células + MEC), possui três tipos de células, os eritrócitos, leucócitos e plaquetas, a MEC é basicamente o plasma. Hemocitopoese: as células mesodérmicas ou mesenquimais (intra e extraembrionário) vão dar origem a células hematopoiéticas que podem originar células linfócitas ou mielóideas. As primeiras vão dar origem aos linfócitos B, linfócitos T, natural killers/NK, dendríticos, já o segundo grupo vai originar todos os glóbulos brancos (neutrófilo, eosinófilo, basófilo, monócito, megacariócito) e hemácias. Quanto maior a diferenciação menor a potencialidade. Considerações gerais: um indivíduo adulto possui uma volemia dentre 5 a 6 litros, o plasma contém sais e compostos orgânicos como aminoácidos, lipídios, vitaminas, proteínas e hormônios. A coleta deve ser feita com anticoagulante separando a parte líquida (plasma) das células. A coleta sem anticoagulante gera coágulo (elementos celulares + proteínas como o fibrinogênio) e o soro, que é o plasma sem fibrinogênio. Funções gerais: transporte de hormônios e anticorpos dos sítios de produção para os de ação, homeostase, nutrição tecidual e é uma via de migração de leucócitos entre os compartimentos de tecido conjuntivo do corpo, transporte de oxigênio absorvido nos pulmões e nutrientes do trato gastrointestinal para as células do corpo, transporte de produtos tóxicos (CO2, resíduos) produzidos pelo metabolismo celular para órgãos específicos. Composição do plasma: derivado da amostra com coagulante, é formado majoritariamente por água, 9% é formado por proteínas como a albumina, globulinas que servem para transporte e defesa, fibrinogênio/protrombina que forma a malha de fibrina e sistemas complementos para destruição de microorganismos, os outros 1% é formado por enzimas, anticorpos, hormônios, nutrientes, eletrólitos, substância nitrogenadas não protéicas (ureia, ácido úrico, sais de amônias e creatinina) e vitaminas. Eritrócitos: possuem uma vida média de 120 dias, após esse período sofrem hemocaterese por macrófagos hepáticos e no baço. Tem como função a liberação de oxigênio e captar CO2 de regiões com baixa tensão de oxigênio (tecidos) e no pulmão o oposto ocorre. Possuem uma forma bicôncava, a área achatada feita pelo citoesqueleto garante uma maior área para trocas gasosas na hemácia, são anucleadas (únicas células assim em um indivíduo), não possuem organelas, somente membrana plasmática, citoesqueleto, hemoglobinas e enzimas glicolíticas. Antes de estarem prontas, maduras são reticulócitos. A membrana é formada, em parte, por um complexo proteico chamado de Anquirina que garante uma íntima associação com as fibras do citoesqueleto. Caso um indivíduo possua uma mutação no gene que cause uma produção deficiente desse complexo proteico, ele vai formar hemácias esferoides, menos rígidas e sujeitas à maior destruição no baço, essa doença é chamada de esferocitose hereditária. Há uma proteina transmembrana responsável por transportar os gases de dentro para fora das hemácias chamada de banda 3. Tipos sanguíneos: são determinados por certas proteínas que podem estar presentes nas hemácias, caso possuir um aglutinogênio do tipo A, vai ser o sangue do tipo A, da mesma forma para o B, AB, caso não tenha nada, vai ser O. Hemograma: formado por eritrograma, leucograma e plaquetograma. Pode aparecer algumas siglas e termos que indicam o seguinte: VGM/VCM – volume globular/corpuscular médio mede o tamanho das hemácias. HCM – hemoglobina corpuscular médio é o peso das hemoglobinas dentro das hemácias. CHCM – concentração de hemoglobina corpuscular médio avalia a concentração das hemoglobinas dentro das hemácias RDW – é um índice que avalia a diferença no tamanho das hemácias Desvio a esquerda determinada que está ocorrendo a liberação da células sem terminar sua diferenciação na medula óssea Leucócito: tem como principal função a defesa do organismo podem ser granulócitos (neutrófilo, basófilo e eosinófilo) ou agranulócitos (linfócitos ou monócitos). Os monócitos são maiores que os linfócitos e possuem um núcleo em formato de feijão, os linfócitos possuem um tamanho pouco maior que as hemácias e seu núcleo cobre quase toda a área visível. •Neutrófilos: migram para sítios de infecção, reconhecendo e fagocitando as bactérias. Os seus grânulos secundários são lisozimas e outras proteases. Seu núcleo pode ser dentre 3 a 5 lóbulos, corresponde, de 60 a 70% dos leucócitos. Podem realizar diapedese (atravessar a parede de um vaso) através de movimentos amebóides e alcançar o tecido conjuntivo e combater a infecção por meio da fagocitose, é o primeiromeio de defesa do corpo. O pus formado é de neutrófilos mortos e líquido tecidual. •Eosinófilos: núcleo bilobulado, citoplasma com grânulos específicos refringentes (centro cristalino) como a peroxidase eosinofílica que causa a morte de microorganismos, também tem uma proteína básica principal (PBP) que ataca parasitas que liberam grânulos de histamina, proteínas catiônica eosinófila que neutraliza a heparina e provoca a fragmentação do parasita, desencadeia asma brônquica. Possuem ação semelhante ao dos neutrófilos, fagocitam e eliminam complexos de antígenos-anticorpos (relacionados a doenças renais). Destroem larvas de helmintos (infestação parasitária) por fagocitose e por granulação no meio. •Basófilo: núcleo bilobulado encoberto pelos grânulos específicos, semelhantes aos mastócitos, possuem receptores para lgE libera histamina para mediar as reações alérgicas. Os grânulos específicos são a histamina, heparina, leucotrieno, os inespecíficos é o lisossomo. Pouco fagocítico, sua degranulação provoca resposta alérgica sistêmica. •Monócito: núcleo riniforme, sistema mononuclear e fagocitário profissional, muitos lisossomos. Precursores de todos os macrófagos (quando atravessam tecidos), permanecem pouco tempo na circulação, respondem a estímulos quimiotáticos e apresentam antígenos •Linfócito: possuem vários tipos. O T é responsável pela imunidade celular, rejeita tecidos estranhos e destrói células tumorais. O B é responsável pela imunidade humoral, muitos se diferenciam em plasmócitos. Tem também as células Null. O citoplasma é de um azul pálido e o núcleo ocupa quase toda a células, grânulos lisossomais. Plaquetas: fragmentos celulares criadas a partir dos megacariócitos (só está presente na medula óssea). Possuem a função de coagulação sanguínea (adesão e agregação plaquetária, mediada pelas tromboplastinas, trombina, ativação plaquetária, e formação de redes de fibrina) proteção dos vasos (óxido nítrico e histamina) formato discóide e são fragmentos de citoplasma. Tecido digestório Funções: ingestão, mastigação, digestão, absorção de alimentos e eliminado de resíduos. Para cada função há uma estrutura modificada e especializada. Constituição: formado por um sistema digestório superior, inferior e glândulas digestórias anexas aos tubos. O digestório superior é formado pela boca, esôfago e estômago, o inferior apresenta o intestino delgado e grosso, as glândulas são as salivares maiores (parótida, submandibulares e sublingual), pâncreas, fígado e vesícula biliar. Início da digestão: a entrada de alimentos se dá pela boca (saliva e dentes) que inicia a digestão de carboidratos e pedaços menores por meio da trituração e reação química, o alimento pré-digerido segue para o estômago por meio do esôfago, chamado de quimo, do estômago segue para o intestino delgado, nesses dois órgãos vai ocorrer a digestão de acidose graxos livres, monoglicerídeos, monossacarídeos e aminoácidos, do delgado segue para o intestino grosso onde vai ocorrer a absorção de água e formação do bolo fecal. Cavidade oral: revestida por mucosa, possui um epitélio estratificado pavimentoso, podendo ser queratinizado e apresentar muitas papilas quando for sobre o periósteo, ou ser não queratinizado e apresentar poucas papilas quando for sobre a submucosa. O lábio é um epitélio oral não queratinizado (região do batom) até um epitélio queratinizado da pele (pele). O palato mole apresenta um músculo estriado esquelético, glândulas mucosas e nódulos linfóides (tecido linfoide associado a mucosa MALT). A língua possui um epitélio pavimentoso estratificado (queratinizado ou não), uma delgada lâmina de tecido conjuntivo frouxo fortemente aderidas as fibras musculares que são de músculo estriado esquelético envolvido por mucosa, as fibras musculares estão em feixes e a mucosa está aderida à musculatura pelo tecido conjuntivo, a parte dorsal é irregular, apresenta muitas papilas, uma região sulco terminal (em forma de V) e tonsilas linguais (nódulos linfáticos). As papilas linguais podem ser filiformes, fungiforme, foliadas e circunvaladas. As papilas circunvaladas apresentam corpúsculos gustativos que são neurônios para a sensação do paladar e região para abertura das glândulas de Von Ebner do tipo serosa. A estrutura geral do trato digestivo: é um tubo oco com uma luz de diâmetro variável circundado por parede com camadas: - Mucosa: epitélio, lâmina própria, muscular da mucosa (liso) - Submucosa: tecido conjuntivo denso não modelado, muitas glândulas (esôfago e duodeno), plexo nervoso submucoso. - Muscular: músculo liso, exceto no esôfago, atua com atividades peristálticas (duas camadas de músculo – circular interno e externo), entre as duas camadas apresenta um plexo nervoso entre as camadas. - Serosa: tecido conjuntivo que pode (serosa) ou não (adventícia) ser circundado por mesotélio. Esôfago: órgão tubular de aproximadamente 25 cm de comprimento, segmentos ao longo do pescoço e do tórax e curta porção (2 a 4 cm) intra-abdominal, logo após a passagem pelo hiato esofágico pelo diafragma, estabelece a conexão da boca com a região da cárdia, conduz alimentos recém macerados na cavidade oral pela mastigação até o estômago, onde os eventos de digestão têm continuidade. Apresenta glândulas mucosas na submucosa. Epitélio de revestimento (estratificado pavimentoso não queratinizado), lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo e uma pequena camada muscular da mucosa, as células vão adquirindo uma quantidade cada vez menir de filamentos de citoqueratinas, sem que ocorra a morte das células associada a tal processo de diferenciação celular Lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo, bastante vascularizado com grande quantidade de pequenos vasos sanguíneos da microcirculação e eventuais nódulos linfáticos isolados com glândulas serosas imersas no tecido conjuntivo. As glândulas tubulosas mucosas, com porções secretoras e ductos revestidos por células cilíndricas secretoras de glicoproteína, as porções secretoras são enoveladas e os ductos desembocam na superfície da mucosa esofágica (células cárdicas) locais que tenham certa predisposição ao desenvolvimento de cistos, úlceras ou carcinomas no esôfago Transição esôfago-estômago: Estômago: órgãos exócrino e endócrino que digere os alimentos s secreta hormônios, é um dilatação do tubo digestório onde o bolo alimentar é processado até formar um fluido viscoso, o quimo, a digestão é feita por uma série de hormônios (gastrina, grelina...) e substâncias como ácido clorídrico, pepsina, lipase gástrica. Apresenta três regiões com estruturas histológicas diferentes (corpo, fundo e cárdia). Epitélio colunar simples. O suco gástrico contém água, HCL, pepsinogênio (pepsina), lipase gástrica e muco (protetor). O quimo é lançado no duodeno (intestino delgado) de forma intermitente graças a contração coordenada da camada muscular e relaxamento. A fosseta gástrica (invaginação) é uma região da glândula, pode ser confundido com as pregas (evaginação). A mucosa é formado por um epitélio de revestimento cilíndrico que apresenta fossetas (região com glândulas) por onde é secretado mucinas, tecido conjuntivo frouxo (com algumS células musculares lisas e células linfóides) e apresenta uma muscular mucosa. As glândulas gástricas são mais presentes no fundo, cárdia e piloro. A cárdia apresenta glândulas simples enoveladas e tubulares que são células secretoras de muco, tem também células endócrinas, parietais e nenhuma célula zimogênica. O fundo apresenta células de revestimento, células- troncos de reserva, células mucosa, células fonte, células enteroendócrina, células principais (zimogênicas) e células parietais (produz o HCL). Intestino delgado: porção mais longa do tubo digestivo, tem 6 a 7 metros de comprimento, razão pela qual ele se encontra dobrados várias vezes sobre si, é formado pelo duodeno, jejuno e ílio. Apresenta vilosidades e microvilosidades(vistas no microscópio como borda em escova) e células caliciformes. Apresenta um epitélio cilíndrico simples mais uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo fibroelástico. O duodeno apresenta vilosidades em forma de folha de Lieberkün, muscular da mucosa, muscular. Glândulas Brünner secretoras de muco atravessam a muscular mucosa. Ductos excretores liberam a secreção as criptas. O jejuno tem vilosidades digitiformes, cripta de Lieberkün, ausências de glândulas submucosas, muscular da mucosa, muscular. O ílio apresenta vilosidades menores, placas de Peyer (tecido linfoide), criptas de Lieberkün e muscular da mucosa. Entre as camadas musculares circulares internas e longitudinal externas há plexos nervosos mioentérico, o plexo nervoso de Auerbach. Intestino grosso: as vilosidades são menores, tem muscular da mucosa, a submucosa não apresenta muitas glândulas e a musculatura não apresenta alteração. Tem mais células caliciforme para captar a água. O plexo nervoso submucoso é chamado de plexo nervoso de Meissner. Apêndice vermiforme: é um grande tecido linfoide com placas linfoides. Sistema digestório – Glândulas anexas cazul - Revisão sobre glândulas: as glândulas são formadas a partir de uma proliferação das células epiteliais para o tecido conjuntivo e depois uma reorganização das células para formar um canal, para glândulas exócrinas que vão permitir a passagem das substâncias para fora ou para formar uma glândula endócrina. Glândulas, então, sempre vão estar circundadas por tecido conjuntivo. Os canais das glândulas exócrinas possuem uma porção excretora e outra secretora, e a porção secretora pode se conformar no tipo de glândula tubulosa ou alveolar. As glândulas endócrinas são classificadas na quantidade de células, podendo ser unicelular ou pluricelular, e também podem ser classificadas como cordonal ou folicular (tireoide). Ambas glândulas podem ser ramificadas ou simples. O conteúdo de produção da glândula também vale para sua classificação, podendo produzir glicoproteína (no processo histológico não é visível – imagem negativa) ou enzima (basófila – roxa). As que secretam enzima são alveolar serosas e as que secretam glicoproteína são tubular mucosa, normalmente. Podem haver glândulas mistas tubulosas e alveolar ao mesmo tempo, havendo secreção mista também. Quando produto de secreção da célula for em parte ela mesma, como citoplasma, núcleo, então e chamada de holócrina, se liberar só um pouco dessas substâncias então temos uma glândula merócrina, se não libera nada então é apócrina. Glândulas digestórias: vesícula biliar. Glândulas salivares maiores: são tubuloacinosas ramificadas, formadas pela glândula parótida (ácino serosa), submandibular (mais ácino seroso) e sublingual (mais ácino seroso). É formada por vários lóbulos que formam um lobo, esses tipos de glândulas possuem, então, diversos ductos. O ducto intercalar é formado por epitélio simples cúbico pavimentoso, o ducto estriado e intralobular possuem epitélio simples cúbico cilíndrico, o ducto interlobular é epitélio pseudoestratificado cilíndrico e o ducto lobar e estratificado cilíndrico. A parótida é ácino serosa formada por longos ductos intercalares com cápsula conjuntiva dividida por septos. A sublingual é formada por células mucosas e serosas com ductos intercalares estriados pouco desenvolvidos sem capsula conjuntiva, mas com septos. A submandibular procurar Fígado: as células, hepatócitos, possuem funções endócrinas e exócrinas e as glândulas possuem arranjos em cordões fazendo contato com capilar sinusóide, células de Kupffer (macrófagos) e canalículo biliar. Os hepatócitos se organizam de forma radial envolta da veia centro lobular, a organização do conjuntivo é em formato hexagonal, entre os hepatócitos temos os capilares sinusóides junto dos ductos biliares. Entre as formações hexagonais temos um conjunto de três estruturas chamadas de tríade portal composta por uma artéria ramo artérias hepática, uma veia, ramo da veia porta e um ducto biliar. O espaço porta é o tecido conjuntivo que fornece a sustentação para a tríade. O revestimento externo dessas glândulas é a membrana de Glisson Pâncreas: a cápsula conjuntiva invade as glândulas formando septos e ilhotas de Langerhans porção (endócrina) e glândulas ácino serosas, existem as células que revestem os ductos intercalares, os ductos intercalares conversem para os ductos interlobulares. O ácino pancreático apresenta uma região mais corada ao redor do núcleo chamada de basofilia basal, produz proteases, amilases e lipases e contém uma região apical com grânulos de zimogênio. Vesícula biliar: possui uma mucosa serosa, sem músculos ao redor, a maior característica são os divertículo. Histologia do sistema endócrino Tratado de histologia do Gartner Pâncreas: formado a partir de dois brotamentos (ventral e dorsal) que se fusionam quando o estômago roda. Por estar localizada em uma região altamente vascularizada tumores de pâncreas são altamente metástico. O pâncreas é uma glândula mista, exócrina e endócrina, exócrina se relaciona com a presença de ductos por onde saem a secreção das enzimas digestivas (chamadas de grânulos de zimogênios) pelos ácino, esses possuem algumas diferenças com outras glândulas, pois os ácinos possuem ductos intercalares que penetram na luz dó ácino formando as células centroacinares. A parte exócrina libera suas enzimas regulada por dois hormônios secretados por células da mucosa intestinal, a secretina e o colecistoquina As glândulas pancreáticas endócrinas estão organizadas em ilhotas de Langerhans formados por cordões de células. A parte endócrina se comunica com os vasos sanguíneos (capilar fenestrado) e secreta hormônios, e as ilhotas que compõem essa parte se distribuem aleatoriamente por entre os ácinos. As ilhotas são mais abundantes na cauda. E são formadas por 4 tipos de células. Células alfa vão liberar o glucagon, células beta que liberam insulina, células delta e gama. Caso clínico: pancreatite aguda leva a ativação prematura das enzimas pancreáticas, resultando em uma autodigestão do ácino pancreático Pineal: também chamada de epífise, começa a se desenvolver no segundo mês de vida intra-uterina como uma pequena invaginação no teto do diencéfalo, se localiza na parte superior do encéfalo, ocupando, aproximadamente o centro geométrico do encéfalo. A pineal é entendida hoje como um importante transdutor da informação fotótica, com decisiva intervenção no eixo hipotálamo-gônadas, modulando os ritmos circadianos e sazonais de muitos processos bioquímicos e metabólicos comportamentais. A pineal é revestida por pia-máter, cápsulas mais trabéculas de conjuntivo (vasos e fibras nervosas). Contém dois tipos celulares, os pineócitos e células intersticiais ou glias. Os pineócitos possuem prolongamentos celulares que aumentam a área de contato com os capilares, as células intersticiais possuem núcleos menores e e mais corados e irregulares do que os pinealócitos. Aplicação clínica: calcificação/concreção ou areia cerebral, é o acúmulo de cristais de hidroxiapatita que aumenta com a idade, pode interferir com a função da glândula. A pineal produz a melatonina (estimulado na ausência de luz), funciona em harmonia com o hipotálamo regulando a sensação de sede, fome, desejo sexual, relógio biológica que determina nosso processo de envelhecimento. A baixa de melatonina se relaciona com a baixa de imunidade, aumento da frequência urinária à noite, indivíduos mais susceptíveis à doença degenerativa, resfriados e contusões. Hipófise: controla a adrenal, tireoide, produção de leite, ovários, testículos, rins, útero. Também chamada de pituitária é composta por duas partes, uma anterior chamada de adeno-hipófise e outra posterior chamada de neuro-hipófise. Cada uma dessas partes são divididas ainda em outras partes, a pars distalis, pars tuberalis e pars intermedia (estimula a produção dehormônios para pigmentação da pele, melanina) pertencem a adeno-hipófise. A neuro-hipófise recebe duas divisão, uma pars nervosa e outra é o infundíbulo (contínuo com o hipotálamo) As células da adeno-hipófise produz e secreta os hormônios enquanto a neuro- hipófise só secreta. As glândulas são revestidas por uma cápsula de conjuntivo que se continua com as fibras reticulares que sustentam as células das glândulas. A adeno-hipófise, pars distalis possui três tipos celulares, células acidófilas (rosa), basófilas (roxo) e cromófobas (sem cor), contém muitos capilares sanguíneos. Dentro das células acidófilas, ainda existem outros dois tipos celulares, as somatotróficas (secreta somatotrofina - hormônio do crescimento) e as mamotróficas (secreta prolactina). As basófilas possuem três grupos de células, as tireotróficas (secreta o hormônio tireotrófico – TSH), as corticotróficas (secreta adrenocorticotrófico – ACTH) e as gonadotróficas (secreta hormônios folículo estimulante – FSH e hormônio luteinizante – LH). O controle da secreção hormonal é feita por neuro-hormônios da região do hipotálamo que controlam a função das células. Esses neurônios não entram na adeno-hipófise, mas eles conseguem fazer com que os hormônios. estimulantes da adeno-hipófise por plexos capilares. Já a neuro-hipófise mantém uma íntima associação com o hipotálamo, recebendo diretamente os neurônios. A neuro-hipófise não possui núcleo de neurônios apenas seus prolongamentos, uma vez que os núcleos estão no hipotálamo, contém as células pituícitos (que atuam na sustentação dos axônios) e capilares sanguíneos fenestrados. Os hormônios produzidos por essa parte são a oxitocina, cuja função é atuar no miométrio do útero gravídico, principalmente no final da gestação, gerando contrações uterinas, e também para ejeção de leite antidiurético (ADH), atua nos túbulos renais para reabsorver a água dos rins, em alta dose promove a contração do músculo liso e dos vasos sanguíneos, aumenta a pressão arterial, no entanto, quantidades endógenas de ADH parece não ter efeito sobre a pressão arterial. Eixo hipotálamo-hipofisário possuem dois núcleos, o supra-óptico e paraventricular. Os corpúsculos de Herring são acúmulos de grânulos de secreção no citoplasma das fibras nervosas que são liberadas por potencial de ação e exocitose. Aplicação clínica: em caso de lesão do hipotálamo causada por algum tipo de trauma, levará a uma diminuição na produção de ADH, diminuindo a reabsorção de água, levando a poliúria e desidratação, esse quadro é conhecido como diabetes insipidus. Adrenal: dividida em córtex e medula (derivadas de crista neural). O córtex é revestido ainda mais externamente por uma cápsula. No córtex as células se organizam na parte mais externa por estruturas de arcos, essa região é chamada de glomerulosa. A camada média do córtex é chamada de fasciculada contendo vasos sanguíneos bem retilíneos e a mais interna é a reticulada. A região glomerulosa produz aldosterona, a região fasciculada produz cortisol e corticosterona, na região reticulada são produzidos hormônios sexuais. A medula possui capilares sinusóides e capilares cromofin (derivados de crista neural), produz noradrenalina e adrenalina. Tireoide: surge como um broto da língua que vai descendo até sua posição anatômica. A tireoide é formada por folículos (contendo o coloide como pré hormônio) circundado por conjuntivo. Muitos vasos sanguíneos formados por capilares fenestrados, as células que revestem os folículos são as foliculares, as que estão entre os folículos são as parafoliculares ou células C, extremamente importantes no metabolismo ósseo, produzindo calcitonina para metabolismo do cálcio nos ossos. Paratireoide: glândula antagônica da tireoide, são num total de quatro. Possui dois tipos celulares que são menores e em maior quantidade, produzem os paratormônios e as células oxífilas, não se sabe sua função. O paratormônio se liga a receptores do osteoblasto a liberar um fator osteoclasto estimulante que vai estimular a reabsorção óssea por essas células, aumentando a calcemia. Órgãos linfóides Sistema imunitário: constituído por células circulantes ou organizadas em tecidos e órgãos linfóides. É responsável pela defesa do organismo contra agentes estranhos (antígenos – como microorganismos, parte de um microorganismo, fatores exógenos como o pólen e até células tumorais). Se localizam na circulação sanguínea e linfática, ou nas mucosas (tecido conjuntivo) de diversos órgãos e os próprios órgãos linfóides. Os tipos celulares do sistema imune são as células acessórias que apresentam antígenos ou parte deles para células efetoras. As células efetoras são as responsáveis por neutralizar ou eliminar o antígeno. Possuem alta capacidade de migração e interação celular permite a amplificação e maior eficiência das respostas imunes. A partir de uma célula fonte surge um precursor linfoide que vai originar os linfócitos T, linfócito B e os natural killers (NK), do linfócito B ocorrerá diferenciação para formar o plasmócito. Linfócitos: os linfócitos são as únicas células do corpo capazes de reconhecer com especificidade os antígenos, originados da medula óssea durante a vida pós-natal. São células pouco maior que uma hemácia, possuindo um tamanho de 8-10 μm de diâmetro, um núcleo grande, cromatina densa, mitocôndria, ribossomos e lisossomos. Durante sua maturação passam a expressar receptores antigênicos, evoluindo para classes de células com funções distintas. Os linfócitos B são originados e maturados na medula óssea. Resposta imune humoral leva a liberação de anticorpos e imunoglobulinas. Os linfócitos T tem origem na medula óssea e são maturados no timo, sem resposta humoral, mas uma resposta celular, possuem quatro subclasses: os T helper, que liberam oxitocinas pra atrair outras células para combater o antígeno, o T citolítico consegue se conectar com a célula e destrui-la, as NK ataca e destrói a célula infectado, o T supressor atua após os fatores já foram combatidos. Hierarquitetura do tecido linfoide: formado por células reticulares com apresentadoras de antígenos. O tecido linfoide pode ser denso ou frouxo quanto a densidade, permanente ou transitório, difuso ou nodular, encapsulado ou não-encapsulado segundo a organização. Órgãos linfoides primários: medula óssea e timo Órgãos linfoides secundários: linfonodos, baço, nódulos linfáticos, apêndice vermiforme, tonsilas e placas de peyer. Medula óssea: órgão difuso, porém volumoso, localizado no canal medular dos ossos longos e nas cavidades dos ossos chatos. Assume gradativamente a hematopoese, produção de linfócito T e B mais maturação do linfócito B. Através de movimentos amebóides, os linfócitos deixam a medula óssea, entram na corrente sanguínea e migram para povoar os órgãos linfóides. Timo: tem como origem embriológica da terceira bolsa faríngea do lado direito e esquerdo que vão se fusionar ventralmente à traqueia. Possui dois lobos, cada um com seu próprio suprimento sanguíneo, drenagem linfática e inervação. Sua função é maturar e selecionar os linfócitos T. É revestido por cápsula de tecido conjuntivo denso, possui septos que dividem cada lóbulo, cada um dos lóbulos apresenta uma região cortical e outra medular. Apresenta linfócitos T em vários estágios de maturação, células reticulares epiteliais (acumulam citoqueratina, sustentando o parênquima, também formam a barreira hemato- tímica, dificultando a penetração de antígenos pelo sangue)) e macrófagos em diferentes proporções . Após a puberdade o órgão involui, mas não desaparece Linfonodos: órgãos encapsulados, reniformes, constituídos por tecidos linfóides e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto dos vasos linfáticos. Possuem a função de filtrar os antígenos dos tecidos intersticiais e da linfa. Não é divididoem lóbulos, apresenta uma região cortical e outra medular, além de uma região intermediária, revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo densa. A estrutura apresenta os linfócitos T e B, macrófagos, células reticulares e plasmócitos mais fibras reticulares. Apresenta na região cortical as cápsulas e trabéculas, nódulos linfáticos, seios subcapsulares e seios peritrabeculares e mais linfócitos B. Na região medular há cordões e seios medulares. Aplicação clínica: síndrome de DiGeorge não há a presença de linfócitos T, não ocorre resposta humoral, pode ocorrer um outro tipo em que não há resposta celular e pode haver uma síndrome combinada. Baço: localizado atrás do estômago e junto ao diafragma, intercalado na circulação sanguínea. Possui como função a de destruir eritrócitos e plaquetas desgastada por meio de células fagocitárias. Protege contra antígenos que penetram no sangue. Possui cápsulas, trabéculas e polpa branca e vermelha. A polpa branca é constituído por tecido linfático organizado ao redor dos ramos arteriais que saem das trabéculas, possui bainhas periarteriais (linfócitos T) e nódulos linfáticos (linfócitos B). A polpa vermelha é formada por cordões esplênicos e capilares sinusóides com macrófagos. O tecido linfático está associado ao longo da vascularização arterial e do capilar sinusóide. Os tecidos linfóides estão associados às mucosas do trato digestivo, respiratório e genito-urinário, por serem as principais portas de entradas para microorganismos. Tonsilas: as tonsilas palatinas são duas localizadas na parte oral da faringe, a tonsila faríngea é uma e está localizada na porção supero-posterior da faringe, as tonsilas linguais são várias e estão localizadas na base da língua. Apresentam um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, vários nódulos linfóides com tecidos linfóides difusos entre eles. Macrófagos, linfócitos T, linfócitos B Histologia do sistema urinário Visão geral: formado por dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. Tem como função a excreção de produtos, produtos tóxicos, catabolismo hepático, balanço iônico, balanço hídrico, controle da pressão sanguínea, controle sobre o transporte de oxigênio. A filtração, secreção e reabsorção é realizada especificamente pelos corpúsculos renais e túbulos renais. O rim apresenta um aspecto riniforme apresentando um hilo por onde sai o ureter. Apresenta duas camadas, uma mais externa, chamada de córtex renal e outra camada mais interna formando a medula. O córtex se organiza em estrutura das pirâmides e apresenta algumas unidades de filtração do rim, o néfron, que se conecta com o glomérulo, que é um tufo formado a partir da chegada das arteríolas aferentes derivada da artéria renal e desse glomérulo saem as arteríolas eferentes. Sobre esse glomérulo temos uma cápsula (epitélio pavimentoso) com duas lâminas, uma mais externa chamada de folheto parietal e outra mais interna, o folheto visceral. Entre esses folhetos temos o espaço de Bowman. Esse glomérulo é formado por um capilar fenestrado, ou seja, com poros. O filtrado inicial é semelhante ao plasma mas sem proteínas. A parte por onde entram e saem as arteríolas na cápsula de Bowman é chamado de polo vascular, por onde saem o filtrado é o polo .... a saída do filtrado chega no túbulo contorcido proximal, filtra os íons, revestido por células com muitas microvilosidades, borda em escova, seguindo esse túbulo chegamos na alça de Henle, de epitélio cúbicos simples, onde ocorre um controle hídrico, essa alça desemboca no túbulo contorcido distal, de epitélio cúbicos simples, que se comunica com as arteríolas aferentes que chegavam ao glomérulo, havendo um controle iônico e da quantidade de água reabsorvida, além de haver o sistema renina-angiotensina. Os túbulos contorcidos proximal e distal se encontram no córtex, já a alça de Henle se encontra na medula. As células mesangiais podem ser encontradas no glomérulo, outras células chamadas de JG e mácula densa, próximas ao polo vascular, controlam o sistema da renina angiontesina. Os podócitos são células da cápsula que servem como barreira protetora. O tubo coletor é comum a vários néfrons e recebe o filtrado do túbulo contorcido distal, esse tubo coletor vai encaminhando o líquido até o ureter. Em geral, o rim tem como função a produção de hormônios, controle do volume total de água, manutenção do fluído extracelular e controle do equilibro ácido-base. A barreira de filtração é formada por capilares fenestrados (endotélio mais lâmina basal) e camada visceral da cápsula de Bowman. O túbulo contorcido proximal reabsorve tudo aquilo e importância para o organismo. Bexiga: apresenta uma musculatura lisa mais abundante do que o do ureter, apresenta um epitélio de transição, umbrella cells, Referências: Histologia Básica; Junqueira e Carneiro
Compartilhar