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EXECUÇÃO FUNDADA EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL - TCC

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*Pós-Graduação em Direito Civil e Processual Civil da Universidade Estácio de Sá, Campus Moreira 
Campos. E-mail: karla.fernandess@gmail.com. 
 
EXECUÇÃO FUNDADA EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
KARLA FERNANDES SOARES* 
 
RESUMO 
O presente artigo visa desenvolver uma breve análise da ação de execução fundada 
em título extrajudicial, através de uma pesquisa exploratória, utilizando-se, para tanto, 
da pesquisa bibliográfica. O artigo introdutoriamente aborda a definição da jurisdição 
executiva, a fim de estabelecer as diferenças entre a jurisdição executiva e a jurisdição 
de conhecimento. Em seguida, uma breve abordagem da tutela executiva, dos 
princípios que norteiam a execução, seus elementos, pressupostos processuais, 
condições, a definição legal e obrigatoriedade de existência de um título, bem como 
da configuração do inadimplemento para a promoção da execução. Ao final, faz-se 
uma análise da espécie de execução fundada em título extrajudicial, tema alvo do 
presente trabalho e os meios de defesa disponíveis ao executado. O artigo não tem o 
objetivo de esgotar a temática, mas sim de apresentar elementos para o 
desenvolvimento da execução extrajudicial. 
 
Palavras-Chave: Execução, Título, Extrajudicial, Inadimplemento. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 Introdutoriamente, antes de adentramos ao estudo da execução fundada em 
título extrajudicial, imperioso se faz definir o tema jurisdição, assim como, estabelecer 
as diferenças entre a jurisdição executiva e a jurisdição de conhecimento. 
Pois bem, temos a jurisdição como a função do Estado de eliminar os conflitos 
de interesses, ou seja, é o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um 
determinado caso, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses, resguardando 
assim a ordem jurídica e a autoridade da lei. 
Podemos dizer, ainda, que a Jurisdição é gênero, do qual são espécies a 
jurisdição de conhecimento e a jurisdição executiva. E mais, que a jurisdição executiva 
é consequência da execução de conhecimento, quando fundada em título judicial. 
Na jurisdição de conhecimento, a nova processualística busca pela verdade 
formal, atribuindo o direito a uma das partes, seja ao autor ou ao réu, através do que 
2 
 
 
parece ser verdadeiro. Para tanto, às partes é dada a oportunidade de produzirem 
provas, investigando fatos, analisando documentos, colhendo o depoimento de 
testemunha, ouvindo as partes, objetivando, assim, a prolação de uma sentença justa. 
A sentença, portanto, simboliza o ápice da jurisdição de conhecimento. 
Na jurisdição executiva, no entanto, já se sabe quem é o autor do direito. Por 
isso afirmamos anteriormente que a jurisdição executiva é consequência da jurisdição 
de conhecimento. Eis que uma vez não satisfeita voluntariamente a obrigação imposta 
pela sentença recorre-se à jurisdição executiva, para que o devedor cumpra 
coercitivamente a decisão judicial. 
Assim, quando não cumprida voluntariamente a obrigação determinada em 
sentença ou estabelecida em título executivo, pode o credor solicitar a intervenção 
estatal para obrigar o devedor a cumpri-la. Para tanto, ressalte-se, é necessário que 
reste comprovado o inadimplemento do devedor e a existência de um título executivo. 
Isso porque, a sentença somente estabelece o direito, declara a sua 
existência. E o título executivo, por sua vez, apenas comprova a obrigação a ser 
cumprida. É necessário, contudo, a satisfação do direito em si, após a prolação de 
sentença, bem como a realização da obrigação disposta em título executivo, podendo, 
portanto, ser perquirida por meio da jurisdição executiva. 
Esclarecido isto, passaremos, então, sem o intuito de esgotar o tema, ao 
estudo da execução fundada em título extrajudicial, mas antes faremos uma breve 
abordagem sobre a tutela executiva, apontando as diferenças das duas vias 
executivas existentes, os princípios que norteiam o processo de execução, os títulos 
executivos e, finalmente, a execução extrajudicial e os meios de defesa do executado. 
 
2 TUTELA EXECUTIVA 
A tutela executiva tem como objetivo a realização de um direito já declarado 
ou definido em título judicial ou extrajudicial, visando à eliminação de um 
inadimplemento. É uma espécie de tutela jurisdicional, concretizada mediante 
execução forçada, que opera exclusivamente em favor do credor. 
Nas palavras de Misael Montenegro Filho, “a execução é o instrumento 
processual utilizado pelo credor para exigir o adimplemento forçado da obrigação 
definida no título judicial ou extrajudicial, em benefício deste e independentemente da 
vontade do devedor, e mesmo contra a sua vontade”. (2018, p.559) 
3 
 
 
Com efeito, a finalidade da execução é promover coercitivamente o 
cumprimento de uma obrigação certa, líquida e exigível. Desse modo, constatada a 
resistência ao adimplemento espontâneo da obrigação, faz-se necessária a 
intervenção estatal para garantir o cumprimento da obrigação. 
Para tanto, a via jurisdicional executiva, assim como o processo de 
conhecimento, sujeita-se às condições da ação e pressupostos processuais para seu 
desenvolver e validade, mas algumas características são peculiares ao processo de 
execução, a saber: exigibilidade da obrigação e título executivo. 
Assim sendo, o credor somente terá direito à plena satisfação da obrigação, 
fim maior da execução, se demonstrar que é detentor de interesse processual e que 
todos os pressupostos processuais estão presentes. 
Antes para forçar o cumprimento de uma obrigação, por muito tempo, 
permitiu-se a imposição de meios cruéis e extremamente danosos ao devedor. Porém, 
com a evolução do Direito, a dívida passou de uma fase em que o próprio indivíduo 
respondia pela execução, para uma fase em que apenas o patrimônio do devedor 
responde pelo débito. Evitando, com isso, a possibilidade de prisão, da escravatura e 
até a morte dos devedores, antes admitidas. 
No Direito Brasileiro, apenas o patrimônio do devedor responde pela dívida, 
não sendo, portanto, permitida a prisão de um indivíduo por dívidas, salvo na situação 
que envolve o devedor de alimentos (inciso LXVII do art. 5º da CF). Então, 
considerando a impossibilidade de prisão do devedor, por vezes, é necessária a 
utilização das medidas de apoio, as quais destacamos a fixação de multa diária, para 
estimular o adimplemento da obrigação específica. 
No que se refere à evolução do procedimento da execução, até o Código 
Processual Civil de 1939, a execução era considerada uma fase complementar do 
processo de conhecimento, que, segundo dispunha o art. 298 do CPC/1939, quando 
representada por um título extrajudicial, exigia a propositura de ação especial, ação 
executiva, com procedimento especial. 
Porém, com o novo código, o processo de execução sofreu algumas 
modificações pontuais. De modo que existem atualmente duas vias de execução: a 
do cumprimento das sentenças, fundada em título judicial, e a da execução de títulos 
extrajudiciais. 
Assim, podemos pontuar algumas diferenças entre a execução fundada em 
título judicial e a execução fundada em título extrajudicial, vejamos: quando fundada 
4 
 
 
em título judicial, instaurada após a prolação da sentença resolutiva de mérito, é tida 
como uma fase processual, que designamos fase de cumprimento de sentença. 
Porém, quando fundada em título extrajudicial, que são os títulos de crédito a que a 
lei confere eficácia executória, a execução tem natureza jurídica de ação, e não de 
fase do processo. 
Essas diferenças se justificam pela exigência de uma petição inicial, na 
execução de título extrajudicial, seguida da citação do devedor e da prática de vários 
outros atos, como a penhora de bens, a apresentação da defesa pelo devedor, 
intitulada embargos à execução, o julgamento dessa defesa, a adjudicação ou a 
arrematação do bem penhorado, a entrega do produto da venda forçada ao credor e 
a prolação de uma sentença. 
Nesses termos, quando dianteda certeza prévia do direito do credor e a lide 
se resumir no descumprimento da obrigação, o processo de execução limita-se ao 
conhecimento liminar da existência do título do credor, para, em seguida, utilizar a 
coação estatal sobre o patrimônio do devedor, e, independentemente da vontade 
deste, realizar a prestação a que tem direito o credor. Trata-se do processo de 
execução, em que o órgão judicial invade a esfera patrimonial do devedor para sub-
rogar-se na posição obrigacional dele em face do credor. 
Importante que se diga que, apesar das duas vias de execução serem tratadas 
como institutos distintos, as normas que regulam o procedimento da execução 
fundada em título extrajudicial são aplicáveis também ao procedimento de 
cumprimento de sentença, complementando-as, assim como a quaisquer outros atos 
executivos. (art.771, CPC) 
Por outro lado, conforme disposto no parágrafo único do art. 771 do CPC, as 
disposições relativas ao procedimento comum e ao cumprimento de sentença 
aplicam-se subsidiariamente ao processo de execução. 
Demais disso, partindo da premissa que a execução somente poderá ser 
promovida quando caracterizada a inadimplência do devedor, importuno ressaltar que, 
ante o adimplemento do devedor, tão logo a propositura da ação, nos termos do art. 
788, esta deverá ser extinta. Entretanto, em respeito ao princípio da causalidade, 
objeto de estudo do tópico seguinte, tal adimplemento repentino do devedor, não 
afasta a obrigação do executado de efetuar o pagamento das custas processuais e 
dos honorários advocatícios, desde que o devedor tenha sido citado, na execução 
fundada em título extrajudicial. 
5 
 
 
Ademais, será nula a execução, se o título carecer de força executiva, se o 
executado não for regularmente citado ou se instaurada antes de se verificar a 
condição ou de ocorrer o termo, que lhe deu causa. (art.803, CPC) 
Isto posto, para melhor compreensão, iniciaremos o estudo dos princípios que 
norteiam o processo de execução. 
 
3 PRINCÍPIOS QUE ORIENTAM A EXECUÇÃO 
A constitucionalização do processo nos trouxe a percepção que o 
processo, além de garantir segurança jurídica e acesso à ordem jurídica justa, deve 
estar em plena sintonia com os valores contidos na Constituição Federal de 1988. 
Para Cândido Rangel Dinamarco, “a tutela constitucional do processo tem o 
significado e escopo de assegurar a conformação dos institutos do direito processual 
e o seu funcionamento aos princípios que descendem da própria ordem 
constitucional”. (2009, p.227) 
Nesses termos, fundamental atentar para a relevância dos princípios 
processuais que norteiam a execução, orientando a prática de atos tanto na jurisdição 
de conhecimento como na jurisdição executiva. 
A priori, em relação à tutela jurisdicional executiva é mister destacar o princípio 
da duração razoável do processo, contido no art. 4º da Constituição Federal, 
carreando maior eficácia ao acesso à justiça, e o princípio da cooperação entre as 
partes, expresso no art. 6º do mesmo diploma legal, a fim de se obter, “em tempo 
razoável, decisão de mérito justa e efetiva". 
Dessa forma, conclui-se que o acesso à justiça compreende a obtenção da 
prestação jurisdicional em tempo razoável, com a máxima efetividade possível, 
devendo, para tanto, todos cooperarem entre si. 
Apesar dos dois princípios acima citados representarem um norte a guiar todo 
o processo, principalmente quando inserido na tutela executiva, não se pode deixar 
de advertir que, seja em fase processual, seja como ação autônoma, a execução 
sempre se submeterá aos demais princípios gerais e fundamentais a todo o processo 
civil, notadamente: do juiz natural, da isonomia, do contraditório, da ampla defesa, da 
motivação das decisões judiciais, da publicidade do processo e dos atos processuais. 
No entanto, adiante iremos nos ater a expor os principais princípios do 
processo de execução, com as devidas adaptações em decorrência das 
características da ação ou da fase processual que examinamos. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
6 
 
 
 
3.1 PRINCÍPIO DA UTILIDADE AO CREDOR 
A finalidade da execução é a efetivação do crédito em favor do credor. Desse 
modo, preceitua o princípio da utilidade que o processo de execução deverá ser útil 
ao exequente. Não se justificando, assim, a instauração de processo executivo que 
apenas traga prejuízo ao devedor sem trazer qualquer proveito prático ao credor. 
Tanto que, o art. 836 do CPC determina que “não se levará a efeito a penhora 
quando ficar evidente que o produto da execução dos bens encontrados será 
totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução”. 
Então, tomando como base que a execução é um meio de pagamento ao 
credor, caso a penhora se mostre inútil à satisfação da dívida, não se deve promover 
a execução, haja vista que servirá exclusivamente como punição ao devedor. 
 
3.2 PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE DA EXECUÇÃO 
Partindo do pressuposto que o processo de execução se destina à satisfação 
do direito do exequente, proferido no processo de conhecimento ou assentado em 
título extrajudicial, questiona-se que referido princípio é um desdobramento do 
princípio da máxima utilidade da atuação jurisdicional, condensada na afirmação de 
que o processo deve proporcionar a quem tem direito tudo aquilo e exatamente aquilo 
a que tem direito. E, ainda, que está intimamente ligado ao direito à razoável duração 
do processo, haja vista que a efetividade requer não apenas a satisfação de um direito, 
mas também a sua efetivação em razoável tempo. 
Para Alexandre Freitas Câmara (2004, p. 153), que, assim, discorre sobre o 
princípio da Efetividade da Execução: 
A execução forçada, destinada que é a satisfazer o direito de crédito do 
exequente, só será efetiva à medida que se revelar capaz de assegurar ao 
titular daquele direito exatamente aquilo que ele tem direito de conseguir. 
Assim, na execução por quantia certa, o processo de execução só será 
efetivo se for capaz de assegurar ao exequente a soma em dinheiro a que faz 
jus. 
 
Deve-se, porém, prevenir que a execução, que muitas vezes representa 
medida de extrema força contra o devedor, na medida em que implica invasão de sua 
esfera patrimonial, não pode levar o devedor e sua família a uma situação que ofenda 
a dignidade humana. Razão pela qual alguns bens são caracterizados como 
impenhoráveis, a fim de assegurar um mínimo à sobrevivência digna do executado. 
7 
 
 
A bem da verdade, é que a realidade tem nos mostrado o contrário, pois os 
processos de execução, de modo geral, apresentam pouco efetividade, resultando, 
por vezes, na completa frustração do credor quanto à satisfação do seu crédito, 
principalmente quando figura no polo passivo a Fazenda Pública. 
 
3.3 PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE PARA O DEVEDOR 
Antes de falarmos do princípio da menor onerosidade para o devedor, é 
importante ressaltar que a execução opera exclusivamente em favor do credor, ou 
seja, é promovida em atenção e no proveito do credor. 
Sendo assim, não pode o devedor se beneficiar das prerrogativas máximas 
na fase processual ou na ação de execução, eis que promoveria desequilíbrio entre 
as partes, e por conseguinte, infringiria o princípio da isonomia. 
No entanto, não se pode afirmar, com isso que a execução somente se 
encerra em favor do credor, uma vez que ao devedor é dada a oportunidade de 
defesa. Que se utilizando dessa máxima, pode desconstituir os atributos de certeza, 
de liquidez e de exigibilidade da obrigação constante do título que embasou a 
execução. 
Mesmo assim, reafirma-se que a finalidade da execução é a efetivação do 
crédito em favor do credor. Para isso, resta ao devedor atos processuais 
desconfortáveis que são praticados durante o procedimento executivo, como o 
aperfeiçoamento da penhora de bens, adesignação de dia e hora para a realização 
do leilão judicial, a arrematação do bem penhorado, o pagamento ao credor, entre 
outros. 
Contudo, o art. 805 do CPC, ainda que diante da legalidade em obrigar 
coercitivamente o cumprimento da prestação, resguarda o direito que tais atos 
executórios sejam praticados de uma forma menos onerosa para o devedor. Todavia, 
ao executado que alegar onerosidade cabe indicar outros meios menos gravoso. Veja-
se: 
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, 
o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado. 
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais 
gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob 
pena de manutenção dos atos executivos já determinados. 
 
Corroborando com o exposto, Misael Montenegro Filho (2018, p.561) afirma: 
O princípio da menor onerosidade para o devedor representa um favor, 
garantindo que, dentre várias formas possíveis de (naturalmente) se sacrificar 
8 
 
 
o devedor, que se adote a técnica menos agressiva, que menos o traumatize. 
Se o devedor possui dois bens, cada qual de valor suficiente para garantir o 
adimplemento da obrigação, a lei lhe confere a prerrogativa de requerer a 
substituição do bem penhorado, desde que comprove que lhe será menos 
onerosa e não trará prejuízo ao exequente (art. 847, caput). 
 
Por outro lado, não pode o executado alegar em seu favor genericamente o 
princípio da menor onerosidade, pois como já dito, para tanto, deve indicar outros 
meios a serem adotados. Isso porque o ônus da prova é do devedor, que dele terá 
que se desincumbir. 
 
3.4 PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE 
Determina o aludido princípio que as custas processuais ficarão a cargo do 
devedor, haja vista que este deu causa ao processo, em razão do seu 
inadimplemento. Têm-se, portanto, que as despesas da execução devem ser 
adimplidas por quem provocou sua instauração. 
Tanto assim o é que, ainda que queira o executado remir da execução, isto é, 
resgatar os bens penhorados mediante o pagamento do débito executado, para isso, 
deverá pagar, além do principal atualizado, os juros, as custas e os honorários 
advocatícios. (art.826, CPC) 
Ainda, determina o artigo 831 do CPC que a penhora deverá ser suficiente 
para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e honorários 
advocatícios. E mais, na fase de cumprimento de sentença, havendo custas, o 
executado será intimado para pagá-las, no prazo de quinze dias, juntamente com o 
valor principal. (art.523, CPC) 
Além disso, pagará o executado os honorários advocatícios de cinco por cento 
do valor atribuído a causa, se efetuar o pagamento da dívida no prazo de quinze dias, 
mas será isento das custas processuais se adimplir voluntariamente a prestação. 
(art.701, CPC) 
Porém, como toda regra tem a sua exceção, correrá por conta integral do 
exequente os custos processuais em caso de desistência da execução ou quando 
julgado procedentes, no todo ou em parte, os Embargos aviados pelo executado. (arts. 
775 e 776) 
 
 
 
9 
 
 
4 TÍTULO EXECUTIVO 
Preceitua a Lei Processual Civil que a execução pode fundamentar-se em 
título executivo judicial ou extrajudicial. Diz-se judicial, o título extraído de sentença 
condenatória prolatada no processo de conhecimento ou outro título judicial a ela 
equiparado; e extrajudicial o documento representativo de negócio jurídico, 
reconhecido fora da tutela do Estado. 
Para o doutrinador Candido Rangel Dinamarco (1997, p.208): “Título 
executivo é um ato ou fato jurídico indicado em lei como portador do efeito de tornar 
adequada a tutela executiva em relação ao preciso direito a que se refere.” 
Entretanto, somente a lei poderá criar títulos executivos. Os artigos 515 e 784 
do CPC/2015 elencam os documentos qualificados como títulos executivos judiciais e 
extrajudiciais, respectivamente. 
Em relação aos títulos executivos extrajudiciais, que podem ser títulos 
públicos ou particulares, o ilustríssimo doutrinador Cândido Rangel de Dinamarco 
(2009, p.746) define: 
Conceitualmente, título executivo extrajudicial é sempre um ato jurídico, 
estranho a qualquer processo jurisdicional, que a lei do processo toma como 
mero fato jurídico ao agregar-lhe, ela própria, uma eficácia executiva não 
negociada pelas partes, não incluída no negócio e que, ainda quando ali 
houvesse alguma disposição nesse sentido, teria sempre apoio na lei e não 
na vontade das partes. 
 
 Ainda, quanto aos títulos extrajudiciais, importante definir alguns deles, a fim 
de demonstrar o motivo de sua força executiva. Vejamos. 
a) Letra de Câmbio: ordem de pagamento dirigida ao devedor que será paga em 
favor de um terceiro; 
b) Nota Promissória: promessa de pagamento de quantia em data certa pelo 
emitente em favor do beneficiário, no caso o credor. 
c) Duplicata: ordem de pagamento efetuada pelo sacador/vendedor 
(banco/factoring) em face do sacado/comprador em virtude de uma compra e 
venda mercantil ou prestação de serviços (título casual/condicional). 
d) Debêntures: títulos representativos de um contrato de mutuo; realiza-se o 
empréstimo e depois o debenturista recebe o valor investido, acrescido de juros e 
correção monetária. 
e) Cheque: ordem de pagamentos à vista efetuadas pelo emitente em favor do 
credor em face do banco sacado. 
https://jus.com.br/tudo/factoring
https://jus.com.br/tudo/compra-e-venda
https://jus.com.br/tudo/compra-e-venda
10 
 
 
De um modo geral, consagra-se o título executivo como a prova legal do 
crédito, e por conseguinte, a base fundamental do processo de execução; por essa 
razão, pressupõe alguns requisitos: liquidez, certeza e exigibilidade. 
Diz-se que um título é líquido quando nele está definido precisamente quanto 
o executado deve, e certo quando dá ao exequente segurança acerca do direito a ser 
cobrado. Por fim, o título é exigível quando se pode exigir, de qualquer forma, o seu 
cumprimento. 
O fato é que o título executivo se torna um meio essencial para o início de 
qualquer que seja a execução, inclusive a execução extrajudicial, assunto principal do 
presente trabalho e tema do tópico posterior. 
 
5 EXECUÇÃO FUNDADA EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
Como já mencionado, quando fundada em título extrajudicial, que são os 
títulos de crédito a que a lei confere eficácia executória, a execução tem natureza 
jurídica de ação, e não de fase do processo. 
Dessa forma, ao indivíduo detentor de título executivo extrajudicial é 
permitido, desde logo, quando não satisfeita a obrigação, buscar a tutela jurisdicional 
para promover a execução forçada do seu crédito. Sem que, para isso, seja 
necessário provocar a instauração de um processo de conhecimento, por vezes, longo 
e custoso. 
Porém, é de bom alvitre esclarecer que o fato de não ser forçoso a instauração 
de um processo de conhecimento, não há impedimento legal que obste o detentor de 
título extrajudicial em optar pelo processo de conhecimento, “a fim de obter título 
executivo judicial”. (art.785, CPC) 
Importante que se esclareça isso, pois parte da doutrina entendia que “carece 
de interesse de agir para demandar a formação de título executivo judicial aquele que 
já tem um título executivo extrajudicial”. (ALEXANDRE FREITAS CÂMARA, 2017) 
Assim, segundo tal entendimento, se o credor, possuidor de título executivo 
extrajudicial, ajuizasse ação de cobrança, pelo rito comum, de conhecimento, não 
preencheria a condição da ação de interesse processual, e deveria, então, o processo 
ser extinto sem resolução de mérito. 
Apesar de superado tal entendimento e o direito do possuidor de título 
extrajudicial em optar pelo processo de conhecimento ter sido acolhido 
expressamente pelo CPC/2015, em seu art. 785, questiona-se, ainda, quais as 
11 
 
 
vantagens em renunciar o direito de ingressar com a execução forçada do crédito, por 
uma via mais rápida: a execuçãode título extrajudicial. 
Em resposta a esse questionamento, pode-se apontar o maior grau de 
certeza que detém um título executivo judicial, a inalterabilidade da coisa julgada 
material, o direto do credor à fase do cumprimento de sentença, em que incide multa 
de 10% sobre o valor do crédito em caso de não haver o pagamento voluntário, e que 
não reconhece o direito de parcelamento da dívida; além da aplicabilidade de meios 
executivos atípicos, não admitidos no processo de execução de títulos extrajudiciais, 
entre outras primazias. 
Ainda, nesse sentido, outro questionamento é em relação à possibilidade de 
abdicar da força executiva do título extrajudicial para se ingressar com uma ação 
monitória. Pelo texto do art. 700 do CPC, pode-se entender que não é possível, uma 
vez que, deixa claro que a ação monitória deve ser proposta por aquele detentor de 
prova escrita sem eficácia de título executivo. 
Contudo, o art. 785 nos prova o contrário, já que ao optar pela instauração do 
processo de conhecimento, o credor renuncia a eficácia executiva do título. E é 
exatamente o que vêm entendo a jurisprudência. 
Então, vencida essa questão da renúncia à eficácia executiva do título, 
iremos, a partir daqui, avançar no estudo do processo de execução, que compreende 
as disposições gerais, os atos necessários à satisfação do direito do credor e, 
consequentemente, às obrigações necessárias ao devedor para adimplir sua 
obrigação. 
 
5.1 Das Disposições Gerais 
O processo de execução, como já se sabe, destina-se a satisfação de uma 
obrigação, representada em título executivo, posto que, não há execução sem título 
executivo, aquele que é assim determinado por lei. 
Assim, no intuito de efetivar a prestação da tutela jurisdicional executiva, pode 
o juiz em sede de execução, segundo disposições contidas nos art. 772, do Código 
de Processo Civil, em qualquer momento do processo, ordenar o comparecimento das 
partes envolvidas, alertar o executado sobre qualquer procedimento que atente à 
dignidade da justiça, e também, determinar que sujeitos indicados pelo exequente 
forneçam informações relacionadas ao objeto da execução. 
12 
 
 
Ademais, algumas condutas do executado, comissiva ou omissiva, dispostas 
no art. 774 do CPC, podem ser tidas como atentatórias à dignidade da justiça, e se 
comprovadas, incorrerá em multa pecuniária de até 20% do valor do débito em 
execução atualizado, em benefício do exequente, a ser exigida na própria execução 
(art. 777), sem prejuízo de outras sanções de ordem processual ou material. 
(SCARPINELA, 2016, P.580) 
Dois pontos importantes, constantes nas disposições gerais da execução, é o 
direito conferido ao exequente de “desistir de toda a execução ou de apenas alguma 
medida executiva”, e a responsabilidade do exequente pelos danos que os atos 
executivos causarem ao executado se a sentença, transitada em julgado, declarar 
inexistente, no todo ou em parte, a obrigação que ensejou a execução. (arts.775 e 
776) 
Por último, importante dizer, ainda, que a cobrança das multas e indenizações 
decorrentes de litigância de má-fé ou de prática de ato atentatório à justiça, em sede 
de execução, será promovida nos próprios autos do processo. 
 
5.1.1 Das Partes 
Quanto à legitimidade para iniciar a demanda executiva, conforme dispõe o 
caput do artigo 778 do CPC, pode promover a execução, “o credor a quem a lei 
confere título executivo”. 
Contudo, Fredie Didier Jr faz importante ressalva quando afirma que apesar 
de o Código referir-se ao “credor a quem a lei confere título executivo”, o exequente 
não necessariamente será credor. Uma vez que há a possibilidade do processo de 
execução ser ajuizado por parte ilegítima, e por conseguinte, existe a possibilidade de 
a parte que promove a ação não ser credora. Mas sensato dizer, então, que a 
execução é promovida por aquele que se declare credor. E sobrevindo a ilegitimidade, 
esta poderá ser arguida em embargos à execução. 
Além do credor, que, como vimos, possui legitimidade ordinária primária, já 
que atua em nome próprio por direito próprio, existem outras possibilidades 
de legitimidade ativa. É o que se extrai do parágrafo 1º, do citado art. 778, que 
estabelece a legitimidade extraordinária do Ministério Público, que litiga em nome 
próprio, mas na defesa de interesse alheio, nos casos previstos em lei; e do parágrafo 
2º, que estabelece a legitimidade ordinária superveniente do espólio, herdeiros ou 
13 
 
 
sucessores do credor, do cessionário e do sub-rogado para promover a execução, 
independentemente de consentimento do executado. 
Nesse sentido, afirma Daniel Amorim Assumpção Neves que quando houver 
sucessão do crédito, têm-se a legitimidade ordinária secundária, que diverge da 
extraordinária, por se trata de litigância em defesa de interesse próprio, e não em 
nome próprio em defesa de interesse alheio. E difere-se da legitimidade primária ou 
originária, pois derivada da sucessão “causa mortis”. 
Ademais, a doutrina prevê, ainda, outro legitimado ativo da execução: o 
advogado. Posto que o art. 23 da Lei nº 8.906/94 confere ao advogado o direito de 
executar os honorários advocatícios de sucumbência: 
Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou 
sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para 
executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando 
necessário, seja expedido em seu favor. 
 
No tocante à legitimidade passiva, o artigo 779, do CPC, aduz que poderá 
figurar como executado: I- o devedor, reconhecido como tal no título executivo; II- o 
espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; III- o novo devedor que assumiu, 
com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo; IV- o fiador 
do débito constante em título extrajudicial; V- o responsável titular do bem vinculado 
por garantia real ao pagamento do débito; VI- o responsável tributário, assim definido 
em lei. 
Em relação ao fiador, frisa-se que, caso não tenha renunciado, tem direito ao 
benefício de ordem (art. 827 do CC), podendo requerer que sejam executados 
primeiramente os bens do devedor, quando situados no mesmo munícipio, livres e 
desembargados (tantos quantos bastarem para quitação do débito). No entanto, Didier 
(2017, p.322) faz uma interessante observação: 
A questão do legitimado passivo na execução passa, sobretudo, pelo exame 
da responsabilidade pelo cumprimento da obrigação: todo aquele a quem se 
puder imputar o cumprimento de uma prestação pode ser sujeito passivo da 
demanda executiva, seja ele o devedor principal ou o responsável, como o 
fiador […]. 
Obviamente, no caso de execução de título extrajudicial, o fiador é 
legitimado passivo, notadamente porque o contrato de fiança é título 
executivo (art. 784, V, CPC). O fiador convencional é, nesse caso, legitimado 
passivo, independentemente de ter havido ou não benefício de ordem. 
 
Imperioso destacar, ainda, no que se refere ao fiador, é o caso da sub-rogação 
na fiança, pois quando a dívida é paga pelo fiador, adquiri este o direito de executá-
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11708074/artigo-23-da-lei-n-8906-de-04-de-julho-de-1994
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109252/estatuto-da-advocacia-e-da-oab-lei-8906-94
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10683856/artigo-827-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035419/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
https://www.sajadv.com.br/cpc/art-783-a-785-do-novo-cpc/
14 
 
 
la, nos autos do mesmo processo, contra o afiançado. Com isso, confere-se ao fiador 
legitimidade ativa. É o que dispõe os artigos 831 do CC e 794 § 2º do CPC: 
Art. 831. O fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado nos 
direitos do credor; mas só poderá demandar a cada um dos outros fiadores 
pela respectiva quota. 
Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeirosejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e 
desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora. 
§ 2 º O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos 
do mesmo processo. (grifo nosso) 
 
Já em relação à legitimidade ativa do espólio, herdeiros e sucessores, têm-se 
que no decorrer do processo de conhecimento, é suficiente que haja prova robusta da 
legitimidade. Mas, depois de iniciada a execução, havendo exigência de maior rigor 
para aproveitamento da obrigação, deve-se instaurar o processo de habilitação 
incidente, previsto nos artigos 687 e 688 do CPC, com suspensão do processo. 
Sabe-se, porém, que a legitimidade do espólio, que representa o conjunto de 
bens, direitos e obrigações deixado pelo “de cujus”, persiste até o encerramento da 
partilha. Depois disso, esta passará aos herdeiros até o limite do seu quinhão. 
Assim, diante da negativa do inventariante, representante legal do espólio, em 
iniciar a execução ou em suceder o “de cujus”, qualquer um dos herdeiros estará 
legitimado, devendo o inventariante ser intimado da ação. 
Por fim, acerca da cumulação de dois ou mais títulos no mesmo processo de 
execução, de acordo com a regra do artigo 780 do CPC, permite-se que o exequente 
promova várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando se tratar 
de mesmo executado, e, desde que o juízo seja competente para todas elas e idêntico 
o procedimento. 
Portanto, podemos afirmar que o processo de execução, admite o 
litisconsórcio passivo e ativo, que em regra, será facultativo, apesar das possíveis 
exceções. Porém, para tanto, é necessário observar os requisitos previstos no art. 780 
do CPC. 
 
5.1.2 Da Competência 
O artigo 781 do CPC trata das regras de competência para execução de título 
extrajudicial. Basicamente, o dispositivo reproduz e desenvolve as regras de 
competência para o cumprimento de sentença. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10683501/artigo-831-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035419/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28889870/artigo-794-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28889866/par%C3%A1grafo-2-artigo-794-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28889995/artigo-780-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
15 
 
 
Da leitura do referido artigo, conclui-se que a competência é relativa, e, por 
conseguinte, os foros concorrentes a serem escolhidos pelo exequente. O que nos 
leva a algumas verificações importantes. 
 Primeiro, já que estamos tratando de título extrajudicial, deve-se observar se 
há eleição de foro fixado no título. Caso não, a execução poderá ser promovida no 
foro de domicílio do executado ou no foro do lugar em que se praticou o ato ou em 
que ocorreu o fato que deu origem ao título, ainda que nele não mais resida o 
executado. 
Imperioso esclarecer que quando o executado possuir mais de um domicílio, 
pode este ser demandado no foro de qualquer um deles. Porém, se incerto ou 
desconhecido o seu domicílio, a ação executiva poderá ser promovida onde for 
encontrado o executado ou no foro de domicílio do exequente. Já no caso de 
litisconsórcio passivo, e sendo diferentes os domicílios dos devedores, pode o 
exequente escolher em qual deles promover a execução. 
 
5.1.3 Da Responsabilidade Patrimonial 
A responsabilidade patrimonial caracteriza-se pela sujeição do patrimônio do 
devedor às medidas executivas destinadas ao cumprimento de suas obrigações. 
Nesses termos, aduz o artigo 789 do CPC: “O devedor responde com todos os seus 
bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições 
estabelecidas em lei”. 
Dessa forma, resta claro que a pretensão executiva recairá sempre sobre o 
patrimônio do devedor, nunca sobre sua pessoa. Mesmo quando o inadimplemento 
se referir a obrigações de fazer ou de não fazer, ou, ainda, de entrega de coisa. 
Isso porque, recusando-se o executado a cumprir com a sua obrigação, os 
meios executivos empregados são no sentido de forçar o cumprimento da obrigação 
por outras vias, que atinja o seu patrimônio e restrinja de alguma forma a livre 
disponibilidade deste. 
Nesse sentido, o art. 790 indica os bens sujeitos à execução: (i) do sucessor 
a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação 
reipersecutória;(ii) do sócio, nos termos da lei; (iii) do devedor, ainda que em poder de 
terceiros; (iv) do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou 
de sua meação respondem pela dívida; (v) alienados ou gravados com ônus real em 
fraude à execução; (vi) cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada 
16 
 
 
em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores; e (vii) 
do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica. 
Destaca-se para a distinção nos incisos V e VI, no que se refere ao patrimônio 
alienado ou gravado com ônus real quando seu reconhecimento se der em fraude à 
execução ou em fraude contra credores. Segundo se extrai do inciso VI, a invalidação 
do ato tenha deve ser requerida necessariamente em ação autônoma, enquanto a 
fraude à execução pode ser reconhecida no âmbito da própria execução. 
(SCARPINELLA, 2016, p.594) 
Vale, ainda, atentar para as diferentes espécies de responsabilidade 
patrimonial dos sócios, dispostas nos incisos ii e vii. Posto que, responsabilizar o sócio 
“nos termos da lei” é bem diferente de responsabilizá-lo pelo uso indevido da 
personalidade jurídica, que, sendo esse o caso, será direta. Já a responsabilidade do 
sócio, estabelecida no inciso ii, nos termos do art. 795, pode ser direta ou indireta, e, 
certamente, será subsidiária, sempre a depender do tipo de sociedade e da razão pela 
qual ela se tornou devedora. 
Por último, deve-se observar o chamado benefício de ordem, a ser alegado 
pelo codevedor, para que primeiro sejam executados os bens do devedor. Que, 
porém, não se aplica a quem a ele antes tenha renunciado. 
 
5.1.4 Da Fase da Proposição 
 Para iniciar a primeira fase, a fase da proposição da execução, em respeito 
ao princípio da inércia jurisdicional, deverá o exequente impulsionar o feito, por meio 
de petição inicial. Nesta deverão estar presentes os requisitos gerais do art. 319 CPC, 
com as suas devidas adaptações peculiares para ação de execução. 
Acolhida a inicial, o juiz determinará a citação do executado, intimando-o, via 
oficial de justiça a cumprir a obrigação, no prazo de 03 (três) dias, contados da citação, 
sob pena de penhora. (art. 829, CPC) 
Não conseguindo localizar o executado para proceder à citação, deverá o 
oficial de justiça arrestar tantos bens do devedor quantos bastem para garantir a 
satisfação da execução. (art.830, CPC) 
O arresto, dessa forma, se apresenta como uma medida assecuratória, que 
se justifica ante a impossibilidade da citação pessoal do devedor, e que visa garantir 
a efetivação da execução. 
17 
 
 
Transcorrido, pois, dez dias da efetivação do arresto, o oficial de justiça 
procurará novamente o executado por duas vezes, em dias distintos, e havendo 
suspeita de que o executado esteja se esquivando da citação, esta será realizada com 
hora certa. Se, no entanto, ainda sim, restar infrutífera a citação do executado, tanto 
a pessoal quanto a com hora certa, cabe ao exequente requerer a citação por edital. 
(art. 830, §1º e §2º, CPC) 
 
5.1.5 Da Fase de Instrução 
Por outro lado, considerando que a citação foi válida, inicia-se, então, a fase 
da instrução. Daí, findo o prazo legal de três dias para o pagamento da dívida, e 
permanecendo o inadimplemento, converte-se o arresto em penhora, 
independentemente de termo. (art. 830, §3º, CPC) 
 
5.1.6 Da Penhora 
A penhora tem o objetivode individualizar o bem que será utilizado para a 
satisfação coativa da dívida, implicando na retirada dos bens da posse direta e livre 
disposição do devedor. 
Nos termos do artigo 830 do CPC, a penhora recairá sobre os bens indicados 
pelo exequente, exceto se outros forem indicados pelo executado, que serão aceitos 
pelo juiz, em atenção ao princípio da menor onerosidade ao devedor, se restar 
comprovada que tal constrição será menos onerosa e não causará prejuízos ao 
exequente. 
Ressalte-se que a penhora deverá recair prioritariamente sobre dinheiro em 
espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira. Não havendo, porém, 
dinheiro a se penhorar, pode o juiz alterar a ordem prevista no art. 835 do CPC, 
considerando as circunstâncias em cada caso. 
Por outro lado, como anteriormente demonstrado, em respeito ao princípio da 
utilidade ao credor não será permitida a penhora quando evidentemente o produto da 
execução dos bens encontrados for totalmente absorvido pelo pagamento das custas 
da execução. Eis que, nesse caso, tal medida não traria qualquer utilidade ao credor, 
e sim, apenas, serviria de punição ao devedor. 
Importante mencionar, enfim, que alguns bens não se sujeitam à execução, 
por isso, classificados como impenhoráveis ou alienáveis, elencados no artigo 833 do 
CPC. 
https://jus.com.br/tudo/posse
18 
 
 
Porém, a impenhorabilidade instada nos incisos IV e X não se aplica quando 
se tratar de obrigação em pagar alimentos, independentemente de sua origem, tão 
pouco aos valores excedentes a 50 salários mínimos mensais. 
Em relação a impenhorabilidade do bem família, esta se dá não apenas em 
respeito ao direito à moradia, previsto no artigo 6º da Constituição Federal, mas, e 
principalmente, pelo princípio da dignidade humana previsto no inciso III do artigo 1º 
da Carta Maior. 
Tal garantia se estende, ainda, ao imóvel de pessoas solteiras, divorciadas e 
viúvas, conforme a Súmula 364 do STJ. Portanto, para configurar como bem de família 
não importa a quantidade de indivíduos que o habitam, mas sim o fim a que se destina, 
qual seja, a moradia. 
Entretanto, dito direito não é absoluto, posto que a impenhorabilidade do bem 
de família é afastada quando este bem possui valor expressivo, que extrapola os 
padrões médios. Já que não se justifica a proteção contra a execução deste bem, uma 
vez que tal proteção fundamenta-se na manutenção da dignidade e subsistência da 
família. 
Por fim, quanto aos bens de família, apesar da proteção legal, existe 
entendimento doutrinário que estes não são inalienáveis, podendo, portanto, serem 
oferecidos espontaneamente em garantia pelo proprietário, que pode dispor deles 
conforme seu interesse, desde que não fira preceito legal. Referido entendimento se 
consubstancia no direito do executado de se desfazer do bem extrajudicialmente, que, 
consequentemente, lhe dá o direito de desfazer-se também judicialmente. (DIDIER 
JR, 2017) 
 
6 DOS MEIOS DE DEFESA NO PROCESSO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO 
EXTRAJUDICIAL 
Como meio de defesa, poderá o executado apresentar embargos à execução 
de título extrajudicial que, diferentemente do caso de título judicial, deverá estabelecer 
uma relação processual incidente, fora do processo executivo propriamente dito. 
Os Embargos à execução constituem uma ação incidental cognitiva que tem 
como objetivo desconstituir o título extrajudicial executivo ou declarar sua nulidade ou 
sua inexistência, em contraponto à pretensão executiva. 
Tais questionamentos acerca da força executiva do título extrajudicial se deve, 
pois, segundo Humberto Theodoro Júnior (2007, p.89): 
19 
 
 
Embora o título extrajudicial goze de força executiva igual à da sentença, 
como fundamento para sustentar a execução forçada independentemente de 
acertamento em juízo acerca do crédito, não se apresenta revestido da 
imutabilidade e indiscutibilidade próprias do título judicial passado em julgado. 
Daí por que, ao regular os embargos manejáveis contra a execução de títulos 
extrajudiciais, a lei permite ao executado arguir tanto questões ligadas aos 
pressupostos e condições da execução forçada como quaisquer outras 
defesas que lhe seria lícito opor ao credor, caso sua pretensão tivesse sido 
manifestada em processo de conhecimento. 
 
Desse modo, a opor defesa, o embargante exercita o seu direito de ação 
contra o credor, no qual pretende uma sentença que extinga o processo de execução, 
seja pela desconstituição do título executivo ou pela declaração de sua nulidade ou 
inexistência. 
Quanto à matéria de defesa, nos termos do artigo 917 do CPC, o executado 
poderá alegar nos embargos à execução: 
I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; 
II - penhora incorreta ou avaliação errônea; 
III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; 
IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução 
para entrega de coisa certa; 
V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; 
VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo 
de conhecimento. 
 
Assim, o executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, 
querendo se defender da cobrança de crédito objeto de execução com base em título 
extrajudicial, deverá oferecer embargos à execução, no prazo de 15 (quinze) dias. 
Vale ressaltar que, de acordo com o §1º do art. 915 do CPC, havendo mais 
de um executado, o prazo para cada um deles embargar será contado a partir da 
juntada de seu respectivo comprovante de citação. Porém, quando os executados 
forem cônjuges ou companheiros, o prazo para embargar será contado a partir da 
juntada do último mandado de citação devidamente cumprido. 
Ainda em relação ao prazo para opor os embargos, importuno alertar que não 
há que se falar de prazo em dobro, no caso de litisconsórcio, mesmo que os 
executados tenham procuradores diferentes, e que, na execução por carta precatória, 
a citação será imediatamente informada pelo juiz deprecado ao juiz deprecante, por 
meio eletrônico, contando-se o prazo para os embargos a partir da juntada de tal 
comunicação aos autos. 
Demais disso, têm legitimidade para embargar, além do executado, legitimado 
natural, o terceiro, atingido pela penhora, que garante a obrigação de outrem, e, ainda, 
20 
 
 
o cônjuge não devedor, mas que em razão da penhora do imóvel do casal torna-se 
litisconsorte. 
No que ser refere à autuação e distribuição dos embargos, o §1º do art. 914, 
do CPC, disciplina que os embargos serão atuados em apartado e distribuídos por 
dependência junto ao juízo da execução, e instruídos com cópias das peças 
processuais relevantes. Havendo a possibilidade de se penalizar advogado, ao se 
verificar a existência de documentos falsos. 
Como se vê, os embargos à execução é um poderoso instrumento de defesa 
do executado em face do credor. Entretanto, insta atentarmos que o procedimento 
para oposição desta defesa, inegavelmente, passou por importantes e necessárias 
mudanças, no sentido de evitar que o uso dos embargos sirva como impedimento ao 
desenvolvimento regular do processo executivo. Por essa razão, tem natureza jurídica 
de ação, decorrendo de seu exercício um processo incidente de conhecimento. 
Ademais, os embargos à execução não têm efeito suspensivo automático, isto 
é, não suspende de imediato a execução. Somente, a requerimento do embargante, 
se verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a 
execução esteja garantida, por penhora, depósito ou caução suficientes, será 
concedido o efeito suspensivo aos embargos. E mais, quando houver mais de um 
executado e o fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante, a 
suspensão da execução não alcançará aquele que não embargou. (art.919, CPC) 
Cabe destacar que será liminarmente rejeitados os embargos quando 
intempestivos; nos casos de indeferimento da inicial e de improcedência liminar dopedido; ou quando manifestamente protelatórios. Neste último caso, a conduta será 
considerada atentatória à dignidade da justiça e acarretará multa ao embargante. 
(art.918, CPC) 
Porém, recebidos os embargos, ao exequente será concedido um prazo de 
15 (quinze) dias para se manifestar, depois disso, o juiz julgará imediatamente o 
pedido ou designará audiência, e após a instrução o juiz proferirá a sentença. (art.920, 
CPC) 
Procedente a ação de embargos, ocorrerá a extinção do processo de 
execução, e no caso de improcedência, haverá a confirmação do direito defendido 
pelo credor, tendo a execução prosseguimento. Neste último caso, caberá apelação, 
sem efeito suspensivo, interposta pelo executado, ora embargante. 
21 
 
 
Por fim, importa esclarecer que implicará na perda do direito de opor 
embargos, o executado que, reconhecendo o crédito do exequente, pagar 30% do 
valor total do crédito e requerer o parcelamento do restante da dívida, nesse caso, em 
até seis parcelas. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente trabalho visou tecer um panorama sobre os principais pontos do 
direito processual brasileiro atinente ao processo de execução fundada em título 
extrajudicial, iniciando-se pelo estudo da tutela executiva, os princípios que norteiam 
a execução e, também, a relevância da força executiva do título para a promoção da 
execução. 
Com a evolução do direito, mostrou-se que, atualmente, a execução se faz 
por duas vias: a execução fundada em sentença, na qual ter-se-á um processo 
sincrético, composto de fase cognitiva e fase executiva, e a execução lastreadas em 
títulos extrajudiciais, objeto de estudo deste trabalho, em que o regime será diverso, 
em ação autônoma. 
Isso porque, na execução fundada em título extrajudicial, diferentemente da 
execução judicial, não se faz necessário o processo de conhecimento para afirmar o 
direito perseguido, dado que o título executivo é prova do direito do credor. 
Assim, restou claro que os requisitos obrigatórios para a instauração de 
qualquer que seja a execução são o inadimplemento de obrigação, líquida, certa e 
exigível, e o título executivo, que é ato jurídico dotado de eficácia executiva. 
Cabe reafirmar que apenas a lei tem o condão de tornar um ato jurídico em 
título executivo. Isso porque, os títulos executivos representam uma obrigação certa, 
líquida e exigível e, quando falamos em títulos extrajudiciais, como já bastante claro, 
referimo-nos aqueles produzidos fora do processo judicial. 
Então, uma vez que não cumprida voluntariamente a obrigação determinada 
em sentença ou estabelecida em título executivo, tem o credor direito de solicitar a 
intervenção estatal para obrigar o devedor a cumpri-la. 
Para tanto, ressalte-se, é necessário que reste comprovado o inadimplemento 
do devedor. Porém, o mero inadimplemento do devedor não é suficiente para ensejar 
a execução do título onde se encontra pactuada a obrigação. Para isso, é necessário 
que se trate de obrigação certa, líquida e exigível, ou seja, que a obrigação possa ser 
cobrada. 
22 
 
 
Não se pode, também, deixa de mencionar que o processo de execução deve, 
seja em fase processual, seja como ação autônoma, sempre se submeter aos 
princípios gerais e fundamentais a todo o processo civil, mas, e principalmente, deve 
observância aos princípios específicos com as devidas adaptações em decorrência 
das características da ação ou da fase processual a que se examina. 
Pois bem. Ao fim deste trabalho, podemos concluir que a execução 
extrajudicial é, na verdade, uma execução forçada, a qual é vista como uma solução 
para o inadimplemento da execução voluntária. É atividade jurisdicional que tem como 
objetivo a produção de um resultado prático, equivalente ao que se produziria nos 
casos de adimplemento voluntário do devedor. 
Nesse intuito, o procedimento da execução dos títulos executivos 
extrajudiciais, visa dar maiores garantias aos credores e tornar esse tipo de processo 
mais prático e com resultados mais satisfatórios ao jurisdicionado. 
Para tanto, por vezes, requer-se a prática de atos necessários à realização de 
tal direito do credor, ou seja, atos que, de certa forma, forçam o cumprimento da 
obrigação. E como já demonstramos, a penhora é um dos institutos utilizados para 
esse fim. 
Importa dizer, por último, que, como em toda ação processual, na ação de 
execução garante-se ao executado o direito de defesa, que é exercido através dos 
embargos à execução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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Novo CPC. SAJ ADV, 23 de novembro de 2018. Disponível em: 
https://blog.sajadv.com.br/impenhorabilidade-do-bem-de-familia/. Acesso em: 20 abr. 
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impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a 
pessoas solteiras, separadas e viúvas. Brasília, DF: Superior Tribunal de Justiça, 
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