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Resenha Critica Administração aplicada à Engenharia de Segurança - Jean Lucas Felicio

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Resenha Crítica de Caso
Jean Lucas Felicio
Trabalho da disciplina Administração aplicada à engenharia de segurança (NPG1436)
 		 Tutor: Prof. Carlos Alberto Martins Ferreira
Itapema 
2020
1
"QUASE O PIOR CENÁRIO": O INCÊNDIO NO TÚNEL DE BALTIMORE EM 2001 (A)
Referência: SCOTT, Esther. "Quase o pior cenário": O incêndio no túnel de Baltimore em 2001 (A). Harvard Business School, Fevereiro, 2017. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/ead/sendWork. Acesso em: 03 Março 2020.
a) INTRODUÇÃO
Caso de uma empresa de trem de carga pertencente à CSX Corporation, que causou um incêndio a 1,6 km dentro do túnel em alguns dos seus 60 vagões, sendo uma importante malha ferroviária em Baltimore, que cobre quase 3 km de extensão em um túnel abaixo aproximadamente 18 m da Rua Howard, uma via que é considerada o coração da cidade, tendo em vista locais turísticos, prédio comercial com vários escritórios, arranha-céu residencial, estádio de baseball, entre outros. Configurando uma emergência inédita tanto para a gestão local, estadual e federal, com muitos desafios ainda pouco explorados na prática o seu melhor método de prevenção e extinção.
b) DESENVOLVIMENTO
Um detalhe que chama a atenção logo de início foi o período do acontecimento, em um dia quente no final da tarde no mês de Julho, sendo que o verão nos EUA inicia-se no mês de Junho, então temos um fator que aumenta a gravidade da situação para uma ocorrência não prevista de um incêndio. Túnel que foi inaugurado em 1896, com trânsito de pessoas nos trens até o ano de 1961, foram marcados ai 65 anos de exposição direta de vidas sem o devido plano de emergência para situações que englobassem um regaste seguro nas mais diversas emergências, a partir de 1961 o Túnel ferroviário passa a ser tornar exclusivo de transporte de cargas, gerando um pico de 28 a 32 trens por dia que transitam por esta importante malha ferroviária que liga os principais pontos da cidade localizado a Leste no EUA, no ano de 1985 tem o registro de o primeiro relato de um funcionário autônomo de uma empresa de cargas, que deixa em aberto algumas questões evidenciando a falta de planejamento emergencial em situações especificas principalmente para os mais variados tipos de cargas que transitam diariamente pelo túnel, mas de nada foi realizado e até mesmo dado a devida importância em nível local, estadual e federal para resolver.
Na cidade tinha até um Plano de Emergência criado em 1987 conforme legislação federal, mas não incluíam ações preventivas para os acidentes com produtos químicos no túnel, muito menos previam sua existência. Também o prefeito jovem a época que a anos trabalhou na câmara de vereadores e em 1999 ganharia para prefeito da cidade não sabia da existência do túnel. 
Depois das 15:00hrs de quarta, 18 de Julho, 2001, 60 vagões, 29 vazios, papel, madeira, óleo de soja e vários outros com produtos químicos, um trem de carga da CSX com destino a Newark, Nova Jersey, entrou na extremidade sul do Túnel da rua Howard, as 15:07hrs cambaleou a uma parada inesperada e abrupta, a tripulação sem contato por rádio com o controle e com medo de ficar asfixiado com a fumaça de óleo diesel desengatou-se com três vagões e seguiram para a saída norte, as 15:25hrs conseguiram o contato com o controle e com a autorização tentaram retornar no túnel e sem sucesso pois a fumaça que saíra pela extremidade norte e sul do túnel era densa e intensa, as 16:15 os bombeiros recebem uma ligação do controle para informar o ocorrido, sendo que o Batalhão da cidade recebe com muita frequência relatos de fumaça na extremidade do túnel, que é devidamente esclarecida pela fumaça da próprio trem, mas nesse caso se diferenciou pelo relato ser da fumaça estar saindo nas duas extremidades e ser bem intensa e densa, o que gerou o deslocamento, as 17:00hrs chega-se os Bombeiros e monta-se o gabinete local de crise, incialmente instalado no extremo norte e na mesma noite mudado para extremo sul, local de entrada trem, de imediato que junto a equipe o Chefe do Batalhão para materiais perigosos estava preocupado com a possível explosão da combinação de agentes químicos que podem reagir juntos em uma temperatura de ebulição de até 815,6 °C, causando uma explosão de vapor e expansiva com liquido “BLEVE”, sendo que até na primeira meia hora os funcionários locais estavam em completa escuridão do que fazer e com agir, desconhecido era aquela situação, sendo a única evidência visível era volume da fumaça, cor da fumaça e intensidade da fumaça, nada ajudava no momento sendo que estava prestes a ser horário de maior pico de movimentação de pessoas retornando para as suas casas logo acima na rua e também em deslocamento para o estádio de baseball, importante jogo naquele dia, realmente o cenário não inspirava boas soluções.
Equipe de Bombeiros capacitada para agentes químicos, fizera apenas um atendimento de vazamento e incêndio químico em um espaço confinado, o restante era tudo na base teórica e simulações, mas nada ainda voltado para aquela situação inédita, envolvendo um incêndio desta magnitude problemática com vários materiais comburentes e químicos estando a 1,6 km adentro do túnel. Os Bombeiros tinham a disposição 150 homens e 40 equipamentos, que logo ao chegar no local tentaram entrar mais sem sucesso devido a fumaça muito espessa, mal dava pra ver a mão e combinado ao calor insuportável, mas uma boa notícia foi chegar uma agência estadual do meio ambiente a MDE, sem ser acionada chegaram logo em seguida por estar sempre acompanhando as ocorrências dos Bombeiros, também em conjunto estava EOC, consórcio de empresas do ramo químico, nesta equipe estavam presentes dois químicos que descartaram a possibilidade da explosão “BLEVE”, pela relação de produtos químicos que ali se encontravam, a única preocupação de ambos foi a reação do fogo com particularmente o ácido fluorosilicico poderiam liberar vapores de calor que podiam ser tóxicos para os bombeiros e trabalhadores de emergência no local e, possivelmente, para a população circundante. "Ácidos são muito solúveis em água", sendo assim faziam testes da fumaça com frequência afim de saber a existência ou não de vapor ácido.
Por fim a escolha para as lideranças locais, estaduais e federais para o gabinete com as principais tomadas de decisões e acompanhamento da situação ficou localizado na sala "COMSTAT", na sede da polícia, que foi equipada com telefones, câmeras e monitores de vídeo e computadores.
c) CONCLUSÃO
Com base no que esta sendo aprendido na matéria de Administração Aplicada a Engenharia de Segurança do Trabalho, podemos elencar vários pontos de melhoria e elogiar algum o outro ponto positivo, pois a prevenção envolve pensar, analisar e planejar os processos, a fim de, determinar onde ocorrem as falhas, e estabelecer medidas necessárias para impedir que o evento aconteça. A começar pela comunicação ineficiente entre os tripulantes e controladores, gerando um tempo que as vezes pode ser crucial para o atendimento de uma ocorrência, a falta de procedimento e treinamento dos colaboradores para como deve se agir em um momento de emergência no túnel.
Destes pontos iniciais abordados acima, ambos estariam vinculados no principal vetor que conduziria a equipe para a prevenção, que é o planejamento determinando uma comissão que iria conduzir todo o plano de gestão em casos de crises emergenciais no túnel, administrando todas as possíveis situações para que haja sintonia entre a segurança do trabalho e a atividade em si.
Os químicos que estavam presente na situação de emergência é um ponto positivo, pois de imediato já descartou a possibilidade da explosão “BLEVE”, também auxiliou nos trabalhos para a detecção de vapor ou não ácido na fumaça do túnel.

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